~ Phantasticus – Fantástico em latim. Gênero literário que congrega três subgêneros: Fantasia, ficção científica e terror. Agora, um lugar para os leitores e escritores que são apaixonados por leitura e escrita, sobre estes mundos imaginários. Que tal sentir pelo virar das páginas o calafrio e o medo provocados pelo terror de algumas linhas. Deixar que o cavaleiro ou a guerreira que existem dentro de nós venha a aflorar. Dos tempos da espada e da feitiçaria. Das religiões antigas aos seres imaginários (ou inimaginários). Um lugar para compartilhar opiniões.
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: E a roda continua a tecer seus fios.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! Demorei bastante para voltar a postar. Esse tempo todo (já se vão mais de dois meses do meu último post) e vai ficando um sentimento estranho. Uma ausência. Mesmo muito agitada, a vida fica diferente sem poder teclar por aqui pelo “O PHANTASTICUS”. Afinal, são mais de sete anos de blog e… Então, deu saudades e voltei!
Hoje, trago um tema o qual já fiz algumas postagens diretas e indiretas. A série de livros do americano Robert Jordan – The Wheel of Time (A Roda do Tempo).
Se quiser relembrar o post “Um mundo de Luz e Sombra onde o Bem e o Mal travam uma batalha eterna”, basta usar o link abaixo:
Nota: Não posso negar que a minha predisposição para postar este tema veio atrelada, a série exibida recentemente homônima na Amazon Prime. Vale ressaltar o excelente desempenho de Rosamund Pike como Moiraine Damodred e Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Curta o teaser da série com o vídeo abaixo:
Mas… Por que a Roda? Misteriosa, complexa, literalmente fantástica. A complexidade da história escrita por Jordan está na mitologia criada que compõe esse cenário fantástico. E…
Parte-se do princípio de que o Criador deu origem ao universo e criou a Roda do Tempo para regê-lo – o primeiro fio? A Roda tece o destino de todas as pessoas seguindo determinados padrões em cada Era até que um dia tudo recomeça. Em todo ciclo uma catástrofe conhecida como a Ruptura do Mundo é um ponto fixo causado por um homem conhecido como o Dragão. Todo esse mundo foi construído com base em filosofias, conceitos e religiões como o budismo, a metafísica e até mesmo o cristianismo ao apresentar as ideias de equilíbrio, destino e duas forças opostas.
A Roda tem algumas similaridades com “Lord of the Rings” de Tolkien. O ritmo dos primeiros capítulos é lento, pela construção dos personagens, mas depois… fica alucinante. As duas obras trazem um mundo cheio de fantasia, personagens complexos, paisagens estonteantes e batalhas épicas. Mas uma das grandes diferenças das duas obras é o que “The Wheel of Time” traz um universo tão único, onde as mulheres assumem não só o protagonismo, como também os poderes mágicos. Há que se fazer algumas ressalvas, por conta da peculiaridade do perfil masculino da obra de Tolkien e do perfil feminino da obra de Jordan – “Lord of the Rings” escrita em 1929 enquanto “The Wheel of Time” começou a ser escrita em 1984. Nas cinco décadas e meia que separam as duas obras, as mulheres conquistaram – com muita justiça – um grande espaço. Isso se percebe claramente quando se comparam as linhas dos dois escritores.
A Roda do Tempo é notável por sua extensão, mundo imaginário detalhado e sistema mágico, e um grande elenco de personagens. Do oitavo ao décimo quarto livro, cada volume um alcançou o primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. Após sua conclusão, a série foi nomeada para o Prêmio Hugo. Em 2021, a série vendeu mais de 90 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se uma das séries de fantasia épica mais vendidas desde O Senhor dos Anéis.
A série de livros elevou Jordan a uma das grandes estrelas da Literatura Fantástica.
Robert Jordan é o pseudônimo de James Oliver Rigney Jr que nasceu em Charleston – na Carolina do Sul, em outubro de 1948 e veio a falecer em setembro de 2007 (com apenas 59 anos). E uma obra sensacional ficaria inacabada. Jordan “parou” no 11º volume (Knife of Dreams). Mas… Ainda havia muito material para fechar as obras. E assim, a roda seguia tecendo seus fios e a viúva de Jordan, Harriet McDougal, e o editor Tom Doherty se encarregaram de escolher Brandon Sanderson para continuar o trabalho. Sanderson se notabilizou pela trilogia Mistborn Publicada entre 2006 e 2008.
Fazendo uso das extensas notas de Jordan, Sanderson completou os três últimos romances da série: “The Gathering Storm” publicado em 2009, “Towers of Midnight” publicado em 2010 e “A Memory of Light” publicado em 2013.
A Roda do Tempo é venerada por uma gigantesca base de fãs, é por isso que em 2007 surgiu uma convenção anual chamada JordanCon, que acontece nos Estados Unidos e recebe centenas de participantes de todo o mundo, inclusive do Brasil.
A roda do tempo tece (e sempre tecerá) o padrão de uma era (quem sabe a nossa) usando a vida das pessoas como fio.
E para concluir o post, fecho com a sinopse do livro 1 “The Eye of the World” (O Olho do Mundo): Um dia houve uma guerra tão definitiva que rompeu o mundo, e no girar da Roda do Tempo o que ficou na memória dos homens virou esteio das lendas. Como a que diz que, quando as forças tenebrosas se reerguerem, o poder de combatê-las renascerá em um único homem, o Dragão, que trará de volta a guerra e, de novo, tudo se fragmentará. Nesse cenário em que trevas e redenção são igualmente temidas, vive Rand al’Thor, um jovem de uma vila pacata na região dos Dois Rios. É a época dos festejos de final de inverno — o mais rigoroso das últimas décadas —, e mesmo na agitação que antecipa o festival, chama a atenção a chegada de uma misteriosa forasteira. Quando a vila é invadida por Trollocs, bestas que para a maioria dos homens pertenciam apenas ao universo das lendas, a mulher não só ajuda Rand a escapar, como o apresenta àquela que será a maior de todas as jornadas: ela é uma Aes Sedai, artífice do poder que move a Roda do Tempo, e acredita que Rand seja o profético Dragão Renascido. Aquele que poderá salvar ou destruir o mundo.
Frase para finalizar o post, extraída do romance tema de hoje:
“O poder que há dentro de você não é sua maior força. Sua mente e como você a utiliza serão muito mais importantes nas batalhas que virão”.
Papo finalizado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até a próxima aqui no “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Versión española:Y la rueda sigue tejiendo sus hilos.
¡¡Hola a mis queridos amigos!! Me tomó un tiempo volver a publicar. Todo este tiempo (han pasado más de dos meses desde mi última publicación) y se está volviendo una sensación extraña. Una ausencia. Incluso muy ocupada, la vida es diferente sin poder escribir aquí “O PHANTASTICUS”. Después de todo, han sido más de siete años de blogs y… ¡Así que los extrañé y estoy de vuelta!
Hoy les traigo un tema que ya he hecho algunos post directos e indirectos. La serie de libros del estadounidense Robert Jordan – La rueda del tiempo.
Si quieres recordar el post “Un mundo de luces y sombras donde el bien y el mal libran una eterna batalla”, solo usa el siguiente enlace:
Nota: No puedo negar que mi predisposición a publicar este tema vino ligada a la serie del mismo nombre recientemente emitida en Amazon Prime. Cabe destacar la excelente actuación de Rosamund Pike como Moraine Damodred y Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Disfruta del teaser de la serie con el siguiente video:
Pero… ¿Por qué la rueda? Misteriosa, compleja, literalmente fantástica. La complejidad de la historia escrita por Jordan radica en la mitología creada que conforma este fantástico escenario. Y…
¿Se supone que el Creador dio origen al universo y creó la Rueda del Tiempo para gobernarlo, el primer hilo? La Rueda teje el destino de todas las personas siguiendo ciertos patrones en cada Era hasta que un día todo vuelve a empezar. En cada ciclo, una catástrofe conocida como la Ruptura del Mundo es un punto fijo causado por un hombre conocido como el Dragón. Todo este mundo se construyó sobre filosofías, conceptos y religiones como el budismo, la metafísica e incluso el cristianismo al presentar las ideas de equilibrio, destino y dos fuerzas opuestas.
La rueda tiene algunas similitudes con “El señor de los anillos” de Tolkien. El ritmo de los primeros capítulos es lento, debido a la construcción de los personajes, pero luego… se vuelve alucinante. Las dos obras traen un mundo lleno de fantasía, personajes complejos, paisajes impresionantes y batallas épicas. Pero una de las grandes diferencias entre las dos obras es que “La Rueda del Tiempo” trae un universo tan único, donde las mujeres no solo asumen el rol, sino también los poderes mágicos. Es necesario hacer algunas reservas, debido a la peculiaridad del perfil masculino de la obra de Tolkien y el perfil femenino de la obra de Jordan -“El señor de los anillos” escrita en 1929 mientras que “La rueda del tiempo” comenzó a escribirse en 1984. En las cinco décadas y media que separan las dos obras, la mujer ha conquistado –con razón– un amplio espacio. Esto se ve claramente al comparar las líneas de los dos escritores.
La Rueda del Tiempo se destaca por su extensión, mundo imaginario detallado y sistema mágico, y un gran elenco de personajes. Desde el octavo hasta el decimocuarto libro, cada volumen uno alcanzó el número uno en la lista de libros más vendidos del New York Times. Una vez finalizada, la serie fue nominada a un premio Hugo. A partir de 2021, la serie ha vendido más de 90 millones de copias en todo el mundo, lo que la convierte en una de las series de fantasía épica más vendidas desde El Señor de los Anillos.
La serie de libros elevó a Jordan a una de las grandes estrellas de la literatura fantástica.
Robert Jordan es el seudónimo de James Oliver Rigney Jr. Nació en Charleston, Carolina del Sur, en octubre de 1948 y murió en septiembre de 2007 (solo 59 años). Y una obra sensacional quedaría inacabada. Jordan “se detuvo” en el volumen 11 (Knife of Dreams). Pero… Aún quedaba mucho material para completar las obras. Y así, la rueda continuó tejiendo sus hilos, y la viuda de Jordan, Harriet McDougal, y el editor Tom Doherty se encargaron de elegir a Brandon Sanderson para continuar con el trabajo. Sanderson se hizo famoso por la trilogía Mistborn, publicada entre 2006 y 2008.
Haciendo uso de las extensas notas de Jordan, Sanderson completó las últimas tres novelas de la serie: “The Gathering Storm” publicada en 2009, “Towers of Midnight” publicada en 2010 y “A Memory of Light” publicada en 2013.
La Rueda del Tiempo es adorada por una gran base de fanáticos, por lo que en 2007 se creó una convención anual llamada JordanCon, que se realiza en Estados Unidos y recibe a cientos de participantes de todo el mundo, incluido Brasil.
La rueda del tiempo teje (y tejerá siempre) el patrón de una época (quizás la nuestra) utilizando como hilo conductor la vida de las personas.
Y para concluir el post, cierro con la sinopsis del libro 1 “El Ojo del Mundo”: Un día hubo una guerra tan definitiva que partió al mundo, y en el giro de la Rueda del Tiempo lo que quedó en la memoria de los hombres se convirtió en el pilar de las leyendas. Como el que dice que cuando las fuerzas oscuras se levanten, el poder para combatirlas renacerá en un solo hombre, el Dragón, quien traerá de vuelta la guerra y, una vez más, todo se derrumbará. En este escenario donde la oscuridad y la redención son temidas por igual, vive Rand al’Thor, un j proviene de un pueblo tranquilo en la región de Dois Rios. Es el momento del fin de las festividades de invierno —las más rigurosas en décadas— y aún en el ajetreo que anticipa la festividad, llama la atención la llegada de un misterioso extranjero. Cuando el pueblo es invadido por trollocs, bestias que para la mayoría de los hombres pertenecen solo al universo de las leyendas, la mujer no solo ayuda a Rand a escapar, sino que lo introduce en el que será el mayor viaje de todos: ella es una Aes Sedai, artífice del poder que mueve la Rueda del Tiempo, y cree que Rand es el profético Dragón Renacido. El que puede salvar o destruir el mundo.
Frase para terminar el post, extraída de la novela temática de hoy:
“El poder dentro de ti no es tu mayor fortaleza. Tu mente y cómo la uses será mucho más importante en las batallas por venir”.
Charla finalizada. Publicación cerrada. ¿Gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta la próxima aquí en “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – pinterest.pt/pin/317574211210331427/
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A energia conduzida nos sonhos elétricos do genial PKD.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! O PHANTASTICUS traz hoje mais um post do brilhante escritor Philip K. Dick, que foi um dos autores de ficção científica mais prolíficos e aclamados do século XX (e XXI, em minha opinião), tendo parte de sua obra literária adaptada para o cinema e a televisão, tais como em “Blade Runner: O Caçador de Androides” e “O Homem do Castelo Alto”.
O PHANTASTICUS já escreveu vários posts sobre Dick. Se você quiser relembrar, aí vão alguns dos links:
Bem, hoje vou trazer um pouco sobre os contos de PK Dick “Electric Dreams” que foram adaptados para mais uma série – “Philip K. Dick’s Electric Dreams” – que teve sua estreia no canal de televisão britânica “Channel 4” em 17 de Setembro de 2017. Aqui, no Brasil, você consegue assistir na plataforma da Amazon. Mas vamos ao livro.
O livro, é dividido em dez contos que abordam diversos aspectos de vidas em futuros distantes, na própria terra ou em outras dimensões, mas ainda assim facilmente comparáveis com os dias atuais.
Os contos, que foram publicados originalmente entre os anos de 1953 e 1955, retratam uma visão de futuro pensada na década de 1950. E são geniais justamente por conta disso. O autor navega por temas (que hoje parecem ultrapassados), mas que fomentam questionamentos universais e atemporais. São ótimos de ler, são ágeis e divertidos, apesar da visão pessimista característica do gênero. Realmente dá para imaginar (e desejar ver) cada conto como um curta-metragem. Segue a ordem (de exibição na adaptação) dos contos:
“Exhibit Piece”, de 1954
“Autofac”, de 1955
“Human Is”, de 1955
“Sales Pitch”, de1954
“The Hood Maker”, de 1955
“Foster, You’re Dead”, de 1955
“The Father Thing”, de 1954
“Impossible Planet”, de 1953
‘The Commuter”, de 1953
“The Hanging Stranger”, de 1953
Os contos, assim como boa parte da obra do gênio PKD, traz (em geral) um mundo pós-apocalíptico ou dominado por máquinas. Desta forma, as chances de uma pessoa perder-se em si mesma, esquecendo a própria essência, é enorme. Ao passo que todos os fatores externos colaboram para o medo das populações, seja por doenças, dominações de governos ditatoriais ou pelos próprios robôs, uma ou outra pessoa consegue despertar de determinadas situações hostis e passam a apegar-se ao que é mais vital em momentos difíceis: a esperança de uma realidade melhor.
Philip K. Dick cria mundos muito distintos, mas que se aproximam quando comparados seus protagonistas e suas respectivas vontades. Em sua maioria, homens e mulheres precisam lutar para restabelecerem-se em meio ao caos e, de alguma forma, anseiam para não esquecerem aquilo que são em seu íntimo ou ideais que carregam há muito tempo. O amor, a nostalgia, a paz interior, o sentimento de pertencimento a um grupo, a saudade de um ente querido, dentre outras, são questões abstratas que, na obra do autor, tornam-se o centro das discussões filosóficas das personagens, pontos marcantes e importantíssimos para o enriquecer da narrativa e da própria construção psicológica delas.
Os contos, também, colocam em debate o consumismo e a importância exacerbada dos bens materiais e ainda a barbárie tida como algo normal. E conseguem trazer perspectivas diferentes, de crianças a idosos, seus anseios e angústias, nos fazendo refletir muito sobre o que é realmente ser humano.
Abaixo, deixo como lembrança para cada leitor, duas “construções” de Philip K. Dick. Que elas sirvam de reflexão – para todos nós.
“A verdadeira medida de um homem não é sua inteligência ou quão alto ele sobe neste sistema esquisito. Não, a verdadeira medida de um homem é esta: com que rapidez ele consegue responder às necessidades dos outros e quanto de si mesmo ele consegue dar.” e “A ferramenta básica para a manipulação da realidade é a manipulação das palavras. Se você puder controlar o significado das palavras, poderá controlar as pessoas que devem usá-las.”
Gênio! E perdemos ele tão cedo. PKD nos deixou com apenas 53 anos, em março de 1982, vindo a falecer, vítima de uma série de AVC’s.
As questões levantadas por Dick (em toda a sua obra), ainda nos anos 50, hoje se fazem mais necessárias, pois com a tecnologia atual, estamos muito próximos da realidade virtual e da inteligência artificial, que, segundo ele, mudaram para sempre as nossas relações pessoais. A empatia foi levantada como uma necessidade atual para os seres humanos, pois é ela que nos diferencia de qualquer outra forma de inteligência e pode nos proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Esta empatia pode ser disposta na tecnologia, pois uma inteligência artificial moldada na empatia, é essencial para que carros autônomos ou sistemas de saúde possam tratar as pessoas com mais cuidado, respeito e, de fato, oferecer a melhoria proposta, além do campo tecnológico. Porém, um perigo nos cerca, que são as bolhas sociais que podem moldar a nossa realidade, utilizando redes sociais ou alguma força específica para apresentar cenários e influenciar nossas mentes para vários interesses, tais quais nos acostumamos a assistir em várias produções no cinema e na TV, pelos últimos anos.
Recado dado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até o próximo post do PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
Versión española:La energía conducida en los sueños eléctricos del brillante PKD.
¡¡Hola a mis amigos caríssimxs!! PHANTASTICUS trae hoy otro post del genial escritor Philip K. Dick, quien fue uno de los autores de ciencia ficción más prolíficos y aclamados del siglo XX (y del XXI, en mi opinión), habiendo adaptado parte de su obra literaria al cine y televisión, como en “Blade Runner: El cazador de androides” y “El hombre del castillo alto”.
PHANTASTICUS ya ha escrito varios artículos sobre Dick. Si quieres recordar, aquí tienes algunos de los enlaces:
Bueno, hoy les voy a contar un poco sobre las historias de “Electric Dreams” de PK Dick que se han adaptado a otra serie, “Philip K. Dick’s Electric Dreams”, que se estrenó en el canal de televisión británico “Channel 4”. el 17 de septiembre de 2017. Aquí en Brasil, puedes verlo en la plataforma de Amazon. Pero vayamos al libro.
El libro está dividido en diez cuentos que cubren diferentes aspectos de la vida en futuros distantes, en la tierra misma o en otras dimensiones, pero aun fácilmente comparables a la actualidad.
Los cuentos, que se publicaron originalmente entre 1953 y 1955, retratan una visión del futuro concebida en la década de 1950. Y son brillantes precisamente por eso. El autor navega por temas (que hoy parecen obsoletos), pero que incitan a preguntas universales y atemporales. Son geniales para leer, ágiles y divertidos, a pesar del punto de vista pesimista característico del género. Realmente puedes imaginar (y querer ver) cada historia como un cortometraje. Aquí está el orden (de exhibición en la adaptación) de las historias:
“Pieza de exhibición”, 1954
“Autofac”, 1955
“Human Is”, 1955
“Sales Pitch”, 1954
“The Hood Maker”, 1955
“Foster, estás muerto”, 1955
“La cosa del padre”, 1954
“Planeta imposible”, 1953
“El viajero”, 1953
“El extraño colgado”, 1953
Los cuentos, como gran parte del trabajo del genio del PKD, traen (generalmente) un mundo postapocalíptico o dominado por máquinas. De esta forma, las posibilidades de que una persona se pierda, olviden su esencia, son enormes. Si bien todos los factores externos contribuyen al miedo de las poblaciones, ya sea por enfermedad, dominio de gobiernos dictatoriales o por los propios robots, una u otra persona logra despertar de determinadas situaciones hostiles y comenzar a aferrarse a lo más vital en momentos difícil: la esperanza de una realidad mejor.
