~ Phantasticus – Fantástico em latim. Gênero literário que congrega três subgêneros: Fantasia, ficção científica e terror. Agora, um lugar para os leitores e escritores que são apaixonados por leitura e escrita, sobre estes mundos imaginários. Que tal sentir pelo virar das páginas o calafrio e o medo provocados pelo terror de algumas linhas. Deixar que o cavaleiro ou a guerreira que existem dentro de nós venha a aflorar. Dos tempos da espada e da feitiçaria. Das religiões antigas aos seres imaginários (ou inimaginários). Um lugar para compartilhar opiniões.
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A energia conduzida nos sonhos elétricos do genial PKD.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! O PHANTASTICUS traz hoje mais um post do brilhante escritor Philip K. Dick, que foi um dos autores de ficção científica mais prolíficos e aclamados do século XX (e XXI, em minha opinião), tendo parte de sua obra literária adaptada para o cinema e a televisão, tais como em “Blade Runner: O Caçador de Androides” e “O Homem do Castelo Alto”.
O PHANTASTICUS já escreveu vários posts sobre Dick. Se você quiser relembrar, aí vão alguns dos links:
Bem, hoje vou trazer um pouco sobre os contos de PK Dick “Electric Dreams” que foram adaptados para mais uma série – “Philip K. Dick’s Electric Dreams” – que teve sua estreia no canal de televisão britânica “Channel 4” em 17 de Setembro de 2017. Aqui, no Brasil, você consegue assistir na plataforma da Amazon. Mas vamos ao livro.
O livro, é dividido em dez contos que abordam diversos aspectos de vidas em futuros distantes, na própria terra ou em outras dimensões, mas ainda assim facilmente comparáveis com os dias atuais.
Os contos, que foram publicados originalmente entre os anos de 1953 e 1955, retratam uma visão de futuro pensada na década de 1950. E são geniais justamente por conta disso. O autor navega por temas (que hoje parecem ultrapassados), mas que fomentam questionamentos universais e atemporais. São ótimos de ler, são ágeis e divertidos, apesar da visão pessimista característica do gênero. Realmente dá para imaginar (e desejar ver) cada conto como um curta-metragem. Segue a ordem (de exibição na adaptação) dos contos:
“Exhibit Piece”, de 1954
“Autofac”, de 1955
“Human Is”, de 1955
“Sales Pitch”, de1954
“The Hood Maker”, de 1955
“Foster, You’re Dead”, de 1955
“The Father Thing”, de 1954
“Impossible Planet”, de 1953
‘The Commuter”, de 1953
“The Hanging Stranger”, de 1953
Os contos, assim como boa parte da obra do gênio PKD, traz (em geral) um mundo pós-apocalíptico ou dominado por máquinas. Desta forma, as chances de uma pessoa perder-se em si mesma, esquecendo a própria essência, é enorme. Ao passo que todos os fatores externos colaboram para o medo das populações, seja por doenças, dominações de governos ditatoriais ou pelos próprios robôs, uma ou outra pessoa consegue despertar de determinadas situações hostis e passam a apegar-se ao que é mais vital em momentos difíceis: a esperança de uma realidade melhor.
Philip K. Dick cria mundos muito distintos, mas que se aproximam quando comparados seus protagonistas e suas respectivas vontades. Em sua maioria, homens e mulheres precisam lutar para restabelecerem-se em meio ao caos e, de alguma forma, anseiam para não esquecerem aquilo que são em seu íntimo ou ideais que carregam há muito tempo. O amor, a nostalgia, a paz interior, o sentimento de pertencimento a um grupo, a saudade de um ente querido, dentre outras, são questões abstratas que, na obra do autor, tornam-se o centro das discussões filosóficas das personagens, pontos marcantes e importantíssimos para o enriquecer da narrativa e da própria construção psicológica delas.
Os contos, também, colocam em debate o consumismo e a importância exacerbada dos bens materiais e ainda a barbárie tida como algo normal. E conseguem trazer perspectivas diferentes, de crianças a idosos, seus anseios e angústias, nos fazendo refletir muito sobre o que é realmente ser humano.
Abaixo, deixo como lembrança para cada leitor, duas “construções” de Philip K. Dick. Que elas sirvam de reflexão – para todos nós.
“A verdadeira medida de um homem não é sua inteligência ou quão alto ele sobe neste sistema esquisito. Não, a verdadeira medida de um homem é esta: com que rapidez ele consegue responder às necessidades dos outros e quanto de si mesmo ele consegue dar.” e “A ferramenta básica para a manipulação da realidade é a manipulação das palavras. Se você puder controlar o significado das palavras, poderá controlar as pessoas que devem usá-las.”
Gênio! E perdemos ele tão cedo. PKD nos deixou com apenas 53 anos, em março de 1982, vindo a falecer, vítima de uma série de AVC’s.
As questões levantadas por Dick (em toda a sua obra), ainda nos anos 50, hoje se fazem mais necessárias, pois com a tecnologia atual, estamos muito próximos da realidade virtual e da inteligência artificial, que, segundo ele, mudaram para sempre as nossas relações pessoais. A empatia foi levantada como uma necessidade atual para os seres humanos, pois é ela que nos diferencia de qualquer outra forma de inteligência e pode nos proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Esta empatia pode ser disposta na tecnologia, pois uma inteligência artificial moldada na empatia, é essencial para que carros autônomos ou sistemas de saúde possam tratar as pessoas com mais cuidado, respeito e, de fato, oferecer a melhoria proposta, além do campo tecnológico. Porém, um perigo nos cerca, que são as bolhas sociais que podem moldar a nossa realidade, utilizando redes sociais ou alguma força específica para apresentar cenários e influenciar nossas mentes para vários interesses, tais quais nos acostumamos a assistir em várias produções no cinema e na TV, pelos últimos anos.
Recado dado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até o próximo post do PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
Versión española:La energía conducida en los sueños eléctricos del brillante PKD.
¡¡Hola a mis amigos caríssimxs!! PHANTASTICUS trae hoy otro post del genial escritor Philip K. Dick, quien fue uno de los autores de ciencia ficción más prolíficos y aclamados del siglo XX (y del XXI, en mi opinión), habiendo adaptado parte de su obra literaria al cine y televisión, como en “Blade Runner: El cazador de androides” y “El hombre del castillo alto”.
PHANTASTICUS ya ha escrito varios artículos sobre Dick. Si quieres recordar, aquí tienes algunos de los enlaces:
Bueno, hoy les voy a contar un poco sobre las historias de “Electric Dreams” de PK Dick que se han adaptado a otra serie, “Philip K. Dick’s Electric Dreams”, que se estrenó en el canal de televisión británico “Channel 4”. el 17 de septiembre de 2017. Aquí en Brasil, puedes verlo en la plataforma de Amazon. Pero vayamos al libro.
El libro está dividido en diez cuentos que cubren diferentes aspectos de la vida en futuros distantes, en la tierra misma o en otras dimensiones, pero aun fácilmente comparables a la actualidad.
Los cuentos, que se publicaron originalmente entre 1953 y 1955, retratan una visión del futuro concebida en la década de 1950. Y son brillantes precisamente por eso. El autor navega por temas (que hoy parecen obsoletos), pero que incitan a preguntas universales y atemporales. Son geniales para leer, ágiles y divertidos, a pesar del punto de vista pesimista característico del género. Realmente puedes imaginar (y querer ver) cada historia como un cortometraje. Aquí está el orden (de exhibición en la adaptación) de las historias:
“Pieza de exhibición”, 1954
“Autofac”, 1955
“Human Is”, 1955
“Sales Pitch”, 1954
“The Hood Maker”, 1955
“Foster, estás muerto”, 1955
“La cosa del padre”, 1954
“Planeta imposible”, 1953
“El viajero”, 1953
“El extraño colgado”, 1953
Los cuentos, como gran parte del trabajo del genio del PKD, traen (generalmente) un mundo postapocalíptico o dominado por máquinas. De esta forma, las posibilidades de que una persona se pierda, olviden su esencia, son enormes. Si bien todos los factores externos contribuyen al miedo de las poblaciones, ya sea por enfermedad, dominio de gobiernos dictatoriales o por los propios robots, una u otra persona logra despertar de determinadas situaciones hostiles y comenzar a aferrarse a lo más vital en momentos difícil: la esperanza de una realidad mejor.
Philip K. Dick crea mundos muy diferentes, pero que se acercan más a sus protagonistas y sus respectivas voluntades. En su mayor parte, hombres y mujeres deben luchar para recuperarse del caos y de alguna manera anhelar no olvidar lo que son por dentro o los ideales que han llevado durante mucho tiempo. El amor, la nostalgia, la paz interior, el sentimiento de pertenencia a un grupo, extrañar a un ser querido, entre otros, son temas abstractos que, en la obra del autor, se convierten en el centro de las discusiones filosóficas de los personajes, puntos llamativos y muy importantes para enriquecer. la narrativa y su propia construcción psicológica.
Los cuentos también traen al debate el consumismo y la gran importancia de los bienes materiales e incluso la barbarie vista como algo normal. Y logran traer diferentes perspectivas, desde los niños hasta los mayores, sus ansiedades y ansiedades, haciéndonos reflexionar mucho sobre lo que realmente es ser humano.
A continuación, dejo como recordatorio para cada lector, dos “construcciones” de Philip K. Dick. Que sirvan de reflejo para todos nosotros.
“La verdadera medida de un hombre no es su inteligencia o qué tan alto se eleva en este extraño sistema. No, la verdadera medida de un hombre es esta: qué tan rápido puede responder a las necesidades de los demás y cuánto puede dar de sí mismo “. y “La herramienta básica para manipular la realidad es la manipulación de palabras. Si puedes controlar el significado de las palabras, puedes controlar a las personas que deberían usarlas “.
¡Genio! Y lo perdimos tan pronto. PKD nos dejó con apenas 53 años, en marzo de 1982, falleciendo, víctima de una serie de ictus.
Las cuestiones planteadas por Dick (en toda su obra), incluso en los años 50, ahora son más necesarias, porque con la tecnología actual, estamos muy cerca de la realidad virtual y la inteligencia artificial, que, según él, cambiaron para siempre nuestro personal. relaciones. La empatía se planteó como una necesidad actual del ser humano, ya que es lo que nos diferencia de cualquier otra forma de inteligencia y puede brindarnos una mejor calidad de vida.
