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No post de hoje, falaremos de Athur Conan Doyle, o autor que – quase – foi superado por seu personagem (Sherlock Holmes).
Sir Arthur Ignatius Conan Doyle, nasceu em Edimburgo, 22 de maio de 1859 – capital da Escócia — e faleceu em Crowborough, no dia 7 de julho de 1930. Escritor (e médico) britânico, mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes, consideradas uma grande inovação no campo da literatura criminal e que obscureceram as demais obras do autor – e quase o próprio. Então, vamos tirar do “escuro” uma de suas obras. Hoje, falaremos de um de seus trabalhos de ficção científica: “The Lost World” (O Mundo Perdido) explorado fartamente ao longo do tempo.
Publicada em 1912, a história gira em torno da descoberta de dinossauros e outras criaturas pré-históricas extintas (exceto no livro) na bacia amazônica. A excentricidade de seu protagonista “Professor Challenger” quase supera outro personagem de Doyle – o conhecido mundialmente “Sherlock Holmes”. Challenger é arrogante e inteligentíssimo além de extremamente manipulador. Já o narrador da história, o jornalista Edward Malone, tenta se mostrar um homem de coragem, mas que só oculta o seu medo interior das aventuras que viveu e viverá.
Nesta obra, Sir Arthur se assemelha a Julio Verne e HG Wells, em alguns detalhes. No formato diário que a aventura se apresenta e na discussão da evolução da humanidade. A mescla torna o livro “delicioso” e “devorável”. Além disto, a ideia de que animais pré-históricos sobrevivem até o presente, não foi criada por Doyle, pois foi introduzida por Júlio Verne em “Journey to the center of the Earth” (Viagem ao centro da Terra). Neste livro, que foi publicado em 1864, as criaturas vivem debaixo da terra e em torno de um mar subterrâneo.
Outros autores exploraram o tema: Em 1915, o cientista russo Vladimir Obruchev produziu sua própria versão de um “mundo perdido” em seu romance Plutonia, que coloca dinossauros e outras espécies do período Jurássico em uma área subterrânea fictícia na Sibéria. Já em 1916, Edgar Rice Burroughs publicou “The land that time forgot” (A terra que o tempo esqueceu), sua versão de “The lost world”, onde submarinistas perdidos de um U-Boat alemão descobrem um mundo perdido de dinossauros e homens-macacos na Antártida. Este foi o primeiro de dois outros livros de uma série.
Nas telas e telonas, o título do livro de Doyle foi reutilizado “The Lost World”, uma sequência de Jurassic Park. Já a famosa série de televisão americana “Lost”, usou elementos do romance de Doyle em seu enredo. Uma série britânica com o mesmo nome e com roteiro baseado no livro do autor, foi exibida de 1999 a 2002. Mas a primeira adaptação do livro de Doyle foi o filme homônimo que foi exibido em 1925, tendo a direção de Harry Hoyt. Em 1998, o filme foi considerado “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante” pela Biblioteca do Congresso e selecionado para preservação no National Film Registry dos Estados Unidos.
Doyle foi condecorado com o título de cavaleiro em 1902, não apenas por sua obra, mas por sua colaboração e atuação – em favor do Reino Unido – na Africa. Personalidade marcante, elevou o nome da Escócia e do Reino Unido ao grande escalão de pátrias das páginas.
Espero que tenham gostado deste lado não tão explorado de Conan Doyle.
Abraços e até o próximo post.
Base da informação do post:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Conan_Doyle
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Lost_World_(romance_de_Arthur_Conan_Doyle)
http://cinefantastiqueonline.com/2009/07/the-lost-worlds-of-arthur-conan-doyle/
http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Edward_Challenger
http://dinosaurs.wikia.com/wiki/The_Lost_World_(1925_film)
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Lost_World_(Conan_Doyle_novel)
Jota Cortizo