Philip K. Dick crea mundos muy diferentes, pero que se acercan más a sus protagonistas y sus respectivas voluntades. En su mayor parte, hombres y mujeres deben luchar para recuperarse del caos y de alguna manera anhelar no olvidar lo que son por dentro o los ideales que han llevado durante mucho tiempo. El amor, la nostalgia, la paz interior, el sentimiento de pertenencia a un grupo, extrañar a un ser querido, entre otros, son temas abstractos que, en la obra del autor, se convierten en el centro de las discusiones filosóficas de los personajes, puntos llamativos y muy importantes para enriquecer. la narrativa y su propia construcción psicológica.
Los cuentos también traen al debate el consumismo y la gran importancia de los bienes materiales e incluso la barbarie vista como algo normal. Y logran traer diferentes perspectivas, desde los niños hasta los mayores, sus ansiedades y ansiedades, haciéndonos reflexionar mucho sobre lo que realmente es ser humano.
A continuación, dejo como recordatorio para cada lector, dos “construcciones” de Philip K. Dick. Que sirvan de reflejo para todos nosotros.
“La verdadera medida de un hombre no es su inteligencia o qué tan alto se eleva en este extraño sistema. No, la verdadera medida de un hombre es esta: qué tan rápido puede responder a las necesidades de los demás y cuánto puede dar de sí mismo “. y “La herramienta básica para manipular la realidad es la manipulación de palabras. Si puedes controlar el significado de las palabras, puedes controlar a las personas que deberían usarlas “.
¡Genio! Y lo perdimos tan pronto. PKD nos dejó con apenas 53 años, en marzo de 1982, falleciendo, víctima de una serie de ictus.
Las cuestiones planteadas por Dick (en toda su obra), incluso en los años 50, ahora son más necesarias, porque con la tecnología actual, estamos muy cerca de la realidad virtual y la inteligencia artificial, que, según él, cambiaron para siempre nuestro personal. relaciones. La empatía se planteó como una necesidad actual del ser humano, ya que es lo que nos diferencia de cualquier otra forma de inteligencia y puede brindarnos una mejor calidad de vida.
Esta empatía se puede arreglar en tecnología, ya que una inteligencia artificial moldeada en empatía es esencial para autos o sistemas autónomos. Las organizaciones de salud pueden tratar a las personas con más cuidado, respeto y, de hecho, ofrecer la mejora propuesta, además del ámbito tecnológico. Sin embargo, nos rodea un peligro, que son las burbujas sociales que pueden moldear nuestra realidad, utilizando las redes sociales o alguna fuerza específica para presentar escenarios e influir en nuestra mente por diversos intereses, como estamos acostumbrados a ver en diversas producciones en el cine y en TV, durante los últimos años.
Mensaje dado. Publicación cerrada. ¿Te gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta el próximo post de PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A mensagem contida em “A Chegada”.
Olá, para todes. Andei longe, por um tempinho, mas estou de volta. Hoje o PHANTASTICUS tenta abrir um pouco mais a “caixa” que representa o conto “Story of Your Life” (História da sua Vida). Seu autor: Ted Chiang.
Escrito e publicado em 1998 na série de ficção “Starlight 2” (do premiado editor Patrick Nielsen Hayden) – depois republicado em uma coleção de histórias curtas, do próprio autor, no ano de 2002 chamada “Stories of Your Life and Others” (História da sua vida e outros contos). O livro é dividido em 8 contos e cada um é independente do anterior. Segue a ordem dos mesmos, no livro:
“Tower of Babylon” (Torre da Babilônia), publicação original em novembro de 1990) (Ganhador do Prêmio Nebula); “Understand” (Tradução literal “Compreender” ou “Entender”) publicação original em agosto de 1991; “Division by Zero” (Divisão por Zero) publicação original em junho de 1991; “Story of Your Life” (História da sua Vida) publicação original em novembro de 1998) (Ganhador do Prêmio Nebula e do Prêmio Theodore Sturgeon Memorial); “Seventy-Two Letters” (Setenta e duas letras – ou cartas) publicação original em junho de 2000 (Ganhador do Prêmio Sidewise); “The Evolution of Human Science” (A Evolução da Ciência Humana) publicação original em junho de 2000; “Hell Is the Absence of God” (O inferno é a ausência de Deus) publicação original em julho de 2001 Ganhador dos Prêmios (Hugo, Locus e Nebula); “Liking What You See: A Documentary” (Gostando do que vê: um documentário)
“Story of Your Life” ganhou o prêmio “Nebula” de 2000 de Melhor Novela, bem como o prêmio “Theodore Sturgeon” de 1999. Foi nomeado para o Prêmio “Hugo” de 1999 de Melhor Novela. Logo foi traduzida para o italiano, japonês, francês e alemão. Uma adaptação cinematográfica da história, intitulada “Arrival” (Chegada) e dirigida por Denis Villeneuve, foi lançada em 2016. O filme é estrelado por Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker e foi indicada para oito Oscars, incluindo Melhor Filme; ganhou o prêmio de Melhor Edição de Som. O filme também ganhou o Prêmio “Ray Bradbury” 2017 de Melhor Apresentação Dramática e o Prêmio “Hugo” de Melhor Apresentação Dramática.
Sendo bem sincero, foi o filme que me levou ao livro (conto). O filme foi aclamado pela crítica, e como citei um pouco acima, recebeu oito indicações ao Oscar 2017. A história começa quando 12 espaçonaves alienígenas pousaram em 12 locais diferentes na Terra (como: Venezuela, Inglaterra, Rússia, Paquistão e China) e a linguista “A Chegada” imagina como seria a reação mundial diante do primeiro contato com os alienígenas e como nos comunicaríamos com estes seres recém-chegados.
A Drª Louise Banks (interpretada por Amy Adams) é chamada pelo governo americano para traduzir a língua alienígena e tentar se comunicar com eles na tentativa de descobrir suas intenções no planeta. Junto com o físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), eles realizam uma série de experimentos e pesquisas para interpretar a estranha linguagem dos heptápodes – nome dado aos aliens -, enquanto a tensão mundial só aumenta, chegando às margens de um possível conflito armado entre os extraterrestres e os humanos. A tarefa começa a ficar ainda mais complicada quando Louise começa a ter “flashbacks” sobre sua filha, e é aqui que a história começa a ficar interessante.
ATENÇÃO SPOILERS: O primeiro fator de sucesso a ser destacado no filme, é sobre a estrutura do roteiro que brinca com a maneira que percebemos e interpretamos histórias. A princípio, somos levados a acreditar que os flashbacks de Louise são sobre seu passado, já que vemos uma montagem da vida da protagonista com sua filha e seu final trágico. A partir daí, também imaginamos Louise como alguém que está se recuperando desse trauma.
Porém, o filme muda totalmente de direção ao chegar nos últimos minutos e revelando que o que acreditávamos ser o passado, era na realidade o futuro. Essa é a tentativa de fazer o público reavaliar tudo aquilo que assistiu e acreditou ser verdade nos últimos 90 minutos, trazendo à tona o verdadeiro questionamento da história.
Todos estes questionamentos também chegam a nossa mente com a leitura do conto de Ted Chiang – que inspirou o filme. Sem tentar expor muito do livro, o autor envolve o leitor e lida com a questão do tempo na história. Ele te faz buscar uma relativização de passado e futuro, fazendo – desta forma – que o presente ganhe importância.
As mensagem da história deram origem a um belíssimo conto, que valoriza as nossas ações no presente e nos leva a refletir sobre a nossa insignificância diante do universo, e sobre a importância do livre arbítrio. Você se envolveria com uma pessoa sabendo como será doloroso separar-se dela no futuro? Você mudaria o passado conhecendo as consequências dos próprios atos no futuro? Não existe resposta certa, mas existe algo que representa uma das mais importantes características da nossa evolução: poder de escolha.
O livro reserva algumas surpresas que – claro – não irei revelar. Os heptápodes nos deixam uma grande lição. Mas, diferente do filme, no livro eles vão embora sem dizer para o que vieram. O que interessa é justamente o que acontece com Louise. Não é que ela magicamente começa a ver o futuro; ela vai desenvolvendo uma linha de raciocínio igual à dos heptápodes, e por isso se torna capaz de enxergar sua vida toda – ou pelo menos as partes mais importantes dela. E ao adquirir essa habilidade de reprogramar a maneira com que sua mente percebe o tempo ela é capaz de entender como a linguagem dos alienígenas funciona. Não há aqui um conflito real, uma tentativa de guerra ou ataque, aqueles momentos de tensão colocados no filme, é apenas uma mulher contando sua vida e aquilo que descobriu.
Importante: Verifiquei vários blogs e, na grande maioria, o contato com o filme despertou o interesse pelo livro.
Em tempo: Ted Chiang é norte americano. Tem 53 anos. Escritor e roteirista, também escreve para a indústria de software.
Encerrando o post, me despeço com uma frase do genial Albert Einstein: “A diferença entre passado, presente e futuro é uma ilusão, ainda que persistente”. Einstein não escreveu sua frase sobre a ilusão do tempo num livro. Não falou numa entrevista. Nada. Ele escreveu numa carta para a viúva de seu melhor amigo, Michelle Besso, logo após a morte dele. Era uma forma de consolar a ela, e a ele próprio, pela perda. Mas isso não diminui a frase. A dor fez com que Einstein produzisse algo ímpar: uma interpretação poética da relatividade, segundo a qual o tempo não é absoluto; muda de ritmo dependendo da forma como a gente se movimenta. Logo, a uniformidade do tempo é uma ilusão.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:El mensaje contenido en “La llegada”.
Hola a todos. Me alejé por un tiempo, pero he vuelto. Hoy PHANTASTICUS intenta abrir un poco más la “caja” que representa el cuento “Historia de tu vida”. Su autor: Ted Chiang.
Escrito y publicado en 1998 en la serie de ficción “Starlight 2” (por el galardonado editor Patrick Nielsen Hayden) – luego reeditado en la propia colección de cuentos del autor en 2002 llamado “Historias de tu vida y otros” de su vida y otros cuentos). El libro está dividido en 8 cuentos y cada uno es independiente del anterior. El orden de estos en el libro es el siguiente:
“Tower of Babylon”, publicación original en noviembre de 1990) (ganador del premio Nebula); “Entender” (traducción literal “Entender” o “Entender”) publicación original agosto de 1991; Publicación original de “Division by Zero” en junio de 1991; “Story of Your Life” (publicación original de noviembre de 1998) (ganador del premio Nebula y del premio Theodore Sturgeon Memorial); Publicación original de “Seventy-Two Letters” (Setenta y dos letras) en junio de 2000 (Ganador del premio Sidewise); Publicación original “La evolución de la ciencia humana”, junio de 2000; “El infierno es la ausencia de Dios” publicación original de julio de 2001 Ganador del premio (Hugo, Locus y Nebula); “Me gusta lo que ves: un documental”
“Story of Your Life” ganó el premio “Nebula” 2000 a la mejor novela, así como el premio “Theodore Sturgeon” 1999. Fue nominada para el premio 1999 “Hugo” a la mejor novela. Pronto se tradujo al italiano, japonés, francés y alemán. En 2016 se estrenó una adaptación cinematográfica de la historia, titulada “Arrival” (Llegada) y dirigida por Denis Villeneuve. La película está protagonizada por Amy Adams, Jeremy Renner y Forest Whitaker y fue nominada a ocho premios Oscar, incluida Mejor Película; ganó el Premio a la Mejor Edición de Sonido. La película también ganó el Premio “Ray Bradbury” a la Mejor Presentación Dramática de 2017 y el Premio “Hugo” a la Mejor Presentación Dramática.
Francamente, fue la película la que me llevó al libro (historia). La película fue aclamada por la crítica y, como mencioné anteriormente, recibió ocho nominaciones al Oscar en 2017. La historia comienza cuando 12 naves extraterrestres aterrizaron en 12 lugares diferentes de la Tierra (como: Venezuela, Inglaterra, Rusia, Pakistán y China) y El lingüista. ”The Arrival” imagina cómo sería la reacción del mundo al primer contacto con los extraterrestres y cómo nos comunicaríamos con estos seres recién llegados.
La Dra. Louise Banks (interpretada por Amy Adams) es llamada por el gobierno de los Estados Unidos para traducir el idioma alienígena e intentar comunicarse con ellos en un intento de descubrir sus intenciones en el planeta. Junto al físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), llevan a cabo una serie de experimentos e investigaciones para interpretar el extraño lenguaje de los heptápodos -el nombre que se les da a los extraterrestres- mientras la tensión global solo aumenta, llegando a los márgenes de un posible conflicto armado entre extraterrestres y humanos. La tarea se complica aún más cuando Louise comienza a tener “flashbacks” sobre su hija, y aquí es donde la historia comienza a ponerse interesante.
SPOILERS DE ATENCIÓN: El primer factor de éxito a destacar en la película es la estructura del guion que juega con la forma en que percibimos e interpretamos las historias. Al principio, nos hacen creer que los flashbacks de Louise son sobre su pasado, ya que vemos un montaje de la vida de la protagonista con su hija y su trágico final. A partir de ahí, también imaginamos a Louise como alguien que se está recuperando de este trauma.
Sin embargo, la película cambia totalmente de dirección a medida que llega en los últimos minutos y revela que lo que creíamos que era el pasado era en realidad el futuro. Este es el intento de hacer que la audiencia reevalúe todo lo que vio y creyó que era cierto en los últimos 90 minutos, sacando a la luz el verdadero cuestionamiento de la historia.
Todas estas preguntas también nos vienen a la mente con la lectura del cuento de Ted Chiang, que inspiró la película. Sin tratar de exponer gran parte del libro, el autor involucra al lector y trata el tema del tiempo en la historia. Te hace buscar una relativización del pasado y del futuro, haciendo que, de esta forma, el presente gane importancia.
El mensaje de la historia dio lugar a un hermoso relato, que valora nuestras acciones en el presente y nos lleva a reflexionar sobre nuestra insignificancia ante el universo, y sobre la importancia del libre albedrío. ¿Te involucrarías con una persona sabiendo lo doloroso que será separarse de ella en el futuro? ¿Cambiarías el pasado sabiendo las consecuencias de tus acciones en el futuro? No hay una respuesta correcta, pero hay algo que representa una de las características más importantes de nuestra evolución: el poder de elección.
El libro tiene algunas sorpresas que, por supuesto, no revisaré. Los heptapodos nos enseñan una gran lección. Pero, a diferencia de la película, en el libro se van sin decir a qué vinieron. Lo que importa es precisamente lo que le pasa a Louise. No es que por arte de magia empiece a ver el futuro; desarrolla una línea de razonamiento similar a la de los heptápodos, y por eso es capaz de ver toda su vida, o al menos las partes más importantes de ella. Y al adquirir esta capacidad de reprogramar la forma en que su mente percibe el tiempo, puede comprender cómo funciona el lenguaje de los extraterrestres. Aquí no hay ningún conflicto real, ningún intento de guerra o ataque, esos momentos tensos que se encuentran en la película, es solo una mujer que cuenta su vida y lo que descubrió.
Importante: Revisé varios blogs y, en su mayor parte, el contacto con la película despertó interés en el libro.
En el tiempo: Ted Chiang es norteamericano. Tiene 53 años. Escritor y guionista, también escribe para la industria del software.
Cerrando el post, me despido con una frase del genial Albert Einstein: “La diferencia entre pasado, presente y futuro es una ilusión, aunque persistente”. Einstein no escribió su frase sobre la ilusión del tiempo en un libro. No mencioné una entrevista. Nada. Escribió en una carta a la viuda de su mejor amigo, Michelle Besso, poco después de su muerte. Era una forma de consolarla a ella ya él mismo por la pérdida. Pero eso no acorta la oración. El dolor hizo que Einstein produjera algo único: una interpretación poética de la relatividad, según la cual el tiempo no es absoluto; cambia de ritmo dependiendo de cómo nos movamos. Por tanto, la uniformidad del tiempo es una ilusión.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Olá, para todxs! Estão bem? Depois de um tempinho ausente, volto ao blog.
O nosso post de hoje vai explorar a obra – inicialmente focada em literatura infantil – do americano Chris Van Allsburg.
Chris é mundialmente conhecido por ser o autor dos best-sellers The Polar Express, Jumanji e Zathura, os três foram adaptados para o cinema. Nasceu em 18 de junho de 1949 em uma família holandesa em East Grand Rapids, Michigan. Frequentou a Faculdade de Arquitetura e Design da Universidade de Michigan, que na época incluía uma escola de arte. Lá, se formou em escultura, aprendendo fundição de bronze, escultura em madeira, moldagem de resina e outras técnicas. Ele se formou na Universidade de Michigan em 1972 e continuou sua educação na Rhode Island School of Design (RISD), concluindo o mestrado em escultura em 1975. Após a graduação, Van Allsburg montou um estúdio de escultura.
Chris lutou por um tempo com seu estúdio de escultura. Em casa, ele começou uma série de esboços que sua esposa achou que seriam adequados para livros infantis. Ela mostrou seu trabalho a um editor que contratou seu primeiro livro, The Garden of Abdul Gasazi, em 1979. E assim, escreveu e ou ilustrou 21 livros. Sua arte também apareceu nas capas de uma edição da série de C. S. Lewis, The Chronicles of Narnia, publicada pela HarperCollins em 1994, bem como em três livros infantis escritos por Mark Helprin.
Um dos seus grandes sucessos, por conta principalmente da – agora – franquia de filmes “Jumanji”.
Jumanji é um livro infantil de fantasia escrito e ilustrado em 1981. O livro é sobre um jogo de tabuleiro mágico que implementa animais e outros elementos da selva conforme o jogo é jogado na vida real. A estrela de Jumanji, Robin Williams, disse que “jumanji” é uma palavra zulu que significa “muitos efeitos”, embora isso não tenha sido verificado. Em 2011, Williams gravou um audiolivro para sua 30ª edição.
O livro é muito bonito. Você apenas não faz a leitura gráfica dela, mas também uma extensa leitura visual, através das belas ilustrações que ele possui que chama demais a atenção de quem a lê. A capa é dura, com papel amarelado, letras grandes, proporcionando uma leitura muito agradável e tranquila. E mesmo as figuras sendo em preto e branco, não deixa de possuir uma beleza própria que encanta qualquer um.
O livro se torna um sucesso dando ao autor a “Medalha Caldecott”, um dos prêmios mais importantes da literatura infantil, logo no ano seguinte a sua publicação.
No livro, enquanto seus pais estão fora durante o dia, Judy e Peter Shepherd, depois de brincar com alguns brinquedos, ficam entediados e decidem ir ao parque. Lá eles encontram um jogo de aventura na selva chamado “Jumanji”. Levando o jogo para casa, eles encontram uma mensagem de aviso; “Não comece a menos que pretenda terminar”. Ignorando o aviso, eles começam a jogar. A dupla logo descobre que quaisquer perigos encontrados no jogo ganham vida em algum lugar da casa. Por exemplo, quando Peter rola sobre um leão, um leão de verdade aparece, que Judy e Peter prendem no quarto da mãe. Judy rola em uma debandada, Peter rola em uma monção e Judy rola em um explorador – e cada um aparece na vida real para causar estragos na casa. Mesmo assim continuam a jogar, na esperança de que, se terminarem o jogo, tudo volte ao normal. O jogo finalmente termina quando Judy tira um doze e grita “Jumanji!”.
Em um instante tudo volta ao normal e os irmãos rapidamente voltam ao parque e abandonam o jogo antes que os pais voltem. A história termina quando Judy e Peter olham para fora e veem seus vizinhos, Danny e Walter, voltando entusiasmados do parque com “Jumanji” nas mãos, sabendo que sua mãe afirma que os irmãos nunca se preocupam em terminar os jogos que jogam nem em ler as instruções.