Esta empatía se puede arreglar en tecnología, ya que una inteligencia artificial moldeada en empatía es esencial para autos o sistemas autónomos. Las organizaciones de salud pueden tratar a las personas con más cuidado, respeto y, de hecho, ofrecer la mejora propuesta, además del ámbito tecnológico. Sin embargo, nos rodea un peligro, que son las burbujas sociales que pueden moldear nuestra realidad, utilizando las redes sociales o alguna fuerza específica para presentar escenarios e influir en nuestra mente por diversos intereses, como estamos acostumbrados a ver en diversas producciones en el cine y en TV, durante los últimos años.
Mensaje dado. Publicación cerrada. ¿Te gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta el próximo post de PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A ficção tem vários caminhos mas apenas um destino.
Olá, para todxs! Estão bem? Assim espero.
O nosso post de hoje vai explorar os diversos subgêneros de ficção científica. Mas, antes disso, vamos escrever um pouco sobre a extensa gama de subcategorias que fazem parte da Literatura Fantástica. Importante frisar que a LitFan tem como característica nata a possibilidade de liberação do imaginário, elemento que dá asas aos escritores e permite a continua expansão desse estilo literário. Sendo assim, podemos dizer que a literatura fantástica “refere-se ao que é criado pela imaginação, o que não existe na realidade. É aplicável a um objeto como a literatura, pois neste universo, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional”. Em suma, essa classe literária comumente é dividida em: Ficção Científica, que em geral narra sobre o impacto da ciência na sociedade literária criada; Terror, que se utiliza dos elementos próprios da literatura fantástica para criar o sentimento de medo; e a categoria Fantasia, que faz forte uso de magia e elementos sobrenaturais em sua narrativa. Contudo, existem vários subgêneros inclusos entre essas três categorias, fator que não só expande consideravelmente o nível de categorização da literatura fantástica, com também a classifica de forma mais completa.
Voltando ao tema principal. Quando falamos de ficção científica geralmente pensamos em robôs ou naves espaciais, este estereótipo construído pela sociedade, mas existem diversos subgêneros de ficção que fogem “um pouco” deste padrão. Vamos fazer um resumo de cada um:
HARD SCI-FI – Este gênero consiste em uma ficção onde a ciência é explicada em detalhes e na precisão científica. Existe um esforço de verossimilhança. Na ficção científica ‘hard’, os personagens principais são geralmente cientistas práticos, engenheiros ou astronautas.
O desenvolvimento dos personagens é frequentemente colocado em segundo plano, relativamente a exploração de fenômenos astronômicos ou físicos, mas alguns autores antecipam a condição humana ou a ideia de que os indivíduos terão valores e modos de vida diferentes nas sociedades futuras, onde as circunstâncias tecnológicas e econômicas mudaram.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov e Júlio Verne são autores famosos de HSF.
MILITARY SCI-FI – É um subgênero da ficção científica que apresenta o uso de tecnologia de ficção científica, principalmente armas, para fins militares e geralmente personagens principais que são membros de uma organização militar envolvida em atividade militar, geralmente durante uma guerra; ocorrendo às vezes no espaço sideral ou em um ou mais planetas diferentes. Ele existe na literatura, nos quadrinhos, no cinema e nos videogames.
Uma descrição detalhada do conflito, as táticas e armas usadas nele, e o papel de um serviço militar e dos membros individuais dessa organização militar formam a base para um trabalho típico de ficção científica militar. As histórias costumam usar características de conflitos reais da Terra passados ou atuais, com países sendo substituídos por planetas ou galáxias de características semelhantes, navios de guerra substituídos por navios de guerra espaciais e certos eventos mudados para que o autor possa extrapolar o que poderia ter ocorrido.
HG Wells e seu “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) é um grande escritor e sua obra deste subgênero.
ROBOT SCI-FI – O gênero robô foi cunhado pelo gigante Izaac Azimov e tudo que se conhece e que se inventou sobre robôs hoje deriva do seu trabalho. Vários filmes foram adaptados das obras dele como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Outros filmes representam muito bem o gênero como Inteligência Artificial.
Azimov é o gênio/criador que nos envolve fortemente neste subgênero com seu “I, Robot”. Temos, também, PK Dick com seu “Blade Runner”.
SOCIAL SCI-FI – É um gênero de ficção científica onde a sociedade humana é extrapolada e criticada e a ficção científica serve mais de pano de fundo. Este subgênero “absorve e discute a antropologia” e especula sobre o comportamento e as interações humanas. Muitas vezes é chamado de “DISTOPIA” por alguns críticos e autores. Mas em minha simples opinião, sigo com o subgênero que abre o tópico. E para distopia, trago a descrição da boa Wikipedia:
Distopia, cacotopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma “utopia negativa”. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas por totalitarismo ou autoritarismo (controle opressivo de toda uma sociedade), por anarquia (desagregação social), ou por condições econômicas, populacionais ou ambientais degradadas ou levadas a um extremo ou outro. A tecnologia se insere nesse contexto como ferramenta de controle, por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell é um ótimo exemplo se enquadra, muito bem, tanto no subgênero quanto no termo (aproveitem e leiam esta obra. É importante para entendermos – por incrível que possa parecer – nosso mundo atual).
SPACE OPERA – É um gênero mal definido. Geralmente envolve viagens interplanetárias, vários romances/filmes sequenciais, personagens recorrentes, guerras e temas épicos. Star Wars é o clássico space opera – tanto cinema quanto nos livros.
STEAMPUNK – Nos mundos steam punk a tecnologia evoluiu de forma diferente do nosso mundo. Diversas máquinas movidas principalmente à vapor dominam o cenário. Tem como inspiração trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Vinte Mil Léguas Submarinas de Jules Verne e A Máquina do Tempo de H.G. Wells, são bons exemplos de ficção Steampunk.
CYBERPUNK – É uma das minhas paixões, um gênero de ficção que reúne os temas de fusão homem-máquina, trans humanismo, fraude eletrônica, realidade virtual e a decadência da sociedade entre outros.
Blade Runner é o clássico absoluto do cinema e seu livro “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (Androides sonham com ovelhas elétricas). Além deste, muitos outros romances de Phillip K. Dick são cyberpunk na essência e no contexto de cada linha. Neuromancer de William Gibson também deve ser considerado leitura obrigatória.
BIOPUNK – Pura combinação de “biotecnologia” e “punk” É uma variação do cyberpunk onde o foco é na engenharia genética, biologia sintética e biotecnologia ao invés de cyber implantes. Também estão presentes temas de eugenia, repressão política e declínio social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi é uma boa escolha de leitura do subgênero.
SUPERHERO – Ainda existe algum debate se o gênero de super-heróis pertence à ficção ou fantasia. O fato é que muitas histórias de super-heróis misturam vários gêneros completamente diferentes como por exemplo em dois opostos as histórias de detetive do Batman e a escala absurda de poder das histórias do Beyonder, Tanus ou Galactus. Todo mundo conhece pelo menos um pouco deste gênero e hoje o cinema é assoberbado em filmes de super-heróis.
Apesar de originalmente ser advindo das HQ’s, o subgênero “superhero” tem começado a se lançar nos romances. Mas há uma forte polêmica na avaliação deste subgênero. Diversos críticos (e autores) não aceitam o subgênero como ficção científica. Há uma citação de Orson Scott Card em seu livro “How to Write Science Fiction and Fantasy” que diz: “A ficção científica é sobre o que poderia e não é, enquanto a fantasia é sobre o que não poderia ser”.
VIAGENS EXTRAORDINÁRIAS – Praticamente baseado nos livros de Júlio Verne, são viagens mirabolantes tais como: “Da Terra à Lua”, “A ilha misteriosa”, “Cinco semanas em um balão”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”.
É um gênero que mistura ficção com aventura. Verne, por exemplo, teve “sua ficção” ancorada no presente. Embora tenha tratado do passado histórico e pré-histórico, e escrito umas poucas narrativas ambientadas no futuro, Verne referia-se ao agora, ao conhecimento fixado pelo homem do século 19. Não importava que falasse de dinossauros ou da Atlântida submersa, sua ficção destilava uma forte sensação do contemporâneo.
FANTASY SCIENCE – É mais um cross over de gêneros, onde existem elementos sci-fi misturados com fantasia como mitologia, magias, etc. Podemos citar “A Princess of Mars” e seu protagonista John Carter como representante desta categoria.
Vale, também, uma leitura de “As Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury. É uma coleção de histórias de ficção vagamente relacionadas retratando a humanidade lutando para fugir de uma potencial guerra nuclear na Terra para tentar encontrar refúgio no planeta vermelho. Muitas das ideias de Bradbury postas adiante nos livros pareciam fantásticas naquela época, mas nos dias modernos os esforços de um dia explorar Marte tapam a visão dos escritores de ficção científica de como seria visitar lá.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas histórias são sobre o fim da terra ou da raça humana. É um gênero muito explorado hoje em dia e pode ser pré ou pós apocalíptico. O motivo do apocalipse pode ser ambiental, guerra, invasão alienígena, pandemias, revolta das máquinas, cósmico, entre outros. Alguns exemplos: O livro de Eli, Presságio, Matrix, O Dia em que a Terra Parou, Eu Sou a Lenda, 2012, Exterminador do Futuro, etc.
Não colocamos todos os subgêneros, para não tornar o post maçante. Temos ainda muitos subgêneros – alguns nem considerados desta forma – que, inclusive, são conflitantes. E ensejam discussões infinitas. Muitas obras são extremamente difíceis de serem enquadradas/classificadas. A ideia do post, foi clarear a visão de – alguns – leitores. É muito importante, este mergulho nas várias formas de ler/escrever/entender de ficção científica.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – de um dos gênios da ficção.
“Estamos saindo a cada instante do momento presente. Nossa existência mental, que é imaterial e não tem dimensões, desloca-se ao longo da Dimensão-Tempo com uma velocidade uniforme, do berço ao túmulo. Da mesma forma que viajaríamos para baixo se começássemos nossa existência cinquenta milhas acima da superfície da terra.
(A máquina do tempo).” HG Wells
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La ficción tiene varios caminos pero un solo destino.
¡Hola a todos! ¿Están bien? Eso espero.
Nuestro post de hoy explorará los diferentes subgéneros de ciencia ficción. Pero antes de eso, escribamos un poco sobre la amplia gama de subcategorías que forman parte de Literatura fantástica. Es importante señalar que LitFan tiene como característica natural la posibilidad de liberar lo imaginario, elemento que da alas a los escritores y permite la expansión continua de este estilo literario. Así, podemos decir que la literatura fantástica “se refiere a lo creado por la imaginación, lo que no existe en la realidad. Es aplicable a un objeto como la literatura, porque en este universo, por más que se intente acercarlo a lo real, se limita a lo fantástico y lo ficcional”. En resumen, esta clase literaria se divide comúnmente en: Ciencia Ficción, que en general narra el impacto de la ciencia en la sociedad literaria creada; Terror, que utiliza elementos de la literatura fantástica para crear el sentimiento de miedo; y la categoría Fantasía, que hace un fuerte uso de elementos mágicos y sobrenaturales en su narrativa. Sin embargo, hay varios subgéneros incluidos entre estas tres categorías, factor que no solo amplía considerablemente el nivel de categorización de la literatura fantástica, sino que también la clasifica de manera más completa.
