~ Phantasticus – Fantástico em latim. Gênero literário que congrega três subgêneros: Fantasia, ficção científica e terror. Agora, um lugar para os leitores e escritores que são apaixonados por leitura e escrita, sobre estes mundos imaginários. Que tal sentir pelo virar das páginas o calafrio e o medo provocados pelo terror de algumas linhas. Deixar que o cavaleiro ou a guerreira que existem dentro de nós venha a aflorar. Dos tempos da espada e da feitiçaria. Das religiões antigas aos seres imaginários (ou inimaginários). Um lugar para compartilhar opiniões.
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Foi dia de ler Tolkien, não!! Sempre será dia de ler Tolkien.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! No dia 25 de março (na última sexta-feira), foi dia de ler Tolkien!
Como alguns devem saber, se tornou uma tradição entre os fãs de J.R.R.Tolkien ler trechos ou capítulos de sua obra em comemoração no dia 25 de março. Essa iniciativa começou em 2003, pela sociedade Tolkien Inglesa (que passou a ser internacional), a famosa Tolkien Society, e segue firme ao longo de quase duas décadas.
E é fato! Devemos – e muito – cultivar a memória e a obra de John Ronald Reuel Tolkien, que foi um dos escritores mais importantes e influentes do século XX (e em minha opinião, XXI, XXII,.). Conhecido por ter escrito “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis”, sua obra é bastante vasta e conta com mais de 50 títulos — sendo uma grande parte lançada após a sua morte – pelas mãos do seu principal entusiasta: Christopher John Reuel Tolkien. O terceiro filho de J. R. R. Tolkien, e o editor de muitos trabalhos postumamente publicados.
Nota: Foi Christopher quem desenhou o mapa original para “O Senhor dos Anéis” de seu pai.
Voltamos ao grande gênio. Tolkien, nascido na África do Sul, se mudou para a Inglaterra com a mãe e o irmão aos 3 anos de idade e sempre gostou de brincar inventando criaturas fantásticas. Durante a adolescência, ele já começou a se interessar por criar línguas também e, em pouco tempo, misturou tudo dando origem à Terra-média — o cenário das suas principais obras.
E assim, sem nem imaginar, Tolkien estava mudando o rumo da literatura fantástica para sempre. Hoje, quase 50 anos após sua morte, o universo que ele criou está mais vivo do que nunca, seja nas páginas dos seus livros, nas telonas, nas telinhas e, também, na influência sobre inúmeros autores.
Mas por que o dia 25 de março? Primeiro, não tem nada a ver com a rua de São Paulo, considerada como o maior centro comercial da América Latina, e um dos mais movimentados centros de compras varejistas e atacadistas da cidade. Foi exatamente neste dia que ocorreu a derrota de Sauron, na guerra do anel. É fantástico! É neste momento que o Exército do Oeste é cercado nas Colinas da Lava. É neste momento que Frodo e Sam chegam às Sammath Naur e em um confronto épico Gollum agarra o Anel e cai nas Fendas da Perdição. Assim, ocorre a Queda de Barad-dûr e o desaparecimento de Sauron. O grande acontecimento da ficção migra para a vida real para eternizar J.R.R.Tolkien e toda sua obra. A criação dele, nos deixa – como legado – uma mitologia completa, mudou o mundo na forma de escrever sobre fantasia e, até os dias atuais, serve de guia para diversos autores, músicos, cineastas, pintores etc.
Através do sucesso literário de “O Senhor dos Anéis”, o mundo começou a admirar a literatura de fantasia e um novo estilo de literatura começou a se formar. Praticamente se tornou obrigatório entre os bons escritores de fantasia, a leitura de “O Senhor dos Anéis” e outras obras de Tolkien. Nisso, muitos reconhecem na figura de Tolkien como sendo o PAI DA FANTASIA MODERNA.
Frase para finalizar o post, extraída do romance tema de hoje:
“Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento e nem liberdade sem sacrifício. A vitória pertence àquele que acredita nela por mais tempo. Cada minuto que passa é uma nova chance para mudar tudo para sempre. Lembre-se que o mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de viver seus sonhos. Cada vez que vencemos um obstáculo, descobrimos que valeu a pena. Não há nada impossível, porque os sonhos de ontem são as esperanças de hoje e podem converter- se em realidade amanhã. Alcançar o sucesso na vida é a capacidade de enfrentar o fracasso sem perder o entusiasmo. Existe tempo para tudo, só basta acreditar que podemos ser capazes!”.
A frase destacada foi criada por Tolkien e utilizada em sua obra “O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei” (o terceiro volume da obra). O complemento, foi criado por alguém desconhecido (pelo menos não consegui identificar). Mas se encaixa perfeitamente na vida de qualquer ser humano.
Papo finalizado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até a próxima aqui no “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Versión española:Era el día de la lectura de Tolkien. Pero cada día es un día para leer a Tolkien..
¡¡Hola a mis queridos amigos!! ¡El 25 de marzo (último viernes) fue el día de lectura de Tolkien!
Como algunos sabrán, se ha convertido en una tradición entre los fans de J.R.R.Tolkien leer extractos o capítulos de su obra en celebración del 25 de marzo. Esta iniciativa comenzó en 2003, de la mano de la English Tolkien Society (que se hizo internacional), la famosa Tolkien Society, y ha continuado durante casi dos décadas.
¡Y es un hecho! Debemos -y mucho- cultivar la memoria y la obra de John Ronald Reuel Tolkien, quien fue uno de los escritores más importantes e influyentes del siglo XX (y en mi opinión, XXI, XXI,). Conocido por haber escrito “El Hobbit” y “El Señor de los Anillos”, su obra es bastante amplia y cuenta con más de 50 títulos -con gran parte estrenados tras su muerte- de la mano de su principal entusiasta: Christopher John Reuel Tolkien. El tercer hijo de J. R. R. Tolkien y editor de muchas obras publicadas póstumamente.
Nota: Fue Christopher quien dibujó el mapa original de “El Señor de los Anillos” de su padre.
Volvemos al gran genio. Tolkien, nacido en Sudáfrica, se mudó a Inglaterra con su madre y su hermano a la edad de 3 años y siempre ha disfrutado jugando a inventar criaturas fantásticas. Durante su adolescencia, ya comenzó a interesarse también por la creación de lenguajes y, en poco tiempo, mezcló todo dando lugar a la Tierra Media, escenario de sus principales obras.
Y así, sin siquiera darse cuenta, Tolkien estaba cambiando el curso de la literatura fantástica para siempre. Hoy, casi 50 años después de su muerte, el universo que creó está más vivo que nunca, ya sea en las páginas de sus libros, en la pantalla grande, en la pantalla chica, y también en la influencia de innumerables autores.
¿Pero por qué el 25 de marzo? Primero, no tiene nada que ver con la calle de São Paulo, considerado el centro comercial más grande de América Latina, y uno de los centros comerciales minoristas y mayoristas más concurridos de la ciudad. Fue en este mismo día que tuvo lugar la derrota de Sauron en la Guerra del Anillo. ¡Es fantastico! Es en este momento que el Ejército del Oeste está rodeado en Lava Hills. Es en este momento que Frodo y Sam llegan a Sammath Naur y en un enfrentamiento épico Gollum agarra el Anillo y cae en las Grietas de la Perdición. Así, ocurre la Caída de Barad-dûr y la desaparición de Sauron. El gran acontecimiento de la ficción migra a la vida real para inmortalizar a J.R.R.Tolkien y toda su obra. Su creación nos deja -como legado- una mitología completa, cambió el mundo en la forma de escribir sobre la fantasía y, hasta el día de hoy, sirve de guía a varios autores, músicos, cineastas, pintores, etc.
A través del éxito literario de “El Señor de los Anillos”, el mundo comenzó a admirar la literatura fantástica y comenzó a formarse un nuevo estilo de literatura. Prácticamente se hizo obligatorio entre los buenos escritores de fantasía leer “El Señor de los Anillos” y otras obras de Tolkien. En esto, muchos reconocen la figura de Tolkien como el PADRE DE LA FANTASÍA MODERNA.
Frase para terminar el post, extraída de la novela temática de hoy:
“No hay triunfo sin pérdida, no hay victoria sin sufrimiento, y no hay libertad sin sacrificio. La victoria pertenece al que cree en ella por más tiempo. Cada minuto que pasa es una nueva oportunidad de cambiarlo todo para siempre. Recuerda que el mundo está en manos de aquellos que tienen el coraje de vivir sus sueños. Cada vez que superamos un obstáculo, encontramos que valió la pena. Nada es imposible, porque los sueños de ayer son las esperanzas de hoy y pueden convertirse en la realidad de mañana. Alcanzar el éxito en la vida es la capacidad de afrontar el fracaso sin perder el entusiasmo. Hay tiempo para todo, ¡solo crea que podemos hacerlo!”.
La frase resaltada fue creada por Tolkien y utilizada en su obra “El Señor de los Anillos – El Retorno del Rey” (el tercer volumen de la obra). El complemento, fue creado por alguien desconocido (al menos no pude identificar). Pero encaja perfectamente en la vida de cualquier ser humano.
Charla finalizada. Publicación cerrada. ¿Te gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta la próxima aquí en “THE PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – pinterest.pt/pin/317574211210331427/
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: E a roda continua a tecer seus fios.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! Demorei bastante para voltar a postar. Esse tempo todo (já se vão mais de dois meses do meu último post) e vai ficando um sentimento estranho. Uma ausência. Mesmo muito agitada, a vida fica diferente sem poder teclar por aqui pelo “O PHANTASTICUS”. Afinal, são mais de sete anos de blog e… Então, deu saudades e voltei!
Hoje, trago um tema o qual já fiz algumas postagens diretas e indiretas. A série de livros do americano Robert Jordan – The Wheel of Time (A Roda do Tempo).
Se quiser relembrar o post “Um mundo de Luz e Sombra onde o Bem e o Mal travam uma batalha eterna”, basta usar o link abaixo:
Nota: Não posso negar que a minha predisposição para postar este tema veio atrelada, a série exibida recentemente homônima na Amazon Prime. Vale ressaltar o excelente desempenho de Rosamund Pike como Moiraine Damodred e Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Curta o teaser da série com o vídeo abaixo:
Mas… Por que a Roda? Misteriosa, complexa, literalmente fantástica. A complexidade da história escrita por Jordan está na mitologia criada que compõe esse cenário fantástico. E…
Parte-se do princípio de que o Criador deu origem ao universo e criou a Roda do Tempo para regê-lo – o primeiro fio? A Roda tece o destino de todas as pessoas seguindo determinados padrões em cada Era até que um dia tudo recomeça. Em todo ciclo uma catástrofe conhecida como a Ruptura do Mundo é um ponto fixo causado por um homem conhecido como o Dragão. Todo esse mundo foi construído com base em filosofias, conceitos e religiões como o budismo, a metafísica e até mesmo o cristianismo ao apresentar as ideias de equilíbrio, destino e duas forças opostas.
A Roda tem algumas similaridades com “Lord of the Rings” de Tolkien. O ritmo dos primeiros capítulos é lento, pela construção dos personagens, mas depois… fica alucinante. As duas obras trazem um mundo cheio de fantasia, personagens complexos, paisagens estonteantes e batalhas épicas. Mas uma das grandes diferenças das duas obras é o que “The Wheel of Time” traz um universo tão único, onde as mulheres assumem não só o protagonismo, como também os poderes mágicos. Há que se fazer algumas ressalvas, por conta da peculiaridade do perfil masculino da obra de Tolkien e do perfil feminino da obra de Jordan – “Lord of the Rings” escrita em 1929 enquanto “The Wheel of Time” começou a ser escrita em 1984. Nas cinco décadas e meia que separam as duas obras, as mulheres conquistaram – com muita justiça – um grande espaço. Isso se percebe claramente quando se comparam as linhas dos dois escritores.
A Roda do Tempo é notável por sua extensão, mundo imaginário detalhado e sistema mágico, e um grande elenco de personagens. Do oitavo ao décimo quarto livro, cada volume um alcançou o primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. Após sua conclusão, a série foi nomeada para o Prêmio Hugo. Em 2021, a série vendeu mais de 90 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se uma das séries de fantasia épica mais vendidas desde O Senhor dos Anéis.
A série de livros elevou Jordan a uma das grandes estrelas da Literatura Fantástica.
Robert Jordan é o pseudônimo de James Oliver Rigney Jr que nasceu em Charleston – na Carolina do Sul, em outubro de 1948 e veio a falecer em setembro de 2007 (com apenas 59 anos). E uma obra sensacional ficaria inacabada. Jordan “parou” no 11º volume (Knife of Dreams). Mas… Ainda havia muito material para fechar as obras. E assim, a roda seguia tecendo seus fios e a viúva de Jordan, Harriet McDougal, e o editor Tom Doherty se encarregaram de escolher Brandon Sanderson para continuar o trabalho. Sanderson se notabilizou pela trilogia Mistborn Publicada entre 2006 e 2008.
Fazendo uso das extensas notas de Jordan, Sanderson completou os três últimos romances da série: “The Gathering Storm” publicado em 2009, “Towers of Midnight” publicado em 2010 e “A Memory of Light” publicado em 2013.
A Roda do Tempo é venerada por uma gigantesca base de fãs, é por isso que em 2007 surgiu uma convenção anual chamada JordanCon, que acontece nos Estados Unidos e recebe centenas de participantes de todo o mundo, inclusive do Brasil.
A roda do tempo tece (e sempre tecerá) o padrão de uma era (quem sabe a nossa) usando a vida das pessoas como fio.
E para concluir o post, fecho com a sinopse do livro 1 “The Eye of the World” (O Olho do Mundo): Um dia houve uma guerra tão definitiva que rompeu o mundo, e no girar da Roda do Tempo o que ficou na memória dos homens virou esteio das lendas. Como a que diz que, quando as forças tenebrosas se reerguerem, o poder de combatê-las renascerá em um único homem, o Dragão, que trará de volta a guerra e, de novo, tudo se fragmentará. Nesse cenário em que trevas e redenção são igualmente temidas, vive Rand al’Thor, um jovem de uma vila pacata na região dos Dois Rios. É a época dos festejos de final de inverno — o mais rigoroso das últimas décadas —, e mesmo na agitação que antecipa o festival, chama a atenção a chegada de uma misteriosa forasteira. Quando a vila é invadida por Trollocs, bestas que para a maioria dos homens pertenciam apenas ao universo das lendas, a mulher não só ajuda Rand a escapar, como o apresenta àquela que será a maior de todas as jornadas: ela é uma Aes Sedai, artífice do poder que move a Roda do Tempo, e acredita que Rand seja o profético Dragão Renascido. Aquele que poderá salvar ou destruir o mundo.
Frase para finalizar o post, extraída do romance tema de hoje:
“O poder que há dentro de você não é sua maior força. Sua mente e como você a utiliza serão muito mais importantes nas batalhas que virão”.
Papo finalizado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até a próxima aqui no “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Versión española:Y la rueda sigue tejiendo sus hilos.
¡¡Hola a mis queridos amigos!! Me tomó un tiempo volver a publicar. Todo este tiempo (han pasado más de dos meses desde mi última publicación) y se está volviendo una sensación extraña. Una ausencia. Incluso muy ocupada, la vida es diferente sin poder escribir aquí “O PHANTASTICUS”. Después de todo, han sido más de siete años de blogs y… ¡Así que los extrañé y estoy de vuelta!
Hoy les traigo un tema que ya he hecho algunos post directos e indirectos. La serie de libros del estadounidense Robert Jordan – La rueda del tiempo.
Si quieres recordar el post “Un mundo de luces y sombras donde el bien y el mal libran una eterna batalla”, solo usa el siguiente enlace:
Nota: No puedo negar que mi predisposición a publicar este tema vino ligada a la serie del mismo nombre recientemente emitida en Amazon Prime. Cabe destacar la excelente actuación de Rosamund Pike como Moraine Damodred y Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Disfruta del teaser de la serie con el siguiente video:
Pero… ¿Por qué la rueda? Misteriosa, compleja, literalmente fantástica. La complejidad de la historia escrita por Jordan radica en la mitología creada que conforma este fantástico escenario. Y…
¿Se supone que el Creador dio origen al universo y creó la Rueda del Tiempo para gobernarlo, el primer hilo? La Rueda teje el destino de todas las personas siguiendo ciertos patrones en cada Era hasta que un día todo vuelve a empezar. En cada ciclo, una catástrofe conocida como la Ruptura del Mundo es un punto fijo causado por un hombre conocido como el Dragón. Todo este mundo se construyó sobre filosofías, conceptos y religiones como el budismo, la metafísica e incluso el cristianismo al presentar las ideas de equilibrio, destino y dos fuerzas opuestas.
La rueda tiene algunas similitudes con “El señor de los anillos” de Tolkien. El ritmo de los primeros capítulos es lento, debido a la construcción de los personajes, pero luego… se vuelve alucinante. Las dos obras traen un mundo lleno de fantasía, personajes complejos, paisajes impresionantes y batallas épicas. Pero una de las grandes diferencias entre las dos obras es que “La Rueda del Tiempo” trae un universo tan único, donde las mujeres no solo asumen el rol, sino también los poderes mágicos. Es necesario hacer algunas reservas, debido a la peculiaridad del perfil masculino de la obra de Tolkien y el perfil femenino de la obra de Jordan -“El señor de los anillos” escrita en 1929 mientras que “La rueda del tiempo” comenzó a escribirse en 1984. En las cinco décadas y media que separan las dos obras, la mujer ha conquistado –con razón– un amplio espacio. Esto se ve claramente al comparar las líneas de los dos escritores.
La Rueda del Tiempo se destaca por su extensión, mundo imaginario detallado y sistema mágico, y un gran elenco de personajes. Desde el octavo hasta el decimocuarto libro, cada volumen uno alcanzó el número uno en la lista de libros más vendidos del New York Times. Una vez finalizada, la serie fue nominada a un premio Hugo. A partir de 2021, la serie ha vendido más de 90 millones de copias en todo el mundo, lo que la convierte en una de las series de fantasía épica más vendidas desde El Señor de los Anillos.
La serie de libros elevó a Jordan a una de las grandes estrellas de la literatura fantástica.
Robert Jordan es el seudónimo de James Oliver Rigney Jr. Nació en Charleston, Carolina del Sur, en octubre de 1948 y murió en septiembre de 2007 (solo 59 años). Y una obra sensacional quedaría inacabada. Jordan “se detuvo” en el volumen 11 (Knife of Dreams). Pero… Aún quedaba mucho material para completar las obras. Y así, la rueda continuó tejiendo sus hilos, y la viuda de Jordan, Harriet McDougal, y el editor Tom Doherty se encargaron de elegir a Brandon Sanderson para continuar con el trabajo. Sanderson se hizo famoso por la trilogía Mistborn, publicada entre 2006 y 2008.
Haciendo uso de las extensas notas de Jordan, Sanderson completó las últimas tres novelas de la serie: “The Gathering Storm” publicada en 2009, “Towers of Midnight” publicada en 2010 y “A Memory of Light” publicada en 2013.
La Rueda del Tiempo es adorada por una gran base de fanáticos, por lo que en 2007 se creó una convención anual llamada JordanCon, que se realiza en Estados Unidos y recibe a cientos de participantes de todo el mundo, incluido Brasil.
La rueda del tiempo teje (y tejerá siempre) el patrón de una época (quizás la nuestra) utilizando como hilo conductor la vida de las personas.
Y para concluir el post, cierro con la sinopsis del libro 1 “El Ojo del Mundo”: Un día hubo una guerra tan definitiva que partió al mundo, y en el giro de la Rueda del Tiempo lo que quedó en la memoria de los hombres se convirtió en el pilar de las leyendas. Como el que dice que cuando las fuerzas oscuras se levanten, el poder para combatirlas renacerá en un solo hombre, el Dragón, quien traerá de vuelta la guerra y, una vez más, todo se derrumbará. En este escenario donde la oscuridad y la redención son temidas por igual, vive Rand al’Thor, un j proviene de un pueblo tranquilo en la región de Dois Rios. Es el momento del fin de las festividades de invierno —las más rigurosas en décadas— y aún en el ajetreo que anticipa la festividad, llama la atención la llegada de un misterioso extranjero. Cuando el pueblo es invadido por trollocs, bestias que para la mayoría de los hombres pertenecen solo al universo de las leyendas, la mujer no solo ayuda a Rand a escapar, sino que lo introduce en el que será el mayor viaje de todos: ella es una Aes Sedai, artífice del poder que mueve la Rueda del Tiempo, y cree que Rand es el profético Dragón Renacido. El que puede salvar o destruir el mundo.