O livro teve adaptações. “Jumanji”, estreou nos cinemas em 1995. Mas, ao contrário do conto, o filme tem personagens adultos que não apareceram no conto original, como Alan Parrish (Robin Williams / Adam Hann-Byrd), Sarah Whittle (Bonnie Hunt / Laura Bell Bundy), o oficial Carl Bentley (David Alan Grier), Tia Nora (Bebe Neuwirth) e um grande caçador chamado Van Pelt (Jonathan Hyde que também interpretou o pai de Alan, Sam Parrish). Não só Alan Parrish é o protagonista principal, em vez de Judy (Kirsten Dunst) e Peter (Bradley Pierce), mas uma história de fundo é adicionada, na qual o jogo prendeu Alan na selva muitos anos antes, enquanto ele e Sarah estavam jogando em 1969 Danny e Walter Budwing do final do livro original não aparecem no filme. Também no filme, Judy e Peter ficam órfãos depois que seus pais morreram em um acidente de carro no Canadá e sua tia agora é a responsável legal. Outras mudanças são que os animais causam estragos por toda a cidade, Peter se transformando em um macaco enquanto tenta trapacear e Alan acaba vencendo o jogo em vez de Judy com tudo, incluindo o tempo restaurado de volta ao que era antes. As batidas do jogo também são ouvidas de longe, o que nunca acontecia no livro.
Mas também temos “Jumanji” como uma série animada de TV que durou de 1996 a 1999. Ao contrário do livro e do filme, o jogo transporta Judy e Peter para a selva após se revezarem e lerem uma pista em vez de liberando todos os elementos da selva e há outros vilões além de Van Pelt. Além disso, Peter se transforma em vários animais enquanto tenta trapacear em alguns episódios e Alan Parrish do filme permanece preso no jogo até o episódio final e Danny e Walter do final do livro original estão ausentes.
O cinema viu o retorno da temática criada por Chris Van Allsburg, através de “Jumanji: Welcome to the Jungle”, que foi para as telonas em 2017 estrelado por Dwayne Johnson (nosso querido “The Rock”), Jack Black, Kevin Hart e Karen Gillan. Embora explicitamente uma sequência, é mais uma aventura de ação do que o filme de 1995. Em 2019 veio a sequência “Jumanji: The Next Level”, que retorna as estrelas Johnson, Black, Hart e Gillan. Os atores Awkwafina, Rory McCann, Danny Glover e Danny DeVito também se juntam ao elenco.
O autor escreveu (e ilustrou) uma sequência de “Jumanji”. Em 2002 publicou “Zathura”.
“Zathura” parte do final do livro “Jumanji”, com a partida dos pais de dois irmãos, Danny e Walter Budwing. Os dois irmãos não se dão bem. Danny quer jogar bola, enquanto Walter quer assistir televisão. Danny joga uma bola de beisebol para Walter, que o acerta na cabeça. Walter então persegue Danny pela casa e o pega no parque do outro lado da rua de sua casa, onde eles encontram um jogo de tabuleiro chamado “Jumanji. Danny traz o jogo para casa, onde perde o interesse em jogá-lo.
Embaixo do tabuleiro “Jumanji”, Danny encontra outro jogo chamado “Zathura: A Space Adventure”. Danny começa a jogar “Zathura” e recebe uma carta que diz: “Chuva de meteoros, tome uma atitude evasiva.” Imediatamente, ocorre uma chuva de meteoros. Danny e Walter logo percebem que o jogo os enviou ao espaço sideral. Os irmãos começam a jogar o jogo “Zathura”, já que o jogo não os levará para casa a menos que o terminem. Logo, Walter perde sua gravidade e Danny o salva de desaparecer no espaço.
Quando Walter faz sua vez, um robô defeituoso o persegue pela casa. Quando Danny faz sua vez, ele se aproxima de um planeta chamado Tsouris 3 e fica mais curto e largo. Logo, uma nave Zorgon aparece e Zorgons embarca em sua casa. O robô persegue os Zorgons enquanto Walter faz sua vez e é sugado para um buraco negro e é enviado de volta no tempo. Walter se transporta de volta para quando estava com Danny no parque. Danny encontra “Jumanji” e está prestes a levá-lo para casa, mas Walter o joga fora e se oferece para brincar com Danny. Evidentemente, tendo passado por essas aventuras perigosas e ajudando um ao outro, aproximou os dois irmãos.
Este livro também é adaptado para as telonas e estreou em 2005 com Jonah Bobo, Josh Hutcherson, Dax Shepard, Kristen Stewart e Tim Robbins em seu elenco. O lançamento do filme conflitou com o de um dos grandes expoentes da época – o quarto filme da série Harry Potter (Harry Potter e o Cálice de Fogo). Isto impactou – e muito – a bilheteria de “Zathura”.
Em entrevista, o autor contou que sempre foi fascinado por tudo que rompesse com a realidade comum. “A ideia do acontecimento extraordinário no contexto do comum é fascinante para mim. Alfred Hitchcock sempre explorou isso em suas obras. Eu acho que a fantasia é mais provocativa quando acontece no contexto comum ou de coisas que você reconhece. É por isso que as fantasias do espaço sideral, fantasias da Idade Média, duendes, anões, gigantes – nada disso é especialmente atraente para mim como escritor. Eu prefiro elementos surreais dentro de uma paisagem realista.”, afirmou. Ao longo dos 25 anos escrevendo e ilustrando livros infantis, Chris Van Allsburg passou a receber milhares de cartas de leitores de todas as idades falando sobre seu trabalho e, com isso, muitos questionamentos surgiram. “Eu me senti feliz de fato ao ouvir esses leitores e saber como eles foram inspirados e entretidos por meus livros.
Fechamos o post com uma frase do autor Chris Van Allsburg.
“A inclinação para acreditar no fantástico pode parecer a alguns uma falha na lógica ou credulidade, mas é realmente um presente. Um mundo que pode ter o Pé Grande e o Monstro do Lago Ness é claramente superior a outro que definitivamente não tem.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Todo comienza con la literatura infantil, pero …
¡Hola a todos! ¿Están bien? Después de un rato, vuelvo al blog.
Nuestro artículo de hoy explorará el trabajo, inicialmente centrado en la literatura infantil, del estadounidense Chris Van Allsburg.
Chris es conocido mundialmente por ser el autor de los bestsellers The Polar Express, Jumanji y Zathura, los tres adaptados para el cine. Nació el 18 de junio de 1949 en una familia holandesa en East Grand Rapids, Michigan. Asistió a la Facultad de Arquitectura y Diseño de la Universidad de Michigan, que en ese momento incluía una escuela de arte. Allí se graduó en escultura, aprendiendo fundición de bronce, escultura en madera, moldeo en resina y otras técnicas. Se graduó de la Universidad de Michigan en 1972 y continuó su educación en la Escuela de Diseño de Rhode Island (RISD), completando su maestría en escultura en 1975. Después de graduarse, Van Allsburg estableció un estudio de escultura.
Chris luchó durante un tiempo con su estudio de escultura. En casa, comenzó una serie de bocetos que su esposa pensó que serían adecuados para libros infantiles. Mostró su trabajo a un editor que contrató su primer libro, El jardín de Abdul Gasazi, en 1979. Y así, escribió o ilustró 21 libros. Su arte también apareció en las portadas de una edición de la serie de C. S. Lewis, Las Crónicas de Narnia, publicada por HarperCollins en 1994, así como en tres libros para niños escritos por Mark Helprin.
Uno de sus grandes éxitos, principalmente debido a la – ahora – franquicia cinematográfica “Jumanji”.
Jumanji es un libro infantil de fantasía escrito e ilustrado en 1981. El libro trata sobre un juego de mesa mágico que implementa animales y otros elementos de la jungla a medida que se juega en la vida real. La estrella de Jumanji, Robin Williams, dijo que “jumanji” es una palabra zulú que significa “muchos efectos”, aunque esto no ha sido verificado. En 2011, Williams grabó un audiolibro para su trigésima edición.
El libro es muy hermoso. No solo lo lees gráficamente, sino que también haces una lectura visual extensa, a través de las hermosas ilustraciones que tiene que llaman la atención de quienes lo leen demasiado. La portada es dura, con papel amarillento, letras grandes, proporcionando una lectura muy agradable y tranquila. Y aunque las figuras son en blanco y negro, todavía tiene una belleza propia que deleita a cualquiera.
El libro se convierte en un éxito otorgando al autor la “Medalla Caldecott”, uno de los premios más importantes de la literatura infantil, al año siguiente de su publicación.
En el libro, mientras sus padres están fuera durante el día, Judy y Peter Shepherd, después de jugar con unos juguetes, se aburren y deciden ir al parque. Allí encuentran un juego de aventuras en la jungla llamado “Jumanji”. Llevándose el juego a casa, se encuentran con un mensaje de advertencia; “No empieces a menos que quieras terminar”. Haciendo caso omiso de la advertencia, comienzan a jugar. La pareja pronto descubre que los peligros encontrados en el juego cobran vida en algún lugar de la casa. Por ejemplo, cuando Peter da la vuelta a un león, aparece un león real, que Judy y Peter encierran en la habitación de su madre. Judy rueda en una estampida, Peter rueda en un monzón y Judy rueda en un explorador, y cada uno aparece en la vida real para causar estragos en la casa. Aun así, siguen jugando, con la esperanza de que, si terminan el partido, todo vuelva a la normalidad. El juego finalmente termina cuando Judy saca un doce y grita “¡Jumanji!”
En un instante todo vuelve a la normalidad y los hermanos regresan rápidamente al parque y abandonan el juego antes de que regresen los padres. La historia termina cuando Judy y Peter miran hacia afuera y ven a sus vecinos, Danny y Walter, regresando entusiasmados del parque con “Jumanji” en sus manos, sabiendo que su madre afirma que los hermanos nunca se preocupan por terminar los juegos que juegan o leer el libro. instrucciones.
El libro tuvo adaptaciones. “Jumanji” se estrenó en los cines en 1995. Pero, a diferencia del cuento, la película tiene personajes adultos que no aparecieron en el cuento original, como Alan Parrish (Robin Williams / Adam Hann-Byrd), Sarah Whittle (Bonnie Hunt / Laura Bell Bundy), el oficial Carl Bentley (David Alan Grier), la tía Nora (Bebe Neuwirth) y un gran cazador llamado Van Pelt (Jonathan Hyde, quien también interpretó al padre de Alan, Sam Parrish). Alan Parrish no solo es el protagonista, en lugar de Judy (Kirsten Dunst) y Peter (Bradley Pierce), sino que se agrega una historia de fondo, en la que el juego atrapó a Alan en la jungla muchos años antes, mientras él y Sarah jugaban en 1969. Danny y Walter Budwing del final del libro original no aparecen en la película. También en la película, Judy y Peter quedan huérfanos después de que sus padres murieran en un accidente automovilístico en Canadá y su tía ahora es la tutora legal. Otros cambios son que los animales causan estragos en toda la ciudad, Peter se convierte en un mono mientras intenta hacer trampa y Alan termina ganando el juego en lugar de Judy con todo, incluido el tiempo restaurado a lo que era antes. Los ritmos del juego también se escuchan desde lejos, lo que nunca sucedió en el libro.
Malo También tenemos “Jumanji” como una serie de televisión animada que se desarrolló entre 1996 y 1999. A diferencia del libro y la película, el juego transporta a Judy y Peter a la jungla después de turnarse y leer una pista en lugar de liberar todos los elementos de la jungla. y hay otros villanos además de Van Pelt. Además, Peter se convierte en varios animales mientras intenta hacer trampa en algunos episodios y Alan Parrish de la película permanece atrapado en el juego hasta el episodio final y Danny y Walter del final del libro original están ausentes.
El cine vio el regreso del tema creado por Chris Van Allsburg, a través de “Jumanji: Bienvenidos a la jungla”, que pasó a la gran pantalla en 2017 protagonizada por Dwayne Johnson (nuestro querido “The Rock”), Jack Black, Kevin Hart y Karen Gillan. Aunque explícitamente es una secuela, es más una aventura de acción que la película de 1995. En 2019 llegó la secuela “Jumanji: The Next Level”, que regresa protagonizada por Johnson, Black, Hart y Gillan. Los actores Awkwafina, Rory McCann, Danny Glover y Danny DeVito también se unen al elenco.
El autor escribió (e ilustró) una secuencia de “Jumanji”. En 2002 publicó “Zathura”.
“Zathura” comienza desde el final del libro “Jumanji”, con la partida de los padres de dos hermanos, Danny y Walter Budwing. Los dos hermanos no se llevan bien. Danny quiere jugar a la pelota, mientras que Walter quiere ver televisión. Danny lanza una pelota de béisbol a Walter, quien lo golpea en la cabeza. Walter luego persigue a Danny por la casa y lo recoge en el parque al otro lado de la calle de su casa, donde encuentran un juego de mesa llamado “Jumanji. Danny lleva el juego a casa, donde pierde interés en jugarlo.
Debajo del tablero “Jumanji”, Danny encuentra otro juego llamado “Zathura: A Space Adventure”. Danny comienza a tocar “Zathura” y recibe una carta que dice: “Lluvia de meteoritos, adopte un enfoque evasivo”. Inmediatamente, se produce una lluvia de meteoritos. Danny y Walter pronto se dan cuenta de que el juego los envió al espacio exterior. Los hermanos comienzan a jugar el juego “Zathura”, ya que el juego no los llevará a casa a menos que lo terminen. Pronto, Walter pierde su gravedad y Danny lo salva de desaparecer en el espacio.
Cuando Walter toma su turno, un robot defectuoso lo persigue por la casa. Cuando Danny toma su turno, se acerca a un planeta llamado Tsouris 3 y se vuelve más corto y ancho. Pronto, aparece un barco Zorgon y Zorgons se embarca en su casa. El robot persigue a los Zorgons mientras Walter toma su turno y es succionado por un agujero negro y enviado al pasado. Walter se transporta a cuando estaba con Danny en el parque. Danny encuentra a “Jumanji” y está a punto de llevarlo a casa, pero Walter lo tira y se ofrece a jugar con Danny. Evidentemente, habiendo pasado por estas peligrosas aventuras y ayudándose mutuamente, se acercó a los dos hermanos.
Este libro también está adaptado para la pantalla grande y debutó en 2005 con Jonah Bobo, Josh Hutcherson, Dax Shepard, Kristen Stewart y Tim Robbins en su reparto. El estreno de la película chocó con el de uno de los grandes exponentes de la época: la cuarta película de la saga de Harry Potter (Harry Potter y el cáliz de fuego). Esto impactó – y mucho – la taquilla de “Zathura”.
En una entrevista, el autor dijo que siempre le fascinó todo lo que rompía con la realidad común. “La idea del evento extraordinario en el contexto de lo ordinario me fascina. Alfred Hitchcock siempre ha explorado esto en sus obras. Creo que la fantasía es más provocativa cuando ocurre en el contexto común o en cosas que reconoces. Por eso las fantasías del espacio exterior, las fantasías de la Edad Media, los duendes, los enanos, los gigantes, nada de esto me atrae especialmente como escritor. Prefiero elementos surrealistas dentro de un paisaje realista”, dijo. Durante los 25 años de escribir e ilustrar libros para niños, Chris Van Allsburg ha recibido miles de cartas de lectores de todas las edades hablando de su trabajo, y con eso, han surgido muchas preguntas. “Me alegró mucho escuchar a estos lectores y saber cómo se inspiraron y entretuvieron con mis libros.
Cerramos el post con una frase del autor Chris Van Allsburg.
“La inclinación a creer en lo fantástico puede parecerles a algunos una falla de lógica o credulidad, pero realmente es un regalo. Un mundo que puede tener Bigfoot y el monstruo del lago Ness es claramente superior a uno que definitivamente no lo tiene “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A ficção tem vários caminhos mas apenas um destino.
Olá, para todxs! Estão bem? Assim espero.
O nosso post de hoje vai explorar os diversos subgêneros de ficção científica. Mas, antes disso, vamos escrever um pouco sobre a extensa gama de subcategorias que fazem parte da Literatura Fantástica. Importante frisar que a LitFan tem como característica nata a possibilidade de liberação do imaginário, elemento que dá asas aos escritores e permite a continua expansão desse estilo literário. Sendo assim, podemos dizer que a literatura fantástica “refere-se ao que é criado pela imaginação, o que não existe na realidade. É aplicável a um objeto como a literatura, pois neste universo, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional”. Em suma, essa classe literária comumente é dividida em: Ficção Científica, que em geral narra sobre o impacto da ciência na sociedade literária criada; Terror, que se utiliza dos elementos próprios da literatura fantástica para criar o sentimento de medo; e a categoria Fantasia, que faz forte uso de magia e elementos sobrenaturais em sua narrativa. Contudo, existem vários subgêneros inclusos entre essas três categorias, fator que não só expande consideravelmente o nível de categorização da literatura fantástica, com também a classifica de forma mais completa.
Voltando ao tema principal. Quando falamos de ficção científica geralmente pensamos em robôs ou naves espaciais, este estereótipo construído pela sociedade, mas existem diversos subgêneros de ficção que fogem “um pouco” deste padrão. Vamos fazer um resumo de cada um:
HARD SCI-FI – Este gênero consiste em uma ficção onde a ciência é explicada em detalhes e na precisão científica. Existe um esforço de verossimilhança. Na ficção científica ‘hard’, os personagens principais são geralmente cientistas práticos, engenheiros ou astronautas.
O desenvolvimento dos personagens é frequentemente colocado em segundo plano, relativamente a exploração de fenômenos astronômicos ou físicos, mas alguns autores antecipam a condição humana ou a ideia de que os indivíduos terão valores e modos de vida diferentes nas sociedades futuras, onde as circunstâncias tecnológicas e econômicas mudaram.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov e Júlio Verne são autores famosos de HSF.
MILITARY SCI-FI – É um subgênero da ficção científica que apresenta o uso de tecnologia de ficção científica, principalmente armas, para fins militares e geralmente personagens principais que são membros de uma organização militar envolvida em atividade militar, geralmente durante uma guerra; ocorrendo às vezes no espaço sideral ou em um ou mais planetas diferentes. Ele existe na literatura, nos quadrinhos, no cinema e nos videogames.
Uma descrição detalhada do conflito, as táticas e armas usadas nele, e o papel de um serviço militar e dos membros individuais dessa organização militar formam a base para um trabalho típico de ficção científica militar. As histórias costumam usar características de conflitos reais da Terra passados ou atuais, com países sendo substituídos por planetas ou galáxias de características semelhantes, navios de guerra substituídos por navios de guerra espaciais e certos eventos mudados para que o autor possa extrapolar o que poderia ter ocorrido.
HG Wells e seu “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) é um grande escritor e sua obra deste subgênero.
ROBOT SCI-FI – O gênero robô foi cunhado pelo gigante Izaac Azimov e tudo que se conhece e que se inventou sobre robôs hoje deriva do seu trabalho. Vários filmes foram adaptados das obras dele como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Outros filmes representam muito bem o gênero como Inteligência Artificial.
Azimov é o gênio/criador que nos envolve fortemente neste subgênero com seu “I, Robot”. Temos, também, PK Dick com seu “Blade Runner”.
SOCIAL SCI-FI – É um gênero de ficção científica onde a sociedade humana é extrapolada e criticada e a ficção científica serve mais de pano de fundo. Este subgênero “absorve e discute a antropologia” e especula sobre o comportamento e as interações humanas. Muitas vezes é chamado de “DISTOPIA” por alguns críticos e autores. Mas em minha simples opinião, sigo com o subgênero que abre o tópico. E para distopia, trago a descrição da boa Wikipedia:
Distopia, cacotopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma “utopia negativa”. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas por totalitarismo ou autoritarismo (controle opressivo de toda uma sociedade), por anarquia (desagregação social), ou por condições econômicas, populacionais ou ambientais degradadas ou levadas a um extremo ou outro. A tecnologia se insere nesse contexto como ferramenta de controle, por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell é um ótimo exemplo se enquadra, muito bem, tanto no subgênero quanto no termo (aproveitem e leiam esta obra. É importante para entendermos – por incrível que possa parecer – nosso mundo atual).
