Tags
Agatha Christie, Aventura, best sellers, Clássicos, gênio, héroi, Policial
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: O genial H.P e sua incrível criadora.
Olá, meus caríssimxs amigxs! A vida tem sido muito agitada e, confesso, que tenho dado mouca atenção ao meu querido blog. Mas hoje estou aqui, de volta. E hoje fujo um pouco da temática principal do blog – a ficção fantástica. Hoje parto para o romance policial e trago para a mesa de debate uma escritora importantíssima – seja para a minha vida de literatura como para a literatura policial e de mistério de todo o planeta.
Caríssimxs, hoje trago a incrível Agatha Mary Clarissa Miller. Conhecem? Não!? Bem, conhecem Mary Westmacott. Não? Está desculpado, pois nem eu – um grande leitor da autora sabia até escrever este post. Mas se eu escrever Agatha Christie tenho certeza de que todos – talvez algumas exceções do time abaixo de 15 e 16 anos – conhecem. Sim, a Rainha ou (Dama) do Crime (alcunha que recebeu de todo o seu público e críticos) é conhecidíssima a um século. Durante sua carreira, publicou mais de oitenta livros e suas obras, juntas, venderam cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI. Traduzida em 103 idiomas, só perde em popularidade para as obras de William Shakespeare e a Bíblia.
Genial, incrível, … fantástica. Qualquer adjetivo é pequeno para esta grande mulher.
A escritora, britânica nascida em 15 de setembro de 1890 estaria completando – se viva fosse – 131 anos. Sua obra foi e é tão importante que que em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de Dama-Comendadora da Ordem do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir.
Christie foi muito mais do que somente uma escritora de livros de suspense e policiais. Sua vida, sempre com curiosos a observando, foi uma grande aventura – mesmo tendo sido uma mulher muito reservada, que evitava todos os tipos de holofotes. Christie tinha mais camadas em sua personalidade e mais força de vontade em seu coração do que pensamos que sabemos. E reforçou a importância das mulheres em um momento que isso não era muito possível. Suas personagens mulheres são atrevidas e independentes. Abriu uma estrada promissora para as novas escritoras – que estariam por vir.
Influenciada por autores que vão desde Jane Austin a Alexandre Dumas, a leitura de seus romances policiais é sempre prazerosa. Suas histórias têm suspense, investigações, mas também uma boa dose de aventura. Dada a tramas complexas e cheias de reviravoltas, a Agatha Christie arrebatou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. Seu detetive, Hercule Poirot, metódico e dedicado, é sinônimo de mistério e aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” (O misterioso caso de Styles), foi o début do detetive belga Hercule Poirot (o H.P. do título), personagem que conseguiria ser quase tão popular quanto Sherlock Holmes. O livro, publicado em 1920, surgiu por acaso. Foi sua resposta a um desafio feito pela irmã mais nova, Maggie. Queria saber se a mais velha era capaz de escrever um suspense tão benfeito, de modo que o leitor só fosse capaz de desvendar o crime ao final da história.
Hercule Poirot é um pequeno detetive particular belga, que utiliza da sua massa cinzenta para desvendar os crimes. Ele possui um ego inflado, uma genialidade sem tamanho e a capacidade de resolver os mais diversos mistérios fazendo uso da psicologia. Um antigo inspetor da polícia belga, refugiado em Inglaterra depois da invasão alemã na primeira guerra mundial, Poirot instala-se primeiro em Styles, lugar do seu primeiro mistério, e vai ganhando fama e dinheiro com a resolução de novos crimes. A genialidade de HP é apenas o reflexo da grandiosidade de sua criadora. Agatha é brilhante.
Importante: Agatha, ao contrário da maioria dos ingleses, ela era capaz de falar com estranhos à primeira vista, em vez de esperar de quatro dias a uma semana para fazer a primeira investida cautelosa, como é o costume britânico. Esse tipo de humor fazia parte da personalidade da escritora, diz Janet Morgan, autora de uma biografia oficial de Agatha Christie. Segundo ela, Christie “era uma pessoa muito bem-humorada… Ela se divertia com a vida, com os seres humanos e com a forma como se comportavam”. É possível observar isso em A Casa do Penhasco, quando o ajudante de detetive capitão Hastings, que simboliza o jeito de ser inglês, hesita diante de uma tese elaborada por Hercule Poirot, o vaidoso detetive belga que é o personagem mais famoso de Christie. Na opinião de Hastings, a teoria era “muito melodramática”. Algo nada típico de um inglês, não é? Concordo. Mas até os ingleses têm emoções”, responde Poirot.
