O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Mais gênios da LitFan ao longo dos séculos, post II.
Olá, para todxs meus amigxs! Bem pertinho do sexto aniversário do blog, o PHANTASTICUS continua a homenagear algumas das principais mentes das últimas décadas (e séculos). Importante sempre ressaltar as características da literatura fantástica: A LitFan traz elementos que contrariam a noção de realidade, mas por vezes a vida imita a fantasia – ou se inspira. No post de hoje, trazemos duas feras da LitFan.
Vamos começar com o britânico Herbert George Wells, mais conhecido como H. G. Wells.
Wells é frequentemente referido como o “pai da ficção científica” ao lado de Júlio Verne. Ele escreveu em muitos gêneros e, como muitos outros grandes autores, foi um crítico social e escreveu sobre política. Futurista renomado e “visionário”, Wells previu o advento de aeronaves, tanques, viagens espaciais, armas nucleares, televisão por satélite e algo parecido com a World Wide Web (nossa tão conhecida “internet’).
Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Começavam em geral com o mundo a caminhar inexoravelmente em direção de uma catástrofe, até que as pessoas se apercebiam da existência de uma maneira melhor para viver: ou através dos gases misteriosos de um cometa, que fariam com que as pessoas começassem subitamente a comportar-se racionalmente “In the Days of the Comet” (Os Dias do Cometa) (1906), ou pela tomada do poder por um conselho mundial de cientistas, como em “The Shape of Things to Come” (A forma das Coisas por vir ) (1933) – livro que o próprio Wells adaptou mais tarde para o filme de Alexander Korda – “Things to Come” (1936). Neste livro, Wells descrevia os eventos no período de 1933 até o ano de 2106, com demasiada exatidão, inclusive a guerra que estava a chegar, com cidades a serem destruídas por bombardeamentos aéreos.
Nota: A ficção científica contida em “Things To Come” previu várias inovações tecnológicas que eram impossíveis de serem construídas em 1936.
- Helicóptero: as cenas finais mostram pela primeira vez o uso do helicóptero para transporte civil, embora ainda estivesse em estudos na época.
- TV HD: há uma cena na qual um avô liga um aparelho de TV HD de tela plana e assiste com sua netinha um documentário sobre a era anterior a Everytown.
- Tela de LCD: há um aparelho de comunicação na mesa de Oswald que é filmado por trás, mostrando ser de tela plana do tipo LCD. Noutra cena, aparece um casal assistindo por uma tela plana de LCD o discurso do líder dissidente.
- Projeção holográfica: uma das imagens mostra uma projeção holográfica do líder dissidente, enquanto ele incita a multidão a destruir a nave espacial.
- Celular de pulso: outra cena mostra Oswald conversando com outro cidadão usando um celular de pulso.
Temos um post do PHANTASTICUS que traz Wells como o grande visionário, vale a pena rever: jotacortizo.wordpress.com/2019/06/29/o-visionario-da-literatura-fantastica-para-a-vida-real/
Bem, seguindo, seu primeiro romance foi “The Time Machine” (A Máquina do Tempo) (1895), um conto de ficção científica sobre um inventor que vive na Inglaterra, que atravessa primeiro milhares de anos e depois milhões no futuro, antes de trazer de volta o conhecimento da grave degeneração da raça humana e do planeta. Mais de um século depois de serem escritos, os livros de HG Wells ainda são recentes e fortes o suficiente para serem transformados em filmes de Hollywood. Wells definiu o padrão para todos os outros escritores e lançou as bases para garantir que a ficção científica estaria muito viva e bem no século XX e muito além.