SPACE OPERA – É um gênero mal definido. Geralmente envolve viagens interplanetárias, vários romances/filmes sequenciais, personagens recorrentes, guerras e temas épicos. Star Wars é o clássico space opera – tanto cinema quanto nos livros.
STEAMPUNK – Nos mundos steam punk a tecnologia evoluiu de forma diferente do nosso mundo. Diversas máquinas movidas principalmente à vapor dominam o cenário. Tem como inspiração trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Vinte Mil Léguas Submarinas de Jules Verne e A Máquina do Tempo de H.G. Wells, são bons exemplos de ficção Steampunk.
CYBERPUNK – É uma das minhas paixões, um gênero de ficção que reúne os temas de fusão homem-máquina, trans humanismo, fraude eletrônica, realidade virtual e a decadência da sociedade entre outros.
Blade Runner é o clássico absoluto do cinema e seu livro “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (Androides sonham com ovelhas elétricas). Além deste, muitos outros romances de Phillip K. Dick são cyberpunk na essência e no contexto de cada linha. Neuromancer de William Gibson também deve ser considerado leitura obrigatória.
BIOPUNK – Pura combinação de “biotecnologia” e “punk” É uma variação do cyberpunk onde o foco é na engenharia genética, biologia sintética e biotecnologia ao invés de cyber implantes. Também estão presentes temas de eugenia, repressão política e declínio social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi é uma boa escolha de leitura do subgênero.
SUPERHERO – Ainda existe algum debate se o gênero de super-heróis pertence à ficção ou fantasia. O fato é que muitas histórias de super-heróis misturam vários gêneros completamente diferentes como por exemplo em dois opostos as histórias de detetive do Batman e a escala absurda de poder das histórias do Beyonder, Tanus ou Galactus. Todo mundo conhece pelo menos um pouco deste gênero e hoje o cinema é assoberbado em filmes de super-heróis.
Apesar de originalmente ser advindo das HQ’s, o subgênero “superhero” tem começado a se lançar nos romances. Mas há uma forte polêmica na avaliação deste subgênero. Diversos críticos (e autores) não aceitam o subgênero como ficção científica. Há uma citação de Orson Scott Card em seu livro “How to Write Science Fiction and Fantasy” que diz: “A ficção científica é sobre o que poderia e não é, enquanto a fantasia é sobre o que não poderia ser”.
VIAGENS EXTRAORDINÁRIAS – Praticamente baseado nos livros de Júlio Verne, são viagens mirabolantes tais como: “Da Terra à Lua”, “A ilha misteriosa”, “Cinco semanas em um balão”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”.
É um gênero que mistura ficção com aventura. Verne, por exemplo, teve “sua ficção” ancorada no presente. Embora tenha tratado do passado histórico e pré-histórico, e escrito umas poucas narrativas ambientadas no futuro, Verne referia-se ao agora, ao conhecimento fixado pelo homem do século 19. Não importava que falasse de dinossauros ou da Atlântida submersa, sua ficção destilava uma forte sensação do contemporâneo.
FANTASY SCIENCE – É mais um cross over de gêneros, onde existem elementos sci-fi misturados com fantasia como mitologia, magias, etc. Podemos citar “A Princess of Mars” e seu protagonista John Carter como representante desta categoria.
Vale, também, uma leitura de “As Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury. É uma coleção de histórias de ficção vagamente relacionadas retratando a humanidade lutando para fugir de uma potencial guerra nuclear na Terra para tentar encontrar refúgio no planeta vermelho. Muitas das ideias de Bradbury postas adiante nos livros pareciam fantásticas naquela época, mas nos dias modernos os esforços de um dia explorar Marte tapam a visão dos escritores de ficção científica de como seria visitar lá.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas histórias são sobre o fim da terra ou da raça humana. É um gênero muito explorado hoje em dia e pode ser pré ou pós apocalíptico. O motivo do apocalipse pode ser ambiental, guerra, invasão alienígena, pandemias, revolta das máquinas, cósmico, entre outros. Alguns exemplos: O livro de Eli, Presságio, Matrix, O Dia em que a Terra Parou, Eu Sou a Lenda, 2012, Exterminador do Futuro, etc.
Não colocamos todos os subgêneros, para não tornar o post maçante. Temos ainda muitos subgêneros – alguns nem considerados desta forma – que, inclusive, são conflitantes. E ensejam discussões infinitas. Muitas obras são extremamente difíceis de serem enquadradas/classificadas. A ideia do post, foi clarear a visão de – alguns – leitores. É muito importante, este mergulho nas várias formas de ler/escrever/entender de ficção científica.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – de um dos gênios da ficção.
“Estamos saindo a cada instante do momento presente. Nossa existência mental, que é imaterial e não tem dimensões, desloca-se ao longo da Dimensão-Tempo com uma velocidade uniforme, do berço ao túmulo. Da mesma forma que viajaríamos para baixo se começássemos nossa existência cinquenta milhas acima da superfície da terra.
(A máquina do tempo).” HG Wells
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La ficción tiene varios caminos pero un solo destino.
¡Hola a todos! ¿Están bien? Eso espero.
Nuestro post de hoy explorará los diferentes subgéneros de ciencia ficción. Pero antes de eso, escribamos un poco sobre la amplia gama de subcategorías que forman parte de Literatura fantástica. Es importante señalar que LitFan tiene como característica natural la posibilidad de liberar lo imaginario, elemento que da alas a los escritores y permite la expansión continua de este estilo literario. Así, podemos decir que la literatura fantástica “se refiere a lo creado por la imaginación, lo que no existe en la realidad. Es aplicable a un objeto como la literatura, porque en este universo, por más que se intente acercarlo a lo real, se limita a lo fantástico y lo ficcional”. En resumen, esta clase literaria se divide comúnmente en: Ciencia Ficción, que en general narra el impacto de la ciencia en la sociedad literaria creada; Terror, que utiliza elementos de la literatura fantástica para crear el sentimiento de miedo; y la categoría Fantasía, que hace un fuerte uso de elementos mágicos y sobrenaturales en su narrativa. Sin embargo, hay varios subgéneros incluidos entre estas tres categorías, factor que no solo amplía considerablemente el nivel de categorización de la literatura fantástica, sino que también la clasifica de manera más completa.
Volviendo al tema principal. Cuando hablamos de ciencia ficción solemos pensar en robots o naves espaciales, este estereotipo construido por la sociedad, pero hay varios subgéneros de ficción que escapan “levemente” a este patrón. Resumamos cada uno:
HARD SCI-FI: este género consiste en una ficción donde la ciencia se explica en detalle y con precisión científica. Hay un esfuerzo de verosimilitud. En la ciencia ficción dura, los personajes principales suelen ser científicos, ingenieros o astronautas prácticos.
El desarrollo de los personajes suele situarse en un segundo plano, en relación a la exploración de fenómenos astronómicos o físicos, pero algunos autores anticipan la condición humana o la idea de que los individuos tendrán diferentes valores y formas de vida en sociedades futuras, donde Circunstancias tecnológicas y tecnológicas Los cambios económicos han cambiado.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov y Jules Verne son autores famosos de HSF.
SCI-FI MILITAR – Es un subgénero de la ciencia ficción que presenta el uso de tecnología de ciencia ficción, principalmente armas, con fines militares y generalmente personajes principales que son miembros de una organización militar involucrada en actividades militares, generalmente durante una guerra; a veces ocurre en el espacio exterior o en uno o más planetas diferentes. Existe en la literatura, el cómic, el cine y los videojuegos.
Una descripción detallada del conflicto, las tácticas y las armas utilizadas en él, y el papel de un servicio militar y los miembros individuales de esa organización militar forman la base del trabajo típico de ciencia ficción militar. Las historias a menudo usan características de conflictos terrestres actuales o pasados, con países reemplazados por planetas o galaxias de características similares, buques de guerra reemplazados por buques de guerra espaciales y ciertos eventos cambiados para que el autor pueda extrapolar lo que podría haber sucedido.
HG Wells y su “La guerra de los mundos” es un gran escritor y su trabajo en este subgénero.
ROBOT SCI-FI – El género de los robots fue acuñado por el gigante Izaac Azimov y todo lo que se sabe y se inventó sobre los robots hoy se deriva de su trabajo. Varias películas han sido adaptadas de sus obras como Me, Robot y The Bicentennial Man. Otras películas representan muy bien el género como Inteligencia Artificial.
Azimov es el genio / creador que nos involucra fuertemente en este subgénero con su “Yo, Robot”. También tenemos a PK Dick con su “Blade Runner”.
SCI-FI SOCIAL – Es un género de ciencia ficción donde la sociedad humana es extrapolada y criticada y la ciencia ficción sirve más como fondo. Este subgénero “absorbe y discute la antropología” y especula sobre el comportamiento y las interacciones humanas. A menudo, algunos críticos y autores la llaman “distopía”. Pero en mi simple opinión, sigo con el subgénero que abre el tema. Y para la distopía, les traigo la descripción de la buena Wikipedia:
Distopía, cacotopía o antiutopía es cualquier representación o descripción, organizativa o social, cuyo valor represente la antítesis de la utopía o promueva vivir en una “utopía negativa”. El término también se refiere a un lugar, tiempo o estado imaginario en el que uno vive en condiciones de extrema opresión, desesperación o privación. Las distopías se caracterizan generalmente por el totalitarismo o autoritarismo (control opresivo de toda una sociedad), por la anarquía (ruptura social), o por condiciones económicas, poblacionales o ambientales degradadas o empujadas a un extremo u otro. La tecnología se inserta en este contexto como una herramienta de control, por parte del Estado o de las instituciones o corporaciones, o incluso, como una herramienta de opresión. o, por haber escapado al control humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell es un gran ejemplo si encaja muy bien, tanto en el subgénero como en el término (disfruta y lee este trabajo. Es importante que entendamos, por increíble que parezca, nuestro mundo actual).
SPACE OPERA – Es un género mal definido. Por lo general, implica viajes interplanetarios, varias novelas / películas secuenciales, personajes recurrentes, guerras y temas épicos. Star Wars es la clásica ópera espacial, tanto en el cine como en los libros.
STEAMPUNK: en los mundos de steam punk, la tecnología ha evolucionado de manera diferente a nuestro mundo. Varias máquinas accionadas principalmente por vapor dominan la escena. Inspirado en obras de Jules Verne y H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Twenty Thousand Leagues Underwater de Julio Verne y Time Machine de H.G. Wells son buenos ejemplos de ficción Steampunk.
CYBERPUNK – Es una de mis pasiones, un género de ficción que reúne los temas de fusión hombre-máquina, transhumanismo, fraude electrónico, realidad virtual y el declive de la sociedad, entre otros.
Blade Runner es el clásico absoluto del cine y su libro “¿Sueñan los androides con ovejas eléctricas?” (Los androides sueñan con ovejas eléctricas). Además de esto, muchas otras novelas de Phillip K. Dick son cyberpunk en esencia y en el contexto de cada línea. El neuromante de William Gibson también debe considerarse lectura obligatoria.
BIOPUNK – Combinación pura de “biotecnología” y “punk”. Es una variación del cyberpunk donde el enfoque está en la ingeniería genética, la biología sintética y la biotecnología en lugar de los ciberimplantes. También hay temas de eugenesia, represión política y decadencia social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi es una buena opción para leer el subgénero.
SUPERHÉROE – Todavía hay cierto debate sobre si el género de superhéroes pertenece a la ficción o la fantasía. El hecho es que muchas historias de superhéroes mezclan varios géneros completamente diferentes, como las historias de detectives de Batman en dos opuestos y la absurda escala de poder de las historias de Beyonder, Tanus o Galactus. Todo el mundo conoce al menos un poco de este género y hoy el cine está desbordado de películas de superhéroes.
Aunque originalmente provenía de las oficinas centrales, el subgénero “superhéroe” ha comenzado a lanzarse en las novelas. Pero existe una fuerte controversia en la evaluación de este subgénero. Varios críticos (y autores) no aceptan el subgénero como ciencia ficción. Hay una cita de Orson Scott Card en su libro “Cómo escribir ciencia ficción y fantasía” que dice: “La ciencia ficción trata sobre lo que podría y no es, mientras que la fantasía trata sobre lo que no podría ser”.
EXTRAORDINARIOS VIAJES – Prácticamente basados en los libros de Julio Verne, son viajes increíbles como: “De la Tierra a la Luna”, “La isla misteriosa”, “Cinco semanas en un globo”, “Veinte mil leguas de viaje submarino”, “Alrededor del mundo en 80 días” y “Viaje al centro de la tierra”.
Es un género que mezcla ficción con aventura. Verne, por ejemplo, tenía “su ficción” anclada en el presente. Aunque se ocupó del pasado histórico y prehistórico, y escribió algunas narraciones ambientadas en el futuro, Verne se refirió al ahora, al conocimiento fijado por el hombre del siglo XIX, un fuerte sentimiento contemporáneo.
FANTASY SCIENCE – Es más un cruce de géneros, donde hay elementos de ciencia ficción mezclados con fantasía como mitología, magia, etc. Podemos mencionar a “Una princesa de Marte” y su protagonista John Carter como representante de esta categoría.
También vale la pena leer “The Martian Chronicles” de Ray Bradbury. Es una colección de historias de ficción vagamente relacionadas que representan a la humanidad luchando por escapar de una posible guerra nuclear en la Tierra para tratar de encontrar refugio en el planeta rojo. Muchas de las ideas de Bradbury expuestas en los libros parecían fantásticas en ese momento, pero los esfuerzos de hoy en día por explorar Marte oscurecen la visión de los escritores de ciencia ficción sobre cómo sería visitar allí.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas historias tratan sobre el fin de la tierra o la raza humana. Es un género muy explorado en la actualidad y puede ser pre o post apocalíptico. La razón del apocalipsis puede ser ambiental, guerra, invasión alienígena, pandemias, revuelta de máquinas, cósmica, entre otras. Algunos ejemplos: el libro de Eli, Omen, Matrix, The Day the Earth Stood Still, I Am the Legend, 2012, Terminator, etc.
No ponemos todos los subgéneros, para no aburrir la publicación. Todavía tenemos muchos subgéneros, algunos ni siquiera considerados de esta manera, que incluso son conflictivos. Y dar lugar a interminables discusiones. Muchas obras son extremadamente difíciles de clasificar. La idea de la publicación era aclarar la visión de algunos lectores. Es muy importante sumergirse en las diversas formas de leer / escribir / entender la ciencia ficción.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- de uno de los genios de la ficción.
“Estamos dejando cada momento del momento presente. Nuestra existencia mental, que es inmaterial y no tiene dimensiones, se mueve a lo largo de la Dimensión-Tiempo con velocidad uniforme, desde la cuna hasta la tumba. De la misma manera que viajaríamos hacia abajo si comenzáramos nuestra existencia a cincuenta millas sobre la superficie de la tierra.
(La máquina del tiempo). ” HG Wells
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Um mundo bruto e dividido – A pura visão de Aldous Huxley.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS espera trazer um tema polêmico e impactante.
Hoje o blog traz um pouco da obra do britânico Aldous Huxley.
Antes de mais nada, as devidas apresentações. Aldous Leonard Huxley nasceu em Godalming, Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894. Filho de um professor e escritor e neto de um famoso naturalista, Huxley cresceu em um ambiente cercado pela vasta elite intelectual. Estudou no Eton College, mas foi obrigado a abandonar os estudos por causa de uma doença nos olhos que o deixou quase cego. Mais tarde, recuperado da visão, voltou aos estudos. Em 1913 ingressou no Balliol College em Oxford, obtendo a licenciatura em Literatura Inglesa em 1915.
Huxley fez várias viagens para manter contato com a intelectualidade europeia. Esteve em Paris e em seguida residiu na Itália. Em 1937, mudou-se para os Estados Unidos, esteve na Califórnia e no ano seguinte foi para Hollywood, onde passou a escrever roteiros para o cinema. Em seguida, começou sua época mística. Em 1941 aproximou-se da literatura religiosa da Índia. A partir de 1950, iniciou mais uma nova etapa de sua vida, agora relacionada com as drogas, quando fez uso dos alucinógenos mescalina e LSD, para expandir a consciência e descobrir novos horizontes do pensamento humano.
Em 1960, Huxley foi diagnosticado com um câncer de laringe. Sua experiência com drogas psicodélicas foi tão marcante que ele planejou deixar a vida em uma viagem de LSD. Com a ajuda de sua mulher Laura, depois de três anos lutando contra a doença e às portas da morte, pediu para lhe injetar diversas doses de LSD. Em uma carta endereçada ao irmão de Huxley, Laura relata como foi a morte do marido sob o efeito do ácido.
Bem, não é a primeira vez (e nem será a última) que o PHANTASTICUS fala sobre Huxley. Em 20 de setembro de 2015, no post “O Mundo criado por Aldous Huxley” o blog trazia um pouco sobre este gênio. Se quiserem dar uma relembrada, segue o “caminho”:
E o blog vai voltar a falar da principal obra de Huxley: “Brave New World” (Admirável Mundo Novo). BNW é um romance distópico de ficção científica, escrito em 1931 e publicado em 1932. É em grande parte ambientado em um Estado Mundial futurista, cujos cidadãos são ambientalmente construídos em uma hierarquia social baseada em inteligência – o romance antecipa enormes avanços científicos na área reprodutiva tecnologia, aprendizagem durante o sono, manipulação psicológica e condicionamento clássico que se combinam para formar uma sociedade distópica que é desafiada por um único indivíduo: o protagonista da história.
O romance começa na cidade estadual mundial de Londres em AF (After Ford) 632 (AD 2540 no calendário gregoriano), onde os cidadãos são projetados por meio de úteros artificiais e programas de doutrinação infantil em classes predeterminadas (de uma forma menos sútil: castas) com base na inteligência e no trabalho.
O Estado Mundial é construído sobre os princípios da linha de montagem de Henry Ford: produção em massa, homogeneidade, previsibilidade e consumo de bens de consumo descartáveis. Embora o Estado Mundial não tenha religiões baseadas no sobrenatural, o próprio Ford é reverenciado como o criador de sua sociedade, mas não como uma divindade, e os personagens celebram o Dia de Ford e fazem juramentos em seu nome (por exemplo, “Por Ford!”). Nesse sentido, estão presentes alguns fragmentos da religião tradicional, como as cruzes cristãs, que tiveram seus topos cortados para serem trocados por um “T”, representando o Ford Modelo T. O calendário do Estado Mundial enumera os anos na era “AF” – “Anno Ford” – com o calendário começando em 1908 DC, o ano em que o primeiro Modelo T de Ford saiu de sua linha de montagem. O ano do calendário gregoriano do romance é 2540 DC, mas é referido no livro como AF 632.
Ponto de observação: Henry Ford, que se tornou uma figura messiânica para o Estado Mundial. “Nosso Ford” é usado no lugar de “Nosso Senhor”, como um crédito para popularizar o uso da linha de montagem. Muito da descrição dada por Huxley para Ford como uma figura central no surgimento do Admirável Mundo Novo também pode ser uma referência à utópica cidade industrial de Fordlândia encomendada pela Ford em 1927. (esta observação vem de muitas especulações históricas).
Outro ponto: Sigmund Freud, “Nosso Freud” às vezes é dito no lugar de “Nosso Ford” porque o método psicanalítico de Freud depende implicitamente das regras do condicionamento clássico. E porque Freud popularizou a ideia de que a atividade sexual é essencial para a felicidade humana. (vale ressaltar que está fortemente implícito nas linhas de BNW que os cidadãos do Estado Mundial acreditam que Freud e Ford sejam a mesma pessoa.)
Nesta sociedade utópica, existem cinco castas: alfa, beta, gama, delta e epsilon. Estas castas ainda se subdividem em “mais e menos”, classificando as pessoas como alfa mais ou beta menos por exemplo. Como mostramos há algumas linhas, nesta sociedade do futuro, nenhum humano é concebido por meio de relações sexuais, todos são gerados em laboratórios e centros que cuidarão de todo o seu desenvolvimento e condicionamento. Curiosamente a concepção tradicional provoca repulsa em todas as pessoas e qualquer gravidez resulta em um aborto autorizado e recomendado pelo governo.