Volviendo al tema principal. Cuando hablamos de ciencia ficción solemos pensar en robots o naves espaciales, este estereotipo construido por la sociedad, pero hay varios subgéneros de ficción que escapan “levemente” a este patrón. Resumamos cada uno:
HARD SCI-FI: este género consiste en una ficción donde la ciencia se explica en detalle y con precisión científica. Hay un esfuerzo de verosimilitud. En la ciencia ficción dura, los personajes principales suelen ser científicos, ingenieros o astronautas prácticos.
El desarrollo de los personajes suele situarse en un segundo plano, en relación a la exploración de fenómenos astronómicos o físicos, pero algunos autores anticipan la condición humana o la idea de que los individuos tendrán diferentes valores y formas de vida en sociedades futuras, donde Circunstancias tecnológicas y tecnológicas Los cambios económicos han cambiado.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov y Jules Verne son autores famosos de HSF.
SCI-FI MILITAR – Es un subgénero de la ciencia ficción que presenta el uso de tecnología de ciencia ficción, principalmente armas, con fines militares y generalmente personajes principales que son miembros de una organización militar involucrada en actividades militares, generalmente durante una guerra; a veces ocurre en el espacio exterior o en uno o más planetas diferentes. Existe en la literatura, el cómic, el cine y los videojuegos.
Una descripción detallada del conflicto, las tácticas y las armas utilizadas en él, y el papel de un servicio militar y los miembros individuales de esa organización militar forman la base del trabajo típico de ciencia ficción militar. Las historias a menudo usan características de conflictos terrestres actuales o pasados, con países reemplazados por planetas o galaxias de características similares, buques de guerra reemplazados por buques de guerra espaciales y ciertos eventos cambiados para que el autor pueda extrapolar lo que podría haber sucedido.
HG Wells y su “La guerra de los mundos” es un gran escritor y su trabajo en este subgénero.
ROBOT SCI-FI – El género de los robots fue acuñado por el gigante Izaac Azimov y todo lo que se sabe y se inventó sobre los robots hoy se deriva de su trabajo. Varias películas han sido adaptadas de sus obras como Me, Robot y The Bicentennial Man. Otras películas representan muy bien el género como Inteligencia Artificial.
Azimov es el genio / creador que nos involucra fuertemente en este subgénero con su “Yo, Robot”. También tenemos a PK Dick con su “Blade Runner”.
SCI-FI SOCIAL – Es un género de ciencia ficción donde la sociedad humana es extrapolada y criticada y la ciencia ficción sirve más como fondo. Este subgénero “absorbe y discute la antropología” y especula sobre el comportamiento y las interacciones humanas. A menudo, algunos críticos y autores la llaman “distopía”. Pero en mi simple opinión, sigo con el subgénero que abre el tema. Y para la distopía, les traigo la descripción de la buena Wikipedia:
Distopía, cacotopía o antiutopía es cualquier representación o descripción, organizativa o social, cuyo valor represente la antítesis de la utopía o promueva vivir en una “utopía negativa”. El término también se refiere a un lugar, tiempo o estado imaginario en el que uno vive en condiciones de extrema opresión, desesperación o privación. Las distopías se caracterizan generalmente por el totalitarismo o autoritarismo (control opresivo de toda una sociedad), por la anarquía (ruptura social), o por condiciones económicas, poblacionales o ambientales degradadas o empujadas a un extremo u otro. La tecnología se inserta en este contexto como una herramienta de control, por parte del Estado o de las instituciones o corporaciones, o incluso, como una herramienta de opresión. o, por haber escapado al control humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell es un gran ejemplo si encaja muy bien, tanto en el subgénero como en el término (disfruta y lee este trabajo. Es importante que entendamos, por increíble que parezca, nuestro mundo actual).
SPACE OPERA – Es un género mal definido. Por lo general, implica viajes interplanetarios, varias novelas / películas secuenciales, personajes recurrentes, guerras y temas épicos. Star Wars es la clásica ópera espacial, tanto en el cine como en los libros.
STEAMPUNK: en los mundos de steam punk, la tecnología ha evolucionado de manera diferente a nuestro mundo. Varias máquinas accionadas principalmente por vapor dominan la escena. Inspirado en obras de Jules Verne y H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Twenty Thousand Leagues Underwater de Julio Verne y Time Machine de H.G. Wells son buenos ejemplos de ficción Steampunk.
CYBERPUNK – Es una de mis pasiones, un género de ficción que reúne los temas de fusión hombre-máquina, transhumanismo, fraude electrónico, realidad virtual y el declive de la sociedad, entre otros.
Blade Runner es el clásico absoluto del cine y su libro “¿Sueñan los androides con ovejas eléctricas?” (Los androides sueñan con ovejas eléctricas). Además de esto, muchas otras novelas de Phillip K. Dick son cyberpunk en esencia y en el contexto de cada línea. El neuromante de William Gibson también debe considerarse lectura obligatoria.
BIOPUNK – Combinación pura de “biotecnología” y “punk”. Es una variación del cyberpunk donde el enfoque está en la ingeniería genética, la biología sintética y la biotecnología en lugar de los ciberimplantes. También hay temas de eugenesia, represión política y decadencia social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi es una buena opción para leer el subgénero.
SUPERHÉROE – Todavía hay cierto debate sobre si el género de superhéroes pertenece a la ficción o la fantasía. El hecho es que muchas historias de superhéroes mezclan varios géneros completamente diferentes, como las historias de detectives de Batman en dos opuestos y la absurda escala de poder de las historias de Beyonder, Tanus o Galactus. Todo el mundo conoce al menos un poco de este género y hoy el cine está desbordado de películas de superhéroes.
Aunque originalmente provenía de las oficinas centrales, el subgénero “superhéroe” ha comenzado a lanzarse en las novelas. Pero existe una fuerte controversia en la evaluación de este subgénero. Varios críticos (y autores) no aceptan el subgénero como ciencia ficción. Hay una cita de Orson Scott Card en su libro “Cómo escribir ciencia ficción y fantasía” que dice: “La ciencia ficción trata sobre lo que podría y no es, mientras que la fantasía trata sobre lo que no podría ser”.
EXTRAORDINARIOS VIAJES – Prácticamente basados en los libros de Julio Verne, son viajes increíbles como: “De la Tierra a la Luna”, “La isla misteriosa”, “Cinco semanas en un globo”, “Veinte mil leguas de viaje submarino”, “Alrededor del mundo en 80 días” y “Viaje al centro de la tierra”.
Es un género que mezcla ficción con aventura. Verne, por ejemplo, tenía “su ficción” anclada en el presente. Aunque se ocupó del pasado histórico y prehistórico, y escribió algunas narraciones ambientadas en el futuro, Verne se refirió al ahora, al conocimiento fijado por el hombre del siglo XIX, un fuerte sentimiento contemporáneo.
FANTASY SCIENCE – Es más un cruce de géneros, donde hay elementos de ciencia ficción mezclados con fantasía como mitología, magia, etc. Podemos mencionar a “Una princesa de Marte” y su protagonista John Carter como representante de esta categoría.
También vale la pena leer “The Martian Chronicles” de Ray Bradbury. Es una colección de historias de ficción vagamente relacionadas que representan a la humanidad luchando por escapar de una posible guerra nuclear en la Tierra para tratar de encontrar refugio en el planeta rojo. Muchas de las ideas de Bradbury expuestas en los libros parecían fantásticas en ese momento, pero los esfuerzos de hoy en día por explorar Marte oscurecen la visión de los escritores de ciencia ficción sobre cómo sería visitar allí.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas historias tratan sobre el fin de la tierra o la raza humana. Es un género muy explorado en la actualidad y puede ser pre o post apocalíptico. La razón del apocalipsis puede ser ambiental, guerra, invasión alienígena, pandemias, revuelta de máquinas, cósmica, entre otras. Algunos ejemplos: el libro de Eli, Omen, Matrix, The Day the Earth Stood Still, I Am the Legend, 2012, Terminator, etc.
No ponemos todos los subgéneros, para no aburrir la publicación. Todavía tenemos muchos subgéneros, algunos ni siquiera considerados de esta manera, que incluso son conflictivos. Y dar lugar a interminables discusiones. Muchas obras son extremadamente difíciles de clasificar. La idea de la publicación era aclarar la visión de algunos lectores. Es muy importante sumergirse en las diversas formas de leer / escribir / entender la ciencia ficción.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- de uno de los genios de la ficción.
“Estamos dejando cada momento del momento presente. Nuestra existencia mental, que es inmaterial y no tiene dimensiones, se mueve a lo largo de la Dimensión-Tiempo con velocidad uniforme, desde la cuna hasta la tumba. De la misma manera que viajaríamos hacia abajo si comenzáramos nuestra existencia a cincuenta millas sobre la superficie de la tierra.
(La máquina del tiempo). ” HG Wells
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Um mundo bruto e dividido – A pura visão de Aldous Huxley.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS espera trazer um tema polêmico e impactante.
Hoje o blog traz um pouco da obra do britânico Aldous Huxley.
Antes de mais nada, as devidas apresentações. Aldous Leonard Huxley nasceu em Godalming, Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894. Filho de um professor e escritor e neto de um famoso naturalista, Huxley cresceu em um ambiente cercado pela vasta elite intelectual. Estudou no Eton College, mas foi obrigado a abandonar os estudos por causa de uma doença nos olhos que o deixou quase cego. Mais tarde, recuperado da visão, voltou aos estudos. Em 1913 ingressou no Balliol College em Oxford, obtendo a licenciatura em Literatura Inglesa em 1915.
Huxley fez várias viagens para manter contato com a intelectualidade europeia. Esteve em Paris e em seguida residiu na Itália. Em 1937, mudou-se para os Estados Unidos, esteve na Califórnia e no ano seguinte foi para Hollywood, onde passou a escrever roteiros para o cinema. Em seguida, começou sua época mística. Em 1941 aproximou-se da literatura religiosa da Índia. A partir de 1950, iniciou mais uma nova etapa de sua vida, agora relacionada com as drogas, quando fez uso dos alucinógenos mescalina e LSD, para expandir a consciência e descobrir novos horizontes do pensamento humano.