Frase para terminar el post, extraída de la novela temática de hoy:
“El poder dentro de ti no es tu mayor fortaleza. Tu mente y cómo la uses será mucho más importante en las batallas por venir”.
Charla finalizada. Publicación cerrada. ¿Gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta la próxima aquí en “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – pinterest.pt/pin/317574211210331427/
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: O genial H.P e sua incrível criadora.
Olá, meus caríssimxs amigxs! A vida tem sido muito agitada e, confesso, que tenho dado mouca atenção ao meu querido blog. Mas hoje estou aqui, de volta. E hoje fujo um pouco da temática principal do blog – a ficção fantástica. Hoje parto para o romance policial e trago para a mesa de debate uma escritora importantíssima – seja para a minha vida de literatura como para a literatura policial e de mistério de todo o planeta.
Caríssimxs, hoje trago a incrível Agatha Mary Clarissa Miller. Conhecem? Não!? Bem, conhecem Mary Westmacott. Não? Está desculpado, pois nem eu – um grande leitor da autora sabia até escrever este post. Mas se eu escrever Agatha Christie tenho certeza de que todos – talvez algumas exceções do time abaixo de 15 e 16 anos – conhecem. Sim, a Rainha ou (Dama) do Crime (alcunha que recebeu de todo o seu público e críticos) é conhecidíssima a um século. Durante sua carreira, publicou mais de oitenta livros e suas obras, juntas, venderam cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI. Traduzida em 103 idiomas, só perde em popularidade para as obras de William Shakespeare e a Bíblia.
Genial, incrível, … fantástica. Qualquer adjetivo é pequeno para esta grande mulher.
A escritora, britânica nascida em 15 de setembro de 1890 estaria completando – se viva fosse – 131 anos. Sua obra foi e é tão importante que que em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de Dama-Comendadora da Ordem do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir.
Christie foi muito mais do que somente uma escritora de livros de suspense e policiais. Sua vida, sempre com curiosos a observando, foi uma grande aventura – mesmo tendo sido uma mulher muito reservada, que evitava todos os tipos de holofotes. Christie tinha mais camadas em sua personalidade e mais força de vontade em seu coração do que pensamos que sabemos. E reforçou a importância das mulheres em um momento que isso não era muito possível. Suas personagens mulheres são atrevidas e independentes. Abriu uma estrada promissora para as novas escritoras – que estariam por vir.
Influenciada por autores que vão desde Jane Austin a Alexandre Dumas, a leitura de seus romances policiais é sempre prazerosa. Suas histórias têm suspense, investigações, mas também uma boa dose de aventura. Dada a tramas complexas e cheias de reviravoltas, a Agatha Christie arrebatou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. Seu detetive, Hercule Poirot, metódico e dedicado, é sinônimo de mistério e aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” (O misterioso caso de Styles), foi o début do detetive belga Hercule Poirot (o H.P. do título), personagem que conseguiria ser quase tão popular quanto Sherlock Holmes. O livro, publicado em 1920, surgiu por acaso. Foi sua resposta a um desafio feito pela irmã mais nova, Maggie. Queria saber se a mais velha era capaz de escrever um suspense tão benfeito, de modo que o leitor só fosse capaz de desvendar o crime ao final da história.
Hercule Poirot é um pequeno detetive particular belga, que utiliza da sua massa cinzenta para desvendar os crimes. Ele possui um ego inflado, uma genialidade sem tamanho e a capacidade de resolver os mais diversos mistérios fazendo uso da psicologia. Um antigo inspetor da polícia belga, refugiado em Inglaterra depois da invasão alemã na primeira guerra mundial, Poirot instala-se primeiro em Styles, lugar do seu primeiro mistério, e vai ganhando fama e dinheiro com a resolução de novos crimes. A genialidade de HP é apenas o reflexo da grandiosidade de sua criadora. Agatha é brilhante.
Importante: Agatha, ao contrário da maioria dos ingleses, ela era capaz de falar com estranhos à primeira vista, em vez de esperar de quatro dias a uma semana para fazer a primeira investida cautelosa, como é o costume britânico. Esse tipo de humor fazia parte da personalidade da escritora, diz Janet Morgan, autora de uma biografia oficial de Agatha Christie. Segundo ela, Christie “era uma pessoa muito bem-humorada… Ela se divertia com a vida, com os seres humanos e com a forma como se comportavam”. É possível observar isso em A Casa do Penhasco, quando o ajudante de detetive capitão Hastings, que simboliza o jeito de ser inglês, hesita diante de uma tese elaborada por Hercule Poirot, o vaidoso detetive belga que é o personagem mais famoso de Christie. Na opinião de Hastings, a teoria era “muito melodramática”. Algo nada típico de um inglês, não é? Concordo. Mas até os ingleses têm emoções”, responde Poirot.
Assim como os outros personagens estrangeiros nas obras de Christie, Poirot chama a atenção para os estereótipos ingleses. A autora atribui certas características a seus personagens de diferentes nacionalidades. Os franceses são impetuosos, enquanto os escoceses são parcimoniosos e os australianos, simples. Christie, que gostava de viajar tanto antes quanto durante seu casamento com um arqueólogo, usa uma abordagem incisiva (mas, às vezes, xenófoba) para representar todos eles. Os ingleses não são poupados. Uma passagem de Cartas na Mesa, que zomba gentilmente do provincianismo inglês, diz: “Todo cidadão inglês de boa cepa ao enxergá-lo desejava com intensidade e fervor acertar-lhe um pontapé! (…) Se o Sr. Shaitana era argentino, português, grego ou de alguma outra nacionalidade profundamente desdenhada pelo insular bretão, ninguém sabia.”
Algumas peculiaridades:
No ano em que Agatha Christie publicou seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles (1920), o mundo ainda enfrentava a última onda da gripe espanhola. A epidemia, que teve início logo depois da Primeira Guerra Mundial, se arrastou por três anos, matou de 50 milhões a 100 milhões de pessoas e infectou mais de 500 milhões — cerca de um quarto da população do planeta à época. 100 anos depois, vivemos um 2020 sob o forte ataque pandêmico do SARS-COVID-19.
Na manhã do dia 4 de dezembro o carro de Agatha Christie foi encontrado em um barranco no lago de Silent Pool em Newlands Corner, com os faróis acesos. Dentro do Morris Cowley verde foram deixados um casaco de pele, a sua mala e uma carteira de motorista vencida. O desaparecimento da autora se tornou notícia em Surrey quando a polícia local publicou um relatório de pessoas desaparecidas, e passou-se a oferecer £ 100 para quem tivesse qualquer informação sobre a autora. Aviões, mergulhadores e escoteiros buscavam por Agatha – ao todo a busca teve a ajuda de 15 000 voluntários.
Várias informações foram acrescentadas à história do desaparecimento da autora, no livro The World of Agatha Christie. Martin Fido diz que na semana de seu desaparecimento Agatha deixou uma carta para Carlo Fisher, sua secretária, pedindo para cancelar uma hospedagem em Yorkshire. Segundo Martin, a autora escreveu também uma carta ao marido lhe fazendo duras críticas. Ainda no sábado, antes da descoberta do carro da autora, ela havia escrito uma carta a Campbell Christie, de Londres, dizendo que iria para Yorkshire, mas a carta foi perdida antes que Campbell pudesse lê-la. Uma nota também foi escrita para o vice-chefe de polícia de Surrey (ainda antes de encontrar-se o carro de Agatha), informando que Archie temia por sua segurança.
Agatha Christie estava desaparecida há 11 dias, desde que seu carro havia sido encontrado no lago Silent Pool, e estava sendo procurada até por aviões (foi a primeira vez que se usou aviões para buscar alguém desaparecido na Inglaterra), quando a polícia soube que ela estava no Hydropathic Hotel (hoje Old Swan Hotel), em Harrogate. Agatha chegou lá de táxi no dia 4 de dezembro levando consigo apenas uma mala.
A autora estava hospedada sob o nome de Teresa Neele (o mesmo sobrenome da amante de seu marido), dizendo ser da Cidade do Cabo, e explicando que era uma mãe de luto pela morte de seu filho. No hotel, Agatha foi vista dançando, jogando bridge, fazendo palavras cruzadas e lendo jornais. Curiosamente, a autora deixou um anúncio no The Times dizendo que Teresa Neele procurava parentes e amigos da África do Sul; interessante ressaltar que a irmã de Agatha, Madge, morreu em 1923, após voltar do país africano. A autora foi reconhecida no hotel pelo músico Bob Sanders Tappin, que reivindicou a recompensa de 100 libras. Sanders disse que se dirigiu à autora como “Mrs. Christie” e que essa respondeu-lhe, mas disse que estava sofrendo de amnésia. Agatha foi encontrada pela polícia no dia 19 de dezembro.
Várias teorias foram criadas para explicar o falso desaparecimento da autora, algumas pessoas defendem que o escândalo foi um golpe publicitário para aumentar a venda de um dos seus livros (The Murder of Roger Ackroyd lançado semanas antes do desaparecimento, continuava na lista de best-sellers), outras que a intenção da autora era apenas se vingar de Archibald (seu marido e que havia pedido o divórcio para ficar com a amante), simulando sua morte para que o marido fosse acusado de assassiná-la, e finalmente há os que dizem que a autora realmente sofreu um acidente de carro e perdeu a memória.
Em relação às adaptações de suas obras para a televisão e para o cinema, temos: a série britânica de ficção científica Doctor Who que, em um episódio da quarta temporada, utiliza diversos elementos de vários livros da Agatha Christie, como Morte nas nuvens, Um corpo na biblioteca e Assassinato na casa do pastor. Esse episódio teve a maior audiência de toda a temporada. Partners in Crime, livro de contos, virou uma série para a televisão em 1984 e tinha como protagonistas personagens inspirados em Tommy e Tuppence. A detetive Miss Marple também já apareceu nas telas com o filme Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, o principal detetive da obra de Agatha, não ficou de fora e teve uma série, Agatha Christie’s Poirot, baseada nos contos e romances protagonizados por ele. E, recentemente, em 2017, foi lançado o filme Assassinato no Expresso do Oriente, que conta com o grande ator Johnny Depp. O filme é baseado na obra de mesmo nome, que é uma de suas principais contribuições para o mundo dos romances policiais.
Falando agora um pouco particularmente, o primeiro livro (depois do infantis) que li foi “Curtain” (Cai o Pano, aqui no Brasil). A autora concluiu o livro em 1940 mas o manuscrito foi mantido em um cofre até a sua publicação no ano de 1975 (um ano antes da morte da autora).
A história trata do último caso do detetive Hercule Poirot, que já estaria velho e doente e chama seu amigo Arthur Hastings para, em suas palavras, “ser seus olhos e ouvidos” no esclarecimento de um caso intrigante. Vários assassinatos haviam sido cometidos e os suspeitos/supostamente culpados sempre eram pessoas próximas das vítimas.
Entretanto, o experiente detetive acreditava que as coisas não eram tão simples assim. Sua aposta: existiria um assassino comum a todos os crimes, a quem ele chamou de X. De volta ao lugar onde investigaram seu primeiro caso juntos, Poirot e Hastings precisam impedir que X volte a agir. Além da história de suspense propriamente dita, ainda vemos o sofrimento de Hastings ao ver seu amigo debilitado, ainda senhor de uma mente brilhante, mas encarcerada em um corpo que já não lhe sustenta. O livro é envolvente e impossível parar de ler até chegar ao final … e que final … que é totalmente inesperado. Entendam bem quando digo que é inesperado. Gostaram?
E por último, mas não por menor importância, uma palhinha sobre um dos livros mais populares da Rainha do Crime. Estou falando do “Murder on the Orient Express” (Assassinato no Expresso Oriente). Nosso querido H.Poirot havia acabado um trabalho na Síria e, antes de voltar à Inglaterra, resolve parar no meio do caminho, em Istambul, Turquia, pois sempre ia apenas de passagem pela cidade e queria finalmente ter um momento para explorar, entretanto, quando chega ao hotel em Istambul, um telegrama o aguarda e, mais uma vez, o impede de regozijar do passeio tão almejado e precisa voltar imediatamente à Inglaterra. Então, com a ajuda de Bouc, diretor da companhia de trem, uma acomodação no trem, pois, de forma misteriosa, as pessoas resolveram viajar todas ao mesmo tempo em pleno inverno rigoroso até a Inglaterra e o trem se encontra lotado, o que o impediu de viajar na 1ª classe como de costume, mas como o que ele precisava resolver na Inglaterra era de suma importância, aceitou embarcar na 2ª classe mesmo assim. O que, provavelmente os passageiros, não contavam.
Já no trem, com uma viagem longa garantida, Hercule Poirot acaba conhecendo os outros passageiros, todos eles de vários lugares do mundo. Americanos, Russos, Ingleses, Belgos e assim por diante. Cada um que conhecia, já ouviu falar sobre o detetive devido a sua inteligência em desvendar casos fora do comum, afinal, o detetive tinha uma reputação e tanto. Em todos os passageiros, apenas um o incomodou – o senhor Ratchett. Um homem misterioso e deixou uma péssima impressão a Hercule. Enquanto se encontrava no vagão-restaurante, Ratchett o procura e diz que alguém quer matá-lo e oferece a Hercule o serviço, mas o detetive se nega, pois não está interessado em ajudar o prepotente Ratchett.
Do lado de fora do trem, à viagem continua, mas muita neve cai. Na primeira noite da viagem, pouco mais de meia noite e meia, há movimentação dentro do trem, portas se abrem e fecham, dá-se para ouvir os movimentos em cada compartimento dos vagões, vozes resmungando, uma verdadeira comoção e o trem para. Hercule desperta e ao pedir uma água mineral para o chefe de pessoal, descobre que o trem está parado, devido a uma nevasca, entre Vinkovci, Iugoslávia e Brod, Bosnia.
Para ele tudo parece normal, até o dia seguinte chegar e descobrir que houve um assassinato no trem e, a vítima, era ninguém menos que Ratchett, o homem que pediu ajuda a Hercule Poirot no dia anterior, que levou muitas facadas e, devido às circunstâncias dos ferimentos, percebeu que havia um mistério por trás daquela morte. Mas… vou parar para não estragar a leitura daqueles que se interessarem.
Eu estou aproveitando e relendo os mais de 20 livros que tenho da autora.
Mas, já está ficando tarde e tenho que encerrar o post. E me despeço com uma frase da genial Agatha Christie – dita em um dos seus muitos livros. “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece a lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.” Brilhante e de dar calafrios. Mas é a pura verdade.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:El brillante H.P y su increíble creador.
¡Hola, mis amigos! La vida ha sido muy ajetreada y, lo confieso, le he prestado poca atención a mi querido blog. Pero hoy estoy aquí, de vuelta. Y hoy me escapo del tema principal del blog: la ficción fantástica. Hoy me voy a la novela de detectives y traigo a la mesa de debate a un escritor muy importante, ya sea para mi vida literaria o para la literatura de detectives y de misterio de todo el planeta.
Caríssimxs, hoy les traigo a la increíble Agatha Mary Clarissa Miller. ¿Lo sabías? ¿¡No!? Bueno, ya conoces a Mary Westmacott. ¿No? Lo siento, porque yo tampoco – un gran lector del autor lo sabía hasta escribir este post. Pero si le escribo a Agatha Christie, estoy seguro de que todos, tal vez algunas excepciones del equipo menor de 15 y 16 años lo saben. Sí, la Reina o (Dama) del Crimen (un apodo que recibió de todas sus audiencias y críticos) es conocida desde hace un siglo. Durante su carrera, publicó más de ochenta libros y sus obras, juntas, vendieron casi cuatro mil millones de copias durante los siglos XX y XXI. Traducido a 103 idiomas, es solo superado por las obras de William Shakespeare y la Biblia.
Genial, increíble … fantástico. Cualquier adjetivo es pequeño para esta gran mujer.
La escritora británica, nacida el 15 de septiembre de 1890, cumpliría -si estuviera viva- 131 años. Su trabajo fue y es tan importante que en 1971 fue premiada por la Reina del Reino Unido, Isabel II, con el título de Dama comandante de la Orden del Imperio Británico, un honor que es el equivalente femenino de Sir.
Christie era mucho más que una escritora de suspenso y crimen. Su vida, siempre con gente curiosa mirándola, fue una gran aventura, aunque era una mujer muy reservada, que evitaba todo tipo de focos. Christie tenía más capas en su personalidad y más fuerza de voluntad en su corazón de lo que creemos saber. Y reforzó la importancia de las mujeres en un momento en que esto no era muy posible. Sus personajes femeninos son atrevidos e independientes. Abrió un camino prometedor para los nuevos escritores, que estaban por venir.
Influenciada por autores que van desde Jane Austin hasta Alexandre Dumas, leer sus novelas policiales siempre es un placer. Sus historias tienen suspenso, investigaciones, pero también una buena dosis de aventura. Dadas las tramas complejas y retorcidas, Agatha Christie ha capturado legiones de fanáticos en todo el mundo. Su detective, Hercule Poirot, metódico y dedicado, es sinónimo de misterio y aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” fue el debut del detective belga Hercule Poirot (el H.P. del título), un personaje que lograría ser casi tan popular como Sherlock Holmes. El libro, publicado en 1920, surgió por casualidad. Fue su respuesta a un desafío de su hermana menor, Maggie. Quería saber si la mayor era capaz de escribir un thriller tan bien desarrollado, para que el lector solo pudiera desentrañar el crimen al final de la historia.
Hercule Poirot es un pequeño detective privado belga que utiliza su materia gris para resolver crímenes. Tiene un ego inflado, un genio sin tamaño y la capacidad de resolver los misterios más diversos utilizando la psicología. Ex inspector de la policía belga, refugiado en Inglaterra tras la invasión alemana en la Primera Guerra Mundial, Poirot se instala por primera vez en Styles, lugar de su primer misterio, y gana fama y dinero resolviendo nuevos crímenes. El genio de HP es solo un reflejo de la grandeza de su creador. Agatha es brillante.
Importante: Agatha, a diferencia de la mayoría de los ingleses, pudo hablar con extraños a primera vista, en lugar de esperar de cuatro días a una semana para hacer el primer avance cauteloso, como es la costumbre británica. Ese tipo de humor era parte de la personalidad del escritor, dice Janet Morgan, autora de una biografía oficial de Agatha Christie. Según ella, Christie “era una persona de muy buen humor … Se divertía con la vida, con los seres humanos y con su forma de comportarse”. Esto se puede ver en La casa del acantilado, cuando el ayudante de detective Capitán Hastings, que simboliza la forma de ser inglesa, duda ante una tesis elaborada por Hercule Poirot, el vanidoso detective belga que es el personaje más famoso de Christie. En opinión de Hastings, la teoría era “muy melodramática”. Algo que no es típico de un inglés, ¿no? Estoy de acuerdo. Pero incluso los ingleses tienen emociones “, responde Poirot.
Al igual que los demás personajes extranjeros de las obras de Christie, Poirot llama la atención sobre los estereotipos ingleses. La autora atribuye ciertas características a sus personajes de distintas nacionalidades. Los franceses son descarados, mientras que los escoceses son ahorrativos y los australianos simples. Christie, que disfrutaba viajar tanto antes como durante su matrimonio con un arqueólogo, utiliza un enfoque incisivo (pero a veces xenófobo) para r representarlos a todos. Los ingleses no se salvan. Un pasaje de Cartas na Mesa, que se burla suavemente del provincianismo inglés, dice: “¡Todo ciudadano inglés de buena reputación, cuando lo veía, deseaba con intensidad y fervor patearlo! (…) Si el señor Shaitana fuera argentino, portugués, griego o de alguna otra nacionalidad profundamente desdeñada por el isleño bretón, nadie lo sabía “.