Assim como os outros personagens estrangeiros nas obras de Christie, Poirot chama a atenção para os estereótipos ingleses. A autora atribui certas características a seus personagens de diferentes nacionalidades. Os franceses são impetuosos, enquanto os escoceses são parcimoniosos e os australianos, simples. Christie, que gostava de viajar tanto antes quanto durante seu casamento com um arqueólogo, usa uma abordagem incisiva (mas, às vezes, xenófoba) para representar todos eles. Os ingleses não são poupados. Uma passagem de Cartas na Mesa, que zomba gentilmente do provincianismo inglês, diz: “Todo cidadão inglês de boa cepa ao enxergá-lo desejava com intensidade e fervor acertar-lhe um pontapé! (…) Se o Sr. Shaitana era argentino, português, grego ou de alguma outra nacionalidade profundamente desdenhada pelo insular bretão, ninguém sabia.”
Algumas peculiaridades:
- No ano em que Agatha Christie publicou seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles (1920), o mundo ainda enfrentava a última onda da gripe espanhola. A epidemia, que teve início logo depois da Primeira Guerra Mundial, se arrastou por três anos, matou de 50 milhões a 100 milhões de pessoas e infectou mais de 500 milhões — cerca de um quarto da população do planeta à época. 100 anos depois, vivemos um 2020 sob o forte ataque pandêmico do SARS-COVID-19.
- Na manhã do dia 4 de dezembro o carro de Agatha Christie foi encontrado em um barranco no lago de Silent Pool em Newlands Corner, com os faróis acesos. Dentro do Morris Cowley verde foram deixados um casaco de pele, a sua mala e uma carteira de motorista vencida. O desaparecimento da autora se tornou notícia em Surrey quando a polícia local publicou um relatório de pessoas desaparecidas, e passou-se a oferecer £ 100 para quem tivesse qualquer informação sobre a autora. Aviões, mergulhadores e escoteiros buscavam por Agatha – ao todo a busca teve a ajuda de 15 000 voluntários.
Várias informações foram acrescentadas à história do desaparecimento da autora, no livro The World of Agatha Christie. Martin Fido diz que na semana de seu desaparecimento Agatha deixou uma carta para Carlo Fisher, sua secretária, pedindo para cancelar uma hospedagem em Yorkshire. Segundo Martin, a autora escreveu também uma carta ao marido lhe fazendo duras críticas. Ainda no sábado, antes da descoberta do carro da autora, ela havia escrito uma carta a Campbell Christie, de Londres, dizendo que iria para Yorkshire, mas a carta foi perdida antes que Campbell pudesse lê-la. Uma nota também foi escrita para o vice-chefe de polícia de Surrey (ainda antes de encontrar-se o carro de Agatha), informando que Archie temia por sua segurança.
Agatha Christie estava desaparecida há 11 dias, desde que seu carro havia sido encontrado no lago Silent Pool, e estava sendo procurada até por aviões (foi a primeira vez que se usou aviões para buscar alguém desaparecido na Inglaterra), quando a polícia soube que ela estava no Hydropathic Hotel (hoje Old Swan Hotel), em Harrogate. Agatha chegou lá de táxi no dia 4 de dezembro levando consigo apenas uma mala.
A autora estava hospedada sob o nome de Teresa Neele (o mesmo sobrenome da amante de seu marido), dizendo ser da Cidade do Cabo, e explicando que era uma mãe de luto pela morte de seu filho. No hotel, Agatha foi vista dançando, jogando bridge, fazendo palavras cruzadas e lendo jornais. Curiosamente, a autora deixou um anúncio no The Times dizendo que Teresa Neele procurava parentes e amigos da África do Sul; interessante ressaltar que a irmã de Agatha, Madge, morreu em 1923, após voltar do país africano. A autora foi reconhecida no hotel pelo músico Bob Sanders Tappin, que reivindicou a recompensa de 100 libras. Sanders disse que se dirigiu à autora como “Mrs. Christie” e que essa respondeu-lhe, mas disse que estava sofrendo de amnésia. Agatha foi encontrada pela polícia no dia 19 de dezembro.