Em 1960, Huxley foi diagnosticado com um câncer de laringe. Sua experiência com drogas psicodélicas foi tão marcante que ele planejou deixar a vida em uma viagem de LSD. Com a ajuda de sua mulher Laura, depois de três anos lutando contra a doença e às portas da morte, pediu para lhe injetar diversas doses de LSD. Em uma carta endereçada ao irmão de Huxley, Laura relata como foi a morte do marido sob o efeito do ácido.
Bem, não é a primeira vez (e nem será a última) que o PHANTASTICUS fala sobre Huxley. Em 20 de setembro de 2015, no post “O Mundo criado por Aldous Huxley” o blog trazia um pouco sobre este gênio. Se quiserem dar uma relembrada, segue o “caminho”:
E o blog vai voltar a falar da principal obra de Huxley: “Brave New World” (Admirável Mundo Novo). BNW é um romance distópico de ficção científica, escrito em 1931 e publicado em 1932. É em grande parte ambientado em um Estado Mundial futurista, cujos cidadãos são ambientalmente construídos em uma hierarquia social baseada em inteligência – o romance antecipa enormes avanços científicos na área reprodutiva tecnologia, aprendizagem durante o sono, manipulação psicológica e condicionamento clássico que se combinam para formar uma sociedade distópica que é desafiada por um único indivíduo: o protagonista da história.
O romance começa na cidade estadual mundial de Londres em AF (After Ford) 632 (AD 2540 no calendário gregoriano), onde os cidadãos são projetados por meio de úteros artificiais e programas de doutrinação infantil em classes predeterminadas (de uma forma menos sútil: castas) com base na inteligência e no trabalho.
O Estado Mundial é construído sobre os princípios da linha de montagem de Henry Ford: produção em massa, homogeneidade, previsibilidade e consumo de bens de consumo descartáveis. Embora o Estado Mundial não tenha religiões baseadas no sobrenatural, o próprio Ford é reverenciado como o criador de sua sociedade, mas não como uma divindade, e os personagens celebram o Dia de Ford e fazem juramentos em seu nome (por exemplo, “Por Ford!”). Nesse sentido, estão presentes alguns fragmentos da religião tradicional, como as cruzes cristãs, que tiveram seus topos cortados para serem trocados por um “T”, representando o Ford Modelo T. O calendário do Estado Mundial enumera os anos na era “AF” – “Anno Ford” – com o calendário começando em 1908 DC, o ano em que o primeiro Modelo T de Ford saiu de sua linha de montagem. O ano do calendário gregoriano do romance é 2540 DC, mas é referido no livro como AF 632.
Ponto de observação: Henry Ford, que se tornou uma figura messiânica para o Estado Mundial. “Nosso Ford” é usado no lugar de “Nosso Senhor”, como um crédito para popularizar o uso da linha de montagem. Muito da descrição dada por Huxley para Ford como uma figura central no surgimento do Admirável Mundo Novo também pode ser uma referência à utópica cidade industrial de Fordlândia encomendada pela Ford em 1927. (esta observação vem de muitas especulações históricas).
Outro ponto: Sigmund Freud, “Nosso Freud” às vezes é dito no lugar de “Nosso Ford” porque o método psicanalítico de Freud depende implicitamente das regras do condicionamento clássico. E porque Freud popularizou a ideia de que a atividade sexual é essencial para a felicidade humana. (vale ressaltar que está fortemente implícito nas linhas de BNW que os cidadãos do Estado Mundial acreditam que Freud e Ford sejam a mesma pessoa.)
Nesta sociedade utópica, existem cinco castas: alfa, beta, gama, delta e epsilon. Estas castas ainda se subdividem em “mais e menos”, classificando as pessoas como alfa mais ou beta menos por exemplo. Como mostramos há algumas linhas, nesta sociedade do futuro, nenhum humano é concebido por meio de relações sexuais, todos são gerados em laboratórios e centros que cuidarão de todo o seu desenvolvimento e condicionamento. Curiosamente a concepção tradicional provoca repulsa em todas as pessoas e qualquer gravidez resulta em um aborto autorizado e recomendado pelo governo.
Durante o período de gestação, os embriões viajam em garrafas ao longo de uma correia e são transportados através de um edifício de fábrica e são condicionados a pertencer a uma das cinco castas: Alpha, Beta, Gama, Delta ou Epsilon. Os embriões Alpha estão destinados a se tornarem líderes e pensadores do Estado Mundial. As castas Beta e Gama nascem para serem condicionadas a serem um pouco física e intelectualmente capaz. Os Deltas e os Epsilons nascem atrofiados por falta de oxigênio e de tratamentos químicos e estão destinados ao trabalho mais duro; são resistentes à poluição e fisicamente mais fortes e marginalizados.
As castas mais altas (os alfa mais) são aqueles que gozam das maiores regalias, mantidas às custas do trabalho das castas inferiores. O consumo é estimulado e qualquer forma de reaproveitamento é rejeitada, assim como o conceito de família e de privacidade. Esta sociedade cultua a beleza, a vaidade e a juventude, de modo que, através da medicina e da manipulação genética e biológica, o envelhecimento externo do corpo humano é evitado até a morte. A expectativa de vida é baixa e devido às interferências da medicina as pessoas morrem com um aspecto aparentemente jovial. Os relacionamentos são meras convenções sociais, pautados pela poligamia e pela completa ausência de afeto, amor ou paixão.
Nota: O ponto primordial para entendermos essa estranha sociedade – criada por Huxley – é o condicionamento ao qual todos os seres humanos são submetidos, que determina a identidade, a casta, o comportamento, ideologias, preferência e até mesmo parte do pensamento de todos. Pense bem! Existem várias formas de condicionamento mental. Avalie a nossa volta o que é “proposto” e sinta. Sinta e pense.
A “modelagem” psicológica também ocorre muito cedo. Através de gravações incessantes cheias de determinações durante o sono, treinamentos e testes, as crianças se desenvolvem de forma padronizada para atender as necessidades sociais. Em um destes treinamentos, bebês recebem eletrochoque quando tocam livros, posicionados estrategicamente ao seu alcance. Este teste é repetido inúmeras vezes até que os bebês associem que livros são algo ruim, e desta forma não se interessarão em ler no futuro qualquer coisa diferente do determinado. O conhecimento e a sabedoria são rechaçados, assim como a história, cultura e arte do passado. Tudo que não é fruto da “criação fordiana” é atacado.
Na sociedade utópica de BNW, não existem as drogas lícitas que conhecemos como o cigarro e a bebida. No entanto, as pessoas contam com uma droga ainda mais poderosa: o SOMA.
Criado para não provocar o mal estar após consumo, (assim como a bebida provoca ressaca), o SOMA representa não apenas uma evasão da realidade, mas também uma forma de manipulação extremamente eficaz. Além de provocar bem estar físico e alucinações, o SOMA é utilizado para controlar a sociedade: as castas inferiores recebem uma pequena ração da droga ao fim de cada dia de trabalho, o que faz com que trabalhem cegamente para a manutenção do vício. Por outro lado, as castas mais altas recebem o SOMA livremente e toda vez que um ou outro começa a pensar livremente de forma contrária ao sistema a droga é consumida, voluntariamente ou de forma obrigatória.
Dentre todos os personagens, o livro destaca a história de Bernard Marx, que apesar de pertencer à elite genética, por um defeito durante a sua gestação acabou saindo diferente dos demais. Diante disso, o homem acaba por se sentir excluído, rebelando-se contra o sistema pelo qual se sente injustiçado. Mas, sem spoilers, vocês devem buscar o livro. Vale a pena.
As previsões de Huxley em BNW são impressionantes. Vejam algumas:
Reprodução Humana (Fertilização in vitro) – Para se ter dimensão da história da fertilização in vitro, o primeiro bebê de proveta nasceu em 1978, mais de 40 anos depois que o autor escreveu o seu livro de ficção científica.
Manipulação genética – A sociedade hipotética e científica de Huxley, além da reprodução in vitro, manipulava geneticamente os embriões para que os bebês nascessem com características pré-determinadas, de acordo com a sua casta. Dessa forma, toda a hereditariedade era cuidadosamente selecionada a partir do uso de gametas de homens e mulheres padronizados. Hoje em dia a comunidade científica mundial tem passado por uma série de debates sobre a ética da manipulação genética. Nos últimos anos, a possibilidade de manipular geneticamente seres humanos se tornou realidade, e, apesar de todo o embate dos pesquisadores sobre o tema, no ano passado cientistas chineses criaram embriões humanos geneticamente modificados.
Programação Neurolinguística – Durante seu desenvolvimento, os habitantes de BNW passavam por treinamentos para condicionar seus pensamentos. De acordo com sua casta, diariamente os personagens recebiam informações para que desenvolvessem consciência sobre como deveriam ser e agir. É evidente que a comparação entre o método de condicionamento do universo de Huxley e o desenvolvimento da Programação Neurolinguística (ou PNL) se diferem em uma série de questões, mas é bastante interessante perceber que o autor foi capaz de prever métodos capazes de modificar comportamentos através de modelos mentais.
Apesar de ter sido escrito há mais de 80 anos, Admirável Mundo Novo se mostra, em muitos momentos, extremamente atual, levantando questionamentos sobre a vida contemporânea e sobre os desafios para o futuro da humanidade. Com personagens complexos, a narrativa envolve o leitor em um universo hipotético, mas passível de diversas comparações com todas as mudanças pelas quais o mundo tem passado ao longo das últimas décadas.
Toda a sociedade do Estado Mundial gira em torno da economia e da diversão. Os processos de produção, até onde entendi, são uma espécie de linha de montagem semelhante à Ford. O trabalho das pessoas é o dia inteiro e, à noite, dedicam-se aos sentidos, como jogar golfe eletromagnético ou fazerem sexo recreativo. As amizades são superficiais e não há relações familiares.
Um dos pontos mais profundos nos quais se baseia a obra é o conceito de história. As pessoas não têm um conhecimento do passado, de modo que elas não serão capazes de comparar o presente com qualquer coisa que possa vir a mudar o momento. Outro ponto importante é que as pessoas não devem ter emoções. A felicidade cega é necessária para a estabilidade. E para alcançar a felicidade, é dever renunciar à ciência, da arte, da religião e de outras tantas coisas que valorizamos no mundo real. Uma das coisas que garantem essa felicidade é a droga chamada SOMA, que acalma o indivíduo alterando a sua sensibilidade, mas sem deixá-lo de ressaca.