Algunas peculiaridades:
En el año en que Agatha Christie publicó su primer libro, El misterioso caso de Styles (1920), el mundo todavía se enfrentaba a la última ola de la gripe española. La epidemia, que comenzó justo después de la Primera Guerra Mundial, se prolongó durante tres años, mató de 50 a 100 millones de personas e infectó a más de 500 millones, aproximadamente una cuarta parte de la población del planeta en ese momento. 100 años después, vivimos en 2020 bajo el fuerte ataque pandémico del SARS-COVID-19.
En la mañana del 4 de diciembre, el automóvil de Agatha Christie fue encontrado en un barranco en el lago en Silent Pool en Newlands Corner, con los faros encendidos. En el interior del Morris Cowley verde quedaron un abrigo de piel, su maleta y una licencia de conducir vencida. La desaparición del autor fue noticia en Surrey cuando la policía local publicó un informe de personas desaparecidas y ofreció £ 100 a cualquiera que tuviera información sobre el autor. Aviones, buzos y exploradores buscaban a Agatha; en total, la búsqueda contó con la ayuda de 15.000 voluntarios.
Se ha agregado mucha información a la historia de la desaparición del autor en El mundo de Agatha Christie. Martin Fido dice que en la semana de su desaparición Agatha le dejó una carta a Carlo Fisher, su secretario, pidiéndole que cancelara una estadía en Yorkshire. Según Martin, la autora también escribió una carta a su marido en la que lo criticaba con dureza. Justo el sábado, antes del descubrimiento del automóvil del autor, ella había escrito una carta a Campbell Christie de Londres, diciendo que iba a Yorkshire, pero la carta se perdió antes de que Campbell pudiera leerla. También se escribió una nota al subjefe de policía de Surrey (incluso antes de que se encontrara el automóvil de Agatha) informándole que Archie temía por su seguridad.
Agatha Christie había estado desaparecida durante 11 días, desde que su automóvil fue encontrado en Silent Pool Lake, y estaba siendo registrado incluso por aviones (fue la primera vez que se usaron aviones para buscar a alguien desaparecido en Inglaterra), cuando la policía se enteró de que ella Estaba en el Hydropathic Hotel (ahora Old Swan Hotel) en Harrogate. Agatha llegó allí en taxi el 4 de diciembre, con solo una maleta.
La autora se encontraba bajo el nombre de Teresa Neele (el mismo apellido que el amante de su marido), afirmaba ser de Ciudad del Cabo y explicaba que era una madre que lamentaba la muerte de su hijo. En el hotel, se vio a Agatha bailando, jugando al bridge, haciendo crucigramas y leyendo periódicos. Curiosamente, el autor dejó un anuncio en The Times diciendo que Teresa Neele estaba buscando parientes y amigos en Sudáfrica; Es interesante notar que la hermana de Agatha, Madge, murió en 1923, después de regresar del país africano. El autor fue reconocido en el hotel por el músico Bob Sanders Tappin, quien reclamó la recompensa de £ 100. Sanders dijo que se dirigió al autor como “Sra. Christie” y que ella le respondió, pero dijo que sufría de amnesia. Agatha fue encontrada por la policía el 19 de diciembre.
Se crearon varias teorías para explicar la falsa desaparición de la autora, algunas personas argumentan que el escándalo fue un truco publicitario para incrementar la venta de uno de sus libros (The Murder of Roger Ackroyd lanzado semanas antes de la desaparición, todavía en la lista de bestsellers) , otros que la intención de la autora era solo vengarse de Archibald (su marido y que había pedido el divorcio para estar con su amante), simulando su muerte para que su marido fuera acusado de asesinarla, y finalmente están los que decir que la autora tuvo un accidente automovilístico y perdió la memoria.
En cuanto a las adaptaciones de sus obras para televisión y cine, tenemos: la serie británica de ciencia ficción Doctor Who, que, en un episodio de la cuarta temporada, utiliza varios elementos de varios libros de Agatha Christie, como Death in the Clouds, Um body en la biblioteca y Asesinato en la casa del pastor. Este episodio tuvo las calificaciones más altas de toda la temporada. Partners in Crime, un libro de cuentos se convirtió en una serie de televisión en 1984 y tenía personajes inspirados en Tommy y Tuppence como protagonistas. La detective Miss Marple también apareció en la pantalla con Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, el detective principal de la obra de Agatha, no se quedó fuera y tuvo una serie, Agatha Christie’s Poirot, basada en las historias y novelas que protagonizó. Y recientemente, en 2017, se estrenó la película Murder on the Orient Express, protagonizada por el gran actor Johnny Depp. La película está basada en la obra del mismo nombre, que es una de sus principales contribuciones al mundo de la novela policíaca.
Hablando un poco en privado ahora, el primer libro (después de los niños) que leí fue “Cortina” (Cai o Pano, aquí en Brasil). El autor terminó el libro en 1940, pero el manuscrito se mantuvo en una caja fuerte hasta su publicación en 1975 (un año antes de la muerte del autor).
La historia trata del último caso del detective Hercule Poirot, que ya es anciano y está enfermo y llama a su amigo Arthur Hastings para, en sus palabras, “ser sus ojos y oídos” para aclarar un caso intrigante. Se habían cometido varios asesinatos y los sospechosos / supuestos culpables eran siempre personas cercanas a las víctimas.
Sin embargo, el experimentado detective creía que las cosas no eran tan sencillas. Su apuesta: habría un asesino común en todos los crímenes, a quien llamó X. De vuelta en el lugar donde investigaron juntos su primer caso, Poirot y Hastings deben evitar que X vuelva a actuar. Además de la historia de suspenso en sí, todavía vemos el sufrimiento de Hastings cuando ve a su amigo debilitado, todavía dueño de una mente brillante, pero aprisionado en un cuerpo que ya no lo apoya. El libro es atractivo e imposible de dejar de leer hasta llegar al final … y qué final … que es totalmente inesperado. Por favor, comprenda cuando digo que es inesperado …. ¿Te gustó?
Y, por último, pero no menos importante, una pajita sobre uno de los libros más populares de Crime Queen. Estoy hablando de “Asesinato en el Orient Express”. Nuestro querido H. Poirot acababa de terminar un trabajo en Siria y, antes de regresar a Inglaterra, decidió detenerse en el camino en Estambul, Turquía, ya que siempre estaba de paso por la ciudad y quería finalmente tener un momento para explorar. sin embargo, cuando llega a su hotel en Estambul, un telegrama lo espera y, una vez más, le impide disfrutar de su tan esperado viaje y debe regresar a Inglaterra de inmediato. Entonces, con la ayuda de Bouc, director de la compañía de trenes, un alojamiento en el tren, porque, de una manera misteriosa, la gente decidió viajar al mismo tiempo en medio del duro invierno a Inglaterra y el tren está lleno., lo que le impidió viajar en primera clase como de costumbre, pero como lo que necesitaba resolver en Inglaterra era de suma importancia, aceptó abordar en segunda clase de todos modos. Que los pasajeros probablemente no contaron.
Ya en el tren, con un largo viaje garantizado, Hércules Poirot acaba conociendo a los demás pasajeros, todos ellos de todo el mundo. Estadounidenses, rusos, ingleses, belgas, etc. Todos los que conocía habían oído hablar del detective debido a su inteligencia para descubrir casos inusuales, después de todo, el detective tenía una gran reputación. De todos los pasajeros, solo uno le molestaba: el señor Ratchett. Un hombre misterioso que le causó muy mala impresión a Hércules. Mientras está en el vagón restaurante, Ratchett lo busca y dice que alguien quiere matarlo y le ofrece el servicio a Hércules, pero el detective se niega, ya que no está interesado en ayudar al arrogante Ratchett.
Fuera del tren, el viaje continúa, pero cae mucha nieve. En la primera noche del viaje, poco después de la medianoche, hay movimiento dentro del tren, las puertas se abren y se cierran, se escuchan los movimientos en cada compartimiento de los vagones, voces murmurando, un verdadero revuelo y el tren se detiene. Hércules se despierta y cuando le pide agua mineral al jefe de personal, descubre que el tren se ha detenido debido a una tormenta de nieve entre Vinkovci, Yugoslavia y Brod, Bosnia.
Para él todo parece normal, hasta que al día siguiente llega y descubre que hubo un asesinato en el tren y la víctima no era otro que Ratchett, el hombre que pidió ayuda a Hércules Poirot el día anterior, quien fue apuñalado y apuñalado. de las heridas, se dio cuenta de que había un misterio detrás de esa muerte. Pero … me detendré para no estropear la lectura a los interesados.
Estoy disfrutando y releyendo los más de 20 libros que tengo del autor.
Pero se hace tarde y tengo que cerrar la publicación. Y me despido con una frase de la genial Agatha Christie – dijo en uno de sus muchos libros. “El amor de una madre por su hijo no se parece a nada en el mundo. No obedece la ley ni la piedad, se atreve a todo y extermina sin piedad todo lo que se interpone en su camino”. Brillante y escalofriante. Pero es la verdad.
Espero que les haya gustado la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A atualidade aterradora de um livro de 70 anos … 1984 (mais uma vez).
Olá para todxs!! Hoje o PHANTASTICUS faz o primeiro post do ano. 2021 começou como 2020 terminou – recheado de problemas e notícias tristes. Mas algumas nos trazem esperança. Uma delas é a posse do democrata Joe Biden, como 46.º presidente dos Estados Unidos. Biden traz uma mensagem de união e de luta contra problemas globais – racismo, meio ambiente, etc… Não vou entrar em detalhes sobre as coisas que aconteceram neste novo ano que nos deixaram preocupados. Seria mais chuva nesta enchente. Então, vamos seguir o barco.
Hoje vamos falar, mais um pouco, sobre o livro “1984” (Nineteen Eighty-Four), publicado em 1949 e escrito pelo gênio britânico George Orwell. Mas antes de seguir, uma pergunta paira no ar: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Nota: George Orwell nasceu sob o nome de registro de Eric Arthur Blair em Motihari, na Índia, na época ainda uma colônia britânica. No entanto, quando tinha apenas 1 ano de idade foi morar na Inglaterra. O escritor foi aluno de Aldous Huxley e ingressou na Eton College com bolsa de estudos, já que seus pais não tinham condições de bancá-lo.
Antes de tentar responder, segue o post do blog sobre o livro, postado em meados do ano passado. Vale (re)ler.
George Orwell virou sinônimo de distopia ao apontar, na década de 1950, para um futuro em que câmeras nos vigiariam 24 horas por dia e governos totalitários distorceriam a verdade para manipular a população, semeando confusão e ódio. Agora, vejam alguns pontos que “1984” adiantou.
Privacidade
Esse conceito não existe na obra de Orwell. Do que fazem na rua ao que fazem em casa, inclusive enquanto dormem, todos os cidadãos são vigiados pelo “Big Brother”. Atualmente, nas câmeras nas ruas às redes sociais, é um fato que nossos passos são vigiados a cada instante. Veja se já não aconteceu com você: em algum momento do dia você escreveu uma mensagem para um amigo dizendo que estava com vontade de comer uma pizza ou uma massa e quando abriu o Instagram, surge um anúncio de uma pizza, que aparece de forma – quase – irresistível na tela do seu telefone. Já?
O problema é um pouco mais profundo quando paramos para refletir que somos nós quem abrimos nossa privacidade nas redes sociais. Lá compartilhamos as fotos que queremos, com os comentários que queremos, com quem queremos, sem nos darmos conta do alcance e dos dados que isso gera para empresas que estão de olho.
Sim, quer queira, quer não, tem muitas, muitas empresas de olho no que você faz nas redes sociais. Elas buscam informação. Informação sobre você. Pensa comigo: quanto você paga para usar o Facebook, Instagram ou Whatsapp? Nada, certo? No entanto, as três (que pertencem ao tio Mark Zuckerberg) estão entre as empresas mais valiosas do mundo, na cifra dos bilhões de dólares. Ora, se você não paga nada, de onde vem todo esse dinheiro? Um estudioso das mídias sociais respondeu bem isso: “se é de graça, o produto é você”.
Nota: Se quiser buscar mais informações sobre este tema, veja o documentário “O Dilema das Redes”. Vale a pena.
Teletelas
Lembra que no livro 1984 as teletelas apresentam conteúdo enquanto filmam as pessoas? Um celular na mão faz exatamente isso. Ele não filma, mas filtra suas informações através do que você escreve e de como interage na internet. Existem algoritmos que conseguem até medir seu humor no momento, se está triste ou feliz usando, por exemplo, a base na velocidade que você rola o feed, digita e mais situações.
Duplipensar
Duplo pensamento, duplicidade de pensamentos, saber que está errado e se convencer que está certo. “Inconsciência é ortodoxia”. É uma forma de lavagem cerebral. o Estado (neste caso, o regime totalitário) implanta nos cidadãos o “duplipensar”. Isto é, ele apresenta dois conceitos contraditórios e distorce a capacidade de interpretar cada um para perceber que não fazem sentido. Um exemplo é o lema do partido: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”. Ou seja, ninguém se questiona sobre a impossibilidade disso, pois ninguém quer pensar por si, apenas aceita o que é dito. O que lhe parece isto?
Ainda na proposta do “duplipensar”, o Partido faz com que uma mentira se torne uma verdade coletiva. O exemplo do livro é 2+2=5. Ninguém questiona mais as leis universais da matemática, que tornam esse cálculo impossível, porque se o governo disse, está dito. Não importa o que é dito, importa quem diz. Troque a palavra “duplipensar” por “fake News” e a lógica será a mesma. “Se aquele comentarista disse, é porque é verdade e pronto”.
Nota: Basta lembrar o que 45º presidente americano disse, afirmando fraude nas eleições e “virou verdade” para os seus “seguidores” (SIC).
O medo como arma de controle
Orwell observou como caminhava a humanidade e percebeu que o medo era tão perigoso quando as armas. O Grande Irmão era a fonte do medo enquanto era a fonte da provisão de todos. Impossível odiá-lo quando ele só pensava no bem da Oceania, sem se darem conta de que ele tinha nas mãos o controle da vida de todos. Por medo do sistema, todos acabavam se sujeitando – e até amando – o sistema. Parece um tanto com casos como do Estado Islâmico, onde, em nome de um “bem comum”, o medo impera.
O mundo do livro
No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:
Oceania – o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e grande parte do sul da África.
Eurásia – o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
Lestásia – o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
Territórios sob disputa: Outros territórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia (quadrilátero formado entre as cidades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong e Tânger), além de todo o território da Antártica.
No livro, a sociedade se divide em 3 classes:
Alta – Grande Irmão e Partido Interno (2%); Média – Partido Externo (13%) e Baixa – Proles (85%).
Os Ministérios são as principais representações do “Partido”, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do Partido.
Ministério da Verdade – É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.
Ministério da Paz – É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.
Ministério da Fartura ou Ministério da Riqueza – É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia, a prole.
Ministério do Amor – É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus “habitantes” não têm a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do poder para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.
Comentário: São muitos os signos de “1984” que são visíveis do Brasil e no mundo de hoje: a polarização como mecanismo de poder pelo poder; o horror à inteligência; os ministérios da educação que deseduca, ou da verdade encarregados da propagação da mentira, sempre com a retórica da violência; o espírito da perseguição e a estupidez como valor; a volúpia da ignorância e a guerra permanente. A ficção de Orwell permanece poderosa”, é a avaliação do romancista Cristovão Tezza, autor de livros como “A tirania do amor” e “O filho eterno”.
Orwell pôs a fome de poder dos regimes totalitários – de direita e de esquerda – e conseguiu dar um caráter único em seu romance “1984”. Assim como outros tantos livros, a interpretação é livre. Desta forma, tento responder a pergunta feita no início do post: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Vários grupos de direita se apossaram das linhas de “1984” e as direcionaram “seus mísseis” para os governos de esquerda. Mas, Orwell se opõe a tirania, a opressão, a tortura, etc… Seja ela de direita ou de esquerda. Leia o livro com “mente aberta”.
E desta forma, fechamos o post com algumas frases de Orwell.
“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La temible actualidad de un libro de 70 años … 1984 (de nuevo).
¡¡Hola todxs!! Hoy PHANTASTICUS realiza la primera publicación del año. 2021 comenzó como terminó 2020, lleno de problemas y noticias tristes. Pero algunos nos traen esperanza. Uno es la toma de posesión del demócrata Joe Biden, como 46º presidente de Estados Unidos. Biden trae un mensaje de unidad y de lucha contra los problemas globales: racismo, medio ambiente, etc. No entraré en detalles sobre las cosas que sucedieron en este nuevo año que nos preocuparon. Habría más lluvia en esta inundación. Entonces, sigamos el barco.
Hoy vamos a hablar, un poco más, del libro “1984” (Mil novecientos ochenta y cuatro), publicado en 1949 y escrito por el genio británico George Orwell. Pero antes de continuar, una pregunta flota en el aire: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Nota: George Orwell nació con el nombre registrado de Eric Arthur Blair en Motihari, India, en ese momento todavía era una colonia británica. Sin embargo, cuando solo tenía 1 año se fue a vivir a Inglaterra. El escritor era alumno de Aldous Huxley e ingresó al Eton College con una beca, ya que sus padres no podían pagarla.
Antes de intentar responder, siga la publicación del blog sobre el libro, publicada a mediados del año pasado. Vale la pena (re) leer.
George Orwell se convirtió en sinónimo de distopía cuando señaló, en la década de 1950, un futuro en el que las cámaras nos mirarían las 24 horas del día y los gobiernos totalitarios distorsionarían la verdad para manipular a la población, sembrando confusión y odio. Ahora, vea algunos puntos que presentó “1984”.
Intimidad
Este concepto no existe en el trabajo de Orwell. Desde lo que hacen en la calle hasta lo que hacen en casa, incluso mientras duermen, todos los ciudadanos son vigilados por el “Gran Hermano”. Hoy en día, en las cámaras de la calle a las redes sociales, es un hecho que nuestros pasos están monitoreados en todo momento. Fíjate si no te ha pasado ya: en algún momento del día le escribiste un mensaje a un amigo diciéndole que estabas de humor para una pizza o una masa y cuando abriste Instagram, aparece un anuncio de una pizza, que aparece así – casi – irresistible en la pantalla de su teléfono. ¿Ya?
El problema es un poco más profundo cuando nos detenemos a reflexionar que somos nosotros quienes abrimos nuestra privacidad en las redes sociales. Allí compartimos las fotos que queremos, con los comentarios que queremos, con quien queremos, sin darnos cuenta del alcance y datos que esto genera para las empresas que están mirando.
Sí, te guste o no, hay muchas, muchas empresas que vigilan lo que haces en las redes sociales. Buscan información. Información acerca de ti. Piensa conmigo: ¿cuánto pagas por usar Facebook, Instagram o Whatsapp? Nada, ¿verdad? Sin embargo, los tres (que pertenecen al tío Mark Zuckerberg) se encuentran entre las empresas más valiosas del mundo, en miles de millones de dólares. Ahora, si no paga nada, ¿de dónde viene todo ese dinero? Un estudioso de las redes sociales respondió bien: “si es gratis, el producto eres tú”.
Nota: Si desea obtener más información sobre este tema, consulte el documental “El dilema de la red”. Vale la pena.
Telepantallas
¿Recuerdas que en el libro 1984, las teletelas presentan contenido mientras filman personas? Un teléfono celular en tu mano hace precisamente eso. No filma, pero filtra su información a través de lo que escribe y cómo interactúa en Internet. Existen algoritmos que incluso pueden medir tu estado de ánimo en este momento, ya sea que estés triste o feliz usando, por ejemplo, la base en la velocidad a la que te desplazas por el feed, el tipo y más situaciones.