Várias teorias foram criadas para explicar o falso desaparecimento da autora, algumas pessoas defendem que o escândalo foi um golpe publicitário para aumentar a venda de um dos seus livros (The Murder of Roger Ackroyd lançado semanas antes do desaparecimento, continuava na lista de best-sellers), outras que a intenção da autora era apenas se vingar de Archibald (seu marido e que havia pedido o divórcio para ficar com a amante), simulando sua morte para que o marido fosse acusado de assassiná-la, e finalmente há os que dizem que a autora realmente sofreu um acidente de carro e perdeu a memória.
Em relação às adaptações de suas obras para a televisão e para o cinema, temos: a série britânica de ficção científica Doctor Who que, em um episódio da quarta temporada, utiliza diversos elementos de vários livros da Agatha Christie, como Morte nas nuvens, Um corpo na biblioteca e Assassinato na casa do pastor. Esse episódio teve a maior audiência de toda a temporada. Partners in Crime, livro de contos, virou uma série para a televisão em 1984 e tinha como protagonistas personagens inspirados em Tommy e Tuppence. A detetive Miss Marple também já apareceu nas telas com o filme Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, o principal detetive da obra de Agatha, não ficou de fora e teve uma série, Agatha Christie’s Poirot, baseada nos contos e romances protagonizados por ele. E, recentemente, em 2017, foi lançado o filme Assassinato no Expresso do Oriente, que conta com o grande ator Johnny Depp. O filme é baseado na obra de mesmo nome, que é uma de suas principais contribuições para o mundo dos romances policiais.
Falando agora um pouco particularmente, o primeiro livro (depois do infantis) que li foi “Curtain” (Cai o Pano, aqui no Brasil). A autora concluiu o livro em 1940 mas o manuscrito foi mantido em um cofre até a sua publicação no ano de 1975 (um ano antes da morte da autora).
A história trata do último caso do detetive Hercule Poirot, que já estaria velho e doente e chama seu amigo Arthur Hastings para, em suas palavras, “ser seus olhos e ouvidos” no esclarecimento de um caso intrigante. Vários assassinatos haviam sido cometidos e os suspeitos/supostamente culpados sempre eram pessoas próximas das vítimas.
Entretanto, o experiente detetive acreditava que as coisas não eram tão simples assim. Sua aposta: existiria um assassino comum a todos os crimes, a quem ele chamou de X. De volta ao lugar onde investigaram seu primeiro caso juntos, Poirot e Hastings precisam impedir que X volte a agir. Além da história de suspense propriamente dita, ainda vemos o sofrimento de Hastings ao ver seu amigo debilitado, ainda senhor de uma mente brilhante, mas encarcerada em um corpo que já não lhe sustenta. O livro é envolvente e impossível parar de ler até chegar ao final … e que final … que é totalmente inesperado. Entendam bem quando digo que é inesperado. Gostaram?
E por último, mas não por menor importância, uma palhinha sobre um dos livros mais populares da Rainha do Crime. Estou falando do “Murder on the Orient Express” (Assassinato no Expresso Oriente). Nosso querido H.Poirot havia acabado um trabalho na Síria e, antes de voltar à Inglaterra, resolve parar no meio do caminho, em Istambul, Turquia, pois sempre ia apenas de passagem pela cidade e queria finalmente ter um momento para explorar, entretanto, quando chega ao hotel em Istambul, um telegrama o aguarda e, mais uma vez, o impede de regozijar do passeio tão almejado e precisa voltar imediatamente à Inglaterra. Então, com a ajuda de Bouc, diretor da companhia de trem, uma acomodação no trem, pois, de forma misteriosa, as pessoas resolveram viajar todas ao mesmo tempo em pleno inverno rigoroso até a Inglaterra e o trem se encontra lotado, o que o impediu de viajar na 1ª classe como de costume, mas como o que ele precisava resolver na Inglaterra era de suma importância, aceitou embarcar na 2ª classe mesmo assim. O que, provavelmente os passageiros, não contavam.
Já no trem, com uma viagem longa garantida, Hercule Poirot acaba conhecendo os outros passageiros, todos eles de vários lugares do mundo. Americanos, Russos, Ingleses, Belgos e assim por diante. Cada um que conhecia, já ouviu falar sobre o detetive devido a sua inteligência em desvendar casos fora do comum, afinal, o detetive tinha uma reputação e tanto. Em todos os passageiros, apenas um o incomodou – o senhor Ratchett. Um homem misterioso e deixou uma péssima impressão a Hercule. Enquanto se encontrava no vagão-restaurante, Ratchett o procura e diz que alguém quer matá-lo e oferece a Hercule o serviço, mas o detetive se nega, pois não está interessado em ajudar o prepotente Ratchett.
