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Alienígenas, Campos de Concentração, crime, Destruição, Fantasia, ficção, Futurismo, Futuro, Guerra, horror, livros, sci fi, tempo, Terror
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Viajando no Tempo com Billy Pilgrim, um show de Kurt Vonnegut.
Imagine este pequeno resumo: Billy Pilgrim foi uma criança e um jovem de aparência esquisita: era alto e magro, e parecia uma garrafa de Coca-Cola (se preferir pode ser Pepsi). Foi soldado de guerra, sobreviveu ao bombardeio de Dresden, foi dispensado, tornou-se optometrista (profissional que tem como objetivo a realização de medições de amplitude visual), casou-se, teve filhos, foi abduzido e levado para o planeta Tralfamador (é o lar de seres que existem em todos os tempos simultaneamente, e estão, portanto, privados do conhecimento de eventos futuros, incluindo a destruição do universo nas mãos de um piloto de teste) e exibido no zoológico extraterrestre (Billy foi sequestrado junto com Montana Wildhack, uma estrela de Hollywood)…. Fascinante.
Bem, para conhecer Billy precisamos conhecer a obra da qual ele faz parte. “Slaughterhouse-Five” (Matadouro 5) é um livro fora da caixa. Não é um típico livro de viagem no tempo ou de guerra ou sobre vida extraterrestre – é tudo isso junto em uma mistura interessante e que se desdobra de uma maneira deliciosa. Para começar, é um livro dentro de um livro. Deixa que vou explicar. O livro é uma crítica direta ao sentimento de glorificação que há entorno da guerra. Há, também, toda uma carga de ser um livro semi-biográfico, já que o próprio autor usa do artifício de ser o narrador da história – na “voz” de Yon Yonson (nome fictício) – e de se colocar dentro dela em algumas situações, misturando a ficção com fatos que ele mesmo vivenciou, já que ele mesmo esteve na Segunda Guerra Mundial, sendo capturado por soldados alemães, e posteriormente acabou por presenciar, e obviamente sobreviver, ao bombardeio da cidade de Dresden pelos aliados.
Temos a sensação de termos um livro dentro de um livro. Ao mesmo tempo em que os personagens vão se mostrando, a história vai seguindo em vários runos. Melhor, em muitas viagens.
Billy, o protagonista, não deu muito certo como soldado e suas viagens no tempo e no espaço nos mostram que, talvez, ele tenha perdido um pouco a razão. Ele oscila entre sua vida agora com momentos logo após a guerra em que estava internado na ala psiquiátrica do hospital e outros em que está em um zoológico no planeta Tralfalmador – onde os locais o visitam para saber mais sobre os humanos.
Ele vai e volta em suas memórias desconexas e o número de mortes comentadas nesse livro aumenta a cada página. Ainda assim, cada vez que um morto é citado – seja o que for – humano, animal, planta – é sempre seguido por “coisas da vida” – como se não importasse ou se fosse algo comum. Essa é a maior crítica de Vonnegut à Guerra porque essa é uma atividade (e talvez a única) em que mortes são consideradas efeitos colaterais e não um erro em si – aliás, chegam a fazer parte da estratégia de vitória. O autor martela isso na nossa cabeça até o leitor ficar condicionado a não sentir pena dos que morrem da mesma forma que os soldados devem fazer.
Falando em Vonnegut, foi um escritor americano, de ascendência germânica, que nasceu em 1922 e nos deixou em 2007. Autor de vários romances, ensaios e peças de teatro. Depois de formar-se em química, alistou-se no exército e combateu na Segunda Guerra Mundial. Foi feito prisioneiro de guerra, período no qual presenciou o bombardeamento de Dresden e ficou preso num armazém subterrâneo de carne. Esta experiência veio a inspirar seu livro. “Slaughterhouse-Five” (Matadouro 5) foi publicado em 1969 e marcou – leitores e, claro, seu autor.