Duplicar
Pensar dos veces, pensar dos veces, saber que estás equivocado y convencerte de que tienes razón. “La inconsciencia es ortodoxia”. Es una forma de lavado de cerebro. el Estado (en este caso, el régimen totalitario) implementa el “doble pensamiento” en los ciudadanos. Es decir, presenta dos conceptos contradictorios y distorsiona la capacidad de interpretar cada uno para darse cuenta de que no tienen sentido. Un ejemplo es el lema del partido: “La guerra es la paz. Libertad es esclavitud. Ignorancia es fuerza “. Es decir, nadie pregunta por la imposibilidad de esto, porque nadie quiere pensar por sí mismo, solo acepta lo que se dice. ¿Qué te parece esto?
Aún en la propuesta del “doble discurso”, el Partido convierte la mentira en una verdad colectiva. El ejemplo del libro es 2 + 2 = 5. Ya nadie cuestiona las leyes universales de las matemáticas, que hacen imposible este cálculo, porque si el gobierno lo dijo, se dice. No importa lo que se diga, importa quién lo diga. Cambie la palabra “doble discurso” por “noticias falsas” y la lógica será la misma. “Si ese comentarista dijo, es porque es verdad y eso es todo”.
Nota: Solo recuerde lo que dijo el 45º presidente estadounidense, alegando fraude en las elecciones y “se hizo realidad” para sus “seguidores” (SIC).
El miedo como arma de control
Orwell observó cómo la humanidad caminaba y se dio cuenta de que el miedo era tan peligroso como las armas. El Gran Hermano era la fuente del miedo mientras que era la fuente de la provisión de todos. Imposible odiarlo cuando o solo pensaba en el bien de Oceanía, sin darse cuenta de que tenía el control de la vida de todos en sus manos. Por miedo al sistema, todos terminaron sometiéndose, e incluso amando, el sistema. Se parece mucho a casos como el Estado Islámico, donde, en nombre de un “bien común”, prevalece el miedo.
El mundo del libro
En el libro, las naciones se dividen en tres grandes imperios modernos, que son grandes potencias:
Oceanía, el más grande de los imperios, gobierna toda Oceanía, América, Islandia, el Reino Unido, Irlanda y gran parte del sur de África.
Eurasia, el segundo imperio más grande, gobierna toda Europa (excepto Islandia, el Reino Unido e Irlanda), casi toda Rusia y una pequeña parte del resto de Asia.
Lestásia, el imperio más pequeño, gobierna países del este como China, Japón, Corea, parte de la India y algunas naciones vecinas.
Territorios en disputa: Otros territorios, como el norte de África, Asia central y sudoriental (cuadrilátero formado entre las ciudades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong y Tánger), además de todo el territorio de la Antártida.
En el libro, la sociedad se divide en 3 clases:
Alta – Gran Hermano y Partido Interno (2%); Medio – Partido externo (13%) y Bajo – Proles (85%).
Los ministerios son las principales representaciones del “Partido”, y cada uno está encargado de mantener la armonía de la ideología del Partido.
Ministerio de la Verdad – Se encarga de falsificar documentos y literatura que puedan servir como referencia al pasado, para que siempre cumpla con lo que el Partido dice que es cierto actualmente. Siguiendo esta lógica, el Partido es infalible, porque nunca se equivocó.
Ministerio de Paz – Es el responsable de la Guerra. Manteniendo la guerra contra los enemigos de Oceanía, en el caso de Lestásia o Eurasia. La guerra en el contexto del libro se usa permanentemente para mantener el ánimo de la población en un punto ideal. También una forma de dominación.
Ministerio de Abundancia o Ministerio de Riqueza – Es responsable del hambre. En términos prácticos, la economía de Oceanía es su responsabilidad. Dar a conocer sus exagerados informes de producción haciendo que toda la población piense que el país lo está haciendo muy bien. Sin embargo, su número faraónico no sirve para el bienestar de los estratos más bajos de la población de Oceanía, la descendencia.
Ministerio del Amor – Se encarga de espiar y controlar a la población. El Ministerio del Amor se ocupa de los que se vuelven contra el Partido, juzgando, torturando y lavando constantemente el cerebro. Para el Ministerio no basta con eliminar la oposición, es necesario convertirla. El edificio donde se ubica es una verdadera fortaleza, sin ventanas. Sus “habitantes” no tienen sentido del tiempo y el espacio, que es otro instrumento de poder para lavar el cerebro a los disidentes del régimen.
Comentario: Son muchos los signos de “1984” visibles en Brasil y en el mundo de hoy: la polarización como mecanismo de poder por poder; el horror de la inteligencia; los ministerios de educación que educan, o la verdad encargados de difundir la mentira, siempre con la retórica de la violencia; el espíritu de persecución y estupidez como valor; la voluptuosidad de la ignorancia y la guerra permanente. La ficción de Orwell sigue siendo poderosa”, es la valoración del novelista Cristovão Tezza, autor de libros como “La tiranía del amor” y “El hijo eterno”.
Orwell puso el poder hambriento de los regímenes totalitarios -derecha e izquierda- y logró darle un carácter único en su novela “1984”. Como muchos otros libros, la interpretación es gratuita. De esta manera, trato de responder la pregunta que se hizo al comienzo del post: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Varios grupos de derecha se apoderaron de las líneas de “1984” y dirigieron “sus misiles” a los gobiernos de izquierda. Pero, Orwell se opone a la tiranía, la opresión, la tortura, etc … Ya sea de derecha o de izquierda. Lea el libro con una “mente abierta”.
Y de esta forma cerramos el post con algunas frases de Orwell.
“Si la libertad significa algo, será principalmente el derecho a decirle a otras personas lo que no quieren escuchar”.
“En una era de mentiras universales, decir la verdad es un acto revolucionario”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A distopia e a ficção das linhas de Michael Crichton.
ATENÇÃO! Hoje o PHANTASTICUS completa o sexto aniversário. É um momento muito importante. Quando comecei o blog pensei apenas em desenvolver um hobby. Mas, hoje, estas linhas fazem parte da minha vida.
E o blog traz, para comemorar esta data, um pouco da distopia e do futurismo das linhas de Michael Crichton.
O americano John Michael Crichton foi autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico mais conhecido por seu trabalho nos gêneros de ficção científica, ficção médica e thriller. Seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes.
O PHANTASTICUS já deu uma “palhinha” sobre o americano. Foi do post de 19 de novembro de 2016. Falamos dos dinossauros de Crichton que deram origem a incrível franquia “Jurassic Park”. Se quiser relembrar o post, segue o link: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Mas, nem só de dinossauros foi a vida de Crichton. Em “The Andromeda Strain” (O Enigma de Andrômeda) – publicado em 1969 – o autor se mostra um profundo conhecedor de conceitos científicos (somados aos seus conhecimentos médicos – por conta da sua formação), imaginando os detalhes de uma misteriosa doença que surge na pequena cidade de Pidmont (na Califórnia) após a queda de um satélite que fora projetado com o objetivo de identificar possíveis formas de vida alienígena no espaço. Ao chegar em Piedmont, um grupo de quatro renomados cientistas encontram apenas dois sobreviventes: um idoso viciado e um bebê em perfeitas condições. Diante do mistério que cerca essa implacável e misteriosa doença, o governo dos EUA inicia o protocolo ultrassecreto “Wildfire”, criado há muito tempo para tratar ameaças biológicas desconhecidas. Assim, os cientistas são enviados a um laboratório secreto subterrâneo equipado com um dispositivo de autodestruição atômica que pode ser acionado caso haja contaminação. Usando o que há de mais moderno em tecnologia, os cientistas analisam as amostras e os pacientes a fim de entender a doença e evitar uma possível catástrofe biológica global. Entretanto, o Enigma de Andrômeda se mostra além de toda a ciência, o que exigirá dos cientistas grande capacidade intelectual e, principalmente, muita inteligência emocional.
Com toda a bagagem recebida pela escrita de seus 12 livros de ficção, Crichton resolveu atuar em outra área: Escrever e dirigir cinema. E um dos grandes trabalhos de Michael Crichton, que nos deixou em novembro de 2008, foi um filme de ficção científica lançado em 1973, escrito e dirigido por ele. “Westworld”.
O filme se passa em um distópico e futurista parque de diversões temático chamado “Delos”. Voltado para adultos, “Delos” expõe três “mundos” temáticos: o mundo do Oeste (retratando a fronteira dos Estados Unidos em 1880), o mundo medieval (reconstruindo a Europa do século XIII) e o mundo romano (retratando a antiga cidade romana de Pompeia). Cada um desses “mundos” é habitado por androides praticamente indistinguíveis dos seres humanos, programados para tornar os ambientes mais naturais e realistas. No parque, as pessoas podem fazer o que quiserem, incluindo matar e ter relações sexuais com os androides. O filme se inicia apresentando “Delos” por meio de um repórter, Ed Ramsey, que entrevista as pessoas que acabaram de sair do parque e que aparentam estar muito satisfeitas. “Westworld” permite discussões sobre ética, moralidade, teologia e vários temas importantes. Neste playground retrofuturista, o cliente vive um dia pré-definido como se fosse 1880. Pagando caro é possível passar o tempo entre saloons, bordéis, cavalgadas e tiroteios, tendo prazer com álcool, sexo e morte. Armas e mulheres estão à disposição para duelos entre homens e androides – que, criados à sua imagem e semelhança, despertam amor, ódio e dúvida entre os humanos. Perfeitos em sua representação antropomórfica, capazes de falar, respirar e sangrar, robôs geram suspeita quanto a real natureza de quem quer que seja dentro do parque. “Como saber se matei um humano?”, questiona um personagem? “Pouco importa”, responde outro.
Mas, uma falha no sistema compromete o sistema dos androides tem início um contra-ataque sangrento, colocando em risco a vida dos visitantes – um vírus de computador ataca todo o sistema. Crichton aponta que, na busca por satisfação máxima em um ambiente onde tudo é permitido, as condutas dos homens revelam o grau de desumanidade que pode haver em cada um. Ao mesmo tempo, o parque imaginado pelo cineasta descreve o quanto autômatos programados por humanos tendem a se parecer com a nossa espécie não apenas em aparência, mas em conduta, estilo de vida e predisposição à violência.
O roteiro foi oferecido a todos os grandes estúdios. Todos rejeitaram o projeto, exceto a Metro-Goldwyn-Mayer. O filme acabou sendo bem sucedido e gerou uma continuação “Futureworld”, em 1976, e uma série televisiva, “Beyond Westworld”, em 1980 (nenhum destes empreendimentos, teve a participação de Crichton e não obtiveram um bom resultado). O filme tinha como protagonista o russo (naturalizado americano) Yul Brynner – uma fera nos anos 50 a 70.
E esta obra foi “revivida” em outubro de 2016, quando estreou a série, homônima, de televisão (HBO) adaptada do filme de Michael Crichton e de sua continuação “Futureworld”. Desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, teve como produtores executivos Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub e, J. J. Abrams. “Westworld” tem um plantel de atores de primeira linha, e entre eles figuram Anthony Hopkins e Evan Rachel Wood. A série segue com sucesso e já foi renovada para a quarta temporada.
A série de cyber punk se passa em um futuro distópico, onde parques temáticos são construídos pela empresa “Delos” e seus robôs programados para satisfazer os clientes e nunca os desagradar.
Nota: Assim como no filme a série se passa no ambiente de Velho Oeste e daí o universo dos cinemas se expande muito mais.
Tudo é possível neste parque – o indivíduo busca por aventuras; sexo; violência, resguardados que naquele espaço podem fazer o que quiserem com os robôs, inclusive violar as leis. O bordão básico repetido na série reforça estes conceitos: “Esses prazeres violentos têm fins violentos”. Ele serve para dar uma dica sobre as consequências futuras. A frase é de Shakespeare em Romeu e Julieta, ainda pode significar o perigo de máquinas e humanos se aproximarem, assim como no amor proibido do clássico.
A série se encaminha para uma revolução das máquinas e como sempre esse assunto mexe com vários conceitos morais. Certamente, nos faz questionar sobre nossos atos, representatividade simbólica e percepção do meio em que vivemos.
Obs.: No “cast” da série encontramos o brasileiro Rodrigo Santoro, que encara uma produção de valor após o fracasso de Ben-Hur. Interpretando uma inteligência artificial no papel de um fora-da-lei chamado Hector Sacaton, ele é considerado um dos bandidos mais procurados de Westworld e segue a teoria de que o oeste é um lugar selvagem, onde a única maneira de sobreviver é como um predador.
A série nos leva do faroeste para um futuro distante e ganha o rótulo de violenta e ardilosa, reforçando a luta entre as máquinas e a humanidade. Bem, para evitar eventuais spoilers, encerro aqui. E desta forma, fechamos o post com uma frase criada pelo genial Michael Crichton, extraída de “O parque dos dinossauros”:
“Vivemos num mundo assustador, de coisas prontas. Está decidido que as pessoas devem se comportar de tal maneira. Está decidido que devem se preocupar com tais e tais assuntos. Ninguém mais pensa nas coisas que chegam prontas. Não é incrível? Na sociedade de informação, ninguém mais pensa. Esperávamos acabar com o papel, mas na verdade acabamos com o pensamento.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La distopía y la ficción lineal de Michael Crichton.
¡ATENCIÓN! PHANTASTICUS cumple hoy su sexto aniversario. Es un momento muy importante. Cuando comencé el blog solo pensaba en desarrollar un hobby. Pero hoy, estas líneas son parte de mi vida.
Y el blog trae, para conmemorar esta fecha, un poco de la distopía y futurismo de las líneas de Michael Crichton.
El estadounidense John Michael Crichton fue un autor, guionista, director de cine, productor y ex médico mejor conocido por su trabajo en los géneros de ciencia ficción, ficción médica y thriller. Sus libros han vendido más de 200 millones de copias en todo el mundo y muchos se han adaptado a películas.
PHANTASTICUS ya ha dado una “paja” sobre el estadounidense. Era del post del 19 de noviembre de 2016. Hablamos de los dinosaurios Crichton que dieron origen a la increíble franquicia “Jurassic Park”. Si quieres recordar la publicación, sigue el enlace: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Pero la vida de Crichton no se trataba solo de dinosaurios. En “La cepa de Andrómeda” (El enigma de Andrómeda) – publicado en 1969 – el autor demuestra tener un profundo conocimiento de los conceptos científicos (sumados a sus conocimientos médicos – debido a su formación), imaginando los detalles de una misteriosa enfermedad que surge en la pequeña localidad de Pidmont (California) tras la caída de un satélite que fue diseñado para identificar posibles formas de vida extraterrestre en el espacio. Al llegar a Piamonte, un grupo de cuatro científicos de renombre encuentra sólo dos supervivientes: un adicto anciano y un bebé en perfecto estado. Ante el misterio que rodea a esta implacable y misteriosa enfermedad, el gobierno de Estados Unidos inicia el protocolo ultrasecreto “Wildfire”, creado hace mucho tiempo para tratar amenazas biológicas desconocidas. Por lo tanto, los científicos son enviados a un laboratorio subterráneo secreto equipado con un dispositivo de autodestrucción atómica que puede activarse en caso de contaminación. Utilizando lo último en tecnología, los científicos analizan muestras y pacientes para comprender la enfermedad y prevenir una posible catástrofe biológica global. Sin embargo, el Andromeda Enigma se muestra más allá de toda ciencia, lo que requerirá de los científicos una gran capacidad intelectual y, principalmente, mucha inteligencia emocional.
Con todo el bagaje recibido para la escritura de sus 12 libros de ficción, Crichton decidió actuar en otra área: escribir y dirigir cine. Y una de las grandes obras de Michael Crichton, que nos dejó en noviembre de 2008, fue una película de ciencia ficción estrenada en 1973, escrita y dirigida por él. “Westworld”.
La película está ambientada en un parque temático distópico y futurista llamado “Delos”. Dirigida a adultos, “Delos” expone tres “mundos” temáticos: el mundo occidental (que representa la frontera de los Estados Unidos en 1880), el mundo medieval (que reconstruye la Europa del siglo XIII) y el mundo romano (que representa la antigua ciudad romana Pompeya). Cada uno de estos “mundos” está habitado por androides prácticamente indistinguibles de los humanos, programados para hacer entornos más naturales y realistas. En el parque, la gente puede hacer lo que quiera, incluso matar y tener relaciones sexuales con androides. La película comienza con “Delos” a través de un reportero, Ed Ramsey, que entrevista a personas que acaban de salir del parque y que parecen estar muy satisfechas. “Westworld” permite discusiones sobre ética, moralidad, teología y varios temas importantes. En este patio de recreo retrofuturista, el cliente vive un día predefinido como si fuera 1880. Pagando caro es posible pasar tiempo entre tabernas, burdeles, cabalgatas y tiroteos, disfrutando del alcohol, el sexo y la muerte. Las armas y las mujeres están disponibles para los duelos entre hombres y androides, que, creados a su imagen y semejanza, despiertan amor, odio y duda entre los humanos. Perfecto en su representación antropomórfica, capaz de hablar, respirar y sangrar, los robots generan sospechas sobre la verdadera naturaleza de quien se encuentra dentro del parque. “¿Cómo sé si maté a un humano?”, Pregunta un personaje. “Importa poco”, responde otro.
Pero una falla del sistema que compromete el sistema Android inicia un contraataque sangriento, poniendo en riesgo la vida de los visitantes: un virus informático ataca todo el sistema. Crichton señala que, en la búsqueda de la máxima satisfacción en un entorno donde todo está permitido, el comportamiento de los hombres revela el grado de inhumanidad que puede haber en cada uno. Al mismo tiempo, el parque imaginado por el cineasta describe cuánto los autómatas programados por humanos tienden a parecerse a nuestra especie no solo en apariencia, sino en conducta, estilo de vida y predisposición a la violencia.
El guión se ofreció a todos los grandes estudios. Todos rechazaron el proyecto, excepto Metro-Goldwyn-Mayer. La película terminó teniendo éxito y generó una continuación “Futureworld”, en 1976, y una serie de televisión, “Beyond Westworld”, en 1980 (ninguno de estos emprendimientos contó con la participación de Crich tonelada y no obtuvo un buen resultado). La película fue protagonizada por el ruso (estadounidense naturalizado) Yul Brynner, una bestia en los años 50 y 70.
Y este trabajo fue “revivido” en octubre de 2016, cuando se estrenó la serie homónima (HBO) adaptada de la película de Michael Crichton y su continuación “Futureworld”. Desarrollado por Jonathan Nolan y Lisa Joy, los productores ejecutivos fueron Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub y J. J. Abrams. “Westworld” tiene una lista de actores de primer nivel, incluidos Anthony Hopkins y Evan Rachel Wood. La serie continúa con éxito y ya ha sido renovada por cuarta temporada.
La serie cyber punk se desarrolla en un futuro distópico, donde los parques temáticos son construidos por la empresa “Delos” y sus robots programados para satisfacer a los clientes y nunca disgustarlos.
Nota: Al igual que en la película, la serie se desarrolla en el escenario del Viejo Oeste y a partir de ahí el universo de los cines se expande mucho más.
Todo es posible en este parque: el individuo busca la aventura; sexo; violencia, salvaguardando que en ese espacio puedan hacer lo que quieran con los robots, incluso violando las leyes. La frase básica que se repite en la serie refuerza estos conceptos: “Estos placeres violentos tienen fines violentos”. Sirve para dar una pista sobre las consecuencias futuras. La frase es de Shakespeare en Romeo y Julieta, todavía puede significar el peligro de que las máquinas y los humanos se unan, así como en el amor prohibido del clásico.
La serie se encamina hacia una revolución de las máquinas y, como siempre, este tema incide en varios conceptos morales. Sin duda, nos hace cuestionar nuestras acciones, representatividad simbólica y percepción del entorno en el que vivimos.
Obs .: En el “elenco” de la serie encontramos al brasileño Rodrigo Santoro, quien afronta una producción de valor tras el fracaso de Ben-Hur. Al interpretar la inteligencia artificial en el papel de un forajido llamado Héctor Sacaton, se le considera uno de los bandidos más buscados de Westworld y sigue la teoría de que el oeste es un lugar salvaje, donde la única forma de sobrevivir es como depredador. .