Aldous Huxley predisse em 1932 uma raça humana que, no ano de 2540, seria destruída pela ignorância, teria um desejo constante de entretenimento, teria o domínio da tecnologia e uma superabundância de bens materiais. E… Estaríamos vivendo hoje um “Admirável Mundo Novo” antecipado? Com as redes sociais ocupando diariamente a vida das pessoas, podemos observar que o conhecimento está sendo substituído por um fenômeno novo, que são os memes, gostos, twitters, seguidores e a quantidade de curtidas que você recebe? Que palavras (e até frases inteiras) são substituídas por emojis? “O que amamos um dia nos destruirá”, disse Aldous Huxley. A raça humana, segundo o autor, será destruída pela ignorância, um desejo constante de entretenimento, o domínio da tecnologia e uma abundância de bens materiais.
Contundente e profético. Aldous Huxley escreveu “Admirável Mundo Novo”, com uma forte visão pessimista do futuro e uma crítica feroz do culto positivista à ciência, num momento em que as consequências sociais da grande crise de 1929 afetavam em cheio as sociedades ocidentais, e em que a crença no progresso e nos regimes democráticos parecia vacilar. Publicado antes da chegada de Hitler ao poder na Alemanha (1933), BNW denuncia a perspectiva “de pesadelo” de uma sociedade totalitária fascinada pelo progresso científico e convencida de poder oferecer a seus cidadãos uma felicidade obrigatória. Apresenta a visão alucinada de uma humanidade desumanizada pelo condicionamento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov foi um fisiologista russo conhecido principalmente pelo seu trabalho no condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904) e pelo prazer ao alcance de uma pílula (o “SOMA”). Num mundo horrivelmente perfeito, a sociedade decide totalmente, com fins eugenistas e produtivistas, a sexualidade da procriação. Hoje, vemos políticos vandalizarem nossa compreensão da realidade. Um bom exemplo, as recentes eleições americanas. Será que estamos entrando no “Admirável Mundo Novo”. Nove décadas depois, este livro (tão atual) vem para alertar que sociedades de controle podem apoiar-se, além da repressão, na tecnologia e culto do “progresso”. Estamos vivendo aquilo que chamamos do “pós-fato”, que é um mecanismo de enfrentamento para os comentaristas que reagem aos ataques não apenas a quaisquer fatos, mas também aos que são centrais ao sistema e crenças. Uma coisa tenho como certa: existem muitas coincidências entre o ano de 2540 e os dias de hoje.
A leitura de “Admirável Mundo Novo” alerta contra todas estas agressões. Sem esquecer as manipulações midiáticas. Este romance também pode ser visto como uma sátira muito pertinente da nova sociedade delirante que está sendo construída hoje, em nome da “modernidade” ultraliberal. Pessimista e sombrio, o futuro visto por Aldous Huxley serve de advertência e anima, na época das manipulações genéticas e da clonagem, a vigiar de perto os progressos científicos atuais e seus potenciais efeitos destrutivos.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos animais, mas também é pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos.” Aldous Huxley
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Un mundo crudo y dividido: la visión pura de Aldous Huxley.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS espera sacar a relucir un tema controvertido e impactante.
Hoy el blog trae un poco del trabajo del británico Aldous Huxley.
En primer lugar, las presentaciones adecuadas. Aldous Leonard Huxley nació en Godalming, Inglaterra, el 26 de julio de 1894. Hijo de un profesor y escritor y nieto de un famoso naturalista, Huxley creció en un entorno rodeado por la vasta élite intelectual. Estudió en Eton College, pero se vio obligado a abandonar la escuela debido a una enfermedad ocular que lo dejó casi ciego. Más tarde, recuperado de su visión, volvió a sus estudios. En 1913 ingresó en Balliol College en Oxford, obteniendo un título en Literatura Inglesa en 1915.
Huxley realizó varios viajes para mantenerse en contacto con los intelectuales europeos. Estuvo en París y luego residió en Italia. En 1937 se mudó a Estados Unidos, estuvo en California y al año siguiente se fue a Hollywood, donde comenzó a escribir guiones para el cine. Entonces comenzó su edad mística. En 1941 se acercó a la literatura religiosa de la India. A partir de 1950 inició otra nueva etapa de su vida, ahora relacionada con las drogas, cuando hizo uso de los alucinógenos mescalina y LSD, para expandir la conciencia y descubrir nuevos horizontes del pensamiento humano.
En 1960, a Huxley le diagnosticaron cáncer de laringe. Su experiencia con las drogas psicodélicas fue tan notable que planeó dejar su vida en un viaje con LSD. Con la ayuda de su esposa Laura, después de tres años de luchar contra la enfermedad y al borde de la muerte, pidió inyectarle varias dosis de LSD. En una carta dirigida al hermano de Huxley, Laura habla de la muerte de su esposo por el ácido.
Bueno, no es la primera vez (ni será la última) que PHANTASTICUS habla de Huxley. El 20 de septiembre de 2015, en el post “El mundo admirable creado por Aldous Huxley”, el blog traía un poco sobre este genio. Si quieres dar un recordatorio, sigue el “camino”:
Y el blog volverá a hablar sobre el trabajo principal de Huxley: “Un mundo feliz”. BNW es una novela de ciencia ficción distópica, escrita en 1931 y publicada en 1932. Está ambientada en gran parte en un estado mundial futurista, cuyos ciudadanos están construidos ambientalmente sobre una jerarquía social basada en la inteligencia: la novela anticipa enormes avances científicos en el campo de la tecnología reproductiva. , aprendizaje durante el sueño, manipulación psicológica y condicionamiento clásico que se combinan para formar una sociedad distópica que es desafiada por un solo individuo: el protagonista de la historia.
La novela comienza en la ciudad estatal mundial de Londres en AF (Después de Ford) 632 (AD 2540 en el calendario gregoriano), donde los ciudadanos se proyectan a través de úteros artificiales y programas de adoctrinamiento infantil en clases predeterminadas (de una manera menos sutil: castas) basadas en sobre inteligencia y trabajo.
The World State se basa en los principios de la línea de montaje de Henry Ford: producción en masa, homogeneidad, previsibilidad y consumo de bienes de consumo desechables. Aunque el Estado Mundial no tiene religiones basadas en lo sobrenatural, el propio Ford es venerado como el creador de su sociedad, pero no como una deidad, y los personajes celebran el Día de Ford y hacen juramentos en su nombre (por ejemplo, “¡Por Ford! “). En este sentido, algunos fragmentos de la religión tradicional están presentes, como las cruces cristianas, a las que se les cortó la parte superior para ser intercambiadas por una “T”, que representa el Ford Modelo T. El calendario estatal mundial enumera los años en el ” AF “era -” Anno Ford “- con el calendario a partir de 1908 DC, el año en que el primer Modelo T de Ford salió de su línea de montaje. El año del calendario gregoriano de la novela es el 2540 d.C., pero en el libro se hace referencia a él como AF 632.
Punto de observación: Henry Ford, quien se convirtió en una figura mesiánica para el Estado mundial. “Nuestro Ford” se utiliza en lugar de “Nuestro Señor” como crédito para popularizar el uso de la línea de montaje. Gran parte de la descripción que hace Huxley de Ford como una figura central en el surgimiento del Un mundo feliz también puede ser una referencia a la ciudad industrial utópica de Fordlandia encargada por Ford en 1927 (esta observación proviene de muchas especulaciones históricas).
Otro punto: Sigmund Freud, “Nuestro Freud” se dice a veces en lugar de “Nuestro Ford” porque el método psicoanalítico de Freud depende implícitamente de las reglas del condicionamiento clásico. Y porque Freud popularizó la idea de que la actividad sexual es esencial para la felicidad humana. (Vale la pena mencionar que está fuertemente implícito en las líneas de BNW que los ciudadanos del Estado Mundial creen que Freud y Ford son la misma persona).
En esta sociedad utópica, hay cinco variedades: alfa, beta, gamma, delta y épsilon. Estas variedades se subdividen en “más y menos”, clasificando a las personas como al hacer más o beta menos, por ejemplo. Como hemos mostrado hay algunas líneas, en esta sociedad del futuro ningún ser humano se concibe a través de las relaciones sexuales, todas se generan en laboratorios y centros que se encargarán de todo su desarrollo y acondicionamiento. Curiosamente, la concepción tradicional causa repugnancia en todas las personas y cualquier embarazo resulta en un aborto autorizado y recomendado por el gobierno.
Durante el período de gestación, los embriones viajan en botellas a lo largo de un cinturón y son transportados a través de un edificio de la fábrica y están acondicionados para pertenecer a una de las cinco variedades: Alpha, Beta, Gamma, Delta o Epsilon. Los embriones alfa están destinados a convertirse en líderes y pensadores del Estado Mundial. Las variedades Beta y Gama nacen para ser acondicionadas para ser un poco capaces física e intelectualmente. Los deltas y los épsilones nacen atrofiados debido a la falta de oxígeno y tratamientos químicos y están destinados a trabajar más duro; son resistentes a la contaminación y físicamente más fuertes y marginados.
Las castas superiores (las más alfa) son las que disfrutan de las mayores ventajas, mantenidas a expensas del trabajo de las castas inferiores. Se fomenta el consumo y se rechaza cualquier forma de reutilización, así como el concepto de familia y privacidad. Esta sociedad adora la belleza, la vanidad y la juventud, por lo que, mediante la medicina y la manipulación genética y biológica, se previene el envejecimiento externo del cuerpo humano hasta la muerte. La esperanza de vida es baja y debido a la interferencia de la medicina, las personas mueren con un aspecto aparentemente juvenil. Las relaciones son meras convenciones sociales, guiadas por la poligamia y la ausencia total de afecto, amor o pasión.
Nota: El punto principal para que entendamos esta extraña sociedad – creada por Huxley – es el condicionamiento al que están sometidos todos los seres humanos, que determina su identidad, casta, comportamiento, ideologías, preferencias e incluso parte del pensamiento de todos. ¡Piensa cuidadosamente! Hay varias formas de condicionamiento mental. Evaluar a nuestro alrededor lo que se “propone” y sentir. Siente y piensa.
El “modelado” psicológico también ocurre muy temprano. A través de incesantes grabaciones llenas de determinaciones durante el sueño, el entrenamiento y las pruebas, los niños se desarrollan de manera estandarizada para satisfacer las necesidades sociales. En uno de estos entrenamientos, los bebés reciben descargas eléctricas cuando tocan libros, colocados estratégicamente al alcance de la mano. Esta prueba se repite infinidad de veces hasta que los bebés asocian que los libros son algo malo, y por tanto no les interesará leer nada más que lo que se determine en el futuro. Se rechazan el conocimiento y la sabiduría, así como la historia, la cultura y el arte del pasado. Todo lo que no es el resultado de la “creación fordiana” es atacado.