Uma das maiores contribuições de Wells para o gênero de ficção científica foi sua abordagem, que ele chamou de seu “novo sistema de ideias”. O autor deve sempre se empenhar em tornar a história o mais crível possível, mesmo que tanto o escritor quanto o leitor soubessem que certos elementos são impossíveis, permitindo ao leitor aceitar as ideias como algo que realmente poderia acontecer, hoje referido como “o plausível impossível” e “suspensão da descrença”. Embora nem a invisibilidade nem a viagem no tempo fossem novidades na ficção especulativa, Wells acrescentou um senso de realismo aos conceitos com os quais os leitores não estavam familiarizados. Ele concebeu a ideia de usar um veículo que permite a um operador viajar propositalmente e seletivamente para a frente ou para trás no tempo. O termo “máquina do tempo”, cunhado por Wells, é agora quase universalmente usado para se referir a tal veículo. Ele explicou que, ao escrever “The Time Machine”, percebeu que “quanto mais impossível a história que eu tinha para contar, mais comum deve ser o cenário, e as circunstâncias em que agora coloco o Viajante do Tempo eram tudo o que eu poderia imaginar de sólido confortos da classe alta. “Na” Lei de Wells “, uma história de ficção científica deveria conter apenas uma única suposição extraordinária. Portanto, como justificativa para o impossível, ele empregou ideias e teorias científicas. A declaração mais conhecida de Wells sobre a “lei” aparece em sua introdução a uma coleção de suas obras publicada em 1934: Assim que o truque de mágica for feito, todo o trabalho do escritor de fantasia é manter tudo o mais humano e real. Toques de detalhes prosaicos são imperativos e uma aderência rigorosa à hipótese. Qualquer fantasia extra fora da suposição cardinal imediatamente dá um toque de tolice irresponsável à invenção.
Antes de começarmos o século XX, Wells escreveu: “The Time Machine” (A Máquina do Tempo) publicado em 1895; “The Island of Dr. Moreau” (A Ilha do Dr. Moreau) publicado em 1896; “The Invisible Man” (O Homem Invisível) publicado em 1897 e “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) publicado em 1898. Quatro grande livros que marcaram toda a LitFan e o subgênero Ficção Científica.
Bem, teríamos material suficiente para escrever por muitos dias. Mas …. Vamos trazer o segundo nome do post de hoje. E é o genial o irlandês Clive Staples Lewis, comumente referido como C. S. Lewis. A grande obra de Lewis foi “The Chronicles of Narnia” (As Crônicas de Nárnia), escrita entre 1949 e 1954, adaptadas diversas vezes, inteiramente ou parcialmente, para a rádio, televisão, teatro e cinema. Além dos tradicionais temas cristãos, a série usa elementos da mitologia grega e nórdica, bem como os tradicionais contos de fadas e atingiu sucesso mundial.
As Crônicas de Nárnia apresentam, geralmente, as aventuras de crianças que desempenham um papel central e descobrem o ficcional Reino de Nárnia, um lugar onde a magia é corriqueira, os animais falam, e ocorrem batalhas entre o bem e o mal. Em todos os livros (com exceção de “O Cavalo e seu Menino”) os personagens principais são crianças de nosso mundo, que são magicamente transportadas para Nárnia a fim de serem ajudadas e instruídas pelo Grande Leão conhecido como Aslam.
Em diversas ocasiões nos romances da série, Lewis transformou alguns fatos e acontecimentos históricos mundiais em ficção; geralmente o autor usava esses exemplos como crítica ao comportamento da humanidade e aos atos praticados pelo homem. No romance O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Jadis, a Feiticeira Branca (representada como uma ímpia, tirana, corrupta e falsa-rainha), alega ser “a governanta serva do Imperador de Além Mar”, já que supostamente foi enviada por tal. O Imperador de Além Mar é uma divindade no mundo de Nárnia; um deus. Muitos fãs, leitores e críticos acreditam que Lewis esteja lembrando sobre acontecimentos ocorridos durante a Idade Média na Europa, onde Reis e Rainhas alegavam ser enviados de Deus para possuírem “poderes” sobre o reino, episódio conhecido como Absolutismo. Na Irlanda Medieval, havia uma tradição na qual os ‘Grandes Reis’ governavam sobre os reis, rainhas ou príncipes “menores”, assim como o Reinado dos Pevensie. Em um certo capítulo no livro O Sobrinho do Mago, novamente a personagem Jadis destrói o seu mundo natural, conhecido como Charn, através de uma magia conhecida como Palavra Execrável. Muitos leitores acreditam que ao escrever isso, Lewis teria criticado a manipulação e o uso de armas nucleares, pois o livro foi concluído no período da Guerra Fria.