Do lado de fora do trem, à viagem continua, mas muita neve cai. Na primeira noite da viagem, pouco mais de meia noite e meia, há movimentação dentro do trem, portas se abrem e fecham, dá-se para ouvir os movimentos em cada compartimento dos vagões, vozes resmungando, uma verdadeira comoção e o trem para. Hercule desperta e ao pedir uma água mineral para o chefe de pessoal, descobre que o trem está parado, devido a uma nevasca, entre Vinkovci, Iugoslávia e Brod, Bosnia.
Para ele tudo parece normal, até o dia seguinte chegar e descobrir que houve um assassinato no trem e, a vítima, era ninguém menos que Ratchett, o homem que pediu ajuda a Hercule Poirot no dia anterior, que levou muitas facadas e, devido às circunstâncias dos ferimentos, percebeu que havia um mistério por trás daquela morte. Mas… vou parar para não estragar a leitura daqueles que se interessarem.
Eu estou aproveitando e relendo os mais de 20 livros que tenho da autora.
Mas, já está ficando tarde e tenho que encerrar o post. E me despeço com uma frase da genial Agatha Christie – dita em um dos seus muitos livros. “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece a lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.” Brilhante e de dar calafrios. Mas é a pura verdade.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española: El brillante H.P y su increíble creador.
¡Hola, mis amigos! La vida ha sido muy ajetreada y, lo confieso, le he prestado poca atención a mi querido blog. Pero hoy estoy aquí, de vuelta. Y hoy me escapo del tema principal del blog: la ficción fantástica. Hoy me voy a la novela de detectives y traigo a la mesa de debate a un escritor muy importante, ya sea para mi vida literaria o para la literatura de detectives y de misterio de todo el planeta.
Caríssimxs, hoy les traigo a la increíble Agatha Mary Clarissa Miller. ¿Lo sabías? ¿¡No!? Bueno, ya conoces a Mary Westmacott. ¿No? Lo siento, porque yo tampoco – un gran lector del autor lo sabía hasta escribir este post. Pero si le escribo a Agatha Christie, estoy seguro de que todos, tal vez algunas excepciones del equipo menor de 15 y 16 años lo saben. Sí, la Reina o (Dama) del Crimen (un apodo que recibió de todas sus audiencias y críticos) es conocida desde hace un siglo. Durante su carrera, publicó más de ochenta libros y sus obras, juntas, vendieron casi cuatro mil millones de copias durante los siglos XX y XXI. Traducido a 103 idiomas, es solo superado por las obras de William Shakespeare y la Biblia.
Genial, increíble … fantástico. Cualquier adjetivo es pequeño para esta gran mujer.
La escritora británica, nacida el 15 de septiembre de 1890, cumpliría -si estuviera viva- 131 años. Su trabajo fue y es tan importante que en 1971 fue premiada por la Reina del Reino Unido, Isabel II, con el título de Dama comandante de la Orden del Imperio Británico, un honor que es el equivalente femenino de Sir.
Christie era mucho más que una escritora de suspenso y crimen. Su vida, siempre con gente curiosa mirándola, fue una gran aventura, aunque era una mujer muy reservada, que evitaba todo tipo de focos. Christie tenía más capas en su personalidad y más fuerza de voluntad en su corazón de lo que creemos saber. Y reforzó la importancia de las mujeres en un momento en que esto no era muy posible. Sus personajes femeninos son atrevidos e independientes. Abrió un camino prometedor para los nuevos escritores, que estaban por venir.
Influenciada por autores que van desde Jane Austin hasta Alexandre Dumas, leer sus novelas policiales siempre es un placer. Sus historias tienen suspenso, investigaciones, pero también una buena dosis de aventura. Dadas las tramas complejas y retorcidas, Agatha Christie ha capturado legiones de fanáticos en todo el mundo. Su detective, Hercule Poirot, metódico y dedicado, es sinónimo de misterio y aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” fue el debut del detective belga Hercule Poirot (el H.P. del título), un personaje que lograría ser casi tan popular como Sherlock Holmes. El libro, publicado en 1920, surgió por casualidad. Fue su respuesta a un desafío de su hermana menor, Maggie. Quería saber si la mayor era capaz de escribir un thriller tan bien desarrollado, para que el lector solo pudiera desentrañar el crimen al final de la historia.