En la sociedad utópica de BNW, no existen drogas legales que conocemos como cigarrillos y bebidas. Sin embargo, las personas dependen de una droga aún más poderosa: SOMA.
Creado para no causar molestias después del consumo (al igual que beber provoca resaca), SOMA representa no solo un escape de la realidad, sino también una forma de manipulación extremadamente efectiva. Además de provocar bienestar físico y alucinaciones, el SOMA se utiliza para controlar la sociedad: las castas inferiores reciben una pequeña ración de la droga al final de cada jornada laboral, lo que les hace trabajar a ciegas para mantener su adicción. Por otro lado, las castas más altas reciben SOMA libremente y cada vez que uno u otro comienza a pensar libremente en contra del sistema, la droga es consumida, voluntaria u obligatoriamente.
Entre todos los personajes, el libro destaca la historia de Bernard Marx, quien a pesar de pertenecer a la élite genética, por un defecto durante su embarazo terminó saliendo diferente a los demás. Ante esto, el hombre acaba sintiéndose excluido, rebelándose contra el sistema por el que se siente agraviado. Pero, sin spoilers, deberías hacerte con el libro. Vale la pena.
Las predicciones de Huxley en BNW son impresionantes. A continuación, presentamos algunos:
Reproducción humana (fertilización in vitro): para tener una dimensión de la historia de la fertilización in vitro, el primer bebé probeta nació en 1978, más de 40 años después de que el autor escribiera su libro de ciencia ficción.
Manipulación genética – La sociedad hipotética y científica de Huxley, además de la reproducción in vitro, manipulaba genéticamente embriones para que los bebés nacieran con características predeterminadas, según su casta. De esta manera, toda la herencia se seleccionó cuidadosamente a partir del uso de gametos de hombres y mujeres estandarizados. En la actualidad, la comunidad científica mundial ha atravesado una serie de debates sobre la ética de la manipulación genética. En los últimos años, la posibilidad de manipular genéticamente a los seres humanos se ha convertido en una realidad y, a pesar de todo el choque de investigadores sobre el tema, el año pasado científicos chinos crearon embriones humanos modificados genéticamente.
Programación neurolingüística – Durante su desarrollo, los habitantes de BNW pasaron por capacitaciones para condicionar sus pensamientos. Según su casta, a diario los personajes recibían información para que tomaran conciencia de cómo debían ser y actuar. Es evidente que la comparación entre el método de condicionamiento del universo de Huxley y el desarrollo de la Programación Neurolingüística (o PNL) difiere en una serie de preguntas, pero es bastante interesante notar que el autor fue capaz de predecir métodos capaces de modificar comportamientos a través de de modelos mentales.
A pesar de haber sido escrito hace más de 80 años, “Un mundo feliz” es, en muchos momentos, extremadamente actual, planteando interrogantes sobre la vida contemporánea y sobre los desafíos para el futuro de la humanidad. Con personajes complejos, la narrativa engancha al lector en un universo hipotético, pero sujeto a diferentes comparaciones con todos los cambios que ha ido atravesando el mundo en las últimas décadas.
Toda la sociedad del Estado Mundial gira en torno a la economía y el entretenimiento. Los procesos de producción, hasta donde tengo entendido, son una especie de línea de montaje similar a Ford. La gente trabaja todo el día, y por la noche, se dedica a los sentidos, como jugar golf electromagnético o practicar sexo recreativo. Las amistades son superficiales y no hay relaciones familiares.
Uno de los puntos más profundos en los que se basa el trabajo es el concepto de historia. Las personas no tienen conocimiento del pasado, por lo que no podrán comparar el presente con nada que pueda cambiar el momento. Otro punto importante es que la gente no debería tener emociones. La felicidad ciega es necesaria para la estabilidad. Y para alcanzar la felicidad, es necesario renunciar a la ciencia, el arte, la religión y muchas otras cosas que valoramos en el mundo real. Una de las cosas que garantizan esta felicidad es la droga llamada SOMA, que calma al individuo cambiando su sensibilidad, pero sin dejarlo con resaca.
Aldous Huxley predijo en 1932 una raza humana que, en el año 2540, sería destruida por la ignorancia, tendría un deseo constante de entretenimiento, tendría dominio de la tecnología y una sobreabundancia de bienes materiales. Y … ¿Estaríamos viviendo en un anticipado “Un mundo feliz” hoy? Con las redes sociales ocupando la vida de las personas a diario, ¿podemos observar que el conocimiento está siendo reemplazado por un nuevo fenómeno, que son los memes, los gustos, los twitters, los seguidores y la cantidad de me gusta que recibes? ¿Qué palabras (e incluso oraciones completas) se reemplazan por emojis? “Lo que amamos algún día nos destruirá”, dijo Aldous Huxley. La raza humana, según el autor, será destruida por la ignorancia, el deseo constante de entretenimiento, el dominio de la tecnología y la abundancia de bienes materiales.
Corto y profético. Aldous Huxley escribió “Un mundo feliz”, con una fuerte visión pesimista del futuro y una feroz crítica del culto positivista a la ciencia, en un momento en que las consecuencias sociales de la gran crisis de 1929 estaban afectando a las sociedades occidentales y en la que la creencia en el progreso y en los regímenes democráticos pareció flaquear. Publicado antes de que Hitler llegara al poder en Alemania (1933), BNW denuncia la perspectiva de “pesadilla” de una sociedad totalitaria fascinada por el progreso científico y convencida de poder ofrecer a sus ciudadanos una felicidad obligatoria. Presenta la visión alucinada de una humanidad deshumanizada por el condicionamiento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov fue un fisiólogo ruso conocido principalmente por su trabajo en el condicionamiento clásico. Fue galardonado con el Premio Nobel de Fisiología o Medicina en 1904) y por el placer de tomar una pastilla ( la “SUMA”). En un mundo horriblemente perfecto, la sociedad decide totalmente, con fines eugenésicos y productivistas, la sexualidad de la procreación. Hoy, vemos a los políticos vandalizando nuestra comprensión de la realidad. Un buen ejemplo, las recientes elecciones estadounidenses. ¿Estamos entrando en el “mundo feliz”? Nueve décadas después, este libro (tan actual) llega a advertir que las sociedades de control pueden apoyarse, además de la represión, en la tecnología y el culto al “progreso”. Estamos experimentando lo que llamamos el “post-hecho”, que es un mecanismo de afrontamiento para los comentaristas que reaccionan a los ataques no solo sobre cualquier hecho, sino también sobre aquellos que son fundamentales para el sistema y las creencias. Una cosa que doy por sentada: hay muchas coincidencias entre el año 2540 y la actualidad.
La lectura de “Un mundo feliz” advierte contra todas estas agresiones. Sin olvidar las manipulaciones mediáticas. Esta novela también puede verse como una sátira muy pertinente de la nueva sociedad delirante que se construye hoy, en nombre de la “modernidad” ultraliberal. Pesimista y lúgubre, el futuro visto por Aldous Huxley sirve de advertencia y animación, en el momento de la manipulación genética y clonación, para seguir de cerca el progreso científico actual y sus posibles efectos destructivos.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Las palabras nos han permitido elevarnos por encima de los animales, pero también es a través de las palabras que a menudo descendemos al nivel de los seres demoníacos”. Aldous Huxley
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Leer la publicación, leer los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A variante da ficção vista pela espionagem.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS vai explorar um pouco da ficção de espionagem.
A ficção de espionagem, por vezes conhecida como thriller político, surgiu antes da Primeira Guerra Mundial, ao mesmo tempo que os primeiros serviços de inteligência. Desde a sua criação tem gozado de grande preferência do público, cujo interesse só diminuiu após a guerra fria e a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989. No entanto, o terrorismo e os ataques de 11 de setembro de 2001 mais uma vez canalizaram o interesse para o gênero.
O desenvolvimento da espionagem moderna e sua reflexão literária correspondem aos séculos 19 e 20, quando foram criadas as primeiras agências de informação, contraespionagem e intoxicação: a Okhrana russa, predecessora da tcheca, a soviética NKVD, GRU e KGB, foram criadas em 1881; o Deuxième Bureau francês, predecessor da DGSE, em 1871; o MI5 e o MI6 britânicos em 1909; Várias agências americanas já existiam no século 19, mas o OSS e a CIA modernos que os unificaram foram fundados na primeira metade do século 20 e o Shin Bet ou Shabak levou ao seu sucessor, o Mosad israelense, em 1949. O Abwehr foi o serviço de inteligência alemã durante a Segunda Guerra Mundial; Foi sucedido pelo BND na Alemanha Ocidental e pela Stasi na Alemanha Oriental.
Hoje o post vai trazer um pouco de luz sobre o escritor Thomas Leo Clancy Jr e sua obra. Tom Clancy é considerado o inventor do “techno-thriller”, um gênero híbrido literário que funde ação e aventura militar, ficção de espionagem e ficção científica com realismo social, incluindo uma quantidade desproporcionada de detalhes técnicos. O seu nome também é usado por escritores fantasma para argumentos de filmes, livros não-fictícios sobre temas militares e videojogos. A carreira literária de Clancy começou em 1984 quando publicou “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Daí foi uma sequência de livros (e sucessos).
Nota: O autor, também, é popular entre fãs de videogames graças aos jogos inspirados em suas obras. Rainbow Six e Ghost Recon são alguns deles.
Em 1996, Clancy fundava a Red Storm Entertainment – produtora de jogos, posteriormente comprada pela Ubisoft.
Tom Clancy publicou mais de sessenta livros. Dezessete dos seus romances foram sucessos de venda e tem mais de 100 milhões de cópias dos seus livros em impressão.
Tom foi o criador do personagem Jack Ryan que faz muito sucesso – nos livros, cinema e streaming. Jack apareceu pela primeira vez no livro “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Este foi o “pontapé inicial” para o universo criado por Clancy. Jack Ryan era filho de um detetive da polícia de Baltimore e de uma enfermeira. Ryan é um ex-fuzileiro naval dos EUA e corretor da bolsa que se torna professor de história na Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se junta à Agência Central de Inteligência como analista e oficial de campo ocasional, deixando-o como Diretor Adjunto. Mais tarde, ele serviu como assessor de segurança nacional e vice-presidente antes de se tornar repentinamente presidente dos Estados Unidos após um ataque terrorista no Capitólio dos Estados Unidos. Ryan cumpriu dois mandatos não consecutivos e lidou principalmente com crises internacionais na Europa, Oriente Médio, Ásia e África.