Com este livro, Vonnegut trouxe a tona um dos (se não o) pior bombardeio da Segunda Guerra. A destruição da bela cidade de Dresden pela força aérea norte-americana. Foi lá que os aliados resolveram fazer uma “operação exemplar” contra os alemães. Entre 13 e 15 de fevereiro de 1945, em quatro ataques-surpresa, 1.300 bombardeiros lançaram mais de 3.900 toneladas de dispositivos incendiários e bombas altamente explosivas na cidade, a capital barroca do estado alemão de Saxônia. A tempestade de fogo resultante destruiu 39 quilômetros quadrados do centro da cidade. O resultado foi a morte de 135 mil pessoas (os números são imprecisos e vão de 22 mil a 220 mil), a esmagadora maioria mulheres, velhos e crianças. Havia poucos soldados em Dresden, pois era tida como “cidade aberta”, nome que se dava às cidades que, pelos seus tesouros arquitetônicos, os dois lados concordavam em não bombardear. Mas mesmo assim ela foi “pulverizada”. Afinal, a guerra (na prática) não tem regulamento, não tem dó nem piedade.
Vale a pena a leitura. Vonnegut faz com que a história fuja sempre do melodrama. Ele é irônico, satírico e delirante. Seu personagem voa pelo tempo, circula pela guerra, pelo “jeito” americano de vida e pelo planeta de Tralfamador – que fica a cerca de 718 quatrilhões de kms da Terra. A maestria narrativa de Vonnegut põe o leitor em alerta máximo permanente. A morte circunda a história até quase perder a importância.
O livro foi adaptado para o cinema e estreou no ano de 1972. O diretor foi George Roy Hill e tendo Michael Sacks interpretando Billy Pilgrim. Segundo a crítica: É um dos mais niilistas e desesperançados filmes gnósticos: sem saída, o homem é prisioneiro no tempo e condenado por alienígenas a repeti-lo por toda a eternidade.
O filme inicia em momento no futuro, onde Pilgrim datilografa uma carta ao editor de um jornal com a famosa frase que abre o livro de Vonnegut: “”Ouça: Billie Pilgrim está se libertando no tempo”. Pilgrim tenta explicar a todos a sua estranha condição adquirida após ter sido abduzido por seres alienígenas: ele não só navega no tempo através dos diversos momentos da sua vida, mas todos os instantes são vividos simultaneamente. E… O restante, só vocês vendo.
Que tal? Gostou do post? Aproveite entre no blog e leia quantos posts você quiser. E deixe seu comentário. É muito importante. Se preferir, deixe uma sugestão. Te encontro no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Viajando en el tiempo con Billy Pilgrim, un espectáculo de Kurt Vonnegut.
Imagínese este pequeño resumen: Billy Pilgrim fue un niño y un joven de apariencia extraña: era alto y delgado, y parecía una botella de Coca-Cola (si lo prefiere puede ser Pepsi). Fue soldado de guerra, sobrevivió al bombardeo de Dresde, fue dispensado, se convirtió en optometrista (profesional que tiene como objetivo la realización de mediciones de amplitud visual), se casó, tuvo hijos, fue abducido y llevado al planeta Tralfamador (es el hogar de seres que existen en todos los tiempos simultáneamente, y están, por lo tanto, privados del conocimiento de eventos futuros, incluyendo la destrucción del universo en manos de un piloto de prueba) y exhibido en el zoológico extraterrestre (Billy fue secuestrado junto a Montana Wildhack , una estrella de Hollywood) …. Fascinante.
Bueno, para conocer a Billy necesitamos conocer la obra de la que forma parte. “Slaughterhouse-Five” (Matadero 5) es un libro fuera de la caja. No es un típico libro de viaje en tiempo o de guerra o sobre vida extraterrestre – es todo eso junto en una mezcla interesante y que se desdobla de una manera deliciosa. Para empezar, es un libro dentro de un libro. Deja que voy a explicar. El libro es una crítica directa al sentimiento de glorificación que hay entorno de la guerra. Hay, también, toda una carga de ser un libro semi-biográfico, ya que el propio autor usa el artificio de ser el narrador de la historia – en la “voz” de Yon Yonson (nombre ficticio) – y de colocarse dentro de ella en algunas , que se mezcló con la ficción con hechos que él mismo experimentó, ya que él mismo estuvo en la Segunda Guerra Mundial, siendo capturado por soldados alemanes, y posteriormente acabó por presenciar, y obviamente sobrevivir, al bombardeo de la ciudad de Dresde por los aliados.
Tenemos la sensación de tener un libro dentro de un libro. Al mismo tiempo que los personajes se van mostrando, la historia va siguiendo en varios runos. Mejor, en muchos viajes.
Billy, el protagonista, no dio muy cierto como soldado y sus viajes en el tiempo y en el espacio nos muestran que, tal vez, él ha perdido un poco la razón. Él oscila entre su vida ahora con momentos después de la guerra en que estaba internado en el ala psiquiátrica del hospital y otros en que está en un zoológico en el planeta Tralfalmador – donde los locales lo visitan para saber más sobre los humanos.