Nota: A origem do nome “Nárnia” é incerta, uma vez que nem o próprio C. S. Lewis, em vida, deu informações sobre a fonte de inspiração que o levou a criar tal nome. Segundo o livro Pul Ford’s Companion to Narnia, o nome do país ficcional não é uma alusão à antiga cidade de Narni, localizada onde hoje está a Itália, que foi conquistada em 299 a.C. pelo Império Romano e renomeada como ‘Narnia’ pelos romanos. Contudo, Lewis havia estudado clássicos em Oxford, onde possivelmente encontrou algumas referências sobre a cidadela de Narni na literatura latina. Existe também a possibilidade de que Lewis pudesse ter usado como referência para criação do nome “Nárnia” o texto alemão datado de 1501, Lucy von Narnia (“Lúcia de Nárnia”, em tradução literal para o português), escrito por Ercole d’Este. É muito provável que Lewis tivesse tido acesso a esse texto no original durante seus estudos sobre literatura medieval e renascentista. Tal explicação também pode mostrar de onde o autor retirou a inspiração para batizar uma das principais personagens da série, a doce Lúcia Pevensie (no original “Lucy Pevensie”), que tem papel fundamental no primeiro volume de As Crônicas de Nárnia, tal qual a personagem homônima do texto alemão. Entretanto, mesmo assim, é mais provável que Lewis tenha batizado a personagem como “Lucy” com a finalidade de homenagear sua sobrinha, Lucy Barfield (1934-2003), a quem o autor dedica O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa e que seria, inclusive, a personificação real da personagem.
Outra provável origem, talvez, possa ser uma palavra da língua fictícia sindarin, desenvolvida pelo professor e filólogo J. R. R. Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis e amigo íntimo de Lewis, onde a palavra “Narn-îa” significaria algo semelhante à “profundeza dos contos”. Esse teoria é amparada não só pelo fato da forte amizade de Lewis e Tolkien, e por conseguinte, no fato da probabilidade de que o primeiro tivesse livre acesso aos manuscritos desse último. Inevitavelmente, também, pelo fato de que Lewis foi uma das principais pessoas (se não a principal) a ajudar Tolkien na criação de seu universo fantástico, lendo manuscritos originais e dando sua opinião sobre a história e o desenvolvimento de sua mitologia, incluindo a língua. Então, é bem provável que, ao longo desse processo, Lewis tivesse lido tal termo — e com a concessão ou não de Tolkien — e o usado como base para a criação do nome do reino fantástico de suas histórias, que, por sinal, foram escritas posteriormente às de O Senhor dos Anéis.
Quer relembrar a relação entre Tolkien e Lewis, leia o post: jotacortizo.wordpress.com/2015/01/02/c-s-lewis-e-j-r-r-tolkien-as-cronicas-da-terra-media-ou-o-senhor-de-narnia/
Lewis e Tolkien foram grandes amigos durante décadas; contudo, seu relacionamento com Joy Davidman (foi uma poeta e escritora americana) o fez se afastar aos poucos de Tolkien. Tolkien relata em uma de suas cartas que só descobriu que seu amigo Lewis havia se casado, com a escritora, um ano depois do ocorrido. Por fim, quando Lewis morre em 1963, aos 64 anos, quase dez anos antes da morte do próprio Tolkien, ele relata como era a amizade dos dois. Essa amizade foi explorada no livro “O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis”. De fato, Lewis contribuiu para a existência de O Senhor dos Anéis, sendo um dos primeiros a ler O Hobbit; Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência e criatividade de Lewis, e vice-versa.
Nota: Um dado de extrema importância sobre a vida e a relação de Lewis e Tolkien é sua participação na Primeira Guerra Mundial. Ambos foram para o front de batalha quando a guerra já estava em processo avançado no ano de 1916. Uma coincidência é que ambos estiveram presentes lutaram na Batalha de Somme (considerada uma das batalhas mais sangrentas da Primeira Grande Guerra). As impressões dessa batalha povoaram a imaginação dos escritores por muitos anos e influenciaram fortemente os escritos futuros.
Bem, gostaria de passar o dia inteiro escrevendo, mas não será possível. O PHANTASTICUS se despede do post de hoje com uma frase de HG Wells.
“Se você caiu ontem, fique de pé hoje.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Más genios de LitFan a lo largo de los siglos, post II.