Durante o período de gestação, os embriões viajam em garrafas ao longo de uma correia e são transportados através de um edifício de fábrica e são condicionados a pertencer a uma das cinco castas: Alpha, Beta, Gama, Delta ou Epsilon. Os embriões Alpha estão destinados a se tornarem líderes e pensadores do Estado Mundial. As castas Beta e Gama nascem para serem condicionadas a serem um pouco física e intelectualmente capaz. Os Deltas e os Epsilons nascem atrofiados por falta de oxigênio e de tratamentos químicos e estão destinados ao trabalho mais duro; são resistentes à poluição e fisicamente mais fortes e marginalizados.
As castas mais altas (os alfa mais) são aqueles que gozam das maiores regalias, mantidas às custas do trabalho das castas inferiores. O consumo é estimulado e qualquer forma de reaproveitamento é rejeitada, assim como o conceito de família e de privacidade. Esta sociedade cultua a beleza, a vaidade e a juventude, de modo que, através da medicina e da manipulação genética e biológica, o envelhecimento externo do corpo humano é evitado até a morte. A expectativa de vida é baixa e devido às interferências da medicina as pessoas morrem com um aspecto aparentemente jovial. Os relacionamentos são meras convenções sociais, pautados pela poligamia e pela completa ausência de afeto, amor ou paixão.
Nota: O ponto primordial para entendermos essa estranha sociedade – criada por Huxley – é o condicionamento ao qual todos os seres humanos são submetidos, que determina a identidade, a casta, o comportamento, ideologias, preferência e até mesmo parte do pensamento de todos. Pense bem! Existem várias formas de condicionamento mental. Avalie a nossa volta o que é “proposto” e sinta. Sinta e pense.
A “modelagem” psicológica também ocorre muito cedo. Através de gravações incessantes cheias de determinações durante o sono, treinamentos e testes, as crianças se desenvolvem de forma padronizada para atender as necessidades sociais. Em um destes treinamentos, bebês recebem eletrochoque quando tocam livros, posicionados estrategicamente ao seu alcance. Este teste é repetido inúmeras vezes até que os bebês associem que livros são algo ruim, e desta forma não se interessarão em ler no futuro qualquer coisa diferente do determinado. O conhecimento e a sabedoria são rechaçados, assim como a história, cultura e arte do passado. Tudo que não é fruto da “criação fordiana” é atacado.
Na sociedade utópica de BNW, não existem as drogas lícitas que conhecemos como o cigarro e a bebida. No entanto, as pessoas contam com uma droga ainda mais poderosa: o SOMA.
Criado para não provocar o mal estar após consumo, (assim como a bebida provoca ressaca), o SOMA representa não apenas uma evasão da realidade, mas também uma forma de manipulação extremamente eficaz. Além de provocar bem estar físico e alucinações, o SOMA é utilizado para controlar a sociedade: as castas inferiores recebem uma pequena ração da droga ao fim de cada dia de trabalho, o que faz com que trabalhem cegamente para a manutenção do vício. Por outro lado, as castas mais altas recebem o SOMA livremente e toda vez que um ou outro começa a pensar livremente de forma contrária ao sistema a droga é consumida, voluntariamente ou de forma obrigatória.
Dentre todos os personagens, o livro destaca a história de Bernard Marx, que apesar de pertencer à elite genética, por um defeito durante a sua gestação acabou saindo diferente dos demais. Diante disso, o homem acaba por se sentir excluído, rebelando-se contra o sistema pelo qual se sente injustiçado. Mas, sem spoilers, vocês devem buscar o livro. Vale a pena.
As previsões de Huxley em BNW são impressionantes. Vejam algumas:
Reprodução Humana (Fertilização in vitro) – Para se ter dimensão da história da fertilização in vitro, o primeiro bebê de proveta nasceu em 1978, mais de 40 anos depois que o autor escreveu o seu livro de ficção científica.
Manipulação genética – A sociedade hipotética e científica de Huxley, além da reprodução in vitro, manipulava geneticamente os embriões para que os bebês nascessem com características pré-determinadas, de acordo com a sua casta. Dessa forma, toda a hereditariedade era cuidadosamente selecionada a partir do uso de gametas de homens e mulheres padronizados. Hoje em dia a comunidade científica mundial tem passado por uma série de debates sobre a ética da manipulação genética. Nos últimos anos, a possibilidade de manipular geneticamente seres humanos se tornou realidade, e, apesar de todo o embate dos pesquisadores sobre o tema, no ano passado cientistas chineses criaram embriões humanos geneticamente modificados.
Programação Neurolinguística – Durante seu desenvolvimento, os habitantes de BNW passavam por treinamentos para condicionar seus pensamentos. De acordo com sua casta, diariamente os personagens recebiam informações para que desenvolvessem consciência sobre como deveriam ser e agir. É evidente que a comparação entre o método de condicionamento do universo de Huxley e o desenvolvimento da Programação Neurolinguística (ou PNL) se diferem em uma série de questões, mas é bastante interessante perceber que o autor foi capaz de prever métodos capazes de modificar comportamentos através de modelos mentais.
Apesar de ter sido escrito há mais de 80 anos, Admirável Mundo Novo se mostra, em muitos momentos, extremamente atual, levantando questionamentos sobre a vida contemporânea e sobre os desafios para o futuro da humanidade. Com personagens complexos, a narrativa envolve o leitor em um universo hipotético, mas passível de diversas comparações com todas as mudanças pelas quais o mundo tem passado ao longo das últimas décadas.
Toda a sociedade do Estado Mundial gira em torno da economia e da diversão. Os processos de produção, até onde entendi, são uma espécie de linha de montagem semelhante à Ford. O trabalho das pessoas é o dia inteiro e, à noite, dedicam-se aos sentidos, como jogar golfe eletromagnético ou fazerem sexo recreativo. As amizades são superficiais e não há relações familiares.
Um dos pontos mais profundos nos quais se baseia a obra é o conceito de história. As pessoas não têm um conhecimento do passado, de modo que elas não serão capazes de comparar o presente com qualquer coisa que possa vir a mudar o momento. Outro ponto importante é que as pessoas não devem ter emoções. A felicidade cega é necessária para a estabilidade. E para alcançar a felicidade, é dever renunciar à ciência, da arte, da religião e de outras tantas coisas que valorizamos no mundo real. Uma das coisas que garantem essa felicidade é a droga chamada SOMA, que acalma o indivíduo alterando a sua sensibilidade, mas sem deixá-lo de ressaca.
Aldous Huxley predisse em 1932 uma raça humana que, no ano de 2540, seria destruída pela ignorância, teria um desejo constante de entretenimento, teria o domínio da tecnologia e uma superabundância de bens materiais. E… Estaríamos vivendo hoje um “Admirável Mundo Novo” antecipado? Com as redes sociais ocupando diariamente a vida das pessoas, podemos observar que o conhecimento está sendo substituído por um fenômeno novo, que são os memes, gostos, twitters, seguidores e a quantidade de curtidas que você recebe? Que palavras (e até frases inteiras) são substituídas por emojis? “O que amamos um dia nos destruirá”, disse Aldous Huxley. A raça humana, segundo o autor, será destruída pela ignorância, um desejo constante de entretenimento, o domínio da tecnologia e uma abundância de bens materiais.
Contundente e profético. Aldous Huxley escreveu “Admirável Mundo Novo”, com uma forte visão pessimista do futuro e uma crítica feroz do culto positivista à ciência, num momento em que as consequências sociais da grande crise de 1929 afetavam em cheio as sociedades ocidentais, e em que a crença no progresso e nos regimes democráticos parecia vacilar. Publicado antes da chegada de Hitler ao poder na Alemanha (1933), BNW denuncia a perspectiva “de pesadelo” de uma sociedade totalitária fascinada pelo progresso científico e convencida de poder oferecer a seus cidadãos uma felicidade obrigatória. Apresenta a visão alucinada de uma humanidade desumanizada pelo condicionamento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov foi um fisiologista russo conhecido principalmente pelo seu trabalho no condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904) e pelo prazer ao alcance de uma pílula (o “SOMA”). Num mundo horrivelmente perfeito, a sociedade decide totalmente, com fins eugenistas e produtivistas, a sexualidade da procriação. Hoje, vemos políticos vandalizarem nossa compreensão da realidade. Um bom exemplo, as recentes eleições americanas. Será que estamos entrando no “Admirável Mundo Novo”. Nove décadas depois, este livro (tão atual) vem para alertar que sociedades de controle podem apoiar-se, além da repressão, na tecnologia e culto do “progresso”. Estamos vivendo aquilo que chamamos do “pós-fato”, que é um mecanismo de enfrentamento para os comentaristas que reagem aos ataques não apenas a quaisquer fatos, mas também aos que são centrais ao sistema e crenças. Uma coisa tenho como certa: existem muitas coincidências entre o ano de 2540 e os dias de hoje.
A leitura de “Admirável Mundo Novo” alerta contra todas estas agressões. Sem esquecer as manipulações midiáticas. Este romance também pode ser visto como uma sátira muito pertinente da nova sociedade delirante que está sendo construída hoje, em nome da “modernidade” ultraliberal. Pessimista e sombrio, o futuro visto por Aldous Huxley serve de advertência e anima, na época das manipulações genéticas e da clonagem, a vigiar de perto os progressos científicos atuais e seus potenciais efeitos destrutivos.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos animais, mas também é pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos.” Aldous Huxley
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Un mundo crudo y dividido: la visión pura de Aldous Huxley.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS espera sacar a relucir un tema controvertido e impactante.
Hoy el blog trae un poco del trabajo del británico Aldous Huxley.
En primer lugar, las presentaciones adecuadas. Aldous Leonard Huxley nació en Godalming, Inglaterra, el 26 de julio de 1894. Hijo de un profesor y escritor y nieto de un famoso naturalista, Huxley creció en un entorno rodeado por la vasta élite intelectual. Estudió en Eton College, pero se vio obligado a abandonar la escuela debido a una enfermedad ocular que lo dejó casi ciego. Más tarde, recuperado de su visión, volvió a sus estudios. En 1913 ingresó en Balliol College en Oxford, obteniendo un título en Literatura Inglesa en 1915.
Huxley realizó varios viajes para mantenerse en contacto con los intelectuales europeos. Estuvo en París y luego residió en Italia. En 1937 se mudó a Estados Unidos, estuvo en California y al año siguiente se fue a Hollywood, donde comenzó a escribir guiones para el cine. Entonces comenzó su edad mística. En 1941 se acercó a la literatura religiosa de la India. A partir de 1950 inició otra nueva etapa de su vida, ahora relacionada con las drogas, cuando hizo uso de los alucinógenos mescalina y LSD, para expandir la conciencia y descubrir nuevos horizontes del pensamiento humano.
En 1960, a Huxley le diagnosticaron cáncer de laringe. Su experiencia con las drogas psicodélicas fue tan notable que planeó dejar su vida en un viaje con LSD. Con la ayuda de su esposa Laura, después de tres años de luchar contra la enfermedad y al borde de la muerte, pidió inyectarle varias dosis de LSD. En una carta dirigida al hermano de Huxley, Laura habla de la muerte de su esposo por el ácido.
Bueno, no es la primera vez (ni será la última) que PHANTASTICUS habla de Huxley. El 20 de septiembre de 2015, en el post “El mundo admirable creado por Aldous Huxley”, el blog traía un poco sobre este genio. Si quieres dar un recordatorio, sigue el “camino”:
Y el blog volverá a hablar sobre el trabajo principal de Huxley: “Un mundo feliz”. BNW es una novela de ciencia ficción distópica, escrita en 1931 y publicada en 1932. Está ambientada en gran parte en un estado mundial futurista, cuyos ciudadanos están construidos ambientalmente sobre una jerarquía social basada en la inteligencia: la novela anticipa enormes avances científicos en el campo de la tecnología reproductiva. , aprendizaje durante el sueño, manipulación psicológica y condicionamiento clásico que se combinan para formar una sociedad distópica que es desafiada por un solo individuo: el protagonista de la historia.
La novela comienza en la ciudad estatal mundial de Londres en AF (Después de Ford) 632 (AD 2540 en el calendario gregoriano), donde los ciudadanos se proyectan a través de úteros artificiales y programas de adoctrinamiento infantil en clases predeterminadas (de una manera menos sutil: castas) basadas en sobre inteligencia y trabajo.
The World State se basa en los principios de la línea de montaje de Henry Ford: producción en masa, homogeneidad, previsibilidad y consumo de bienes de consumo desechables. Aunque el Estado Mundial no tiene religiones basadas en lo sobrenatural, el propio Ford es venerado como el creador de su sociedad, pero no como una deidad, y los personajes celebran el Día de Ford y hacen juramentos en su nombre (por ejemplo, “¡Por Ford! “). En este sentido, algunos fragmentos de la religión tradicional están presentes, como las cruces cristianas, a las que se les cortó la parte superior para ser intercambiadas por una “T”, que representa el Ford Modelo T. El calendario estatal mundial enumera los años en el ” AF “era -” Anno Ford “- con el calendario a partir de 1908 DC, el año en que el primer Modelo T de Ford salió de su línea de montaje. El año del calendario gregoriano de la novela es el 2540 d.C., pero en el libro se hace referencia a él como AF 632.
Punto de observación: Henry Ford, quien se convirtió en una figura mesiánica para el Estado mundial. “Nuestro Ford” se utiliza en lugar de “Nuestro Señor” como crédito para popularizar el uso de la línea de montaje. Gran parte de la descripción que hace Huxley de Ford como una figura central en el surgimiento del Un mundo feliz también puede ser una referencia a la ciudad industrial utópica de Fordlandia encargada por Ford en 1927 (esta observación proviene de muchas especulaciones históricas).
Otro punto: Sigmund Freud, “Nuestro Freud” se dice a veces en lugar de “Nuestro Ford” porque el método psicoanalítico de Freud depende implícitamente de las reglas del condicionamiento clásico. Y porque Freud popularizó la idea de que la actividad sexual es esencial para la felicidad humana. (Vale la pena mencionar que está fuertemente implícito en las líneas de BNW que los ciudadanos del Estado Mundial creen que Freud y Ford son la misma persona).
En esta sociedad utópica, hay cinco variedades: alfa, beta, gamma, delta y épsilon. Estas variedades se subdividen en “más y menos”, clasificando a las personas como al hacer más o beta menos, por ejemplo. Como hemos mostrado hay algunas líneas, en esta sociedad del futuro ningún ser humano se concibe a través de las relaciones sexuales, todas se generan en laboratorios y centros que se encargarán de todo su desarrollo y acondicionamiento. Curiosamente, la concepción tradicional causa repugnancia en todas las personas y cualquier embarazo resulta en un aborto autorizado y recomendado por el gobierno.
Durante el período de gestación, los embriones viajan en botellas a lo largo de un cinturón y son transportados a través de un edificio de la fábrica y están acondicionados para pertenecer a una de las cinco variedades: Alpha, Beta, Gamma, Delta o Epsilon. Los embriones alfa están destinados a convertirse en líderes y pensadores del Estado Mundial. Las variedades Beta y Gama nacen para ser acondicionadas para ser un poco capaces física e intelectualmente. Los deltas y los épsilones nacen atrofiados debido a la falta de oxígeno y tratamientos químicos y están destinados a trabajar más duro; son resistentes a la contaminación y físicamente más fuertes y marginados.
Las castas superiores (las más alfa) son las que disfrutan de las mayores ventajas, mantenidas a expensas del trabajo de las castas inferiores. Se fomenta el consumo y se rechaza cualquier forma de reutilización, así como el concepto de familia y privacidad. Esta sociedad adora la belleza, la vanidad y la juventud, por lo que, mediante la medicina y la manipulación genética y biológica, se previene el envejecimiento externo del cuerpo humano hasta la muerte. La esperanza de vida es baja y debido a la interferencia de la medicina, las personas mueren con un aspecto aparentemente juvenil. Las relaciones son meras convenciones sociales, guiadas por la poligamia y la ausencia total de afecto, amor o pasión.
Nota: El punto principal para que entendamos esta extraña sociedad – creada por Huxley – es el condicionamiento al que están sometidos todos los seres humanos, que determina su identidad, casta, comportamiento, ideologías, preferencias e incluso parte del pensamiento de todos. ¡Piensa cuidadosamente! Hay varias formas de condicionamiento mental. Evaluar a nuestro alrededor lo que se “propone” y sentir. Siente y piensa.
El “modelado” psicológico también ocurre muy temprano. A través de incesantes grabaciones llenas de determinaciones durante el sueño, el entrenamiento y las pruebas, los niños se desarrollan de manera estandarizada para satisfacer las necesidades sociales. En uno de estos entrenamientos, los bebés reciben descargas eléctricas cuando tocan libros, colocados estratégicamente al alcance de la mano. Esta prueba se repite infinidad de veces hasta que los bebés asocian que los libros son algo malo, y por tanto no les interesará leer nada más que lo que se determine en el futuro. Se rechazan el conocimiento y la sabiduría, así como la historia, la cultura y el arte del pasado. Todo lo que no es el resultado de la “creación fordiana” es atacado.
En la sociedad utópica de BNW, no existen drogas legales que conocemos como cigarrillos y bebidas. Sin embargo, las personas dependen de una droga aún más poderosa: SOMA.
Creado para no causar molestias después del consumo (al igual que beber provoca resaca), SOMA representa no solo un escape de la realidad, sino también una forma de manipulación extremadamente efectiva. Además de provocar bienestar físico y alucinaciones, el SOMA se utiliza para controlar la sociedad: las castas inferiores reciben una pequeña ración de la droga al final de cada jornada laboral, lo que les hace trabajar a ciegas para mantener su adicción. Por otro lado, las castas más altas reciben SOMA libremente y cada vez que uno u otro comienza a pensar libremente en contra del sistema, la droga es consumida, voluntaria u obligatoriamente.
Entre todos los personajes, el libro destaca la historia de Bernard Marx, quien a pesar de pertenecer a la élite genética, por un defecto durante su embarazo terminó saliendo diferente a los demás. Ante esto, el hombre acaba sintiéndose excluido, rebelándose contra el sistema por el que se siente agraviado. Pero, sin spoilers, deberías hacerte con el libro. Vale la pena.
Las predicciones de Huxley en BNW son impresionantes. A continuación, presentamos algunos:
Reproducción humana (fertilización in vitro): para tener una dimensión de la historia de la fertilización in vitro, el primer bebé probeta nació en 1978, más de 40 años después de que el autor escribiera su libro de ciencia ficción.
Manipulación genética – La sociedad hipotética y científica de Huxley, además de la reproducción in vitro, manipulaba genéticamente embriones para que los bebés nacieran con características predeterminadas, según su casta. De esta manera, toda la herencia se seleccionó cuidadosamente a partir del uso de gametos de hombres y mujeres estandarizados. En la actualidad, la comunidad científica mundial ha atravesado una serie de debates sobre la ética de la manipulación genética. En los últimos años, la posibilidad de manipular genéticamente a los seres humanos se ha convertido en una realidad y, a pesar de todo el choque de investigadores sobre el tema, el año pasado científicos chinos crearon embriones humanos modificados genéticamente.
Programación neurolingüística – Durante su desarrollo, los habitantes de BNW pasaron por capacitaciones para condicionar sus pensamientos. Según su casta, a diario los personajes recibían información para que tomaran conciencia de cómo debían ser y actuar. Es evidente que la comparación entre el método de condicionamiento del universo de Huxley y el desarrollo de la Programación Neurolingüística (o PNL) difiere en una serie de preguntas, pero es bastante interesante notar que el autor fue capaz de predecir métodos capaces de modificar comportamientos a través de de modelos mentales.
A pesar de haber sido escrito hace más de 80 años, “Un mundo feliz” es, en muchos momentos, extremadamente actual, planteando interrogantes sobre la vida contemporánea y sobre los desafíos para el futuro de la humanidad. Con personajes complejos, la narrativa engancha al lector en un universo hipotético, pero sujeto a diferentes comparaciones con todos los cambios que ha ido atravesando el mundo en las últimas décadas.