La serie nos lleva del salvaje oeste a un futuro lejano y se gana la etiqueta de violento y astuto, reforzando la lucha entre las máquinas y la humanidad. Bueno, para evitar spoilers, termino aquí. Y de esta forma cerramos el post con una frase creada por el genial Michael Crichton, extraída de “El parque de los dinosaurios”:
“Vivimos en un mundo aterrador, con las cosas listas. Se decide que la gente debe comportarse de esa manera. Se decide que debe preocuparse por tales y tales asuntos. Nadie más piensa en las cosas que llegan listas. ¿No es asombroso? En la sociedad de la información nadie más piensa. Esperábamos terminar el papel, pero de hecho terminamos el pensamiento “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación..
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Halloween + E.A. Poe = Terror absoluto.
Um grande OI para todxs. Espero que estejam bem e com ótima saúde. Que tenham uma ótima semana. Bem, como o título do post já diz, trazemos algumas linhas sobre Halloween, terror e um dos grandes mestres deste subgênero: Edgar Alan Poe.
Nos muitos posts que o PHANTASTICUS explorou sobre o tema Teror + Poe, um dos principais foi “A arte de aterrorizar por Edgar Allan Poe”. Link abaixo (é só copiar e colar no seu navegador)
Quando nasceu, em 19 de janeiro de 1809, Edgar Allan Poe chamava-se apenas Edgar Poe. No entanto, no espaço de apenas dois anos, o seu pai abandonou a família e a sua mãe morreu, o que fez com que fosse levado para uma família de acolhimento, os Allan, que cedo o batizaram com o nome que tão bem conhecemos. Mas…
Acontece que o futuro autor nunca se deu bem com o seu novo “pai”, um mercador dos mais diversos produtos – inclusive escravos – chamado John Allan. Depois de inúmeras atritos, os dois cortaram relações e John acabou por retirar Edgar do seu testamento. Por sua vez, este recusava assinar o nome do meio, preferindo escrever apenas “Edgar A. Poe”.
A primeira obra publicada por Edgar Allan Poe – que, aos 18 anos, mandou imprimir apenas 50 cópias – é uma coleção de poemas assumidamente modestos, escritos durante a adolescência do autor. Foi esquecido durante anos mas, e só foi “percebido” muitos anos após a morte de Poe. Chama-se “Tamerlane and Other Poems”, e surge assinado na capa por “um nativo de Boston” e foi publicado em julho de 1827, sendo recebido com uma quase total indiferença pela crítica e pelo público. É hoje um dos livros mais valiosos do mundo. Com apenas 12 exemplares do livro ainda existentes, foi considerado um dos títulos mais raros da literatura americana. Um destes exemplares acabou por ser vendido, em 2009, por 662.500 dólares.
O poema “O Corvo” fez de Edgar Allan Poe uma celebridade, construindo em bases muito sólidas o seu legado, enquanto referência maior da literatura gótica. Mas a obra do mestre do macabro toca em muitos mais géneros do que o horror. Poe é, de resto, apontado por muitos como um dos inventores da ficção policial, em especial devido a histórias como “The Narrative of Arthur Gordon Pym” (A Narrativa de Arthur Gordon Pym), que se revelaram importantes inspirações para autores como Júlio Verne e H. G. Wells. E foi o mesmo Poe que criou as primeiras histórias de detetives, com o seu Auguste Dupin a abrir caminho para investigadores como Sherlock Holmes e Hercule Poirot em Os Crimes da Rua Morgue.
Tempestades, naufrágios, motins a bordo, ilhas desertas e ataques de selvagens, não necessariamente nesta ordem (nem em ordem nenhuma, aliás), fazem desta novela de um daqueles típicos romances de aventura lidos pelos meninos de antigamente. Entendo por “antigamente” qualquer época que aceite com naturalidade o vocabulário náutico de que este livro está repleto: brigues, bujarronas, traquetes de riz duplo, enfrechates a barlavento. Para muitos, que nunca souberam se há diferença entre “convés” e “tombadilho”, essa terminologia sempre teve o encanto exótico, agreste e preciso que, para os narradores desses livros, ao contrário, aflora das ilhas tropicais.
Mais do que um romance de aventuras, entretanto, “A Narrativa de Arthur Gordon Pym” é um livro de Poe, e quem conhece seus contos “de terror, mistério e morte” reencontrará algumas velhas obsessões do autor. O medo de ser enterrado vivo, por exemplo. O desafortunado Arthur Gordon Pym experimenta-o duas vezes nesta narrativa: quando embarca às escondidas no brigue Grampus – turbulências a bordo vedam a saída de seu esconderijo – e quando se aventura pelas gretas de um desfiladeiro, perto do vilarejo selvagem de Klock-Klock.
Histórias de cadáver que se reanima, de homem vivo que se disfarça de morto, de homem morto que se disfarça de vivo, descrições de canibalismo e putrefação – todo o lado macabro de Poe, enfim – convivem com seu lado cerebral e detetivesco -mensagens em código, propósitos ocultos dos personagens, planos impraticáveis- e, sobretudo, com trechos de análise quase “científica” de alguns estados psicológicos, como a amnésia, a alucinação e, claro, o pavor. Para o leitor contemporâneo, no entanto, aquilo que talvez mais chame a atenção é o humor que subjaz a tantas descrições horripilantes. Como para fazer denúncia à invencionice do protagonista, que narra as aventuras em primeira pessoa, multiplicam-se a cada página os detalhes mais inverossímeis. Culminam na descrição final de uma ilha onde vigora o horror à cor branca -mesmo os dentes dos nativos são negros- e onde a água, em vez de transparente, é veiada e furta-cor. O poético-paisagístico tem menos destaque, no texto de Poe, que o efeito de incredulidade que se quer provocar.
Mas não podemos falar de Poe sem falar – um pouco mais – de “The Raven” (O Corvo) que, como disse anteriormente, é um dos mais conhecidos – se não o mais conhecido – poemas de Edgar Allan Poe. É descrito como um dos poemas mais assustadores da literatura ocidental e é carregado em sombras, melancolia e solidão. Reunindo as duas mais famosas traduções do poema – de Machado de Assis e Fernando Pessoa, respectivamente -, além do seu original, a obra dá espaço para falar um pouco sobre a profundidade por trás de cada palavra escolhida pelo autor, e do que faz dessa melancólica trama um marco tão grande para a história.
“The Raven” teve sua primeira publicação no “New York Evening Mirrorem”, em 29 de janeiro de 1845. Passou a ser um dos poemas mais conhecidos do mundo literário. Foi tão bem aceito, que logo que tornou uma sensação no meio, gerando diversas reimpressões, foi parodiado, debatido e adaptado. Assim, Edgar Allan Poe, com um espírito melancólico e desanimado, virou a partir desse momento uma celebridade.
Embora muito traduzido para as mais diversas línguas, a magia verbal do texto original dificilmente pode ser captada. O Corvo possui uma atmosfera gótica e uma narrativa ornada de terror. Sua popularidade nos Estados Unidos é tanto, que milhões de americanos são capazes de o citar apenas de memória. Assim, mesmo com o passar dos (muitos) anos, o poema surpreende os amantes da literatura com sua construção ritmada e principalmente com o final do refrão repetitivo “Nevermore” (nunca mais).
Vamos nos despedindo com uma frase do gênio literário Edgard Alan Poe: “É de se apostar que toda ideia pública, toda convenção aceita seja uma tolice, pois se tornou conveniente à maioria.”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Halloween + E.A. Poe = Terror absoluto.
Una gran OI para todos. Espero que se encuentre bien y en excelente estado de salud. Que tengas una buena semana. Pues bien, como ya reza el título del post, traemos algunas líneas sobre Halloween, el terror y uno de los grandes maestros de este subgénero: Edgar Alan Poe.
En las muchas publicaciones que PHANTASTICUS exploró sobre el tema Teror + Poe, una de las publicaciones principales fue “El arte de aterrorizar de Edgar Allan Poe”. Enlace a continuación (solo copie y pegue en su navegador)
Cuando nació, el 19 de enero de 1809, Edgar Allan Poe solo se llamaba Edgar Poe. Sin embargo, en el espacio de solo dos años, su padre abandonó a la familia y su madre murió, lo que significó que fue llevado a una familia de acogida, los Allan, quienes pronto lo nombraron con el nombre que tan bien conocemos. Pero…
Resulta que el futuro autor nunca se llevó bien con su nuevo “padre”, un comerciante de los más diversos productos, incluidos esclavos, llamado John Allan. Después de numerosas fricciones, los dos se separaron y John finalmente eliminó a Edgar de su testamento. A su vez, se negó a firmar el segundo nombre, prefiriendo escribir solo “Edgar A. Poe”.
La primera obra publicada por Edgar Allan Poe, que a la edad de 18 años tenía solo 50 copias impresas, es una colección de poemas ciertamente modestos, escritos durante la adolescencia del autor. Se olvidó durante años, pero solo se “notó” muchos años después de la muerte de Poe. Se titula “Tamerlán y otros poemas”, está firmado en la portada por “un natural de Boston” y fue publicado en julio de 1827, siendo recibido con casi total indiferencia por la crítica y el público. Hoy es uno de los libros más valiosos del mundo. Con solo 12 copias del libro todavía en existencia, fue considerado uno de los títulos más raros de la literatura estadounidense. Una de estas copias acabó vendiéndose, en 2009, por 662.500 dólares.
El poema “O Corvo” convirtió a Edgar Allan Poe en una celebridad, construyendo su legado sobre bases muy sólidas, como gran referente de la literatura gótica. Pero la obra del maestro de lo macabro toca muchos más géneros que el terror. Poe es, además, señalado por muchos como uno de los inventores de la ficción policial, especialmente debido a historias como “La narrativa de Arthur Gordon Pym”, que resultó ser una inspiración importante para autores como Jules Verne. y HG Wells. Y fue el mismo Poe quien creó las primeras historias de detectives, con su Auguste Dupin allanando el camino para investigadores como Sherlock Holmes y Hercule Poirot en Los crímenes de Rue Morgue.
Tormentas, naufragios, disturbios a bordo, islas desiertas y ataques de salvajes, no necesariamente en este orden (ni en ningún orden, por cierto), hacen de esta novela una de esas típicas novelas de aventuras leídas por los chicos de antaño. Me refiero a “en los viejos tiempos” cualquier momento que acepte naturalmente el vocabulario náutico del que está lleno este libro: brigues, foques, huellas de doble cara, caras de barlovento. Para muchos, que nunca supieron si hay diferencia entre “baraja” y “baraja”, esta terminología siempre ha tenido el encanto exótico, salvaje y preciso que, para los narradores de estos libros, por el contrario, toca las islas tropicales.
Sin embargo, más que una novela de aventuras, “Arthur Gordon Pym’s Narrative” es un libro de Poe, y cualquiera que conozca sus cuentos “de terror, misterio y muerte” encontrará algunas de las viejas obsesiones del autor. El miedo a ser enterrado vivo, por ejemplo. El desafortunado Arthur Gordon Pym lo experimenta dos veces en esta narración: cuando se cuela en el bergantín Grampus – la turbulencia a bordo le impide salir de su escondite – y cuando se aventura por las grietas de un desfiladero, cerca del salvaje pueblo de Klock-Klock.
Historias de un cadáver que revive, de un hombre vivo que se disfraza de muerto, de un hombre muerto que se disfraza de vivo, descripciones de canibalismo y putrefacción, todo el lado macabro de Poe, en resumen, conviven con su cerebro y mensajes de detectives en código, propósitos ocultos de los personajes, planes poco prácticos y, sobre todo, con extractos de análisis casi “científicos” de algunos estados psicológicos, como la amnesia, la alucinación y, por supuesto, el pavor. Para el lector contemporáneo, sin embargo, lo que quizás sea más sorprendente es el humor que subyace a tantas descripciones horribles. Como para denunciar el invento del protagonista, que narra las aventuras en primera persona, los detalles más improbables se multiplican en cada página. Culminan con la descripción final de una isla donde prevalece el horror del color blanco -incluso los dientes de los nativos son negros- y donde el agua, en lugar de ser transparente, es veteada e iridiscente. El paisaje-poético tiene menos énfasis, en el texto de Poe, que el efecto de incredulidad que se quiere provocar.
Pero no podemos hablar de Poe sin hablar, un poco más, de “The Raven” (El cuervo) que, como dije antes, es uno de los más populares. poemas conocidos, si no los más conocidos, de Edgar Allan Poe. Se describe como uno de los poemas más espantosos de la literatura occidental y está cargado de sombras, melancolía y soledad. Reuniendo las dos traducciones más famosas del poema -de Machado de Assis y Fernando Pessoa, respectivamente-, además de su original, la obra da espacio para hablar un poco sobre la profundidad que hay detrás de cada palabra elegida por el autor, y lo que hace a esta. La melancolía trama un hito para la historia.
“El cuervo” tuvo su primera publicación en el “New York Evening Mirrorem”, el 29 de enero de 1845. Se convirtió en uno de los poemas más conocidos del mundo literario. Fue tan bien aceptado que apenas se convirtió en una sensación en el medio, generando varias reimpresiones, fue parodiado, debatido y adaptado. Así, Edgar Allan Poe, con espíritu melancólico y desanimado, se convirtió en una celebridad a partir de ese momento.
Aunque se ha traducido mucho a los idiomas más diversos, la magia verbal del texto original difícilmente se puede capturar. Corvo tiene una atmósfera gótica y una narrativa embellecida de terror. Su popularidad en los Estados Unidos es tan grande que millones de estadounidenses pueden nombrarlo de memoria. Así, incluso con el paso de (muchos) años, el poema sorprende a los amantes de la literatura con su construcción rítmica y sobre todo con el final del repetitivo estribillo “Nevermore” (nunca más).
Nos despedimos con una frase del genio literario Edgard Alan Poe: “Apostamos a que toda idea pública, toda convención aceptada es una tontería, porque se ha vuelto conveniente para la mayoría”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: O Território de Lovecraft.
Olá para todxs. Espero que estejam bem e que tenham uma ótima semana. Comecei a acompanhar a nova série da HBO “Lovecraft Country” e muitas coisas me vieram a cabeça. Howard Phillips Lovecraft é um dos autores mais cultuados de todos os tempos, e nesta década, o escritor de Providence, nos Estados Unidos, passou a ser mais revisitado, por todas as gerações. Seu terror cósmico tem influenciado cada vez mais filmes. E agora temos a série. E com ela, passou do tempo de falarmos sobre algo que incomoda a grande maioria dos fãs: o racismo e a xenofobia nada discretos na obra e na vida de H.P. Lovecraft.
O blog já fez vários posts sobre Lovecraft e abaixo coloco o link do mais importante, que escrevi em 10 de outubro de 2015:
Nota: A série é uma adaptação do livro homônimo – de Matt Ruff. O romancista cult aclamado pela crítica torna visceral os terrores da vida na América da década de 50, ainda sob os efeitos das racistas leis Jim Crow neste trabalho brilhante e maravilhoso da imaginação que mistura ficção histórica, pulp noir e horror e fantasia de Lovecraft, Chicago, 1954.
Seu livro vem em contos que, denunciam e condenam o racismo de H.P. Lovecraft, mas ao mesmo tempo traz muitas referências a obra deste, o que agradará aos conhecedores de contos como “Call of Chtulhu” e “Dreams of the Witch House”, entre outros.
A série e o livro retratam o jovem Atticus Turner, ex-soldado de 22 anos veterano da Guerra da Coréia, deixa a Flórida para retornar para sua casa em Chicago, nos Estados Unidos segregacionistas da década de 1950. Ele decide voltar ao receber uma carta misteriosa de seu pai, que teria ido para Ardham, região mais racista e perigosa para negros do interior de Massachusetts, tentando descobrir um segredo de família.
Atticus é muito fã de literatura pulp, especialmente H. P. Lovecraft.
A história se passa enquanto as leis de Jim Crow ainda estavam em vigor nos Estados Unidos. Criadas para segregar a população afro-americana, elas começaram a surgir após a Guerra Civil e a abolição da escravidão no país, assinada em 1863. A partir desse marco, leis estaduais e locais passaram a ser instituídas para separar negros e brancos em estabelecimentos, escolas, transportes, banheiros e até bebedouros. As leis Jim Crow foram adotadas principalmente no Sul dos Estados Unidos e ficaram vigentes até a aprovação da Lei dos Direitos Civis de 1964. Ou seja, um século após o fim da escravidão no país. Bem, e o livro (e a série)…
Ao chegar em Chicago, Atticus reencontra a amiga de infância Letitia Lewis e seu tio, George o editor do “The Safe Negro Travel Guide”, um guia de viagens para negros com os locais perigosos e amigáveis das cidades no sul dos EUA. O trio parte em uma viagem para Ardham e, ao longo do caminho, uma escalada de ódio e violência em meio à opressão racial, enquanto estranhas mortes acontecem na calada da noite, envolvendo relatos de criaturas nos cantos mais escuros das florestas.
O livro e a série (principalmente a última) são como um soco no estômago da América racista. Busca ressaltar os pontos positivos da obra de Lovecraft, com mistério e ficção científica, e destaca os “podres” do racismo, machismo e opressão social existentes na obra e na vida real.
Lovecraft era extremamente racista, reproduziu a visão colonial dos povos “selvagens” em sua obra, também odiava judeus. Ele era um racista virulento. A xenofobia e o supremacismo branco que borbulham sob sua ficção (e que passariam em branco se ele tivesse ficado no anonimato) são incomodamente explícitas em suas cartas. Folheie algumas delas e você vai encontrar um escritor reclamando de judeus como “aliens de nariz aquilino, trigueiros, de vozes guturais” cuja “companhia (…) era intolerável”; da Nova York de “pretos molengas, pungentes, sorridentes e palradores” e da Nova Inglaterra tomada por “latinos indesejáveis — italianos do sul e portugueses da mais baixa espécie e a praga clamorosa dos franco-canadenses”. Mas a obra nos faz, por um momento, esquecer e lembrar destes detalhes. “Lovecraft Country” é uma experiência única e é o fato de ela subverter o racismo do próprio escritor a seu favor, transformando, ironicamente, esse elemento no âmago do terror lovecraftiano.
Por mais vergonhoso que seja, o racismo de Lovecraft também é uma das melhores lentes para ler sua obra. Em março de 2015, Leslie Klinger apresentou uma aula sobre Lovecraft na Biblioteca Hay, da Brown University, lar da maior coleção mundial de papéis e outros materiais lovecraftianos. No fim de sua apresentação, Klinger — sem buscar se desculpar ou defender o racismo de Lovecraft — recusou-se a separá-lo das realizações do autor. Lovecraft “desprezava pessoas que não eram brancos anglo-saxões e protestantes”, disse o palestrante. “Mas é isso que dá força às suas histórias… essa sensação de que ele está sozinho, que está cercado de inimigos e que tudo lhe é hostil. Acho que se tirássemos esse aspecto do caráter dele, ele poderia ser uma pessoa muito mais legal mas isso destruiria seus contos.”
Vamos nos despedindo com uma frase do autor do livro “Lovecraft Country”, Matt Ruff: “Histórias são como pessoas. Nós até podemos amá-las, mas não podemos alegar que são perfeitas. Sempre tentamos enaltecer suas virtudes e relevar seus defeitos, mas isso não faz os defeitos desaparecerem”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:El territorio de Lovecraft.
Hola a todos. Espero que estés bien y que tengas una gran semana. Empecé a seguir la nueva serie de HBO “Lovecraft Country” y me vinieron muchas cosas a la mente. Howard Phillips Lovecraft es uno de los autores más cultos de todos los tiempos, y en esta década, el escritor de Providence, en Estados Unidos, ha sido más revisado por todas las generaciones. Su terror cósmico ha influido cada vez más en las películas. Y ahora tenemos la serie. Y con él, llegó el momento de hablar de algo que molesta a la gran mayoría de fans: el racismo y la xenofobia no son discretos en la obra y la vida de H.P. Lovecraft.