¡Hola a todos mis amigos! Muy cerca del sexto aniversario del blog, PHANTASTICUS continúa honrando a algunas de las mentes principales de las últimas décadas (y siglos). Siempre es importante enfatizar las características de la literatura fantástica: LitFan trae elementos que contradicen la noción de realidad, pero a veces la vida imita la fantasía, o está inspirada. En la publicación de hoy, traemos dos bestias de LitFan.
Empecemos por el británico Herbert George Wells, más conocido como H. G. Wells.
Wells a menudo se conoce como el “padre de la ciencia ficción” junto con Jules Verne. Escribió en muchos géneros y, como muchos otros grandes autores, fue crítico social y escribió sobre política. Futurista de renombre y “visionario”, Wells predijo la llegada de aviones, tanques, viajes espaciales, armas nucleares, televisión por satélite y algo así como la World Wide Web (nuestra llamada “Internet”).
Al principio de su carrera, Wells sintió que debía haber una mejor manera de organizar la sociedad y escribió algunas novelas utópicas. Por lo general, comenzaron con el mundo a caminar inexorablemente hacia la catástrofe, hasta que la gente se dio cuenta de que había una forma mejor de vivir: o a través de los misteriosos gases de un cometa, que harían que la gente comenzara a comportarse de repente. ya sea racionalmente “En los días del cometa” (1906), o por la toma del poder por un consejo mundial de científicos, como en “La forma de las cosas por venir” (La forma de las cosas por venir) (1933) – libro que luego el propio Wells adaptó para la película de Alexander Korda – “Cosas por venir” (1936). En este libro, Wells describió los eventos de 1933 a 2106 con demasiada precisión, incluida la guerra que se avecinaba, con ciudades destruidas por bombardeos aéreos.
Nota: La ciencia ficción contenida en “Cosas por venir” predijo varias innovaciones tecnológicas que eran imposibles de construir en 1936.
- Helicóptero: las escenas finales muestran por primera vez el uso del helicóptero para el transporte civil, aunque todavía estaba en estudio en ese momento.
- HD TV: hay una escena en la que un abuelo enciende un televisor HD de pantalla plana y mira con su nieta un documental sobre la época anterior a Everytown.
- Pantalla LCD: hay un dispositivo de comunicación en la mesa de Oswald que está filmado desde atrás, mostrando que es del tipo LCD de pantalla plana. En otra escena, una pareja aparece viendo el discurso del líder disidente en una pantalla plana LCD.
- Proyección holográfica: una de las imágenes muestra una proyección holográfica del líder disidente, mientras incita a la multitud a destruir la nave espacial.
- Teléfono celular de muñeca: otra escena muestra a Oswald hablando con otro ciudadano usando un teléfono celular de muñeca.
Tenemos un post de PHANTASTICUS que trae a Wells como el gran visionario, digno de revisar: jotacortizo.wordpress.com/2019/06/29/o-visionario-da-literatura-fantastica-para-a-vida-real/
Bueno, a continuación, su primera novela fue “La máquina del tiempo” (1895), un cuento de ciencia ficción sobre un inventor que vive en Inglaterra, que abarca miles de años y luego millones en el futuro, antes traer de vuelta el conocimiento de la grave degeneración de la raza humana y el planeta. Más de un siglo después de haber sido escritos, los libros de HG Wells aún son recientes y lo suficientemente fuertes como para convertirse en películas de Hollywood. Wells estableció el estándar para todos los demás escritores y sentó las bases para garantizar que la ciencia ficción estaría muy viva y bien en el siglo XX y más allá.