Toda la sociedad del Estado Mundial gira en torno a la economía y el entretenimiento. Los procesos de producción, hasta donde tengo entendido, son una especie de línea de montaje similar a Ford. La gente trabaja todo el día, y por la noche, se dedica a los sentidos, como jugar golf electromagnético o practicar sexo recreativo. Las amistades son superficiales y no hay relaciones familiares.
Uno de los puntos más profundos en los que se basa el trabajo es el concepto de historia. Las personas no tienen conocimiento del pasado, por lo que no podrán comparar el presente con nada que pueda cambiar el momento. Otro punto importante es que la gente no debería tener emociones. La felicidad ciega es necesaria para la estabilidad. Y para alcanzar la felicidad, es necesario renunciar a la ciencia, el arte, la religión y muchas otras cosas que valoramos en el mundo real. Una de las cosas que garantizan esta felicidad es la droga llamada SOMA, que calma al individuo cambiando su sensibilidad, pero sin dejarlo con resaca.
Aldous Huxley predijo en 1932 una raza humana que, en el año 2540, sería destruida por la ignorancia, tendría un deseo constante de entretenimiento, tendría dominio de la tecnología y una sobreabundancia de bienes materiales. Y … ¿Estaríamos viviendo en un anticipado “Un mundo feliz” hoy? Con las redes sociales ocupando la vida de las personas a diario, ¿podemos observar que el conocimiento está siendo reemplazado por un nuevo fenómeno, que son los memes, los gustos, los twitters, los seguidores y la cantidad de me gusta que recibes? ¿Qué palabras (e incluso oraciones completas) se reemplazan por emojis? “Lo que amamos algún día nos destruirá”, dijo Aldous Huxley. La raza humana, según el autor, será destruida por la ignorancia, el deseo constante de entretenimiento, el dominio de la tecnología y la abundancia de bienes materiales.
Corto y profético. Aldous Huxley escribió “Un mundo feliz”, con una fuerte visión pesimista del futuro y una feroz crítica del culto positivista a la ciencia, en un momento en que las consecuencias sociales de la gran crisis de 1929 estaban afectando a las sociedades occidentales y en la que la creencia en el progreso y en los regímenes democráticos pareció flaquear. Publicado antes de que Hitler llegara al poder en Alemania (1933), BNW denuncia la perspectiva de “pesadilla” de una sociedad totalitaria fascinada por el progreso científico y convencida de poder ofrecer a sus ciudadanos una felicidad obligatoria. Presenta la visión alucinada de una humanidad deshumanizada por el condicionamiento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov fue un fisiólogo ruso conocido principalmente por su trabajo en el condicionamiento clásico. Fue galardonado con el Premio Nobel de Fisiología o Medicina en 1904) y por el placer de tomar una pastilla ( la “SUMA”). En un mundo horriblemente perfecto, la sociedad decide totalmente, con fines eugenésicos y productivistas, la sexualidad de la procreación. Hoy, vemos a los políticos vandalizando nuestra comprensión de la realidad. Un buen ejemplo, las recientes elecciones estadounidenses. ¿Estamos entrando en el “mundo feliz”? Nueve décadas después, este libro (tan actual) llega a advertir que las sociedades de control pueden apoyarse, además de la represión, en la tecnología y el culto al “progreso”. Estamos experimentando lo que llamamos el “post-hecho”, que es un mecanismo de afrontamiento para los comentaristas que reaccionan a los ataques no solo sobre cualquier hecho, sino también sobre aquellos que son fundamentales para el sistema y las creencias. Una cosa que doy por sentada: hay muchas coincidencias entre el año 2540 y la actualidad.
La lectura de “Un mundo feliz” advierte contra todas estas agresiones. Sin olvidar las manipulaciones mediáticas. Esta novela también puede verse como una sátira muy pertinente de la nueva sociedad delirante que se construye hoy, en nombre de la “modernidad” ultraliberal. Pesimista y lúgubre, el futuro visto por Aldous Huxley sirve de advertencia y animación, en el momento de la manipulación genética y clonación, para seguir de cerca el progreso científico actual y sus posibles efectos destructivos.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Las palabras nos han permitido elevarnos por encima de los animales, pero también es a través de las palabras que a menudo descendemos al nivel de los seres demoníacos”. Aldous Huxley
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Leer la publicación, leer los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A atualidade aterradora de um livro de 70 anos … 1984 (mais uma vez).
Olá para todxs!! Hoje o PHANTASTICUS faz o primeiro post do ano. 2021 começou como 2020 terminou – recheado de problemas e notícias tristes. Mas algumas nos trazem esperança. Uma delas é a posse do democrata Joe Biden, como 46.º presidente dos Estados Unidos. Biden traz uma mensagem de união e de luta contra problemas globais – racismo, meio ambiente, etc… Não vou entrar em detalhes sobre as coisas que aconteceram neste novo ano que nos deixaram preocupados. Seria mais chuva nesta enchente. Então, vamos seguir o barco.
Hoje vamos falar, mais um pouco, sobre o livro “1984” (Nineteen Eighty-Four), publicado em 1949 e escrito pelo gênio britânico George Orwell. Mas antes de seguir, uma pergunta paira no ar: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Nota: George Orwell nasceu sob o nome de registro de Eric Arthur Blair em Motihari, na Índia, na época ainda uma colônia britânica. No entanto, quando tinha apenas 1 ano de idade foi morar na Inglaterra. O escritor foi aluno de Aldous Huxley e ingressou na Eton College com bolsa de estudos, já que seus pais não tinham condições de bancá-lo.
Antes de tentar responder, segue o post do blog sobre o livro, postado em meados do ano passado. Vale (re)ler.
George Orwell virou sinônimo de distopia ao apontar, na década de 1950, para um futuro em que câmeras nos vigiariam 24 horas por dia e governos totalitários distorceriam a verdade para manipular a população, semeando confusão e ódio. Agora, vejam alguns pontos que “1984” adiantou.
Privacidade
Esse conceito não existe na obra de Orwell. Do que fazem na rua ao que fazem em casa, inclusive enquanto dormem, todos os cidadãos são vigiados pelo “Big Brother”. Atualmente, nas câmeras nas ruas às redes sociais, é um fato que nossos passos são vigiados a cada instante. Veja se já não aconteceu com você: em algum momento do dia você escreveu uma mensagem para um amigo dizendo que estava com vontade de comer uma pizza ou uma massa e quando abriu o Instagram, surge um anúncio de uma pizza, que aparece de forma – quase – irresistível na tela do seu telefone. Já?
O problema é um pouco mais profundo quando paramos para refletir que somos nós quem abrimos nossa privacidade nas redes sociais. Lá compartilhamos as fotos que queremos, com os comentários que queremos, com quem queremos, sem nos darmos conta do alcance e dos dados que isso gera para empresas que estão de olho.
Sim, quer queira, quer não, tem muitas, muitas empresas de olho no que você faz nas redes sociais. Elas buscam informação. Informação sobre você. Pensa comigo: quanto você paga para usar o Facebook, Instagram ou Whatsapp? Nada, certo? No entanto, as três (que pertencem ao tio Mark Zuckerberg) estão entre as empresas mais valiosas do mundo, na cifra dos bilhões de dólares. Ora, se você não paga nada, de onde vem todo esse dinheiro? Um estudioso das mídias sociais respondeu bem isso: “se é de graça, o produto é você”.
Nota: Se quiser buscar mais informações sobre este tema, veja o documentário “O Dilema das Redes”. Vale a pena.
Teletelas
Lembra que no livro 1984 as teletelas apresentam conteúdo enquanto filmam as pessoas? Um celular na mão faz exatamente isso. Ele não filma, mas filtra suas informações através do que você escreve e de como interage na internet. Existem algoritmos que conseguem até medir seu humor no momento, se está triste ou feliz usando, por exemplo, a base na velocidade que você rola o feed, digita e mais situações.
Duplipensar
Duplo pensamento, duplicidade de pensamentos, saber que está errado e se convencer que está certo. “Inconsciência é ortodoxia”. É uma forma de lavagem cerebral. o Estado (neste caso, o regime totalitário) implanta nos cidadãos o “duplipensar”. Isto é, ele apresenta dois conceitos contraditórios e distorce a capacidade de interpretar cada um para perceber que não fazem sentido. Um exemplo é o lema do partido: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”. Ou seja, ninguém se questiona sobre a impossibilidade disso, pois ninguém quer pensar por si, apenas aceita o que é dito. O que lhe parece isto?
Ainda na proposta do “duplipensar”, o Partido faz com que uma mentira se torne uma verdade coletiva. O exemplo do livro é 2+2=5. Ninguém questiona mais as leis universais da matemática, que tornam esse cálculo impossível, porque se o governo disse, está dito. Não importa o que é dito, importa quem diz. Troque a palavra “duplipensar” por “fake News” e a lógica será a mesma. “Se aquele comentarista disse, é porque é verdade e pronto”.
Nota: Basta lembrar o que 45º presidente americano disse, afirmando fraude nas eleições e “virou verdade” para os seus “seguidores” (SIC).
O medo como arma de controle
Orwell observou como caminhava a humanidade e percebeu que o medo era tão perigoso quando as armas. O Grande Irmão era a fonte do medo enquanto era a fonte da provisão de todos. Impossível odiá-lo quando ele só pensava no bem da Oceania, sem se darem conta de que ele tinha nas mãos o controle da vida de todos. Por medo do sistema, todos acabavam se sujeitando – e até amando – o sistema. Parece um tanto com casos como do Estado Islâmico, onde, em nome de um “bem comum”, o medo impera.
O mundo do livro
No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:
Oceania – o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e grande parte do sul da África.
Eurásia – o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
Lestásia – o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
Territórios sob disputa: Outros territórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia (quadrilátero formado entre as cidades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong e Tânger), além de todo o território da Antártica.
No livro, a sociedade se divide em 3 classes:
Alta – Grande Irmão e Partido Interno (2%); Média – Partido Externo (13%) e Baixa – Proles (85%).
Os Ministérios são as principais representações do “Partido”, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do Partido.
Ministério da Verdade – É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.
Ministério da Paz – É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.
Ministério da Fartura ou Ministério da Riqueza – É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia, a prole.
Ministério do Amor – É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus “habitantes” não têm a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do poder para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.
Comentário: São muitos os signos de “1984” que são visíveis do Brasil e no mundo de hoje: a polarização como mecanismo de poder pelo poder; o horror à inteligência; os ministérios da educação que deseduca, ou da verdade encarregados da propagação da mentira, sempre com a retórica da violência; o espírito da perseguição e a estupidez como valor; a volúpia da ignorância e a guerra permanente. A ficção de Orwell permanece poderosa”, é a avaliação do romancista Cristovão Tezza, autor de livros como “A tirania do amor” e “O filho eterno”.
Orwell pôs a fome de poder dos regimes totalitários – de direita e de esquerda – e conseguiu dar um caráter único em seu romance “1984”. Assim como outros tantos livros, a interpretação é livre. Desta forma, tento responder a pergunta feita no início do post: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Vários grupos de direita se apossaram das linhas de “1984” e as direcionaram “seus mísseis” para os governos de esquerda. Mas, Orwell se opõe a tirania, a opressão, a tortura, etc… Seja ela de direita ou de esquerda. Leia o livro com “mente aberta”.
E desta forma, fechamos o post com algumas frases de Orwell.
“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La temible actualidad de un libro de 70 años … 1984 (de nuevo).
¡¡Hola todxs!! Hoy PHANTASTICUS realiza la primera publicación del año. 2021 comenzó como terminó 2020, lleno de problemas y noticias tristes. Pero algunos nos traen esperanza. Uno es la toma de posesión del demócrata Joe Biden, como 46º presidente de Estados Unidos. Biden trae un mensaje de unidad y de lucha contra los problemas globales: racismo, medio ambiente, etc. No entraré en detalles sobre las cosas que sucedieron en este nuevo año que nos preocuparon. Habría más lluvia en esta inundación. Entonces, sigamos el barco.
Hoy vamos a hablar, un poco más, del libro “1984” (Mil novecientos ochenta y cuatro), publicado en 1949 y escrito por el genio británico George Orwell. Pero antes de continuar, una pregunta flota en el aire: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Nota: George Orwell nació con el nombre registrado de Eric Arthur Blair en Motihari, India, en ese momento todavía era una colonia británica. Sin embargo, cuando solo tenía 1 año se fue a vivir a Inglaterra. El escritor era alumno de Aldous Huxley e ingresó al Eton College con una beca, ya que sus padres no podían pagarla.
Antes de intentar responder, siga la publicación del blog sobre el libro, publicada a mediados del año pasado. Vale la pena (re) leer.
George Orwell se convirtió en sinónimo de distopía cuando señaló, en la década de 1950, un futuro en el que las cámaras nos mirarían las 24 horas del día y los gobiernos totalitarios distorsionarían la verdad para manipular a la población, sembrando confusión y odio. Ahora, vea algunos puntos que presentó “1984”.
Intimidad
Este concepto no existe en el trabajo de Orwell. Desde lo que hacen en la calle hasta lo que hacen en casa, incluso mientras duermen, todos los ciudadanos son vigilados por el “Gran Hermano”. Hoy en día, en las cámaras de la calle a las redes sociales, es un hecho que nuestros pasos están monitoreados en todo momento. Fíjate si no te ha pasado ya: en algún momento del día le escribiste un mensaje a un amigo diciéndole que estabas de humor para una pizza o una masa y cuando abriste Instagram, aparece un anuncio de una pizza, que aparece así – casi – irresistible en la pantalla de su teléfono. ¿Ya?
El problema es un poco más profundo cuando nos detenemos a reflexionar que somos nosotros quienes abrimos nuestra privacidad en las redes sociales. Allí compartimos las fotos que queremos, con los comentarios que queremos, con quien queremos, sin darnos cuenta del alcance y datos que esto genera para las empresas que están mirando.
Sí, te guste o no, hay muchas, muchas empresas que vigilan lo que haces en las redes sociales. Buscan información. Información acerca de ti. Piensa conmigo: ¿cuánto pagas por usar Facebook, Instagram o Whatsapp? Nada, ¿verdad? Sin embargo, los tres (que pertenecen al tío Mark Zuckerberg) se encuentran entre las empresas más valiosas del mundo, en miles de millones de dólares. Ahora, si no paga nada, ¿de dónde viene todo ese dinero? Un estudioso de las redes sociales respondió bien: “si es gratis, el producto eres tú”.
Nota: Si desea obtener más información sobre este tema, consulte el documental “El dilema de la red”. Vale la pena.
Telepantallas
¿Recuerdas que en el libro 1984, las teletelas presentan contenido mientras filman personas? Un teléfono celular en tu mano hace precisamente eso. No filma, pero filtra su información a través de lo que escribe y cómo interactúa en Internet. Existen algoritmos que incluso pueden medir tu estado de ánimo en este momento, ya sea que estés triste o feliz usando, por ejemplo, la base en la velocidad a la que te desplazas por el feed, el tipo y más situaciones.
Duplicar
Pensar dos veces, pensar dos veces, saber que estás equivocado y convencerte de que tienes razón. “La inconsciencia es ortodoxia”. Es una forma de lavado de cerebro. el Estado (en este caso, el régimen totalitario) implementa el “doble pensamiento” en los ciudadanos. Es decir, presenta dos conceptos contradictorios y distorsiona la capacidad de interpretar cada uno para darse cuenta de que no tienen sentido. Un ejemplo es el lema del partido: “La guerra es la paz. Libertad es esclavitud. Ignorancia es fuerza “. Es decir, nadie pregunta por la imposibilidad de esto, porque nadie quiere pensar por sí mismo, solo acepta lo que se dice. ¿Qué te parece esto?
Aún en la propuesta del “doble discurso”, el Partido convierte la mentira en una verdad colectiva. El ejemplo del libro es 2 + 2 = 5. Ya nadie cuestiona las leyes universales de las matemáticas, que hacen imposible este cálculo, porque si el gobierno lo dijo, se dice. No importa lo que se diga, importa quién lo diga. Cambie la palabra “doble discurso” por “noticias falsas” y la lógica será la misma. “Si ese comentarista dijo, es porque es verdad y eso es todo”.
Nota: Solo recuerde lo que dijo el 45º presidente estadounidense, alegando fraude en las elecciones y “se hizo realidad” para sus “seguidores” (SIC).
El miedo como arma de control
Orwell observó cómo la humanidad caminaba y se dio cuenta de que el miedo era tan peligroso como las armas. El Gran Hermano era la fuente del miedo mientras que era la fuente de la provisión de todos. Imposible odiarlo cuando o solo pensaba en el bien de Oceanía, sin darse cuenta de que tenía el control de la vida de todos en sus manos. Por miedo al sistema, todos terminaron sometiéndose, e incluso amando, el sistema. Se parece mucho a casos como el Estado Islámico, donde, en nombre de un “bien común”, prevalece el miedo.
El mundo del libro
En el libro, las naciones se dividen en tres grandes imperios modernos, que son grandes potencias:
Oceanía, el más grande de los imperios, gobierna toda Oceanía, América, Islandia, el Reino Unido, Irlanda y gran parte del sur de África.
Eurasia, el segundo imperio más grande, gobierna toda Europa (excepto Islandia, el Reino Unido e Irlanda), casi toda Rusia y una pequeña parte del resto de Asia.
Lestásia, el imperio más pequeño, gobierna países del este como China, Japón, Corea, parte de la India y algunas naciones vecinas.
Territorios en disputa: Otros territorios, como el norte de África, Asia central y sudoriental (cuadrilátero formado entre las ciudades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong y Tánger), además de todo el territorio de la Antártida.
En el libro, la sociedad se divide en 3 clases:
Alta – Gran Hermano y Partido Interno (2%); Medio – Partido externo (13%) y Bajo – Proles (85%).
Los ministerios son las principales representaciones del “Partido”, y cada uno está encargado de mantener la armonía de la ideología del Partido.
Ministerio de la Verdad – Se encarga de falsificar documentos y literatura que puedan servir como referencia al pasado, para que siempre cumpla con lo que el Partido dice que es cierto actualmente. Siguiendo esta lógica, el Partido es infalible, porque nunca se equivocó.
Ministerio de Paz – Es el responsable de la Guerra. Manteniendo la guerra contra los enemigos de Oceanía, en el caso de Lestásia o Eurasia. La guerra en el contexto del libro se usa permanentemente para mantener el ánimo de la población en un punto ideal. También una forma de dominación.
Ministerio de Abundancia o Ministerio de Riqueza – Es responsable del hambre. En términos prácticos, la economía de Oceanía es su responsabilidad. Dar a conocer sus exagerados informes de producción haciendo que toda la población piense que el país lo está haciendo muy bien. Sin embargo, su número faraónico no sirve para el bienestar de los estratos más bajos de la población de Oceanía, la descendencia.
Ministerio del Amor – Se encarga de espiar y controlar a la población. El Ministerio del Amor se ocupa de los que se vuelven contra el Partido, juzgando, torturando y lavando constantemente el cerebro. Para el Ministerio no basta con eliminar la oposición, es necesario convertirla. El edificio donde se ubica es una verdadera fortaleza, sin ventanas. Sus “habitantes” no tienen sentido del tiempo y el espacio, que es otro instrumento de poder para lavar el cerebro a los disidentes del régimen.
Comentario: Son muchos los signos de “1984” visibles en Brasil y en el mundo de hoy: la polarización como mecanismo de poder por poder; el horror de la inteligencia; los ministerios de educación que educan, o la verdad encargados de difundir la mentira, siempre con la retórica de la violencia; el espíritu de persecución y estupidez como valor; la voluptuosidad de la ignorancia y la guerra permanente. La ficción de Orwell sigue siendo poderosa”, es la valoración del novelista Cristovão Tezza, autor de libros como “La tiranía del amor” y “El hijo eterno”.