Hercule Poirot es un pequeño detective privado belga que utiliza su materia gris para resolver crímenes. Tiene un ego inflado, un genio sin tamaño y la capacidad de resolver los misterios más diversos utilizando la psicología. Ex inspector de la policía belga, refugiado en Inglaterra tras la invasión alemana en la Primera Guerra Mundial, Poirot se instala por primera vez en Styles, lugar de su primer misterio, y gana fama y dinero resolviendo nuevos crímenes. El genio de HP es solo un reflejo de la grandeza de su creador. Agatha es brillante.
Importante: Agatha, a diferencia de la mayoría de los ingleses, pudo hablar con extraños a primera vista, en lugar de esperar de cuatro días a una semana para hacer el primer avance cauteloso, como es la costumbre británica. Ese tipo de humor era parte de la personalidad del escritor, dice Janet Morgan, autora de una biografía oficial de Agatha Christie. Según ella, Christie “era una persona de muy buen humor … Se divertía con la vida, con los seres humanos y con su forma de comportarse”. Esto se puede ver en La casa del acantilado, cuando el ayudante de detective Capitán Hastings, que simboliza la forma de ser inglesa, duda ante una tesis elaborada por Hercule Poirot, el vanidoso detective belga que es el personaje más famoso de Christie. En opinión de Hastings, la teoría era “muy melodramática”. Algo que no es típico de un inglés, ¿no? Estoy de acuerdo. Pero incluso los ingleses tienen emociones “, responde Poirot.
Al igual que los demás personajes extranjeros de las obras de Christie, Poirot llama la atención sobre los estereotipos ingleses. La autora atribuye ciertas características a sus personajes de distintas nacionalidades. Los franceses son descarados, mientras que los escoceses son ahorrativos y los australianos simples. Christie, que disfrutaba viajar tanto antes como durante su matrimonio con un arqueólogo, utiliza un enfoque incisivo (pero a veces xenófobo) para r representarlos a todos. Los ingleses no se salvan. Un pasaje de Cartas na Mesa, que se burla suavemente del provincianismo inglés, dice: “¡Todo ciudadano inglés de buena reputación, cuando lo veía, deseaba con intensidad y fervor patearlo! (…) Si el señor Shaitana fuera argentino, portugués, griego o de alguna otra nacionalidad profundamente desdeñada por el isleño bretón, nadie lo sabía “.
Algunas peculiaridades:
En el año en que Agatha Christie publicó su primer libro, El misterioso caso de Styles (1920), el mundo todavía se enfrentaba a la última ola de la gripe española. La epidemia, que comenzó justo después de la Primera Guerra Mundial, se prolongó durante tres años, mató de 50 a 100 millones de personas e infectó a más de 500 millones, aproximadamente una cuarta parte de la población del planeta en ese momento. 100 años después, vivimos en 2020 bajo el fuerte ataque pandémico del SARS-COVID-19.
En la mañana del 4 de diciembre, el automóvil de Agatha Christie fue encontrado en un barranco en el lago en Silent Pool en Newlands Corner, con los faros encendidos. En el interior del Morris Cowley verde quedaron un abrigo de piel, su maleta y una licencia de conducir vencida. La desaparición del autor fue noticia en Surrey cuando la policía local publicó un informe de personas desaparecidas y ofreció £ 100 a cualquiera que tuviera información sobre el autor. Aviones, buzos y exploradores buscaban a Agatha; en total, la búsqueda contó con la ayuda de 15.000 voluntarios.
Se ha agregado mucha información a la historia de la desaparición del autor en El mundo de Agatha Christie. Martin Fido dice que en la semana de su desaparición Agatha le dejó una carta a Carlo Fisher, su secretario, pidiéndole que cancelara una estadía en Yorkshire. Según Martin, la autora también escribió una carta a su marido en la que lo criticaba con dureza. Justo el sábado, antes del descubrimiento del automóvil del autor, ella había escrito una carta a Campbell Christie de Londres, diciendo que iba a Yorkshire, pero la carta se perdió antes de que Campbell pudiera leerla. También se escribió una nota al subjefe de policía de Surrey (incluso antes de que se encontrara el automóvil de Agatha) informándole que Archie temía por su seguridad.