Una de las mayores contribuciones de Wells al género de la ciencia ficción fue su enfoque, al que llamó su “nuevo sistema de ideas”. El autor siempre debe esforzarse por hacer que la historia sea lo más creíble posible, incluso si tanto el escritor como el lector sabían que ciertos elementos son imposibles, permitiendo que el lector acepte las ideas como algo que realmente podría suceder, hoy referido como “lo imposible plausible Y “suspensión de la incredulidad”. Aunque ni la invisibilidad ni los viajes en el tiempo eran nuevos en la ficción especulativa, Wells añadió un sentido de realismo a conceptos con los que los lectores no estaban familiarizados. Se le ocurrió la idea de utilizar un vehículo que le permita al operador viajar con determinación y selectivamente hacia adelante o hacia atrás en el tiempo. El término “máquina del tiempo”, acuñado por Wells, se utiliza ahora casi universalmente para referirse a un vehículo de este tipo. Explicó que, al escribir “La máquina del tiempo”, se dio cuenta de que “cuanto más imposible era la historia que tenía que contar, más común debía ser el escenario, y las circunstancias en las que ahora coloco al Viajero del tiempo eran todo lo que podía imagina las sólidas comodidades de la clase alta “. En la” Ley de Wells “, una historia de ciencia ficción debería contener sólo una suposición extraordinaria. Por tanto, como justificación de lo imposible, empleó ideas y t historias científicas. La declaración más conocida de Wells sobre la “ley” aparece en la introducción a una colección de sus obras publicada en 1934: Una vez que se realiza el truco de magia, todo el trabajo del escritor de fantasía es mantener todo más humano y real. Los toques de detalles prosaicos son imperativos y un estricto apego a la hipótesis. Cualquier fantasía adicional fuera de la suposición cardinal agrega inmediatamente un toque de tontería irresponsable a la invención.
Antes de que comenzara el siglo XX, Wells escribió: “La máquina del tiempo” publicada en 1895; “La isla del Dr. Moreau” (La isla del Dr. Moreau) publicado en 1896; “El hombre invisible” publicado en 1897 y “La guerra de los mundos” publicado en 1898. Cuatro grandes libros que marcaron todo el subgénero LitFan y la ciencia ficción.
Bueno, tendríamos suficiente material para escribir durante muchos días. Pero …. Traemos el segundo nombre del post de hoy. Y el brillante irlandés es Clive Staples Lewis, comúnmente conocido como C. S. Lewis. La gran obra de Lewis fue “Las Crónicas de Narnia”, escrita entre 1949 y 1954, adaptada varias veces, total o parcialmente, para radio, televisión, teatro y cine. Además de los temas cristianos tradicionales, la serie utiliza elementos de la mitología griega y nórdica, así como cuentos de hadas tradicionales y ha logrado un éxito mundial.
Las Crónicas de Narnia suelen presentar las aventuras de los niños que juegan un papel central y descubren el Reino ficticio de Narnia, un lugar donde la magia es un lugar común, los animales hablan y ocurren batallas entre el bien y el mal. En todos los libros (con la excepción de “El caballo y su niño”) los personajes principales son niños de nuestro mundo, quienes son transportados mágicamente a Narnia para ser ayudados e instruidos por el Gran León conocido como Aslam.
En varias ocasiones en las novelas de la serie, Lewis convirtió algunos hechos y eventos históricos mundiales en ficción; En general, el autor utilizó estos ejemplos como crítica del comportamiento de la humanidad y de los actos practicados por el hombre. En la novela El león, la bruja y el armario, Jadis, la Bruja Blanca (representada como una reina impía, tirana, corrupta y falsa), afirma ser “la institutriz sirviente del Emperador del Más Allá del Mar”, ya que supuestamente era enviado por tales. El Emperador de Ultramar es una deidad en el mundo de Narnia; un Dios. Muchos fanáticos, lectores y críticos creen que Lewis está recordando eventos que tuvieron lugar durante la Edad Media en Europa, donde reyes y reinas afirmaron haber sido enviados por Dios para poseer “poderes” sobre el reino, un episodio conocido como absolutismo. En la Irlanda medieval, existía una tradición en la que los “grandes reyes” gobernaban sobre reyes, reinas o príncipes “menores”, así como sobre el reino de Pevensie. En cierto capítulo del libro The Wizard’s Nephew, nuevamente el personaje Jadis destruye su mundo natural, conocido como Charn, a través de una magia conocida como Crushing Word. Muchos lectores creen que al escribir esto, Lewis habría criticado la manipulación y el uso de armas nucleares, ya que el libro se completó en el período de la Guerra Fría.