El blog ya ha realizado varios posts sobre Lovecraft y debajo pongo el enlace de los más importantes, que escribí el 10 de octubre de 2015:
Nota: La serie es una adaptación del libro del mismo nombre, de Matt Ruff. El novelista de culto aclamado por la crítica vuelve viscerales los terrores de la vida en los Estados Unidos de la década de 1950, aún bajo los efectos de las leyes racistas de Jim Crow en esta brillante y maravillosa obra de imaginación que mezcla ficción histórica, pulp noir y horror y fantasía de Lovecraft, Chicago. 1954.
Su libro viene en cuentos que denuncian y condenan el racismo de HP Lovecraft, pero al mismo tiempo trae muchas referencias a su obra, que agradarán a los conocedores de cuentos como “La llamada de Chtulhu” y “Sueños de la casa de la bruja”, entre otros.
La serie y el libro retratan al joven Atticus Turner, un soldado veterano de la Guerra de Corea de 22 años, que sale de Florida para regresar a su casa en Chicago, en los Estados Unidos segregacionistas de la década de 1950. Decide regresar cuando recibe una carta misterio de su padre, quien habría ido a Ardham, la región más racista y peligrosa para los negros en el interior de Massachusetts, tratando de descubrir un secreto familiar.
Atticus es un gran admirador de la literatura pulp, especialmente H. P. Lovecraft.
La historia tiene lugar mientras las leyes de Jim Crow todavía estaban vigentes en los Estados Unidos. Creadas para segregar a la población afroamericana, comenzaron a surgir luego de la Guerra Civil y la abolición de la esclavitud en el país, firmada en 1863. A partir de este marco, se comenzaron a instituir leyes estatales y locales para separar a negros y blancos en los establecimientos, escuelas, transporte, baños e incluso bebederos. Las leyes de Jim Crow se adoptaron principalmente en el sur de los Estados Unidos y permanecieron en vigor hasta la aprobación de la Ley de Derechos Civiles de 1964. Es decir, un siglo después del fin de la esclavitud en el país. Bueno, y el libro (y la serie) …
Al llegar a Chicago, Atticus se encuentra con su amiga de la infancia Letitia Lewis y su tío, George, el editor de “The Safe Negro Travel Guide”, una guía de viajes para negros con las ubicaciones peligrosas y amigables de las ciudades del sur de los Estados Unidos. El trío emprende un viaje a Ardham y, en el camino, una escalada de odio y violencia en medio de la opresión racial, mientras se producen extrañas muertes en la oscuridad de la noche, que involucran informes de criaturas en los rincones más oscuros de los bosques.
El libro y la serie (especialmente la última) son como un puñetazo en el estómago de la América racista. Busca resaltar los puntos positivos del trabajo de Lovecraft, con misterio y ciencia ficción, y resalta los “podridos” del racismo, machismo y opresión social existentes en el trabajo y en la vida real.
Lovecraft era extremadamente racista, reproducía la visión colonial de los pueblos “salvajes” en su trabajo, también odiaba a los judíos. Era un racista virulento. La xenofobia y el supremacismo blanco que burbujea bajo su ficción (y que se habría quedado en blanco si hubiera permanecido en el anonimato) son incómodamente explícitos en sus cartas. Hojee algunos de ellos y encontrará un escritor que se queja de los judíos como “extraterrestres con narices aguileñas, morenas, con voces guturales” cuya “compañía (…) era intolerable”; Los “negros suaves, conmovedores, sonrientes y conversadores” de Nueva York y Nueva Inglaterra tomada por “latinos indeseables: italianos del sur y portugueses de las especies más bajas y la flagrante plaga de los canadienses franceses”. Pero el trabajo nos hace, por un momento, olvidar y recordar estos detalles. “Lovecraft Country” es una experiencia única y es el hecho de que subvierte el propio racismo del escritor a su favor, transformando irónicamente este elemento en el corazón del terror lovecraftiano.
Por vergonzoso que sea, el racismo de Lovecraft es también una de las mejores lentes para leer su trabajo. En marzo de 2015, Leslie Klinger presentó una clase sobre Lovecraft en la Biblioteca Hay de la Universidad de Brown, hogar de la colección más grande del mundo de documentos y otros materiales Lovecraftianos. Al final de su presentación, Klinger, sin buscar disculpas ni defender el racismo de Lovecraft, se negó a separarlo de los logros del autor. Lovecraft “despreciaba a las personas que no eran anglosajones y protestantes blancos”, dijo el orador. “Pero esto es lo que da fuerza a sus historias… este sentimiento de que está solo, rodeado de enemigos y todo le es hostil. Creo que, si eliminamos ese aspecto de su personaje, podría ser una persona mucho más amable, pero eso destruiría sus historias “.
Nos despedimos con una cita del autor del libro “Lovecraft Country”, Matt Ruff: “Las historias son como personas. Incluso podemos amarlos, pero no podemos afirmar que sean perfectos. Siempre tratamos de elogiar tus virtudes y revelar tus defectos, pero eso no hace que los defectos desaparezcan”
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea el libro. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: House of Cards, ficção ou realidade.
Olá amigxs!! Todxs bem? Como estão vivendo o “Novo agora”? Muitas coisas mudando. Difícil acompanhar o noticiário e ver que, até hoje (dia da postagem), meio milhão de pessoas já perderam a vida por conta da pandemia – isto pelos números oficiais (talvez possamos multiplicar por 2, 4 ou 8). Tudo isso é muito duro de se acompanhar. Mas uma outra face de tudo que está acontecendo. A crise nos forçou e mostrou caminhos que levariam anos para ser trilhados. E os percorremos em dias ou poucas semanas. Este é “bom” legado de tudo que estamos vivendo. Desta forma, só me vem a mente a frase do físico teórico alemão Albert Einstein: “No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”.
Voltando aos livros. No post de hoje, vou dar uma guinada no jeito de postar do blog. Vou fugir um pouco da literatura fantástica (pela qual sou apaixonado) e me focar no suspense político. Calma!!! Não irei mencionar nada do nosso território e sua política. Vou me ater ao romance que inspirou a série de televisão americana de drama político, que foi criada por Beau Willimon para o serviço de streaming Netflix. Estou falando de “House of Cards (na tradução literal “Castelo de Cartas). Sua exibição no canal de streaming iniciou em fevereiro de 2013 atingindo um grande sucesso – de audiência e críticas.
Isso acabou trazendo um pouco de luz para a trilogia (fonte de inspiração para a construção da série) do mesmo nome escrita pelo britânico Michael Dobbs e publicada a partir de 1989, na seguinte ordem:
House of Cards (“Castelos de Cartas” em 1989); To Play the King (“Para interpretar o rei” em 1992) e The Final Cut (“O corte final” em 1994).
Antes da Netflix, houve uma adaptação, escrita por Andrew Davies e produzida pela BBC, que foi ao ar em 1990. Uma adaptação para o rádio, escrita por Neville Teller, foi ao ar na BBC Radio 4 em 1996. Mas, foi a série produzida pelo canal de streaming que literalmente “bombou”. Mas, vamos retornar aos livros.
A trilogia “House of Cards”, que inspirou a série norte-americana de mesmo nome, é uma verdadeira teia de intrigas pessoais e políticas. A vida privada se confunde com a pública na voz de personagens tão assustadores quanto reais. Francis Urquhart é o líder da bancada governista do Parlamento britânico – posição que exerce com maestria e inteligência. Ele possui informações (e muitas vezes evidências) que podem incriminar seus colegas políticos, principalmente membros do seu próprio partido. Sob a ameaça de torná-las públicas, os manipula e influência para atingir seu objetivo maior: ocupar o cargo de primeiro-ministro. No entanto, Mattie Storin, uma jovem e idealista jornalista, vai cruzar seu caminho e se mostrará disposta a enfrentá-lo para desvendar e revelar a rede de corrupção que ele constrói. Mas o que acontecerá depois que ela descobrir que foi usada por Francis para publicar matérias comprometedoras que serviam para seu plano político?
E tudo começa com logo após a renúncia da primeira-ministra Margaret Thatcher, e o Partido Conservador está prestes a eleger um novo líder. Nas eleições subsequentes da liderança, o moderado, mas indeciso Henry “Hal” Collingridge sai vitorioso. Francis Urquhart, um deputado que é chefe do governo e “Whip” (chicote) na Câmara dos Comuns, é secretamente desprezador do bem-intencionado, mas fraco Collingridge.
Curiosidade: Nos países que aplicam o sistema de Westminster, o whip é o deputado encarregado de assegurar o comparecimento e a disciplina de voto dos outros eleitos pelo partido de acordo com as orientações partidárias. O termo se refere ao assistente responsável por controlar cães-de-caça em caças a raposas. Um partido político pode designar um chief whip e outros adjuntos. Em função dos parlamentos e dos partidos políticos, o whip pode ser eleito pelos deputados do partido ou nomeado pela sua direção. Em alguns países, nomeadamente no Reino Unido, o chief-whip do partido que forma o governo assiste às reuniões do conselho de ministros.
Francis espera uma promoção para uma posição sênior no gabinete. Após a eleição geral, que o partido vence por maioria reduzida, Urquhart envia um memorando a Collingridge, defendendo uma remodelação do gabinete que incluiria uma posição ministerial proeminente para ele próprio. No entanto, Collingridge – citando a morte política de Harold Macmillan após a Noite das Facas Longas de 1962 – não realiza absolutamente nenhuma mudança. Urquhart resolve optar por derrubar Collingridge.
Urquhart explora sua posição como Chief Whip para vazar informações privilegiadas para a imprensa para minar Collingridge, ….. E aí segue. [Não teria graça ficar revelando spoilers, busque os livros].
A série de livros se torna uma leitura instigante sobre o jogo do poder e que faz pensar sobre as razões que movem o tabuleiro dos interesses políticos. Michael Dobbs destilou com maestria a ambição daqueles que almejam coroas e tronos, sem ter a grandeza dos reis e rainhas capazes de hastear bandeiras por sobre as mesquinhas guerras e intrigas de curto alcance.
Nota: O autor é membro da Câmara dos Lordes e foi Conselheiro Sênior de Margaret Thatcher, a Dama de Ferro. Ou seja, ele tem conhecimento de causa e isso fica claro na forma como conduz a história, construindo cada personagem pouco a pouco, à medida que eles são importantes para o desenrolar do romance.
Como diria Francis Urquhart: ” É da natureza da ambição, a necessidade de vítimas.” Portanto, é uma leitura que nos ensina a prestar atenção nos bastidores das disputas por espaço, influência e poder para perceber que, às vezes, é mais seguro tomar cuidado com as ovelhas do que com os lobos. Importante: As matilhas uivam e vociferam suas ameaças e risco, enquanto, os rebanhos se aproximam balindo bajulações recheadas de generosidade, falsidades risonhas e boas intenções auto lucrativas.
Francis Urquhart é incrivelmente calculista, manipulador e, de certa forma, um pouco mimado, e ele usa toda a sua experiência política para jogar esse jogo que acontece dentro do Parlamento britânico. Talvez, “se ele fosse real”, o odiaríamos, mas talvez por ele ser fictício e termos alguns exemplos inúmeras vezes piores do que ele na política (no Brasil e no exterior), Urquhart acaba se tornando um personagem bem agradável, que você de alguma forma (sem entender o porquê) gosta muito.
Para fechar o post, um pouco sobre o escritor desta obra genial. A carreira de escritor de Michael Dobbs começou em 1989 com a publicação de “House of Cards” (que começo), a primeira do que se tornaria uma trilogia de thrillers políticos, com Francis Urquhart como personagem central; “House of Cards” foi seguido por “To Play the King” em 1992 e “The Final Cut” em 1994. Em 1990, o “House of Cards” foi transformado em uma minissérie de televisão que recebeu 14 indicações ao BAFTA e duas vitórias no BAFTA e foi eleito o 84º Melhor Show Britânico da História. A Netflix produziu uma versão norte-americana baseada no primeiro romance de Dobbs e na adaptação da BBC. Ele foi um produtor executivo da série americana.
Seu quarto romance, Guerra de Winston (2004), foi selecionado para o Prêmio Livro Político do Ano do Channel 4 e seus romances de Harry Jones, “Um traidor sentimental” e “Um fantasma na porta”, para os prêmios Livro político do ano da Paddy Power em 2013 e 2014, respectivamente. Seus romances também são publicados nos Estados Unidos.
Anthony Howard, do “The Times”, disse que “Dobbs está seguindo uma tradição respeitável. Shakespeare, Walter Scott e até Tolstoi , todos usavam eventos históricos como base para seus escritos.
Vou terminando o post, mas gostaria de deixar uma mensagem simples mas impactante.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.” Do grande e eterno Chico Xavier.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Castillo de naipes, ficción o realidade.
¡¡Hola amigos!! ¿Todxs está bien? ¿Cómo vive el “nuevo ahora”? Muchas cosas cambian. Es difícil seguir las noticias y ver que, hasta hoy (el día de la publicación), medio millón de personas ya han perdido la vida debido a la pandemia, esto se debe a cifras oficiales (tal vez podamos multiplicarlo por 2, 4 u 8). Todo esto es muy difícil de seguir. Pero otra cara de todo lo que está sucediendo. La crisis nos obligó y mostró caminos que tomarían años en seguir. Y los revisamos en días o unas pocas semanas. Este es un legado “bueno” de todo lo que estamos experimentando. De esta manera, solo me viene a la mente la frase del físico teórico alemán Albert Einstein: “En medio de la dificultad, hay una oportunidad”.
De vuelta a los libros. En la publicación de hoy, voy a cambiar la forma en que publico el blog. Voy a alejarme de la literatura fantástica (que me apasiona) y centrarme en el suspenso político. ¡¡¡Calma!!! No mencionaré nada sobre nuestro territorio y su política. Seguiré con el romance que inspiró la serie de televisión dramática política estadounidense, que fue creada por Beau Willimon para el servicio de transmisión de Netflix. Estoy hablando de “House of Cards” (en la traducción literal “Castle of Cards). Su exhibición en el canal de transmisión comenzó en febrero de 2013, alcanzando un gran éxito: audiencia y crítica. Esto terminó trayendo un poco de luz a la trilogía (fuente de inspiración para la construcción de la serie) del mismo nombre escrita por el británico Michael Dobbs y publicada desde 1989, en el siguiente orden:
Castillo de naipes (“Castelos de Cartas” en 1989); To Play the King (“To play the king” en 1992) y The Final Cut (“The final cut” en 1994).
Antes de Netflix, hubo una adaptación, escrita por Andrew Davies y producida por la BBC, que se emitió en 1990. Una adaptación de radio, escrita por Neville Teller, se emitió en BBC Radio 4 en 1996. Pero, fue la serie producido por el canal de transmisión que literalmente “rockeó”. Pero volvamos a los libros.
La trilogía “House of Cards”, que inspiró la serie estadounidense del mismo nombre, es una verdadera red de intrigas personales y políticas. La vida privada se confunde con la vida pública en la voz de personajes tan aterradores como reales. Francis Urquhart es el líder del partido gobernante del Parlamento británico, una posición que ejerce con maestría e inteligencia. Tiene información (y a menudo evidencia) que puede enmarcar a sus colegas políticos, especialmente a los miembros de su propio partido. Bajo la amenaza de hacerlos públicos, los manipula e influye para lograr su mayor objetivo: ocupar el cargo de primer ministro. Sin embargo, Mattie Storin, un periodista joven e idealista, se cruzará en su camino y estará dispuesto a enfrentarlo para desentrañar y revelar la red de corrupción que construye. Pero, ¿qué sucederá después de que descubra que fue utilizada por Francis para publicar historias comprometedoras que sirvieron a su propósito político?
Y todo comienza justo después de que la primera ministra Margaret Thatcher renunció, y el Partido Conservador está a punto de elegir un nuevo líder. En las elecciones de liderazgo posteriores, el moderado pero indeciso Henry “Hal” Collingridge sale victorioso. Francis Urquhart, un diputado que es jefe de gobierno y “Whip” en la Cámara de los Comunes, secretamente se burla del Collingridge, bien intencionado pero débil.
Curiosidad: en los países que aplican el sistema de Westminster, el látigo es el adjunto a cargo de garantizar la asistencia y la disciplina de votación de los demás elegidos por el partido de acuerdo con las pautas del partido. El término se refiere al asistente responsable de controlar los perros de caza en la caza del zorro. Un partido político puede designar un jefe de látigo y otros diputados. Dependiendo de los parlamentos y partidos políticos, el látigo puede ser elegido por los diputados del partido o nominado por su liderazgo. En algunos países, especialmente en el Reino Unido, el jefe del partido que forma el gobierno asiste a las reuniones del consejo de ministros.
Francis espera un ascenso a un puesto superior en el gabinete. Después de las elecciones generales, que el partido gana por mayoría reducida, Urquhart envía un memorándum a Collingridge, abogando por una revisión del gabinete que incluiría una posición ministerial prominente para él. Sin embargo, Collingridge, citando la muerte política de Harold Macmillan después de la Noche de los cuchillos largos de 1962, no hace absolutamente ningún cambio. Urquhart decide elegir derrocar a Collingridge.
Urquhart explota su posición como Jefe Whip para filtrar información interna a la prensa para socavar a Collingridge, ….. Y ahí va. [No sería divertido seguir revelando spoilers, busca los libros].
La serie de libros se convierte en una lectura instigadora sobre el juego del poder y hace que uno piense en las razones que mueven la junta de intereses políticos. Michael Dobbs destila magistralmente la ambición de aquellos que anhelan coronas y tronos, sin tener la grandeza de reyes y reinas capaces de levantar banderas sobre el mesquintiene guerras e intrigas de corto alcance.
Nota: El autor es miembro de la Cámara de los Lores y fue Asesor Principal de Margaret Thatcher, la Dama de Hierro. En otras palabras, tiene conocimiento de los hechos y esto es claro en la forma en que conduce la historia, construyendo a cada personaje poco a poco, ya que son importantes para el desarrollo de la novela.
Como diría Francis Urquhart: “Está en la naturaleza de la ambición, la necesidad de víctimas”. Por lo tanto, es una lectura que nos enseña a prestar atención detrás de escena de las disputas por espacio, influencia y poder para darnos cuenta de que, a veces, es más seguro tener cuidado con las ovejas que con los lobos. Importante: los paquetes aúllan y aullan ante sus amenazas y riesgos, mientras que los rebaños se acercan a halagos llenos de generosidad, falsedades de risa y buenos motivos de lucro.
Francis Urquhart es increíblemente calculador, manipulador y un tanto mimado, y utiliza toda su experiencia política para jugar este juego que tiene lugar en el Parlamento británico. Tal vez, “si fuera real”, lo odiaríamos, pero tal vez porque es ficticio y tenemos algunos ejemplos innumerables peores que él en política (en Brasil y en el extranjero), Urquhart termina convirtiéndose en un personaje muy agradable, que usted de alguna manera (sin entender por qué) le gusta mucho.
Para cerrar el post, un poco sobre el escritor de este brillante trabajo. La carrera de escritor de Michael Dobbs comenzó en 1989 con la publicación de “House of Cards” (que comienzo), la primera de lo que se convertiría en una trilogía de thrillers políticos, con Francis Urquhart como el personaje central; “House of Cards” fue seguido por “To Play the King” en 1992 y “The Final Cut” en 1994. En 1990, “House of Cards” se transformó en una miniserie de televisión que recibió 14 nominaciones al BAFTA y dos victorias en BAFTA y fue votado 84º Mejor espectáculo británico de la historia. Netflix produjo una versión estadounidense basada en la primera novela de Dobbs y la adaptación de la BBC. Fue productor ejecutivo de la serie estadounidense.
Su cuarta novela, Guerra de Winston (2004), fue seleccionada para el Premio al Libro Político del Año del Canal 4 y sus novelas de Harry Jones, “Un traidor sentimental” y “Un fantasma en la puerta”, por los premios del Libro Político del Año de Paddy Power en 2013 y 2014, respectivamente. Sus novelas también se publican en los Estados Unidos.
Anthony Howard, de The Times, dijo que “Dobbs sigue una tradición respetable. Shakespeare, Walter Scott e incluso Tolstoi, todos utilizaron los acontecimientos históricos como base para sus escritos.
Termino la publicación, pero me gustaría dejar un mensaje simple pero impresionante.