Agatha Christie había estado desaparecida durante 11 días, desde que su automóvil fue encontrado en Silent Pool Lake, y estaba siendo registrado incluso por aviones (fue la primera vez que se usaron aviones para buscar a alguien desaparecido en Inglaterra), cuando la policía se enteró de que ella Estaba en el Hydropathic Hotel (ahora Old Swan Hotel) en Harrogate. Agatha llegó allí en taxi el 4 de diciembre, con solo una maleta.
La autora se encontraba bajo el nombre de Teresa Neele (el mismo apellido que el amante de su marido), afirmaba ser de Ciudad del Cabo y explicaba que era una madre que lamentaba la muerte de su hijo. En el hotel, se vio a Agatha bailando, jugando al bridge, haciendo crucigramas y leyendo periódicos. Curiosamente, el autor dejó un anuncio en The Times diciendo que Teresa Neele estaba buscando parientes y amigos en Sudáfrica; Es interesante notar que la hermana de Agatha, Madge, murió en 1923, después de regresar del país africano. El autor fue reconocido en el hotel por el músico Bob Sanders Tappin, quien reclamó la recompensa de £ 100. Sanders dijo que se dirigió al autor como “Sra. Christie” y que ella le respondió, pero dijo que sufría de amnesia. Agatha fue encontrada por la policía el 19 de diciembre.
Se crearon varias teorías para explicar la falsa desaparición de la autora, algunas personas argumentan que el escándalo fue un truco publicitario para incrementar la venta de uno de sus libros (The Murder of Roger Ackroyd lanzado semanas antes de la desaparición, todavía en la lista de bestsellers) , otros que la intención de la autora era solo vengarse de Archibald (su marido y que había pedido el divorcio para estar con su amante), simulando su muerte para que su marido fuera acusado de asesinarla, y finalmente están los que decir que la autora tuvo un accidente automovilístico y perdió la memoria.
En cuanto a las adaptaciones de sus obras para televisión y cine, tenemos: la serie británica de ciencia ficción Doctor Who, que, en un episodio de la cuarta temporada, utiliza varios elementos de varios libros de Agatha Christie, como Death in the Clouds, Um body en la biblioteca y Asesinato en la casa del pastor. Este episodio tuvo las calificaciones más altas de toda la temporada. Partners in Crime, un libro de cuentos se convirtió en una serie de televisión en 1984 y tenía personajes inspirados en Tommy y Tuppence como protagonistas. La detective Miss Marple también apareció en la pantalla con Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, el detective principal de la obra de Agatha, no se quedó fuera y tuvo una serie, Agatha Christie’s Poirot, basada en las historias y novelas que protagonizó. Y recientemente, en 2017, se estrenó la película Murder on the Orient Express, protagonizada por el gran actor Johnny Depp. La película está basada en la obra del mismo nombre, que es una de sus principales contribuciones al mundo de la novela policíaca.
Hablando un poco en privado ahora, el primer libro (después de los niños) que leí fue “Cortina” (Cai o Pano, aquí en Brasil). El autor terminó el libro en 1940, pero el manuscrito se mantuvo en una caja fuerte hasta su publicación en 1975 (un año antes de la muerte del autor).
La historia trata del último caso del detective Hercule Poirot, que ya es anciano y está enfermo y llama a su amigo Arthur Hastings para, en sus palabras, “ser sus ojos y oídos” para aclarar un caso intrigante. Se habían cometido varios asesinatos y los sospechosos / supuestos culpables eran siempre personas cercanas a las víctimas.
Sin embargo, el experimentado detective creía que las cosas no eran tan sencillas. Su apuesta: habría un asesino común en todos los crímenes, a quien llamó X. De vuelta en el lugar donde investigaron juntos su primer caso, Poirot y Hastings deben evitar que X vuelva a actuar. Además de la historia de suspenso en sí, todavía vemos el sufrimiento de Hastings cuando ve a su amigo debilitado, todavía dueño de una mente brillante, pero aprisionado en un cuerpo que ya no lo apoya. El libro es atractivo e imposible de dejar de leer hasta llegar al final … y qué final … que es totalmente inesperado. Por favor, comprenda cuando digo que es inesperado …. ¿Te gustó?