Orwell puso el poder hambriento de los regímenes totalitarios -derecha e izquierda- y logró darle un carácter único en su novela “1984”. Como muchos otros libros, la interpretación es gratuita. De esta manera, trato de responder la pregunta que se hizo al comienzo del post: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Varios grupos de derecha se apoderaron de las líneas de “1984” y dirigieron “sus misiles” a los gobiernos de izquierda. Pero, Orwell se opone a la tiranía, la opresión, la tortura, etc … Ya sea de derecha o de izquierda. Lea el libro con una “mente abierta”.
Y de esta forma cerramos el post con algunas frases de Orwell.
“Si la libertad significa algo, será principalmente el derecho a decirle a otras personas lo que no quieren escuchar”.
“En una era de mentiras universales, decir la verdad es un acto revolucionario”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A distopia e a ficção das linhas de Michael Crichton.
ATENÇÃO! Hoje o PHANTASTICUS completa o sexto aniversário. É um momento muito importante. Quando comecei o blog pensei apenas em desenvolver um hobby. Mas, hoje, estas linhas fazem parte da minha vida.
E o blog traz, para comemorar esta data, um pouco da distopia e do futurismo das linhas de Michael Crichton.
O americano John Michael Crichton foi autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico mais conhecido por seu trabalho nos gêneros de ficção científica, ficção médica e thriller. Seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes.
O PHANTASTICUS já deu uma “palhinha” sobre o americano. Foi do post de 19 de novembro de 2016. Falamos dos dinossauros de Crichton que deram origem a incrível franquia “Jurassic Park”. Se quiser relembrar o post, segue o link: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Mas, nem só de dinossauros foi a vida de Crichton. Em “The Andromeda Strain” (O Enigma de Andrômeda) – publicado em 1969 – o autor se mostra um profundo conhecedor de conceitos científicos (somados aos seus conhecimentos médicos – por conta da sua formação), imaginando os detalhes de uma misteriosa doença que surge na pequena cidade de Pidmont (na Califórnia) após a queda de um satélite que fora projetado com o objetivo de identificar possíveis formas de vida alienígena no espaço. Ao chegar em Piedmont, um grupo de quatro renomados cientistas encontram apenas dois sobreviventes: um idoso viciado e um bebê em perfeitas condições. Diante do mistério que cerca essa implacável e misteriosa doença, o governo dos EUA inicia o protocolo ultrassecreto “Wildfire”, criado há muito tempo para tratar ameaças biológicas desconhecidas. Assim, os cientistas são enviados a um laboratório secreto subterrâneo equipado com um dispositivo de autodestruição atômica que pode ser acionado caso haja contaminação. Usando o que há de mais moderno em tecnologia, os cientistas analisam as amostras e os pacientes a fim de entender a doença e evitar uma possível catástrofe biológica global. Entretanto, o Enigma de Andrômeda se mostra além de toda a ciência, o que exigirá dos cientistas grande capacidade intelectual e, principalmente, muita inteligência emocional.
Com toda a bagagem recebida pela escrita de seus 12 livros de ficção, Crichton resolveu atuar em outra área: Escrever e dirigir cinema. E um dos grandes trabalhos de Michael Crichton, que nos deixou em novembro de 2008, foi um filme de ficção científica lançado em 1973, escrito e dirigido por ele. “Westworld”.
O filme se passa em um distópico e futurista parque de diversões temático chamado “Delos”. Voltado para adultos, “Delos” expõe três “mundos” temáticos: o mundo do Oeste (retratando a fronteira dos Estados Unidos em 1880), o mundo medieval (reconstruindo a Europa do século XIII) e o mundo romano (retratando a antiga cidade romana de Pompeia). Cada um desses “mundos” é habitado por androides praticamente indistinguíveis dos seres humanos, programados para tornar os ambientes mais naturais e realistas. No parque, as pessoas podem fazer o que quiserem, incluindo matar e ter relações sexuais com os androides. O filme se inicia apresentando “Delos” por meio de um repórter, Ed Ramsey, que entrevista as pessoas que acabaram de sair do parque e que aparentam estar muito satisfeitas. “Westworld” permite discussões sobre ética, moralidade, teologia e vários temas importantes. Neste playground retrofuturista, o cliente vive um dia pré-definido como se fosse 1880. Pagando caro é possível passar o tempo entre saloons, bordéis, cavalgadas e tiroteios, tendo prazer com álcool, sexo e morte. Armas e mulheres estão à disposição para duelos entre homens e androides – que, criados à sua imagem e semelhança, despertam amor, ódio e dúvida entre os humanos. Perfeitos em sua representação antropomórfica, capazes de falar, respirar e sangrar, robôs geram suspeita quanto a real natureza de quem quer que seja dentro do parque. “Como saber se matei um humano?”, questiona um personagem? “Pouco importa”, responde outro.
Mas, uma falha no sistema compromete o sistema dos androides tem início um contra-ataque sangrento, colocando em risco a vida dos visitantes – um vírus de computador ataca todo o sistema. Crichton aponta que, na busca por satisfação máxima em um ambiente onde tudo é permitido, as condutas dos homens revelam o grau de desumanidade que pode haver em cada um. Ao mesmo tempo, o parque imaginado pelo cineasta descreve o quanto autômatos programados por humanos tendem a se parecer com a nossa espécie não apenas em aparência, mas em conduta, estilo de vida e predisposição à violência.
O roteiro foi oferecido a todos os grandes estúdios. Todos rejeitaram o projeto, exceto a Metro-Goldwyn-Mayer. O filme acabou sendo bem sucedido e gerou uma continuação “Futureworld”, em 1976, e uma série televisiva, “Beyond Westworld”, em 1980 (nenhum destes empreendimentos, teve a participação de Crichton e não obtiveram um bom resultado). O filme tinha como protagonista o russo (naturalizado americano) Yul Brynner – uma fera nos anos 50 a 70.
E esta obra foi “revivida” em outubro de 2016, quando estreou a série, homônima, de televisão (HBO) adaptada do filme de Michael Crichton e de sua continuação “Futureworld”. Desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, teve como produtores executivos Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub e, J. J. Abrams. “Westworld” tem um plantel de atores de primeira linha, e entre eles figuram Anthony Hopkins e Evan Rachel Wood. A série segue com sucesso e já foi renovada para a quarta temporada.
A série de cyber punk se passa em um futuro distópico, onde parques temáticos são construídos pela empresa “Delos” e seus robôs programados para satisfazer os clientes e nunca os desagradar.
Nota: Assim como no filme a série se passa no ambiente de Velho Oeste e daí o universo dos cinemas se expande muito mais.
Tudo é possível neste parque – o indivíduo busca por aventuras; sexo; violência, resguardados que naquele espaço podem fazer o que quiserem com os robôs, inclusive violar as leis. O bordão básico repetido na série reforça estes conceitos: “Esses prazeres violentos têm fins violentos”. Ele serve para dar uma dica sobre as consequências futuras. A frase é de Shakespeare em Romeu e Julieta, ainda pode significar o perigo de máquinas e humanos se aproximarem, assim como no amor proibido do clássico.
A série se encaminha para uma revolução das máquinas e como sempre esse assunto mexe com vários conceitos morais. Certamente, nos faz questionar sobre nossos atos, representatividade simbólica e percepção do meio em que vivemos.
Obs.: No “cast” da série encontramos o brasileiro Rodrigo Santoro, que encara uma produção de valor após o fracasso de Ben-Hur. Interpretando uma inteligência artificial no papel de um fora-da-lei chamado Hector Sacaton, ele é considerado um dos bandidos mais procurados de Westworld e segue a teoria de que o oeste é um lugar selvagem, onde a única maneira de sobreviver é como um predador.
A série nos leva do faroeste para um futuro distante e ganha o rótulo de violenta e ardilosa, reforçando a luta entre as máquinas e a humanidade. Bem, para evitar eventuais spoilers, encerro aqui. E desta forma, fechamos o post com uma frase criada pelo genial Michael Crichton, extraída de “O parque dos dinossauros”:
“Vivemos num mundo assustador, de coisas prontas. Está decidido que as pessoas devem se comportar de tal maneira. Está decidido que devem se preocupar com tais e tais assuntos. Ninguém mais pensa nas coisas que chegam prontas. Não é incrível? Na sociedade de informação, ninguém mais pensa. Esperávamos acabar com o papel, mas na verdade acabamos com o pensamento.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La distopía y la ficción lineal de Michael Crichton.
¡ATENCIÓN! PHANTASTICUS cumple hoy su sexto aniversario. Es un momento muy importante. Cuando comencé el blog solo pensaba en desarrollar un hobby. Pero hoy, estas líneas son parte de mi vida.
Y el blog trae, para conmemorar esta fecha, un poco de la distopía y futurismo de las líneas de Michael Crichton.
El estadounidense John Michael Crichton fue un autor, guionista, director de cine, productor y ex médico mejor conocido por su trabajo en los géneros de ciencia ficción, ficción médica y thriller. Sus libros han vendido más de 200 millones de copias en todo el mundo y muchos se han adaptado a películas.
PHANTASTICUS ya ha dado una “paja” sobre el estadounidense. Era del post del 19 de noviembre de 2016. Hablamos de los dinosaurios Crichton que dieron origen a la increíble franquicia “Jurassic Park”. Si quieres recordar la publicación, sigue el enlace: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Pero la vida de Crichton no se trataba solo de dinosaurios. En “La cepa de Andrómeda” (El enigma de Andrómeda) – publicado en 1969 – el autor demuestra tener un profundo conocimiento de los conceptos científicos (sumados a sus conocimientos médicos – debido a su formación), imaginando los detalles de una misteriosa enfermedad que surge en la pequeña localidad de Pidmont (California) tras la caída de un satélite que fue diseñado para identificar posibles formas de vida extraterrestre en el espacio. Al llegar a Piamonte, un grupo de cuatro científicos de renombre encuentra sólo dos supervivientes: un adicto anciano y un bebé en perfecto estado. Ante el misterio que rodea a esta implacable y misteriosa enfermedad, el gobierno de Estados Unidos inicia el protocolo ultrasecreto “Wildfire”, creado hace mucho tiempo para tratar amenazas biológicas desconocidas. Por lo tanto, los científicos son enviados a un laboratorio subterráneo secreto equipado con un dispositivo de autodestrucción atómica que puede activarse en caso de contaminación. Utilizando lo último en tecnología, los científicos analizan muestras y pacientes para comprender la enfermedad y prevenir una posible catástrofe biológica global. Sin embargo, el Andromeda Enigma se muestra más allá de toda ciencia, lo que requerirá de los científicos una gran capacidad intelectual y, principalmente, mucha inteligencia emocional.
Con todo el bagaje recibido para la escritura de sus 12 libros de ficción, Crichton decidió actuar en otra área: escribir y dirigir cine. Y una de las grandes obras de Michael Crichton, que nos dejó en noviembre de 2008, fue una película de ciencia ficción estrenada en 1973, escrita y dirigida por él. “Westworld”.
La película está ambientada en un parque temático distópico y futurista llamado “Delos”. Dirigida a adultos, “Delos” expone tres “mundos” temáticos: el mundo occidental (que representa la frontera de los Estados Unidos en 1880), el mundo medieval (que reconstruye la Europa del siglo XIII) y el mundo romano (que representa la antigua ciudad romana Pompeya). Cada uno de estos “mundos” está habitado por androides prácticamente indistinguibles de los humanos, programados para hacer entornos más naturales y realistas. En el parque, la gente puede hacer lo que quiera, incluso matar y tener relaciones sexuales con androides. La película comienza con “Delos” a través de un reportero, Ed Ramsey, que entrevista a personas que acaban de salir del parque y que parecen estar muy satisfechas. “Westworld” permite discusiones sobre ética, moralidad, teología y varios temas importantes. En este patio de recreo retrofuturista, el cliente vive un día predefinido como si fuera 1880. Pagando caro es posible pasar tiempo entre tabernas, burdeles, cabalgatas y tiroteos, disfrutando del alcohol, el sexo y la muerte. Las armas y las mujeres están disponibles para los duelos entre hombres y androides, que, creados a su imagen y semejanza, despiertan amor, odio y duda entre los humanos. Perfecto en su representación antropomórfica, capaz de hablar, respirar y sangrar, los robots generan sospechas sobre la verdadera naturaleza de quien se encuentra dentro del parque. “¿Cómo sé si maté a un humano?”, Pregunta un personaje. “Importa poco”, responde otro.
Pero una falla del sistema que compromete el sistema Android inicia un contraataque sangriento, poniendo en riesgo la vida de los visitantes: un virus informático ataca todo el sistema. Crichton señala que, en la búsqueda de la máxima satisfacción en un entorno donde todo está permitido, el comportamiento de los hombres revela el grado de inhumanidad que puede haber en cada uno. Al mismo tiempo, el parque imaginado por el cineasta describe cuánto los autómatas programados por humanos tienden a parecerse a nuestra especie no solo en apariencia, sino en conducta, estilo de vida y predisposición a la violencia.
El guión se ofreció a todos los grandes estudios. Todos rechazaron el proyecto, excepto Metro-Goldwyn-Mayer. La película terminó teniendo éxito y generó una continuación “Futureworld”, en 1976, y una serie de televisión, “Beyond Westworld”, en 1980 (ninguno de estos emprendimientos contó con la participación de Crich tonelada y no obtuvo un buen resultado). La película fue protagonizada por el ruso (estadounidense naturalizado) Yul Brynner, una bestia en los años 50 y 70.
Y este trabajo fue “revivido” en octubre de 2016, cuando se estrenó la serie homónima (HBO) adaptada de la película de Michael Crichton y su continuación “Futureworld”. Desarrollado por Jonathan Nolan y Lisa Joy, los productores ejecutivos fueron Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub y J. J. Abrams. “Westworld” tiene una lista de actores de primer nivel, incluidos Anthony Hopkins y Evan Rachel Wood. La serie continúa con éxito y ya ha sido renovada por cuarta temporada.
La serie cyber punk se desarrolla en un futuro distópico, donde los parques temáticos son construidos por la empresa “Delos” y sus robots programados para satisfacer a los clientes y nunca disgustarlos.
Nota: Al igual que en la película, la serie se desarrolla en el escenario del Viejo Oeste y a partir de ahí el universo de los cines se expande mucho más.
Todo es posible en este parque: el individuo busca la aventura; sexo; violencia, salvaguardando que en ese espacio puedan hacer lo que quieran con los robots, incluso violando las leyes. La frase básica que se repite en la serie refuerza estos conceptos: “Estos placeres violentos tienen fines violentos”. Sirve para dar una pista sobre las consecuencias futuras. La frase es de Shakespeare en Romeo y Julieta, todavía puede significar el peligro de que las máquinas y los humanos se unan, así como en el amor prohibido del clásico.
La serie se encamina hacia una revolución de las máquinas y, como siempre, este tema incide en varios conceptos morales. Sin duda, nos hace cuestionar nuestras acciones, representatividad simbólica y percepción del entorno en el que vivimos.
Obs .: En el “elenco” de la serie encontramos al brasileño Rodrigo Santoro, quien afronta una producción de valor tras el fracaso de Ben-Hur. Al interpretar la inteligencia artificial en el papel de un forajido llamado Héctor Sacaton, se le considera uno de los bandidos más buscados de Westworld y sigue la teoría de que el oeste es un lugar salvaje, donde la única forma de sobrevivir es como depredador. .
La serie nos lleva del salvaje oeste a un futuro lejano y se gana la etiqueta de violento y astuto, reforzando la lucha entre las máquinas y la humanidad. Bueno, para evitar spoilers, termino aquí. Y de esta forma cerramos el post con una frase creada por el genial Michael Crichton, extraída de “El parque de los dinosaurios”:
“Vivimos en un mundo aterrador, con las cosas listas. Se decide que la gente debe comportarse de esa manera. Se decide que debe preocuparse por tales y tales asuntos. Nadie más piensa en las cosas que llegan listas. ¿No es asombroso? En la sociedad de la información nadie más piensa. Esperábamos terminar el papel, pero de hecho terminamos el pensamiento “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación..
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Halloween + E.A. Poe = Terror absoluto.
Um grande OI para todxs. Espero que estejam bem e com ótima saúde. Que tenham uma ótima semana. Bem, como o título do post já diz, trazemos algumas linhas sobre Halloween, terror e um dos grandes mestres deste subgênero: Edgar Alan Poe.
Nos muitos posts que o PHANTASTICUS explorou sobre o tema Teror + Poe, um dos principais foi “A arte de aterrorizar por Edgar Allan Poe”. Link abaixo (é só copiar e colar no seu navegador)
Quando nasceu, em 19 de janeiro de 1809, Edgar Allan Poe chamava-se apenas Edgar Poe. No entanto, no espaço de apenas dois anos, o seu pai abandonou a família e a sua mãe morreu, o que fez com que fosse levado para uma família de acolhimento, os Allan, que cedo o batizaram com o nome que tão bem conhecemos. Mas…
Acontece que o futuro autor nunca se deu bem com o seu novo “pai”, um mercador dos mais diversos produtos – inclusive escravos – chamado John Allan. Depois de inúmeras atritos, os dois cortaram relações e John acabou por retirar Edgar do seu testamento. Por sua vez, este recusava assinar o nome do meio, preferindo escrever apenas “Edgar A. Poe”.
A primeira obra publicada por Edgar Allan Poe – que, aos 18 anos, mandou imprimir apenas 50 cópias – é uma coleção de poemas assumidamente modestos, escritos durante a adolescência do autor. Foi esquecido durante anos mas, e só foi “percebido” muitos anos após a morte de Poe. Chama-se “Tamerlane and Other Poems”, e surge assinado na capa por “um nativo de Boston” e foi publicado em julho de 1827, sendo recebido com uma quase total indiferença pela crítica e pelo público. É hoje um dos livros mais valiosos do mundo. Com apenas 12 exemplares do livro ainda existentes, foi considerado um dos títulos mais raros da literatura americana. Um destes exemplares acabou por ser vendido, em 2009, por 662.500 dólares.
O poema “O Corvo” fez de Edgar Allan Poe uma celebridade, construindo em bases muito sólidas o seu legado, enquanto referência maior da literatura gótica. Mas a obra do mestre do macabro toca em muitos mais géneros do que o horror. Poe é, de resto, apontado por muitos como um dos inventores da ficção policial, em especial devido a histórias como “The Narrative of Arthur Gordon Pym” (A Narrativa de Arthur Gordon Pym), que se revelaram importantes inspirações para autores como Júlio Verne e H. G. Wells. E foi o mesmo Poe que criou as primeiras histórias de detetives, com o seu Auguste Dupin a abrir caminho para investigadores como Sherlock Holmes e Hercule Poirot em Os Crimes da Rua Morgue.
Tempestades, naufrágios, motins a bordo, ilhas desertas e ataques de selvagens, não necessariamente nesta ordem (nem em ordem nenhuma, aliás), fazem desta novela de um daqueles típicos romances de aventura lidos pelos meninos de antigamente. Entendo por “antigamente” qualquer época que aceite com naturalidade o vocabulário náutico de que este livro está repleto: brigues, bujarronas, traquetes de riz duplo, enfrechates a barlavento. Para muitos, que nunca souberam se há diferença entre “convés” e “tombadilho”, essa terminologia sempre teve o encanto exótico, agreste e preciso que, para os narradores desses livros, ao contrário, aflora das ilhas tropicais.
Mais do que um romance de aventuras, entretanto, “A Narrativa de Arthur Gordon Pym” é um livro de Poe, e quem conhece seus contos “de terror, mistério e morte” reencontrará algumas velhas obsessões do autor. O medo de ser enterrado vivo, por exemplo. O desafortunado Arthur Gordon Pym experimenta-o duas vezes nesta narrativa: quando embarca às escondidas no brigue Grampus – turbulências a bordo vedam a saída de seu esconderijo – e quando se aventura pelas gretas de um desfiladeiro, perto do vilarejo selvagem de Klock-Klock.