“Si bien nadie puede regresar y comenzar de nuevo, cualquiera puede comenzar ahora y tener un nuevo final”. Del gran y eterno Chico Xavier.
Espero que hayas disfrutado el post. Lee el post, lee el libro. Nos vemos en el próximo post.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: 1984, mas poderia ser 2020 * Um pouco mais de George Orwell
Olá meus carissímxs amigxs!! Todxs bem? Em casa? O momento que vivemos é para pensar e repensar – em um artigo que escrevi para o Linkedin, falei em adaptação e remodelação.
Vivemos com medo. Medo do vírus, medo da pandemia provocada pelo vírus, medo das pessoas. Fomo alijados da convivência social (por merecidas razões) e isto impactou uma das grandes características do ser humano. Mas, nos adaptamos. Estamos remodelando nossos atos. Mas o medo persiste.
Rebuscando material em alguns livros, achei um que foi publicado em 1949, falava de 1984 mas se ajusta – perfeitamente – ao momento (político/cívico/social) que vivemos.
“Nineteen Eighty-Four” (Mil Novecentos e Oitenta e Quatro ou 1984) é perfeito. Uma obra do grande (e visionário) escritor inglês Eric Arthur Blair. Mas é certo que ninguém vai reconhecer este nome. Mas se falarmos de seu pseudônimo… É certo!!! George Orwell. Foi escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada (e marcante) por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. Simpatizante do anarquismo, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo. Sua hostilidade ao Stalinismo e pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico “Animal Farm” (A Revolução dos Bichos), se revelou uma característica constante em sua obra.
Sua consciência política e social o levou a lutar – como voluntário – pelo lado republicano da Guerra Civil Espanhola.
Nota: Um conflito armado ocorrido na Espanha entre 1936 e 1939. A guerra foi travada entre os republicanos, leais à Segunda República Espanhola, urbana e progressista, numa aliança de conveniência com os anarquistas e os comunistas, e os nacionalistas, uma aliança de falangistas, monarquistas, carlistas e católicos liderada pelo General Francisco Franco. Devido ao clima político internacional na época, a guerra teve muitas facetas, e diferentes pontos de vista a viram como uma luta de classes, uma guerra religiosa, uma luta entre ditadura e democracia republicana, entre revolução e contrarrevolução, entre fascismo e comunismo.[4] Os nacionalistas venceram a guerra no início de 1939 e governaram a Espanha até à morte de Franco em novembro de 1975.
O PHANTASTICUS já teve o prazer de escrever sobre Orwell no post “O último romance de George Orwell e o surgimento do Grande Irmão”.
Se quiser relembrar, cole o link abaixo em seu navegador.
George Orwel foium visionário e muito de suas obras você observa nos dias de hoje. Veja algumas duas “premonições” do inglês:
“Big Brother”: Na obra literária, quem está por trás de todo controle é o “Grande Irmão”. Essa “entidade superior” conhecida como Big Brother, na época, servia como uma metáfora de controle do governo sobre tudo aquilo que a população fazia – uma alusão ao olho que tudo vê.
Nos dias de hoje, além da óbvia referência televisiva ao reality show que faz sucesso – apesar de mais insólito a cada ano – levando este título, podemos ir além pensando que na nossa realidade nas redes sociais e serviços de busca. Hoje vemos um controle total e absoluto sobre tudo aquilo que as pessoas pesquisam na internet e até sobre o que fazem, uma vez que já se tornou praticamente uma norma social vigente postar sempre atualizações de nossas vidas, atividades e cada acontecimento pessoal na internet. Mas, este fluxo de informação pode ser usado contra você. Sabemos se alguém namora ou se casa, se foi ao trabalho ou está doente, se teve um filho ou foi ao cinema, se está em casa ou em um show, se está viajando ou fazendo compras. Todos ali adicionados e conectados sabem e podem ter acesso, mesmo com ditas configurações de privacidade. Afinal é para que a coisa serve, pois registrar cada momento fugaz tornou – se uma necessidade. Melhor método de controle não há! Certo. Pense!!
Relações impessoais: Lendo 1984 vemos que as relações humanas diante dos olhos do “Grande Irmão” não se dão nunca de modo que mostrem afetividade. As pessoas possuem relações até colaborativas em ambiente de trabalho ou família, mas não vemos no livro a presença de laços afetivos profundos como algo natural, bem visto ou que aconteça facilmente. Pessoas vivem juntas sob extremo clima de desconfiança, onde qualquer coisa dita ou sentida pode ser algo a ser usado contra si. Não há comumente relações carinhosas ou românticas entre nenhum dos personagens, nem mesmo demonstrações de afeto entre casais ou familiares que não tenham de acontecer de modo clandestino. Até pais temem seus próprios filhos. Há trechos onde isto fica claro de um modo que nos faz inevitavelmente comparar com algo que já ouvimos falar ou vimos acontecer. É para pensar.
Bem, voltando dos pensamentos nebulosos. O livro estabelece, de forma muito clara que “quem controla o passado controla o presente”. Este é um dos exemplos da maneira como Orwell interpreta a ação do poder sobre a população. “Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força”, sob o lema do Partido, personagens como Winston (protagonista) e Julia (amante do protagonista) vivem uma história tensa e interior. A ação é psicológica e se passa na maior parte do tempo, dentro do pensamento do personagem Winston Smith, homem que trabalha no “Ministério da Verdade”, numa função que pode ser definida como um “reescritor” do passado (e você reclamando das fake news). Pessoas mortas – vaporizadas – eram apagadas de jornais antigos, como se nunca tivessem existido. Previsões não cumpridas, metas governamentais não alcançadas, eram adulteradas nos meios de comunicação do passado, para que o Partido nunca perdesse sua credibilidade.
Nota do blog: Qualquer semelhança com algo que você tenha visto é mera “coincidência”.
Dominada como uma colônia de abelhas, a população dirigia-se do trabalho para casa – moradias que eram estatais – alimentava-se do que lhes era dado pelo governo, vestia-se uniformemente. Mas sobre a massa parecia haver uma hierarquia que desfrutava deste domínio e colhia seus frutos – a alta cúpula desconhecida e invisível. Haveria, no pensamento do contestador Winston, alguém em algum lugar escondido, que também contestaria um dia a aquilo tudo. Alguma resistência oculta. O olhar de alguém lhe dava esperanças, algum vacilo nas frases decoradas. Tudo começa a mudar quando Winston parece ser tocado por um braço real desta resistência imaginária, e sua vida pacata de homem de meia idade encaminhasse para um desfecho, onde perguntas seriam respondidas talvez, onde a realidade poderia ser menos mentirosa.
É interessante acompanhar as características da sociedade descrita, bem como cada uma delas influenciou tantas das distopias contemporâneas, lidas não só por jovens, mas por leitores de todas as idades: a hierarquização das classes sociais; a opressão e a violência do governo; a alienação e distorção da verdade como forma de controle.
A distopia futurista “1984” é um dos romances mais influentes do século XX (e em minha opinião do XXI também). Um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário. Uma grande crítica, uma grande análise, vinda de um pensador inconformado com os sistemas, tanto capitalista quanto socialista. O romance faz com que pensemos na dialética do poder e da manipulação de informações, do controle massificado. Realidade, liberdade e medo. Um romance que deveria ser lido por todos, em nome da expansão dos limites críticos e de pensamento, estudado e interpretado para que tais questões não passem despercebidas no nosso cotidiano, cujos caminhos já se apresentam intrincadamente ligados aos temas descritos por Orwell.
Neste ano de 2020, completou-se 70 anos da morte (prematura) deste gênio. Mas seu legado está aí para ser apreciado.
Fecho o post de hoje com uma frase do autor que muito me marca.
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:“1984”, pero podría ser 2020 * Un poco más que George Orwell
¡¡Hola, mis queridxs amigxs!! ¿Todxs está bien? ¿En casa? El momento en que vivimos es pensar y repensar: en un artículo que escribí para Linkedin, hablé sobre la adaptación y la remodelación.
Vivimos con miedo. Miedo al virus, miedo a la pandemia causada por el virus, miedo a las personas. Fuimos excluidos de la convivencia social (por razones merecidas) y esto afectó a una de las grandes características del ser humano. Pero nos adaptamos. Estamos remodelando nuestras acciones. Pero el miedo persiste.
Al buscar material en algunos libros, encontré uno que fue publicado en 1949, hablaba de 1984 pero encaja perfectamente con el momento (político / cívico / social) en el que vivimos.
“Mil novecientos ochenta y cuatro” (Mil novecientos ochenta y cuatro o 1984) es perfecto. Una obra del gran (y visionario) escritor inglés Eric Arthur Blair. Pero es cierto que nadie reconocerá este nombre. Pero si hablamos de su seudónimo … George Orwell. Fue un escritor, periodista y ensayista político inglés, nacido en la India británica. Su trabajo está marcado (y llamativo) por una inteligencia inteligente y de buen carácter, una profunda conciencia de las injusticias sociales, una intensa oposición al totalitarismo y una pasión por la claridad de la escritura. Simpatizante del anarquismo, el escritor defiende la autogestión o la autonomía. Su hostilidad al estalinismo y la experiencia del socialismo soviético, un régimen que Orwell denunció en su novela satírica “Animal Farm”, resultó ser una característica constante de su trabajo.
Su conciencia política y social lo llevó a luchar, como voluntario, por el lado republicano de la Guerra Civil española.
Nota: Un conflicto armado que tuvo lugar en España entre 1936 y 1939. La guerra se libró entre republicanos, leales a la Segunda República española, urbanos y progresistas, en una alianza de conveniencia con anarquistas y comunistas, y nacionalistas, una alianza de falangistas. , monárquicos, carlistas y católicos dirigidos por el general Francisco Franco. Debido al clima político internacional de la época, la guerra tuvo muchas facetas, y diferentes puntos de vista lo vieron como una lucha de clases, una guerra religiosa, una lucha entre la dictadura y la democracia republicana, entre la revolución y la contrarrevolución, entre el fascismo y el comunismo. 4] Los nacionalistas ganaron la guerra a principios de 1939 y gobernaron España hasta la muerte de Franco en noviembre de 1975.
PHANTASTICUS ya ha tenido el placer de escribir sobre Orwell en la publicación “La última novela de George Orwell y la aparición de Gran Hermano”.
Si desea recordar, pegue el siguiente enlace en su navegador.
George Orwel fue un visionario y gran parte de su trabajo se ve hoy. Aquí hay dos “premoniciones” en inglés:
“Gran Hermano”: En la obra literaria, quien está detrás de todo control es el “Gran Hermano”. Esta “entidad superior” conocida como Gran Hermano, en ese momento, sirvió como una metáfora para el control del gobierno sobre todo lo que hacía la población, una alusión al ojo que todo lo ve.
Hoy en día, además de la referencia de televisión obvia al reality show que es exitoso, aunque cada vez más inusual, tomando este título, podemos ir más allá pensando que en nuestra realidad en las redes sociales y los servicios de búsqueda. Hoy vemos un control total y absoluto sobre todo lo que las personas buscan en Internet e incluso sobre lo que hacen, ya que se ha convertido prácticamente en una norma social actual publicar siempre actualizaciones sobre nuestras vidas, actividades y cada evento personal en Internet. Pero, este flujo de información puede ser usado en su contra. Sabemos si alguien está saliendo o casándose, si fueron a trabajar o están enfermos, si tuvieron un hijo o fueron al cine, si están en casa o en un espectáculo, si están de viaje o de compras. Todo el mundo agregado y conectado allí sabe y puede tener acceso, incluso con estas configuraciones de privacidad. Después de todo, para eso es porque grabar cada momento fugaz se ha convertido en una necesidad. ¡No hay mejor método de control! Derecha. ¡¡Pensar!!
Relaciones impersonales: al leer 1984, vemos que las relaciones humanas a los ojos del “Gran Hermano” nunca suceden de una manera que muestre afecto. Las personas incluso tienen relaciones de colaboración en el lugar de trabajo o la familia, pero no vemos en el libro la presencia de lazos afectivos profundos como algo natural, bien visto o que sucede fácilmente. Las personas viven juntas en un clima extremo de desconfianza, donde todo lo que se dice o siente se puede usar en su contra. Por lo general, no hay relaciones afectivas o románticas entre ninguno de los personajes, ni siquiera manifestaciones de afecto entre parejas o miembros de la familia que no tienen que suceder clandestinamente. Incluso los padres temen a sus propios hijos. Hay pasajes donde esto se aclara de una manera que inevitablemente nos compara con algo que hemos escuchado o visto que sucedió. Es pensar.
…
Bueno volt Camino de pensamientos nublados. El libro establece muy claramente que “quien controla el pasado controla el presente”. Este es un ejemplo de la forma en que Orwell interpreta la acción del poder sobre la población. “La guerra es paz, la libertad es esclavitud, la ignorancia es fuerza”, bajo el lema del Partido, personajes como Winston (protagonista) y Julia (amante del protagonista) viven una historia tensa e interna. La acción es psicológica y tiene lugar la mayor parte del tiempo, dentro del pensamiento del personaje Winston Smith, un hombre que trabaja en el “Ministerio de la Verdad”, en un papel que puede definirse como un “reescritor” del pasado (y se queja de los falsos) Noticias). Las personas muertas, vaporizadas, fueron borradas de los viejos periódicos, como si nunca hubieran existido. Los pronósticos incumplidos, los objetivos gubernamentales no cumplidos, fueron adulterados en los medios de comunicación del pasado, para que el Partido nunca perdiera su credibilidad.
Nota del blog: cualquier parecido con algo que haya visto es una mera “coincidencia”.
Dominada como una colonia de abejas, la población pasó del trabajo a la casa, casas que eran propiedad del estado, alimentadas con lo que les había dado el gobierno, vestidas de uniforme. Pero sobre la masa parecía haber una jerarquía que disfrutaba de este dominio y cosechaba sus frutos: el alto domo desconocido e invisible. Habría, en el pensamiento del retador Winston, alguien escondido en algún lugar, que algún día también se opondría a todo esto. Alguna resistencia oculta. La mirada de alguien le dio esperanza, algunas dudas en las frases memorizadas. Todo comienza a cambiar cuando Winston parece ser tocado por un brazo real de esta resistencia imaginaria, y su vida pacífica como un hombre de mediana edad conduce a un resultado, donde las preguntas tal vez serían respondidas, donde la realidad podría ser menos mentirosa.
Es interesante seguir las características de la sociedad descrita, ya que cada una de ellas influyó en muchas de las distopías contemporáneas, leídas no solo por los jóvenes, sino por los lectores de todas las edades: la jerarquía de las clases sociales; opresión y violencia del gobierno; La alienación y la distorsión de la verdad como una forma de control.
La distopía futurista “1984” es una de las novelas más influyentes del siglo XX (y en mi opinión del 21 también). Un clásico moderno incuestionable. Lanzado unos meses antes de la muerte del autor, es una obra magistral que todavía se impone como una poderosa reflexión ficticia sobre la nefasta esencia de cualquier forma de poder totalitario. Una gran crítica, un gran análisis, proveniente de un pensador que no está de acuerdo con los sistemas, tanto capitalistas como socialistas. La novela nos hace pensar en la dialéctica del poder y la manipulación de la información, del control de masas. Realidad, libertad y miedo. Una novela que debería ser leída por todos, en nombre de la expansión de los límites críticos y de pensamiento, estudiada e interpretada para que tales preguntas no pasen desapercibidas en nuestra vida cotidiana, cuyos caminos ya están intrincadamente vinculados a los temas descritos por Orwell.
En este año de 2020, han pasado 70 años desde la muerte (prematura) de este genio. Pero su legado está ahí para ser apreciado.
Cierro la publicación de hoy con una frase del autor que me marca mucho.
“El periodismo es publicar lo que alguien no quiere que se publique. Todo lo demás es publicidad”.
Espero que hayas disfrutado el post. Lee el post, lee el libro. Nos vemos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Conflitos na Restauração da ordem * Nos contos de uma aia.
Amigxs!! Todos bem – e em casa? Importante que tenhamos toda a cautela possível neste momento difícil. Siga a estrada que está sendo desenhada pela ciência. E vamos seguir juntos pela leitura, pela informação, pela LitFan.
Hoje tenho o prazer (e a honra) de trazer uma canadense que é escritora, romancista, poetisa, contista, ensaísta e crítica literária – internacionalmente reconhecida, tendo recebido inúmeros prêmios literários importantes. Foi agraciada com a Ordem do Canadá, a mais alta distinção em seu país.
Trago a vocês: Margaret Eleanor Atwood.
Em sua infância, era uma leitora voraz de literatura, de livros de mistério, de contos de fada dos “Irmãos Grimm” e de histórias em quadrinhos. Decidiu escrever profissionalmente quando tinha 16 anos. Começou a publicar poemas e artigos no jornal literário da universidade. E sua vida girou muito em torno da literatura. Hoje, com 80 anos, muitos de seus romances e contos são referência. Recebeu muitos prêmios, tais como: o “Arthur C. Clarke Award” (1987), “Man Booker” (2000), o “Princesa das Astúrias” (2008) e o “PEN Pinter” (2016)
Curiosidade: Muitos de seus contos e poemas foram inspirados por contos de fadas europeus e pela mitologia euroasiática.
E toda a genialidade de M. Atwood se manifesta nas linhas de “The Handmaid’s Tale” (O Conto da Aia). Publicado em 1985, foi muito bem recebido pelo pública e pela crítica.
O romance está estabelecido na República de Gileade, uma teonomia cristã militar formada nas fronteiras do que anteriormente eram os Estados Unidos da América.
Nota: Teonomia, de theos (Deus) e nomos (lei), é uma forma de governo em que a sociedade seria governada pela “lei divina”, um tipo de teocracia cristã. Os teonomistas afirmam que a Palavra de Deus, incluindo as leis judiciais do Antigo Testamento, devem ser cumpridas pelas sociedades modernas. Os seguidores do reconstrutivismo cristão são o principal grupo que advoga por este tipo de sistema político.
Atenção: A ficção pode ser muito parecida com a realidade.
Após um ataque terrorista matar o presidente e a maioria do Congresso dos Estados Unidos, um movimento fundamentalista de reconstrução cristã autointitulado “Filhos de Jacó” lança um golpe e suspende a Constituição dos Estados Unidos sob o pretexto de “restaurar a ordem”. Eles rapidamente tiram os direitos das mulheres, em grande parte atribuídos a registros financeiros armazenados eletronicamente e rotulados por sexo. O novo regime surge como a República de Gileade. Trabalha velozmente para consolidar seu poder e reorganizar a sociedade estadunidense ao longo de um novo modelo totalitário, militarizado e hierárquico de fanatismo religioso e social inspirado no Antigo Testamento entre suas castas sociais recém-criadas. Nesta sociedade, os direitos humanos são severamente limitados e os direitos das mulheres são ainda mais restritos; por exemplo, as mulheres estão proibidas de ler.
A história é contada em primeira pessoa por uma mulher chamada Offred (literalmente Of-Fred). A personagem é parte de uma classe de mulheres mantidas para fins reprodutivos e conhecidas como “servas” (aias) pela classe dominante em uma era de nascimentos em declínio devido à esterilidade por poluição e doenças sexualmente transmissíveis. Offred descreve sua vida durante sua terceira tarefa como serva, neste caso na residência de Fred (referido como “O Comandante”). Intercalados em flashbacks estão porções de sua vida de antes e durante o início do golpe, quando ela descobre que perdeu toda autonomia para seu marido, depois de uma tentativa fracassada de escapar do país com sua família para o Canadá. Ela então passa a ser doutrinada para ser uma serva – uma aia. Offred descreve a estrutura da sociedade de Gileade, incluindo as diferentes classes de mulheres e suas vidas circunscritas na nova teocracia cristã.