Él va y vuelve en sus memorias desconexas y el número de muertes comentadas en ese libro aumenta a cada página. Sin embargo, cada vez que un muerto es citado -se lo que sea – humano, animal, planta – es siempre seguido por “cosas de la vida” – como si no importara o si fuera algo común. Esta es la mayor crítica de Vonnegut a la guerra porque esta es una actividad (y quizás la única) en que muertes se consideran efectos colaterales y no un error en sí – por lo demás, llegan a formar parte de la estrategia de victoria. El autor marque esto en nuestra cabeza hasta que el lector esté condicionado a no sentir pena de los que mueren de la misma forma que los soldados deben hacer.
Hablando en Vonnegut, fue un escritor estadounidense, de ascendencia germánica, que nació en 1922 y nos dejó en 2007. Autor de varias novelas, ensayos y obras de teatro. Después de formarse en química, se alistó en el ejército y combatió en la Segunda Guerra Mundial. Fue hecho prisionero de guerra, período en el que presenció el bombardeo de Dresde y quedó atrapado en un almacén subterráneo de carne. Esta experiencia vino a inspirar su libro. “Slaughterhouse-Five” (Matadero 5) fue publicado en 1969 y marcó – lectores y, por supuesto, su autor.
Con este libro, Vonnegut sacó a la luz uno de los (si no el) peor bombardeo de la Segunda Guerra. La destrucción de la bella ciudad de Dresde por la fuerza aérea norteamericana. Fue allí donde los aliados decidieron hacer una “operación ejemplar” contra los alemanes. Entre 13 y 15 de febrero de 1945, en cuatro ataques sorpresa, 1.300 bombarderos lanzaron más de 3.900 toneladas de dispositivos incendiarios y bombas altamente explosivas en la ciudad, la capital barroca del estado alemán de Sajonia. La tempestad de fuego resultante destruyó 39 kilómetros cuadrados del centro de la ciudad. El resultado fue la muerte de 135 mil personas (las cifras son imprecisas y van de 22 mil a 220 mil), la abrumadora mayoría mujeres, viejos y niños. Había pocos soldados en Dresde, pues era considerada como “ciudad abierta”, nombre que se daba a las ciudades que, por sus tesoros arquitectónicos, los dos lados concordaban en no bombardear. Pero aún así fue “pulverizada”. Después de todo, la guerra (en la práctica) no tiene reglamento, no tiene ni piedad.
Vale la pena la lectura. Vonnegut hace que la historia huya siempre del melodrama. Es irónico, satírico y delirante. Su personaje vuela por el tiempo, circula por la guerra, por la “manera” americana de vida y por el planeta de Tralfamador – que se encuentra a unos 718 cuatrillones de kilómetros de la Tierra. La maestría narrativa de Vonnegut pone al lector en alerta máxima permanente. La muerte circunda la historia hasta casi perder la importancia.
El libro fue adaptado para el cine y se estrenó en el año 1972. El director fue George Roy Hill y teniendo a Michael Sacks interpretando a Billy Pilgrim. Según la crítica: Es uno de los más niñitos y desesperados filmes gnósticos: sin salida, el hombre es prisionero en el tiempo y condenado por alienígenas a repetirlo por toda la eternidad. La película comienza en un momento en el futuro, donde Pilgrim mecanografía una carta al editor de un periódico con la famosa frase que abre el libro de Vonnegut: “” Escucha: Billie Pilgrim se está liberando en el tiempo. Pilgrim intenta explicar a todos su extraña condición adquirida después de haber sido abducido por seres alienígenos: él no sólo navega en el tiempo a través de los diversos momentos de su vida, pero todos los instantes se viven simultáneamente. Y … El resto, sólo ustedes viendo.
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Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
resumodopera.blogspot.com.br/2012/06/desafio-literario-2012-matadouro-5-kurt.html
pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Vonnegut
focoderesistencia.wordpress.com/2016/07/04/matadouro-5-kurt-vonnegut/
posfacio.com.br/2012/05/02/matadouro-5-kurt-vonnegut/
opoderosoresumao.com/livros/resenha-matadouro-5
pt.wikipedia.org/wiki/Bombardeamento_de_Dresden
en.wikipedia.org/wiki/Tralfamadore
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