O personagem Jack Ryan foi adaptado para o cinema/televisão e foi interpretado pelos atores: Alec Baldwin em “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho) (1990); Harrison Ford em “Patriot Games” (Jogos Patrióticos) (1992) e “Clear and Present Danger” (Perigo Real e Imediato) (1994); Ben Affleck em “The Sum of All Fears” (A Soma de Todos os Medos) (2002); Chris Pine em “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operação Sombra) (2014) e John Krasinski na série televisiva “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tinha uma visão política contundente e era considerado um apoiador da direita conservadora. Clancy dedicou livros a figuras políticas conservadoras americanas, principalmente Ronald Reagan. Ele doou mais de US$237.000 para os candidatos do partido Republicano entre 1994 e 2006. Uma semana após os ataques de 11 de Setembro, Clancy acusou a esquerda liberal de ser parcialmente culpada pelos atentados em razão do enfraquecimento da CIA influenciado por congressistas dos Democratas americanos. em suas próprias palavras: “A CIA foi desmembrada por congressistas da esquerda que não gostam de operações de inteligência. E como resultado (…) indireto disso, nós perdemos 5,000 civis semana passada”.
Seu livro “Debt of Honor” (Dívida de Honra) publicado em 1994, nos traz o governo japonês (controlado por um grupo de magnatas corporativos conhecidos como Zaibatsu) vai para a guerra contra os Estados Unidos. Este livro incluía um cenário em que um piloto de avião japonês descontente bate um Boeing 747 abastecido na cúpula do Capitólio dos EUA durante um discurso do presidente em uma sessão conjunta do Congresso, matando o presidente e a maior parte do Congresso. Não precisa muito esforço para perceber que algumas estratégias usadas no livro, contra os EUA, foram usadas (na vida real) no 11 de Setembro pela Al-Qaïda. Foi uma “previsão” do escritor ou o livro foi utilizado como “manual de instruções”?
Seu último romance, “Command Authority”, coescrito com Mark Greaney, foi publicado em 3 de dezembro de 2013. É a última grande obra de ficção de Clancy e foi lançado postumamente dois meses após sua morte. O livro estreou como número um na lista de bestsellers do “New York Times”.
Mas… Um dia tudo acaba. Clancy morreu na noite de terça-feira, dia 1º de Outubro de 2013, em um hospital de Baltimore, nos Estados Unidos. A causa da morte foi insuficiência cardíaca. Clancy já vinha sofrendo de problemas cardíacos há algum tempo: “Cinco ou seis anos atrás”, disse seu médico. Tom sofreu um ataque cardíaco e passou por uma cirurgia de ponte de safena. até que acabou tendo outro ataque cardíaco. Seu coração simplesmente se esgotou.
Clancy tinha uma visão aguda sobre as relações internacionais – foi seu grande mote artístico – e suas obras deixam-nos com um quê de preocupação. Afinal, por vezes, a vida imita a arte e o “impossível” acontece. Numerosos estudiosos examinaram as dimensões políticas dos livros de Clancy, especialmente no contexto da Guerra Fria. Para vários deles, a obra de Clancy reforça representações populares dos valores da Guerra Fria da era Reagan. Eles refletem as percepções populares do comportamento soviético e os valores de segurança nacional predominantes da era Reagan. Eles também perpetuam mitos sobre o passado americano e reforçam os símbolos, imagens, lições históricas que dominaram o discurso da Guerra Fria.
E é isso. Controvertido, polêmico, visionário e muitos outros tantos adjetivos. Tom Clancy nos deixa um legado importante – que pode ser entendido de diversas formas. Mas que não deixa de ser importante.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“Nada é tão real como um sonho e, se você for atrás dele, algo maravilhoso lhe acontecerá: pode ser que você envelheça, mas jamais será velho.” Tom Clancy
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La variante de la ficción vista por el espionaje.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS explorará un poco de ficción de espionaje.
La ficción de espionaje, a veces conocida como thriller político, apareció antes de la Primera Guerra Mundial, al mismo tiempo que los primeros servicios de inteligencia. Desde su creación ha gozado de una gran preferencia del público, cuyo interés sólo decayó después de la guerra fría y la caída del Muro de Berlín en noviembre de 1989. Sin embargo, el terrorismo y los atentados del 11 de septiembre de 2001 canalizaron nuevamente el interés por el género.
El desarrollo del espionaje moderno y su reflexión literaria corresponden a los siglos XIX y XX, cuando se crearon las primeras agencias de información, contraespionaje e intoxicación: la Okhrana rusa, antecesora de la República Checa, la NKVD soviética, GRU y KGB, fueron creadas en 1881; el Deuxième Bureau francés, predecesor de la DGSE, en 1871; el MI5 y el MI6 británicos en 1909; Varias agencias estadounidenses ya existían en el siglo XIX, pero la OSS y la CIA modernas que las unificaron se fundaron en la primera mitad del siglo XX y el Shin Bet o Shabak condujo a su sucesor, el Mosad israelí, en 1949. La Abwehr fue el servicio de inteligencia alemana durante la Segunda Guerra Mundial; Fue sucedido por BND en Alemania Occidental y por Stasi en Alemania Oriental.
Hoy la publicación arrojará algo de luz sobre el escritor Thomas Leo Clancy Jr y su trabajo. Tom Clancy es considerado el inventor del “tecno-thriller”, un género literario híbrido que fusiona acción y aventura militar, ficción de espionaje y ciencia ficción con realismo social, incluyendo una cantidad desproporcionada de detalles técnicos. Su nombre también es utilizado por escritores fantasmas para argumentos cinematográficos, libros de no ficción sobre temas militares y videojuegos. La carrera literaria de Clancy comenzó en 1984 cuando publicó “La caza del octubre rojo”. De ahí que fuera una secuencia de libros (y éxitos).
Nota: El autor también es popular entre los fanáticos de los videojuegos gracias a los juegos inspirados en sus obras. Rainbow Six y Ghost Recon son algunos de ellos.
En 1996, Clancy fundó Red Storm Entertainment, un productor de juegos que luego compró Ubisoft.
Tom Clancy ha publicado más de sesenta libros. Diecisiete de sus novelas fueron las más vendidas y tiene más de 100 millones de copias impresas de sus libros.
Tom fue el creador del personaje Jack Ryan, que tiene mucho éxito en libros, cine y transmisión. Jack apareció por primera vez en el libro “La caza del octubre rojo”. Este fue el “puntapié inicial” para el universo creado por Clancy. Jack Ryan era hijo de un detective de la policía de Baltimore y una enfermera. Ryan es un ex marine estadounidense y corredor de bolsa que se convierte en profesor de historia en la Academia Naval de los Estados Unidos en Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se une a la Agencia Central de Inteligencia como analista ocasional y oficial de campo, dejándolo como subdirector. Más tarde se desempeñó como asesor de seguridad nacional y vicepresidente antes de convertirse repentinamente en presidente de los Estados Unidos después de un ataque terrorista en el Capitolio de los Estados Unidos. Ryan sirvió dos mandatos no consecutivos y se ocupó principalmente de crisis internacionales en Europa, Oriente Medio, Asia y África.
El personaje de Jack Ryan fue adaptado para cine / televisión y fue interpretado por los actores: Alec Baldwin en “La caza del Octubre Rojo” (1990); Harrison Ford en “Patriot Games” (1992) y “Clear and Present Danger” (Peligro real e inmediato) (1994); Ben Affleck en “La suma de todos los miedos” (2002); Chris Pine en “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operation Shadow) (2014) y John Krasinski en la serie de televisión “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tenía una fuerte visión política y era considerado un partidario de la derecha conservadora. Clancy dedicó libros a figuras políticas estadounidenses conservadoras, sobre todo a Ronald Reagan. Donó más de $ 237.000 a candidatos republicanos entre 1994 y 2006. Una semana después de los atentados del 11 de septiembre, Clancy acusó a la izquierda liberal de ser parcialmente culpable de los atentados debido al debilitamiento de la CIA influenciada por congresistas demócratas estadounidenses. en sus propias palabras: “La CIA fue desmembrada por congresistas de izquierda a quienes no les gustan las operaciones de inteligencia. Y como resultado indirecto … perdimos 5.000 civiles la semana pasada”.
Su libro “Debt of Honor”, publicado en 1994, lleva al gobierno japonés (controlado por un grupo de magnates corporativos conocidos como Zaibatsu) a ir a la guerra contra Estados Unidos. Este libro incluyó un escenario en el que un piloto de una aerolínea japonesa descontento estrella un Boeing 747 con combustible en la cúpula del Capitolio de los Estados Unidos durante un discurso del presidente en una sesión conjunta del Congreso, matando al presidente. y la mayor parte del Congreso. No hace falta mucho esfuerzo para darse cuenta de que algunas de las estrategias utilizadas en el libro, contra Estados Unidos, fueron utilizadas (en la vida real) el 11 de septiembre de 2001 por Al Qaida. ¿Fue una “predicción” del escritor o se utilizó el libro como un “manual de instrucciones”?
Su última novela, “Command Authority”, coescrita con Mark Greaney, fue publicada el 3 de diciembre de 2013. Es la última gran obra de ficción de Clancy y fue lanzada póstumamente dos meses después de su muerte. El libro debutó como número uno en la lista de bestsellers del New York Times.
Pero … Un día todo termina. Clancy murió la noche del martes 1 de octubre de 2013 en un hospital de Baltimore, Estados Unidos. La causa de la muerte fue insuficiencia cardíaca. Clancy había estado sufriendo problemas cardíacos durante algún tiempo: “Hace cinco o seis años”, dijo su médico. Tom sufrió un infarto y se sometió a una cirugía de bypass. hasta que terminó teniendo otro infarto. Tu corazón simplemente se agotó.
Clancy tenía una visión aguda de las relaciones internacionales, era su gran lema artístico, y sus obras nos dejan un poco preocupados. Después de todo, a veces la vida imita al arte y sucede lo “imposible”. Numerosos académicos han examinado las dimensiones políticas de los libros de Clancy, especialmente en el contexto de la Guerra Fría. Para varios de ellos, el trabajo de Clancy refuerza las representaciones populares de los valores de la Guerra Fría de la era Reagan. Reflejan las percepciones populares del comportamiento soviético y los valores de seguridad nacional predominantes en la era Reagan. También perpetúan los mitos sobre el pasado estadounidense y refuerzan los símbolos, las imágenes y las lecciones históricas que dominaron el discurso de la Guerra Fría.
Y es eso. Polémico, controvertido, visionario y muchos otros adjetivos. Tom Clancy nos deja un legado importante, que se puede entender de muchas maneras. Pero eso sigue siendo importante.