Y, por último, pero no menos importante, una pajita sobre uno de los libros más populares de Crime Queen. Estoy hablando de “Asesinato en el Orient Express”. Nuestro querido H. Poirot acababa de terminar un trabajo en Siria y, antes de regresar a Inglaterra, decidió detenerse en el camino en Estambul, Turquía, ya que siempre estaba de paso por la ciudad y quería finalmente tener un momento para explorar. sin embargo, cuando llega a su hotel en Estambul, un telegrama lo espera y, una vez más, le impide disfrutar de su tan esperado viaje y debe regresar a Inglaterra de inmediato. Entonces, con la ayuda de Bouc, director de la compañía de trenes, un alojamiento en el tren, porque, de una manera misteriosa, la gente decidió viajar al mismo tiempo en medio del duro invierno a Inglaterra y el tren está lleno., lo que le impidió viajar en primera clase como de costumbre, pero como lo que necesitaba resolver en Inglaterra era de suma importancia, aceptó abordar en segunda clase de todos modos. Que los pasajeros probablemente no contaron.
Ya en el tren, con un largo viaje garantizado, Hércules Poirot acaba conociendo a los demás pasajeros, todos ellos de todo el mundo. Estadounidenses, rusos, ingleses, belgas, etc. Todos los que conocía habían oído hablar del detective debido a su inteligencia para descubrir casos inusuales, después de todo, el detective tenía una gran reputación. De todos los pasajeros, solo uno le molestaba: el señor Ratchett. Un hombre misterioso que le causó muy mala impresión a Hércules. Mientras está en el vagón restaurante, Ratchett lo busca y dice que alguien quiere matarlo y le ofrece el servicio a Hércules, pero el detective se niega, ya que no está interesado en ayudar al arrogante Ratchett.
Fuera del tren, el viaje continúa, pero cae mucha nieve. En la primera noche del viaje, poco después de la medianoche, hay movimiento dentro del tren, las puertas se abren y se cierran, se escuchan los movimientos en cada compartimiento de los vagones, voces murmurando, un verdadero revuelo y el tren se detiene. Hércules se despierta y cuando le pide agua mineral al jefe de personal, descubre que el tren se ha detenido debido a una tormenta de nieve entre Vinkovci, Yugoslavia y Brod, Bosnia.
Para él todo parece normal, hasta que al día siguiente llega y descubre que hubo un asesinato en el tren y la víctima no era otro que Ratchett, el hombre que pidió ayuda a Hércules Poirot el día anterior, quien fue apuñalado y apuñalado. de las heridas, se dio cuenta de que había un misterio detrás de esa muerte. Pero … me detendré para no estropear la lectura a los interesados.
Estoy disfrutando y releyendo los más de 20 libros que tengo del autor.
Pero se hace tarde y tengo que cerrar la publicación. Y me despido con una frase de la genial Agatha Christie – dijo en uno de sus muchos libros. “El amor de una madre por su hijo no se parece a nada en el mundo. No obedece la ley ni la piedad, se atreve a todo y extermina sin piedad todo lo que se interpone en su camino”. Brillante y escalofriante. Pero es la verdad.
Espero que les haya gustado la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
Capa: xxxxxxxx tm.ibxk.com.br/2020/02/29/29163802811002.jpg?ims=1120×420
pt.wikipedia.org/wiki/Agatha_Christie#IInício_na_literatura
homoliteratus.com/classicos-da-literatura-policial/
bbc.com/portuguese/vert-cul-46896110
oglobo.globo.com/epoca/cultura/agatha-christie-uma-autora-prova-do-tempo-24695669
lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805135&SecaoID=0&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=608190
cabanadoleitor.com.br/resenha-assassinato-no-expresso-do-oriente-de-agatha-christie/
pt.wikipedia.org/wiki/Agatha_Christie
deliriumnerd.com/wp-content/uploads/2018/12/Agatha-Christie1-620×842.jpg
m.media-amazon.com/images/I/51J3oUoiMkL.jpg
dignidadenaocabeaqui.blogspot.com/2012/06/resenha-cai-o-pano.html
mir-s3-cdn-cf.behance.net/project_modules/disp/bade3022209685.5630e7aa23c1e.jpg
i.pinimg.com/originals/d4/97/d7/d497d7d16971e642ae9ecb5c1166397c.png
taleaway.com/wp-content/uploads/2019/03/books-set-in-turkey-murder-on-the-orient-express-agatha-christie.jpg
teatrolapaca.com/wp-content/uploads/2017/02/Cartel-Agatha-Christies-mysterious-crime-976×1024.jpg
static.onecms.io/wp-content/uploads/sites/6/2020/10/15/EW_MurderSheWrote_opener.jpg