Nota: El origen del nombre “Narnia” es incierto, ya que ni el propio C. S. Lewis, en vida, dio información sobre la fuente de inspiración que lo llevó a crear tal nombre. Según Companion to Narnia de Pul Ford, el nombre del país ficticio no es una alusión a la antigua ciudad de Narni, ubicada donde hoy se encuentra Italia, que fue conquistada en 299 a. C. por el Imperio Romano y rebautizada como ‘Narnia’ por los romanos. Sin embargo, Lewis había estudiado clásicos en Oxford, donde posiblemente encontró algunas referencias a la ciudadela de Narni en la literatura latina. También existe la posibilidad de que Lewis pudiera haber usado el texto alemán de 1501, Lucy von Narnia (“Lucia de Narnia”, en traducción literal al portugués) como referencia para la creación del nombre “Narnia”, escrito por Ercole d’Este. . Es muy probable que Lewis tuviera acceso a este texto en el original durante sus estudios de literatura medieval y renacentista. Tal explicación también puede mostrar de dónde se inspiró el autor para nombrar a uno de los personajes principales de la serie, la dulce Lúcia Pevensie (en el original “Lucy Pevensie”), quien juega un papel fundamental en el primer volumen de Las Crónicas de Narnia, al igual que el carácter homónimo del texto alemán. Sin embargo, aun así, es más probable que Lewis haya nombrado al personaje “Lucy” para honrar a su sobrina, Lucy Barfield (1934-2003), a quien el autor dedica El león, la bruja y el armario y que incluso sería la personificación real del personaje.
Otro origen probable, quizás, podría ser una palabra del lenguaje ficticio sindarin, desarrollado por el profesor y filólogo JRR Tolkien, autor de El señor de los anillos y amigo cercano de Lewis, donde la palabra “Narn-îa” significaría algo similar a la “profundidad de Cuentos”. Este contenido ia está respaldada no solo por el hecho de la fuerte amistad de Lewis y Tolkien, y por lo tanto por el hecho de que el primero tenía libre acceso a los manuscritos del segundo. Inevitablemente, también, porque Lewis fue una de las personas principales (si no la principal) para ayudar a Tolkien a crear su universo fantástico, leyendo manuscritos originales y dando su opinión sobre la historia y el desarrollo de su mitología, incluido el idioma. . Entonces, es muy probable que, a lo largo de este proceso, Lewis haya leído ese término, y con la concesión de Tolkien o no, y lo haya usado como base para crear el nombre del reino fantástico de sus historias, que, por cierto, fueron escrito después de los de El señor de los anillos.
Quieres recordar la relación entre Tolkien y Lewis, lee el post: jotacortizo.wordpress.com/2015/01/02/cs-lewis-ejrr-tolkien-as-cronicas-da-terra-media-ou-o-senhor-de -narnia /
Lewis y Tolkien han sido amigos cercanos durante décadas; sin embargo, su relación con Joy Davidman (era un poeta y escritor estadounidense) lo alejó lentamente de Tolkien. Tolkien informa en una de sus cartas que solo descubrió que su amigo Lewis se había casado con el escritor un año después del evento. Finalmente, cuando Lewis muere en 1963, a la edad de 64 años, casi diez años antes de la propia muerte de Tolkien, relata cómo fue su amistad. Esta amistad se exploró en el libro “El regalo de la amistad: Tolkien y C. S. Lewis”. De hecho, Lewis contribuyó a la existencia de El señor de los anillos, siendo uno de los primeros en leer El Hobbit; Tolkien nunca dejó de admirar la gran inteligencia y creatividad de Lewis, y viceversa.
Nota: Un hecho extremadamente importante sobre la vida y la relación de Lewis y Tolkien es su participación en la Primera Guerra Mundial. Ambos fueron al frente de batalla cuando la guerra estaba en marcha en 1916. Una coincidencia es que ambos estuvieron presentes y lucharon en la Batalla de Somme (considerada una de las batallas más sangrientas de la Primera Guerra Mundial). Las impresiones de esta batalla llenaron la imaginación de los escritores durante muchos años e influyeron fuertemente en los escritos futuros.
Bueno, me gustaría pasarme todo el día escribiendo, pero no será posible. PHANTASTICUS se despide de la publicación de hoy con una cita de HG Wells.
“Si te caíste ayer, ponte de pie hoy”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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