Histórias de cadáver que se reanima, de homem vivo que se disfarça de morto, de homem morto que se disfarça de vivo, descrições de canibalismo e putrefação – todo o lado macabro de Poe, enfim – convivem com seu lado cerebral e detetivesco -mensagens em código, propósitos ocultos dos personagens, planos impraticáveis- e, sobretudo, com trechos de análise quase “científica” de alguns estados psicológicos, como a amnésia, a alucinação e, claro, o pavor. Para o leitor contemporâneo, no entanto, aquilo que talvez mais chame a atenção é o humor que subjaz a tantas descrições horripilantes. Como para fazer denúncia à invencionice do protagonista, que narra as aventuras em primeira pessoa, multiplicam-se a cada página os detalhes mais inverossímeis. Culminam na descrição final de uma ilha onde vigora o horror à cor branca -mesmo os dentes dos nativos são negros- e onde a água, em vez de transparente, é veiada e furta-cor. O poético-paisagístico tem menos destaque, no texto de Poe, que o efeito de incredulidade que se quer provocar.
Mas não podemos falar de Poe sem falar – um pouco mais – de “The Raven” (O Corvo) que, como disse anteriormente, é um dos mais conhecidos – se não o mais conhecido – poemas de Edgar Allan Poe. É descrito como um dos poemas mais assustadores da literatura ocidental e é carregado em sombras, melancolia e solidão. Reunindo as duas mais famosas traduções do poema – de Machado de Assis e Fernando Pessoa, respectivamente -, além do seu original, a obra dá espaço para falar um pouco sobre a profundidade por trás de cada palavra escolhida pelo autor, e do que faz dessa melancólica trama um marco tão grande para a história.
“The Raven” teve sua primeira publicação no “New York Evening Mirrorem”, em 29 de janeiro de 1845. Passou a ser um dos poemas mais conhecidos do mundo literário. Foi tão bem aceito, que logo que tornou uma sensação no meio, gerando diversas reimpressões, foi parodiado, debatido e adaptado. Assim, Edgar Allan Poe, com um espírito melancólico e desanimado, virou a partir desse momento uma celebridade.
Embora muito traduzido para as mais diversas línguas, a magia verbal do texto original dificilmente pode ser captada. O Corvo possui uma atmosfera gótica e uma narrativa ornada de terror. Sua popularidade nos Estados Unidos é tanto, que milhões de americanos são capazes de o citar apenas de memória. Assim, mesmo com o passar dos (muitos) anos, o poema surpreende os amantes da literatura com sua construção ritmada e principalmente com o final do refrão repetitivo “Nevermore” (nunca mais).
Vamos nos despedindo com uma frase do gênio literário Edgard Alan Poe: “É de se apostar que toda ideia pública, toda convenção aceita seja uma tolice, pois se tornou conveniente à maioria.”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Halloween + E.A. Poe = Terror absoluto.
Una gran OI para todos. Espero que se encuentre bien y en excelente estado de salud. Que tengas una buena semana. Pues bien, como ya reza el título del post, traemos algunas líneas sobre Halloween, el terror y uno de los grandes maestros de este subgénero: Edgar Alan Poe.
En las muchas publicaciones que PHANTASTICUS exploró sobre el tema Teror + Poe, una de las publicaciones principales fue “El arte de aterrorizar de Edgar Allan Poe”. Enlace a continuación (solo copie y pegue en su navegador)
Cuando nació, el 19 de enero de 1809, Edgar Allan Poe solo se llamaba Edgar Poe. Sin embargo, en el espacio de solo dos años, su padre abandonó a la familia y su madre murió, lo que significó que fue llevado a una familia de acogida, los Allan, quienes pronto lo nombraron con el nombre que tan bien conocemos. Pero…
Resulta que el futuro autor nunca se llevó bien con su nuevo “padre”, un comerciante de los más diversos productos, incluidos esclavos, llamado John Allan. Después de numerosas fricciones, los dos se separaron y John finalmente eliminó a Edgar de su testamento. A su vez, se negó a firmar el segundo nombre, prefiriendo escribir solo “Edgar A. Poe”.
La primera obra publicada por Edgar Allan Poe, que a la edad de 18 años tenía solo 50 copias impresas, es una colección de poemas ciertamente modestos, escritos durante la adolescencia del autor. Se olvidó durante años, pero solo se “notó” muchos años después de la muerte de Poe. Se titula “Tamerlán y otros poemas”, está firmado en la portada por “un natural de Boston” y fue publicado en julio de 1827, siendo recibido con casi total indiferencia por la crítica y el público. Hoy es uno de los libros más valiosos del mundo. Con solo 12 copias del libro todavía en existencia, fue considerado uno de los títulos más raros de la literatura estadounidense. Una de estas copias acabó vendiéndose, en 2009, por 662.500 dólares.
El poema “O Corvo” convirtió a Edgar Allan Poe en una celebridad, construyendo su legado sobre bases muy sólidas, como gran referente de la literatura gótica. Pero la obra del maestro de lo macabro toca muchos más géneros que el terror. Poe es, además, señalado por muchos como uno de los inventores de la ficción policial, especialmente debido a historias como “La narrativa de Arthur Gordon Pym”, que resultó ser una inspiración importante para autores como Jules Verne. y HG Wells. Y fue el mismo Poe quien creó las primeras historias de detectives, con su Auguste Dupin allanando el camino para investigadores como Sherlock Holmes y Hercule Poirot en Los crímenes de Rue Morgue.
Tormentas, naufragios, disturbios a bordo, islas desiertas y ataques de salvajes, no necesariamente en este orden (ni en ningún orden, por cierto), hacen de esta novela una de esas típicas novelas de aventuras leídas por los chicos de antaño. Me refiero a “en los viejos tiempos” cualquier momento que acepte naturalmente el vocabulario náutico del que está lleno este libro: brigues, foques, huellas de doble cara, caras de barlovento. Para muchos, que nunca supieron si hay diferencia entre “baraja” y “baraja”, esta terminología siempre ha tenido el encanto exótico, salvaje y preciso que, para los narradores de estos libros, por el contrario, toca las islas tropicales.
Sin embargo, más que una novela de aventuras, “Arthur Gordon Pym’s Narrative” es un libro de Poe, y cualquiera que conozca sus cuentos “de terror, misterio y muerte” encontrará algunas de las viejas obsesiones del autor. El miedo a ser enterrado vivo, por ejemplo. El desafortunado Arthur Gordon Pym lo experimenta dos veces en esta narración: cuando se cuela en el bergantín Grampus – la turbulencia a bordo le impide salir de su escondite – y cuando se aventura por las grietas de un desfiladero, cerca del salvaje pueblo de Klock-Klock.
Historias de un cadáver que revive, de un hombre vivo que se disfraza de muerto, de un hombre muerto que se disfraza de vivo, descripciones de canibalismo y putrefacción, todo el lado macabro de Poe, en resumen, conviven con su cerebro y mensajes de detectives en código, propósitos ocultos de los personajes, planes poco prácticos y, sobre todo, con extractos de análisis casi “científicos” de algunos estados psicológicos, como la amnesia, la alucinación y, por supuesto, el pavor. Para el lector contemporáneo, sin embargo, lo que quizás sea más sorprendente es el humor que subyace a tantas descripciones horribles. Como para denunciar el invento del protagonista, que narra las aventuras en primera persona, los detalles más improbables se multiplican en cada página. Culminan con la descripción final de una isla donde prevalece el horror del color blanco -incluso los dientes de los nativos son negros- y donde el agua, en lugar de ser transparente, es veteada e iridiscente. El paisaje-poético tiene menos énfasis, en el texto de Poe, que el efecto de incredulidad que se quiere provocar.
Pero no podemos hablar de Poe sin hablar, un poco más, de “The Raven” (El cuervo) que, como dije antes, es uno de los más populares. poemas conocidos, si no los más conocidos, de Edgar Allan Poe. Se describe como uno de los poemas más espantosos de la literatura occidental y está cargado de sombras, melancolía y soledad. Reuniendo las dos traducciones más famosas del poema -de Machado de Assis y Fernando Pessoa, respectivamente-, además de su original, la obra da espacio para hablar un poco sobre la profundidad que hay detrás de cada palabra elegida por el autor, y lo que hace a esta. La melancolía trama un hito para la historia.
“El cuervo” tuvo su primera publicación en el “New York Evening Mirrorem”, el 29 de enero de 1845. Se convirtió en uno de los poemas más conocidos del mundo literario. Fue tan bien aceptado que apenas se convirtió en una sensación en el medio, generando varias reimpresiones, fue parodiado, debatido y adaptado. Así, Edgar Allan Poe, con espíritu melancólico y desanimado, se convirtió en una celebridad a partir de ese momento.
Aunque se ha traducido mucho a los idiomas más diversos, la magia verbal del texto original difícilmente se puede capturar. Corvo tiene una atmósfera gótica y una narrativa embellecida de terror. Su popularidad en los Estados Unidos es tan grande que millones de estadounidenses pueden nombrarlo de memoria. Así, incluso con el paso de (muchos) años, el poema sorprende a los amantes de la literatura con su construcción rítmica y sobre todo con el final del repetitivo estribillo “Nevermore” (nunca más).
Nos despedimos con una frase del genio literario Edgard Alan Poe: “Apostamos a que toda idea pública, toda convención aceptada es una tontería, porque se ha vuelto conveniente para la mayoría”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: O Território de Lovecraft.
Olá para todxs. Espero que estejam bem e que tenham uma ótima semana. Comecei a acompanhar a nova série da HBO “Lovecraft Country” e muitas coisas me vieram a cabeça. Howard Phillips Lovecraft é um dos autores mais cultuados de todos os tempos, e nesta década, o escritor de Providence, nos Estados Unidos, passou a ser mais revisitado, por todas as gerações. Seu terror cósmico tem influenciado cada vez mais filmes. E agora temos a série. E com ela, passou do tempo de falarmos sobre algo que incomoda a grande maioria dos fãs: o racismo e a xenofobia nada discretos na obra e na vida de H.P. Lovecraft.
O blog já fez vários posts sobre Lovecraft e abaixo coloco o link do mais importante, que escrevi em 10 de outubro de 2015:
Nota: A série é uma adaptação do livro homônimo – de Matt Ruff. O romancista cult aclamado pela crítica torna visceral os terrores da vida na América da década de 50, ainda sob os efeitos das racistas leis Jim Crow neste trabalho brilhante e maravilhoso da imaginação que mistura ficção histórica, pulp noir e horror e fantasia de Lovecraft, Chicago, 1954.
Seu livro vem em contos que, denunciam e condenam o racismo de H.P. Lovecraft, mas ao mesmo tempo traz muitas referências a obra deste, o que agradará aos conhecedores de contos como “Call of Chtulhu” e “Dreams of the Witch House”, entre outros.
A série e o livro retratam o jovem Atticus Turner, ex-soldado de 22 anos veterano da Guerra da Coréia, deixa a Flórida para retornar para sua casa em Chicago, nos Estados Unidos segregacionistas da década de 1950. Ele decide voltar ao receber uma carta misteriosa de seu pai, que teria ido para Ardham, região mais racista e perigosa para negros do interior de Massachusetts, tentando descobrir um segredo de família.
Atticus é muito fã de literatura pulp, especialmente H. P. Lovecraft.
A história se passa enquanto as leis de Jim Crow ainda estavam em vigor nos Estados Unidos. Criadas para segregar a população afro-americana, elas começaram a surgir após a Guerra Civil e a abolição da escravidão no país, assinada em 1863. A partir desse marco, leis estaduais e locais passaram a ser instituídas para separar negros e brancos em estabelecimentos, escolas, transportes, banheiros e até bebedouros. As leis Jim Crow foram adotadas principalmente no Sul dos Estados Unidos e ficaram vigentes até a aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964. Ou seja, um século após o fim da escravidão no país. Bem, e o livro (e a série)…
Ao chegar em Chicago, Atticus reencontra a amiga de infância Letitia Lewis e seu tio, George o editor do “The Safe Negro Travel Guide”, um guia de viagens para negros com os locais perigosos e amigáveis das cidades no sul dos EUA. O trio parte em uma viagem para Ardham e, ao longo do caminho, uma escalada de ódio e violência em meio à opressão racial, enquanto estranhas mortes acontecem na calada da noite, envolvendo relatos de criaturas nos cantos mais escuros das florestas.
O livro e a série (principalmente a última) são como um soco no estômago da América racista. Busca ressaltar os pontos positivos da obra de Lovecraft, com mistério e ficção científica, e destaca os “podres” do racismo, machismo e opressão social existentes na obra e na vida real.
Lovecraft era extremamente racista, reproduziu a visão colonial dos povos “selvagens” em sua obra, também odiava judeus. Ele era um racista virulento. A xenofobia e o supremacismo branco que borbulham sob sua ficção (e que passariam em branco se ele tivesse ficado no anonimato) são incomodamente explícitas em suas cartas. Folheie algumas delas e você vai encontrar um escritor reclamando de judeus como “aliens de nariz aquilino, trigueiros, de vozes guturais” cuja “companhia (…) era intolerável”; da Nova York de “pretos molengas, pungentes, sorridentes e palradores” e da Nova Inglaterra tomada por “latinos indesejáveis — italianos do sul e portugueses da mais baixa espécie e a praga clamorosa dos franco-canadenses”. Mas a obra nos faz, por um momento, esquecer e lembrar destes detalhes. “Lovecraft Country” é uma experiência única e é o fato de ela subverter o racismo do próprio escritor a seu favor, transformando, ironicamente, esse elemento no âmago do terror lovecraftiano.
Por mais vergonhoso que seja, o racismo de Lovecraft também é uma das melhores lentes para ler sua obra. Em março de 2015, Leslie Klinger apresentou uma aula sobre Lovecraft na Biblioteca Hay, da Brown University, lar da maior coleção mundial de papéis e outros materiais lovecraftianos. No fim de sua apresentação, Klinger — sem buscar se desculpar ou defender o racismo de Lovecraft — recusou-se a separá-lo das realizações do autor. Lovecraft “desprezava pessoas que não eram brancos anglo-saxões e protestantes”, disse o palestrante. “Mas é isso que dá força às suas histórias… essa sensação de que ele está sozinho, que está cercado de inimigos e que tudo lhe é hostil. Acho que se tirássemos esse aspecto do caráter dele, ele poderia ser uma pessoa muito mais legal mas isso destruiria seus contos.”
Vamos nos despedindo com uma frase do autor do livro “Lovecraft Country”, Matt Ruff: “Histórias são como pessoas. Nós até podemos amá-las, mas não podemos alegar que são perfeitas. Sempre tentamos enaltecer suas virtudes e relevar seus defeitos, mas isso não faz os defeitos desaparecerem”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:El territorio de Lovecraft.
Hola a todos. Espero que estés bien y que tengas una gran semana. Empecé a seguir la nueva serie de HBO “Lovecraft Country” y me vinieron muchas cosas a la mente. Howard Phillips Lovecraft es uno de los autores más cultos de todos los tiempos, y en esta década, el escritor de Providence, en Estados Unidos, ha sido más revisado por todas las generaciones. Su terror cósmico ha influido cada vez más en las películas. Y ahora tenemos la serie. Y con él, llegó el momento de hablar de algo que molesta a la gran mayoría de fans: el racismo y la xenofobia no son discretos en la obra y la vida de H.P. Lovecraft.
El blog ya ha realizado varios posts sobre Lovecraft y debajo pongo el enlace de los más importantes, que escribí el 10 de octubre de 2015:
Nota: La serie es una adaptación del libro del mismo nombre, de Matt Ruff. El novelista de culto aclamado por la crítica vuelve viscerales los terrores de la vida en los Estados Unidos de la década de 1950, aún bajo los efectos de las leyes racistas de Jim Crow en esta brillante y maravillosa obra de imaginación que mezcla ficción histórica, pulp noir y horror y fantasía de Lovecraft, Chicago. 1954.
Su libro viene en cuentos que denuncian y condenan el racismo de HP Lovecraft, pero al mismo tiempo trae muchas referencias a su obra, que agradarán a los conocedores de cuentos como “La llamada de Chtulhu” y “Sueños de la casa de la bruja”, entre otros.
La serie y el libro retratan al joven Atticus Turner, un soldado veterano de la Guerra de Corea de 22 años, que sale de Florida para regresar a su casa en Chicago, en los Estados Unidos segregacionistas de la década de 1950. Decide regresar cuando recibe una carta misterio de su padre, quien habría ido a Ardham, la región más racista y peligrosa para los negros en el interior de Massachusetts, tratando de descubrir un secreto familiar.
Atticus es un gran admirador de la literatura pulp, especialmente H. P. Lovecraft.
La historia tiene lugar mientras las leyes de Jim Crow todavía estaban vigentes en los Estados Unidos. Creadas para segregar a la población afroamericana, comenzaron a surgir luego de la Guerra Civil y la abolición de la esclavitud en el país, firmada en 1863. A partir de este marco, se comenzaron a instituir leyes estatales y locales para separar a negros y blancos en los establecimientos, escuelas, transporte, baños e incluso bebederos. Las leyes de Jim Crow se adoptaron principalmente en el sur de los Estados Unidos y permanecieron en vigor hasta la aprobación de la Ley de Derechos Civiles de 1964. Es decir, un siglo después del fin de la esclavitud en el país. Bueno, y el libro (y la serie) …
Al llegar a Chicago, Atticus se encuentra con su amiga de la infancia Letitia Lewis y su tío, George, el editor de “The Safe Negro Travel Guide”, una guía de viajes para negros con las ubicaciones peligrosas y amigables de las ciudades del sur de los Estados Unidos. El trío emprende un viaje a Ardham y, en el camino, una escalada de odio y violencia en medio de la opresión racial, mientras se producen extrañas muertes en la oscuridad de la noche, que involucran informes de criaturas en los rincones más oscuros de los bosques.
El libro y la serie (especialmente la última) son como un puñetazo en el estómago de la América racista. Busca resaltar los puntos positivos del trabajo de Lovecraft, con misterio y ciencia ficción, y resalta los “podridos” del racismo, machismo y opresión social existentes en el trabajo y en la vida real.
Lovecraft era extremadamente racista, reproducía la visión colonial de los pueblos “salvajes” en su trabajo, también odiaba a los judíos. Era un racista virulento. La xenofobia y el supremacismo blanco que burbujea bajo su ficción (y que se habría quedado en blanco si hubiera permanecido en el anonimato) son incómodamente explícitos en sus cartas. Hojee algunos de ellos y encontrará un escritor que se queja de los judíos como “extraterrestres con narices aguileñas, morenas, con voces guturales” cuya “compañía (…) era intolerable”; Los “negros suaves, conmovedores, sonrientes y conversadores” de Nueva York y Nueva Inglaterra tomada por “latinos indeseables: italianos del sur y portugueses de las especies más bajas y la flagrante plaga de los canadienses franceses”. Pero el trabajo nos hace, por un momento, olvidar y recordar estos detalles. “Lovecraft Country” es una experiencia única y es el hecho de que subvierte el propio racismo del escritor a su favor, transformando irónicamente este elemento en el corazón del terror lovecraftiano.
Por vergonzoso que sea, el racismo de Lovecraft es también una de las mejores lentes para leer su trabajo. En marzo de 2015, Leslie Klinger presentó una clase sobre Lovecraft en la Biblioteca Hay de la Universidad de Brown, hogar de la colección más grande del mundo de documentos y otros materiales Lovecraftianos. Al final de su presentación, Klinger, sin buscar disculpas ni defender el racismo de Lovecraft, se negó a separarlo de los logros del autor. Lovecraft “despreciaba a las personas que no eran anglosajones y protestantes blancos”, dijo el orador. “Pero esto es lo que da fuerza a sus historias… este sentimiento de que está solo, rodeado de enemigos y todo le es hostil. Creo que, si eliminamos ese aspecto de su personaje, podría ser una persona mucho más amable, pero eso destruiría sus historias “.
Nos despedimos con una cita del autor del libro “Lovecraft Country”, Matt Ruff: “Las historias son como personas. Incluso podemos amarlos, pero no podemos afirmar que sean perfectos. Siempre tratamos de elogiar tus virtudes y revelar tus defectos, pero eso no hace que los defectos desaparezcan”
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea el libro. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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