Ajustando-se às suas alegações de que The Handmaid’s Tale é uma obra de ficção especulativa, não ficção científica, o romance de M. Atwood oferece uma visão satírica de várias tendências sociais, políticas e religiosas dos Estados Unidos na década de 1980. Sua motivação para escrever o romance era que, na década de 1980, a direita religiosa discutia o que eles fariam com as mulheres se elas tomassem o poder, incluindo a Maioria Moral, o Foco na Família, a Coalizão Cristã e o governo Ronald Reagan. Além disso, Atwood questiona o que aconteceria se essas tendências, e especialmente “atitudes casualmente mantidas em relação às mulheres”, fossem levadas ao seu fim lógico. Atwood continua argumentando que todos os cenários oferecidos em “The Handmaid’s Tale” ocorreram na vida real – em uma entrevista que ela deu sobre Oryx e Crake, Atwood sustenta que “Assim como The Handmaid’s Tale, eu não coloquei nada que ainda não fizemos, ainda não estamos fazendo, estamos tentando seriamente, juntamente com as tendências que já estão em andamento … Então, todas essas coisas são reais e, portanto, a quantidade de pura invenção está próxima de nulo. “M. Atwood também era conhecida por levar recortes de jornais para suas várias entrevistas para apoiar a base de sua ficção na realidade. Ela explicou que “The Handmaid’s Tale” é uma resposta para aqueles que afirmam que os governos opressivos, totalitários e religiosos que se firmaram em outros países ao longo dos anos “não podem acontecer aqui” – mas neste trabalho, ela tentou mostrar como pode acontecer de fato – em qualquer lugar.
A inspiração de M. Atwood para a República de Gileade veio de seu tempo estudando os primeiros puritanos americanos enquanto estava em Harvard, da qual participou em uma bolsa. Ela argumenta que a visão moderna dos puritanos – de que eles vieram para a América para fugir da perseguição religiosa na Inglaterra e estabelecer uma sociedade religiosa tolerante – é enganosa, e que, em vez disso, esses líderes puritanos queriam estabelecer uma teocracia monolítica. A escritora também tinha uma conexão pessoal com os puritanos, e ela dedica o romance a sua própria ancestral Mary Webster, que foi acusada de bruxaria na puritana Nova Inglaterra, mas sobreviveu ao enforcamento. Devido à natureza totalitária da sociedade de Gileade, M. Atwood, ao criar o cenário, se inspirou no “idealismo utópico” presente nos regimes do século XX, como Camboja e Romênia, bem como no puritanismo anterior da Nova Inglaterra. M. Atwood argumentou que um golpe, como o descrito em “The Handmaid’s Tale”, usurparia a religião a fim de alcançar seus próprios fins.
Enfim, não apenas o livro foi considerado bem escrito e convincente, mas o trabalho de Atwood foi notável por provocar intensos debates tanto dentro quanto fora da academia. A escritora sustenta que a “República de Gileade” é apenas uma extrapolação de tendências já vistas nos Estados Unidos na época em que ela foi escrita, uma visão apoiada por outros estudiosos que estudam “The Handmaid’s Tale”. De fato, muitos colocaram “The Handmaid’s Tale” na mesma categoria de ficção distópica de “Mil novecentos e oitenta e quatro” e “Admirável mundo novo”, com o recurso adicional de confrontar o patriarcado, uma categorização que M. Atwood aceitou e reiterou em muitos artigos e entrevistas.
Ainda hoje, muitos revisores afirmam que o romance de M. Atwood permanece tão agourento e poderoso como sempre, em grande parte por causa de sua base em fatos históricos. No entanto, quando seu livro foi publicado pela primeira vez em 1985, nem todos os revisores estavam convencidos do “conto de advertência” apresentado por ela. Por exemplo, a resenha de Mary McCarthy no “New York Times” argumentou que “The Handmaid’s Tale” não possuía características para os leitores verem “nosso eu atual em um espelho distorcido, e do que poderemos nos transformar se as tendências atuais continuarem”.
Mas, foi nas telas da TV que a obra ganhou um dimensionamento maior das ideias de M. Atwood. Depois da estreia da série de televisão em 2017, houve muito debate sobre paralelos traçados entre a série (e, por extensão, seu livro) e a sociedade americana após a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos e de Mike Pence como vice-presidente dos Estados Unidos. E a mesma avaliação deve ser feita para outros eleitos, nos mais diversos cantos do planeta.
Reflexões impostas pelo obra de arte de Margaret Eleanor Atwood (citadas pela revista “Super Interessante” em sua matéria “O Futuro da Humanidade segundo quatro distopias …”:
1) TIRANIA EM NOME DE DEUS
Após um ataque terrorista matar o presidente dos EUA e abrir fogo contra membros do Congresso, o exército declarou estado de emergência. Pouco tempo depois, um movimento fundamentalista cristão chamado Filhos de Jacó ganhou força e suspendeu a Constituição dos sobre o pretexto de restaurar a ordem. O país mudou o nome para República de Gileade.
2) POR TRÁS DE TODO GRANDE HOMEM…
A submissão da mulher tornou-se institucional, mas aconteceu gradualmente. Primeiro, elas foram impedidas de trabalhar, depois tiveram seus bens bloqueados e, por fim, seus direitos revogados. Desde então, a sociedade foi reorganizada de modo que a única função das mulheres é servir aos homens. Até para sair de casa elas precisam pedir permissão a eles. E elas também são proibidas de ler. Afinal, a leitura pode lhes dar ideias subversivas.
3) VACAS PARIDEIRAS
Mudanças inexplicadas no meio ambiente esterilizaram a maioria das mulheres. As que ainda são férteis foram forçadas a virarem escravas exclusivas para reprodução. Cada Aia é atribuída a um Comandante dos Filhos de Jacó e, todo mês, deve se deitar com a cabeça entre as pernas da esposa dele, como num ritual, para ser estuprada. Se engravidar e conseguir completar a gestação (as chances são de 25%), é obrigada a dar o bebê ao casal.
4) INDIGNA DE UM NOME
A Aia permanece na casa até o fim do período de amamentação. Depois, é obrigada a partir para outra residência e começar tudo de novo, sem nunca mais ter contato com o(a) filho(a). Ela não é dona nem do próprio nome: é rebatizada sempre com o prefixo “of” (“de”, em inglês), seguido do nome de seu dono. A protagonista, que serve ao Comandante Fred, é chamada de Offred.
5) AS NOVAS “CARREIRAS” PARA MULHERES
Além das Aias, há outras castas femininas em Gilead. As esposas dos Comandantes servem para apoiar o marido e cuidar do lar. As Marthas são empregadas responsáveis pela limpeza e pela comida. As Tias preparam as Aias através de um treinamento rígido, cheio de torturas e humilhações. Por conta de seu prestígio, as Tias são livres para circular pela cidade sem a permissão de um homem
6) MODA SOB CONTROLE
As roupas são fundamentais para diferenciar as mulheres. As Aias se vestem inteiramente de vermelho (simbolizando o parto de Maria Madalena), exceto por uma espécie de chapéu branco que esconde o rosto e não permite enxergar os arredores. As esposas usam azul, que representa a pureza de Virgem Maria. Viúvas vestem preto. As Tias usam marrom e as Marthas, verde.
7) CALE-SE OU MORRA
Os Filhos de Jacó não perseguem apenas mulheres. Gays são enforcados como “traidores do gênero”. Médicos que faziam abortos antes da revolução são caçados e assassinados. E qualquer outra pessoa que tentar se rebelar pode ser executada, ter uma parte do corpo extraída ou ser enviada para as Colônias, um lugar remoto onde ninguém sabe exatamente o que acontece.
Forte… Insano… Realista… Perigoso. E qual sua opinião? Mas antes você tem de ler o livro.
Finalizamos com uma frase da escritora: “Se você soubesse o que iria acontecer, se você soubesse tudo o que iria acontecer no futuro, se soubesse de antemão as consequências de suas próprias ações, você estaria condenado. Você ficaria arruinado como Deus. Você seria uma pedra. Você nunca iria comer ou beber ou rir ou sair da cama de manhã. Você nunca iria amar alguém, nunca mais. Você não se atreveria.”
Espero que tenham gostado do post. Vejo todos vocês no próximo.
Jota Cortizo
Versión española:Conflictos en el restablecimiento del orden * En los cuentos de una criada.
¡¡Amigxs!! ¿Todo bien y en casa? Es importante que tengamos todas las precauciones posibles en este momento difícil. Sigue el camino que está siendo diseñado por la ciencia. Y sigamos juntos a través de la lectura, la información, LitFan.
Hoy me complace (y me honra) traer a una mujer canadiense que es escritora, novelista, poeta, escritora de cuentos, ensayista y crítica literaria, reconocida internacionalmente, que ha recibido numerosos premios literarios importantes. Fue galardonada con la Orden de Canadá, la distinción más alta en su país.
Te traigo: Margaret Eleanor Atwood.
En su infancia, era una voraz lectora de literatura, libros de misterio, cuentos de hadas de los “Hermanos Grimm” y cómics. Decidió escribir profesionalmente cuando tenía 16 años. Comenzó a publicar poemas y artículos en el periódico literario de la universidad. Y su vida giraba en torno a la literatura. Hoy, a la edad de 80 años, muchas de sus novelas y cuentos son una referencia. Recibió muchos premios, tales como: “Premio Arthur C. Clarke” (1987), “Man Booker” (2000), “Princesa de Asturias” (2008) y “PEN Pinter” (2016)
Curiosidad: muchos de sus cuentos y poemas se inspiraron en los cuentos de hadas europeos y en la mitología euroasiática.
Y todo el genio de M. Atwood se manifiesta en las líneas de “The Handmaid’s Tale”. Publicado en 1985, fue muy bien recibido por el público y la crítica.
La novela se estableció en la República de Galaad, una teonomía militar cristiana formada en las fronteras de lo que antes eran los Estados Unidos de América.
Nota: Theonomy, de theos (Dios) y nomos (ley), es una forma de gobierno en el cual la sociedad se regiría por la “ley divina”, un tipo de teocracia cristiana. Los teonomistas afirman que la Palabra de Dios, incluidas las leyes judiciales del Antiguo Testamento, deben ser cumplidas por las sociedades modernas. Los seguidores del reconstructivismo cristiano son el grupo principal que aboga por este tipo de sistema político.
Advertencia: la ficción puede ser muy similar a la realidad.
Después de que un ataque terrorista mató al presidente y a la mayoría del Congreso de los Estados Unidos, un movimiento fundamentalista de reconstrucción cristiana llamado “Hijos de Jacob” lanza un golpe de estado y suspende la Constitución de los Estados Unidos con el pretexto de “restaurar el orden”. Quitan rápidamente los derechos de las mujeres, en gran parte atribuidos a los registros financieros almacenados electrónicamente y etiquetados por sexo. El nuevo régimen emerge como la República de Galaad. Trabaja rápidamente para consolidar su poder y reorganizar la sociedad estadounidense a lo largo de un nuevo modelo totalitario, militarizado y jerárquico de fanatismo religioso y social inspirado en el Antiguo Testamento entre sus nuevas castas sociales. En esta sociedad, los derechos humanos están severamente limitados y los derechos de las mujeres están aún más restringidos; por ejemplo, las mujeres tienen prohibido leer.
La historia es contada en primera persona por una mujer llamada Offred (literalmente Of-Fred). El personaje es parte de una clase de mujeres mantenidas con fines reproductivos y conocidas como “sirvientas” (sirvientas) por la clase dominante en una era de nacimientos en declive debido a la esterilidad por la contaminación y las enfermedades de transmisión sexual. Offred describe su vida durante su tercera tarea como sirviente, en este caso en la residencia de Fred (referida como “El Comandante”). Intercalados en flashbacks hay porciones de su vida de antes y durante el comienzo del golpe, cuando descubre que ha perdido toda la autonomía de su esposo, después de un intento fallido de escapar del país con su familia a Canadá. Luego se adoctrina para ser una sirvienta, una sirvienta. Offred describe la estructura de la sociedad de Galaad, incluidas las diferentes clases de mujeres y sus vidas circunscritas en la nueva teocracia cristiana.
Ajustándose a sus afirmaciones de que The Handmaid’s Tale es una obra de ficción especulativa, no de ciencia ficción, la novela de M. Atwood ofrece una visión satírica de varias tendencias sociales, políticas y religiosas en los Estados Unidos en la década de 1980. escribir la novela fue que, en la década de 1980, la derecha religiosa discutió qué harían con las mujeres si tomaran el poder, incluida la mayoría moral, el enfoque en la familia, la coalición cristiana y el gobierno de Ronald Reagan. Además, Atwood cuestiona qué sucedería si estas tendencias, y especialmente las “actitudes casualmente mantenidas hacia las mujeres”, llegaran a su fin lógico. Atwood continúa argumentando que todos los escenarios ofrecidos en “The Handmaid’s Tale” ocurrieron en la vida real: en una entrevista que dio sobre Oryx y Crake, Atwood sostiene que “Al igual que The Handmaid’s Tale, todavía no he puesto nada que no hayamos hecho, no lo estamos haciendo, lo estamos intentando seriamente, junto con las tendencias que ya están en marcha … Entonces, todas estas cosas son reales y, por lo tanto, la cantidad de pura invención es cercana a cero “. M. Atw ood también era conocida por tomar recortes de periódicos para sus diversas entrevistas para apoyar la base de su ficción en la realidad. Explicó que “The Handmaid’s Tale” es una respuesta para aquellos que afirman que los gobiernos opresivos, totalitarios y religiosos que se han apoderado de otros países a lo largo de los años “no pueden suceder aquí”, pero en este trabajo, ella trató de mostrar cómo puede suceder. de hecho, en cualquier lugar.
La inspiración de M. Atwood para la República de Galaad provino de su tiempo estudiando a los primeros puritanos estadounidenses mientras estaba en Harvard, en el que participó en una beca. Ella argumenta que la visión de los puritanos modernos, que vinieron a América para escapar de la persecución religiosa en Inglaterra y establecer una sociedad religiosa tolerante, es engañosa, y que estos líderes puritanos querían establecer una teocracia monolítica en su lugar. La escritora también tenía una conexión personal con los puritanos, y ella dedica la novela a su propio antepasado Mary Webster, quien fue acusado de brujería en la Nueva Inglaterra puritana, pero sobrevivió a la horca. Debido a la naturaleza totalitaria de la sociedad de Galaad, M. Atwood, al crear la escena, se inspiró en el “idealismo utópico” presente en los regímenes del siglo XX, como Camboya y Rumania, así como en el Puritanismo anterior de Nueva Inglaterra. M. Atwood argumentó que un golpe de estado, como el descrito en “The Handmaid’s Tale”, usurparía la religión para lograr sus propios fines.
De todos modos, el libro no solo se consideró bien escrito y convincente, sino que el trabajo de Atwood fue notable por provocar intensos debates tanto dentro como fuera de la academia. El escritor sostiene que la “República de Galaad” es solo una extrapolación de las tendencias que ya se veían en los Estados Unidos en el momento en que se escribió, una opinión respaldada por otros académicos que estudian “El cuento de la criada”. De hecho, muchos colocaron “The Handmaid’s Tale” en la misma categoría de ficción distópica que “Mil novecientos ochenta y cuatro” y “Brave new world”, con la característica adicional de confrontar el patriarcado, una categorización que M. Atwood aceptó y reiteró en muchos articulos y entrevistas.
Incluso hoy, muchos críticos afirman que la novela de M. Atwood sigue siendo tan siniestra y poderosa como siempre, en gran parte debido a su base en hechos históricos. Sin embargo, cuando su libro se publicó por primera vez en 1985, no todos los revisores estaban convencidos de su “cuento de advertencia”. Por ejemplo, la revisión de Mary McCarthy en el “New York Times” argumentó que “The Handmaid’s Tale” no tenía características para que los lectores vieran “nuestro yo actual en un espejo distorsionado, y qué podemos cambiar si las tendencias actuales continúan”.
Sin embargo, fue en las pantallas de televisión que el trabajo adquirió una mayor dimensión de las ideas de M. Atwood. Después del estreno de la serie de televisión en 2017, hubo mucho debate sobre los paralelos entre la serie (y, por extensión, su libro) y la sociedad estadounidense después de la elección de Donald Trump como presidente de los Estados Unidos y Mike Pence como vicepresidente. presidente de Estados Unidos. Y se debe hacer la misma evaluación para otros funcionarios electos, en los rincones más diversos del planeta.
Reflexiones impuestas por la obra de arte de Margaret Eleanor Atwood (citada por la revista “Super Interessante” en su artículo “El futuro de la humanidad según cuatro distopías …”:
1) TIRANÍA EN EL NOMBRE DE DIOS
Después de que un ataque terrorista mató al presidente de Estados Unidos y abrió fuego contra miembros del Congreso, el ejército declaró el estado de emergencia. Poco después, un movimiento cristiano fundamentalista llamado Hijos de Jacob ganó fuerza y suspendió la Constitución con el pretexto de restaurar el orden. El país cambió su nombre a la República de Galaad.
2) DETRÁS DE CADA GRAN HOMBRE …
La sumisión de las mujeres se convirtió en institucional, pero sucedió gradualmente. Primero, se les impidió trabajar, luego se bloquearon sus activos y, finalmente, se revocaron sus derechos. Desde entonces, la sociedad se ha reorganizado para que la única función de las mujeres sea servir a los hombres. Incluso para salir de casa necesitan pedir su permiso. Y también tienen prohibido leer. Después de todo, la lectura puede darte ideas subversivas.
3) VACAS LATERALES
Los cambios inexplicables en el medio ambiente han esterilizado a la mayoría de las mujeres. Los que aún son fértiles se vieron obligados a convertirse en esclavos exclusivos para la reproducción. Cada enfermera es asignada a un comandante de los Hijos de Jacob y, cada mes, debe acostarse con la cabeza entre las piernas de su esposa, como en un ritual, para ser violada. Si queda embarazada y logra completar el embarazo (las posibilidades son del 25%), está obligado a dar el bebé a la pareja.
4) NOMBRE INDÍGENA
La enfermera permanece en la casa hasta el final del período de lactancia. Luego, se ve obligada a irse a otra residencia y comenzar de nuevo, sin tener contacto con el niño. Ni siquiera posee su nombre: siempre cambia su nombre por el prefijo “de” (“De”, en inglés), seguido del nombre de su propietario. El protagonista, que sirve al comandante Fred, se llama Offred.
5) LAS NUEVAS “CARRERAS” PARA MUJERES
Además de los alias, hay otras variedades femeninas en Gilead. Las esposas de los comandantes sirven para apoyar al esposo y cuidar el hogar. Las Marthas trabajan a cargo de la limpieza y la comida. Las tías preparan al Aias mediante un entrenamiento estricto, lleno de tortura y humillación. Debido a su prestigio, las tías son libres de moverse por la ciudad sin el permiso de un hombre.
6) MODA BAJO CONTROL
La ropa es esencial para diferenciar a las mujeres. Las criadas están completamente vestidas de rojo (simbolizando el nacimiento de María Magdalena), excepto por una especie de sombrero blanco que oculta la cara y no permite ver los alrededores. Las esposas visten de azul, lo que representa la pureza de la Virgen María. Las viudas visten de negro. Las tías visten de marrón y las Marthas visten de verde.
7) CÁLLATE O MUERE
Los hijos de Jacob no solo persiguen a las mujeres. Los gays son ahorcados como “traidores de género”. Los médicos que realizaron abortos antes de la revolución son perseguidos y asesinados. Y cualquier otra persona que intente rebelarse puede ser ejecutada, extraer una parte del cuerpo o enviarse a las Colonias, un lugar remoto donde nadie sabe exactamente qué sucede.
Fuerte … Loco … Realista … Peligroso. ¿Y cuál es tu opinión? Pero primero tienes que leer el libro.
Terminamos con una cita del escritor: “Si supieras lo que sucedería, si supieras todo lo que sucedería en el futuro, si supieras de antemano las consecuencias de tus propias acciones, estarías condenado. Estarías arruinado como Dios. Serías una roca Nunca comerías, beberías, reirías o te levantarías de la cama por la mañana. Nunca amarías a nadie, nunca más. No te atreverías.
Espero que hayas disfrutado el post. Hasta la próxima.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
Capa: *Pictured above: “Pagan,” 2015, acrylic on birch panel – JOHN JUDE PALENCAR