Y de esta manera cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Nada es tan real como un sueño, y si lo persigues, te sucederá algo maravilloso: puedes envejecer, pero nunca serás viejo”. Tom Clancy
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A atualidade aterradora de um livro de 70 anos … 1984 (mais uma vez).
Olá para todxs!! Hoje o PHANTASTICUS faz o primeiro post do ano. 2021 começou como 2020 terminou – recheado de problemas e notícias tristes. Mas algumas nos trazem esperança. Uma delas é a posse do democrata Joe Biden, como 46.º presidente dos Estados Unidos. Biden traz uma mensagem de união e de luta contra problemas globais – racismo, meio ambiente, etc… Não vou entrar em detalhes sobre as coisas que aconteceram neste novo ano que nos deixaram preocupados. Seria mais chuva nesta enchente. Então, vamos seguir o barco.
Hoje vamos falar, mais um pouco, sobre o livro “1984” (Nineteen Eighty-Four), publicado em 1949 e escrito pelo gênio britânico George Orwell. Mas antes de seguir, uma pergunta paira no ar: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Nota: George Orwell nasceu sob o nome de registro de Eric Arthur Blair em Motihari, na Índia, na época ainda uma colônia britânica. No entanto, quando tinha apenas 1 ano de idade foi morar na Inglaterra. O escritor foi aluno de Aldous Huxley e ingressou na Eton College com bolsa de estudos, já que seus pais não tinham condições de bancá-lo.
Antes de tentar responder, segue o post do blog sobre o livro, postado em meados do ano passado. Vale (re)ler.
George Orwell virou sinônimo de distopia ao apontar, na década de 1950, para um futuro em que câmeras nos vigiariam 24 horas por dia e governos totalitários distorceriam a verdade para manipular a população, semeando confusão e ódio. Agora, vejam alguns pontos que “1984” adiantou.
Privacidade
Esse conceito não existe na obra de Orwell. Do que fazem na rua ao que fazem em casa, inclusive enquanto dormem, todos os cidadãos são vigiados pelo “Big Brother”. Atualmente, nas câmeras nas ruas às redes sociais, é um fato que nossos passos são vigiados a cada instante. Veja se já não aconteceu com você: em algum momento do dia você escreveu uma mensagem para um amigo dizendo que estava com vontade de comer uma pizza ou uma massa e quando abriu o Instagram, surge um anúncio de uma pizza, que aparece de forma – quase – irresistível na tela do seu telefone. Já?
O problema é um pouco mais profundo quando paramos para refletir que somos nós quem abrimos nossa privacidade nas redes sociais. Lá compartilhamos as fotos que queremos, com os comentários que queremos, com quem queremos, sem nos darmos conta do alcance e dos dados que isso gera para empresas que estão de olho.
Sim, quer queira, quer não, tem muitas, muitas empresas de olho no que você faz nas redes sociais. Elas buscam informação. Informação sobre você. Pensa comigo: quanto você paga para usar o Facebook, Instagram ou Whatsapp? Nada, certo? No entanto, as três (que pertencem ao tio Mark Zuckerberg) estão entre as empresas mais valiosas do mundo, na cifra dos bilhões de dólares. Ora, se você não paga nada, de onde vem todo esse dinheiro? Um estudioso das mídias sociais respondeu bem isso: “se é de graça, o produto é você”.
Nota: Se quiser buscar mais informações sobre este tema, veja o documentário “O Dilema das Redes”. Vale a pena.
Teletelas
Lembra que no livro 1984 as teletelas apresentam conteúdo enquanto filmam as pessoas? Um celular na mão faz exatamente isso. Ele não filma, mas filtra suas informações através do que você escreve e de como interage na internet. Existem algoritmos que conseguem até medir seu humor no momento, se está triste ou feliz usando, por exemplo, a base na velocidade que você rola o feed, digita e mais situações.
Duplipensar
Duplo pensamento, duplicidade de pensamentos, saber que está errado e se convencer que está certo. “Inconsciência é ortodoxia”. É uma forma de lavagem cerebral. o Estado (neste caso, o regime totalitário) implanta nos cidadãos o “duplipensar”. Isto é, ele apresenta dois conceitos contraditórios e distorce a capacidade de interpretar cada um para perceber que não fazem sentido. Um exemplo é o lema do partido: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”. Ou seja, ninguém se questiona sobre a impossibilidade disso, pois ninguém quer pensar por si, apenas aceita o que é dito. O que lhe parece isto?
Ainda na proposta do “duplipensar”, o Partido faz com que uma mentira se torne uma verdade coletiva. O exemplo do livro é 2+2=5. Ninguém questiona mais as leis universais da matemática, que tornam esse cálculo impossível, porque se o governo disse, está dito. Não importa o que é dito, importa quem diz. Troque a palavra “duplipensar” por “fake News” e a lógica será a mesma. “Se aquele comentarista disse, é porque é verdade e pronto”.
Nota: Basta lembrar o que 45º presidente americano disse, afirmando fraude nas eleições e “virou verdade” para os seus “seguidores” (SIC).
O medo como arma de controle
Orwell observou como caminhava a humanidade e percebeu que o medo era tão perigoso quando as armas. O Grande Irmão era a fonte do medo enquanto era a fonte da provisão de todos. Impossível odiá-lo quando ele só pensava no bem da Oceania, sem se darem conta de que ele tinha nas mãos o controle da vida de todos. Por medo do sistema, todos acabavam se sujeitando – e até amando – o sistema. Parece um tanto com casos como do Estado Islâmico, onde, em nome de um “bem comum”, o medo impera.
O mundo do livro
No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:
Oceania – o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e grande parte do sul da África.
Eurásia – o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
Lestásia – o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
Territórios sob disputa: Outros territórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia (quadrilátero formado entre as cidades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong e Tânger), além de todo o território da Antártica.
No livro, a sociedade se divide em 3 classes:
Alta – Grande Irmão e Partido Interno (2%); Média – Partido Externo (13%) e Baixa – Proles (85%).
Os Ministérios são as principais representações do “Partido”, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do Partido.
Ministério da Verdade – É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.
Ministério da Paz – É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.
Ministério da Fartura ou Ministério da Riqueza – É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia, a prole.
Ministério do Amor – É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus “habitantes” não têm a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do poder para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.
Comentário: São muitos os signos de “1984” que são visíveis do Brasil e no mundo de hoje: a polarização como mecanismo de poder pelo poder; o horror à inteligência; os ministérios da educação que deseduca, ou da verdade encarregados da propagação da mentira, sempre com a retórica da violência; o espírito da perseguição e a estupidez como valor; a volúpia da ignorância e a guerra permanente. A ficção de Orwell permanece poderosa”, é a avaliação do romancista Cristovão Tezza, autor de livros como “A tirania do amor” e “O filho eterno”.
Orwell pôs a fome de poder dos regimes totalitários – de direita e de esquerda – e conseguiu dar um caráter único em seu romance “1984”. Assim como outros tantos livros, a interpretação é livre. Desta forma, tento responder a pergunta feita no início do post: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Vários grupos de direita se apossaram das linhas de “1984” e as direcionaram “seus mísseis” para os governos de esquerda. Mas, Orwell se opõe a tirania, a opressão, a tortura, etc… Seja ela de direita ou de esquerda. Leia o livro com “mente aberta”.
E desta forma, fechamos o post com algumas frases de Orwell.
“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La temible actualidad de un libro de 70 años … 1984 (de nuevo).
¡¡Hola todxs!! Hoy PHANTASTICUS realiza la primera publicación del año. 2021 comenzó como terminó 2020, lleno de problemas y noticias tristes. Pero algunos nos traen esperanza. Uno es la toma de posesión del demócrata Joe Biden, como 46º presidente de Estados Unidos. Biden trae un mensaje de unidad y de lucha contra los problemas globales: racismo, medio ambiente, etc. No entraré en detalles sobre las cosas que sucedieron en este nuevo año que nos preocuparon. Habría más lluvia en esta inundación. Entonces, sigamos el barco.
Hoy vamos a hablar, un poco más, del libro “1984” (Mil novecientos ochenta y cuatro), publicado en 1949 y escrito por el genio británico George Orwell. Pero antes de continuar, una pregunta flota en el aire: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Nota: George Orwell nació con el nombre registrado de Eric Arthur Blair en Motihari, India, en ese momento todavía era una colonia británica. Sin embargo, cuando solo tenía 1 año se fue a vivir a Inglaterra. El escritor era alumno de Aldous Huxley e ingresó al Eton College con una beca, ya que sus padres no podían pagarla.
Antes de intentar responder, siga la publicación del blog sobre el libro, publicada a mediados del año pasado. Vale la pena (re) leer.
George Orwell se convirtió en sinónimo de distopía cuando señaló, en la década de 1950, un futuro en el que las cámaras nos mirarían las 24 horas del día y los gobiernos totalitarios distorsionarían la verdad para manipular a la población, sembrando confusión y odio. Ahora, vea algunos puntos que presentó “1984”.
Intimidad
Este concepto no existe en el trabajo de Orwell. Desde lo que hacen en la calle hasta lo que hacen en casa, incluso mientras duermen, todos los ciudadanos son vigilados por el “Gran Hermano”. Hoy en día, en las cámaras de la calle a las redes sociales, es un hecho que nuestros pasos están monitoreados en todo momento. Fíjate si no te ha pasado ya: en algún momento del día le escribiste un mensaje a un amigo diciéndole que estabas de humor para una pizza o una masa y cuando abriste Instagram, aparece un anuncio de una pizza, que aparece así – casi – irresistible en la pantalla de su teléfono. ¿Ya?
El problema es un poco más profundo cuando nos detenemos a reflexionar que somos nosotros quienes abrimos nuestra privacidad en las redes sociales. Allí compartimos las fotos que queremos, con los comentarios que queremos, con quien queremos, sin darnos cuenta del alcance y datos que esto genera para las empresas que están mirando.
Sí, te guste o no, hay muchas, muchas empresas que vigilan lo que haces en las redes sociales. Buscan información. Información acerca de ti. Piensa conmigo: ¿cuánto pagas por usar Facebook, Instagram o Whatsapp? Nada, ¿verdad? Sin embargo, los tres (que pertenecen al tío Mark Zuckerberg) se encuentran entre las empresas más valiosas del mundo, en miles de millones de dólares. Ahora, si no paga nada, ¿de dónde viene todo ese dinero? Un estudioso de las redes sociales respondió bien: “si es gratis, el producto eres tú”.
Nota: Si desea obtener más información sobre este tema, consulte el documental “El dilema de la red”. Vale la pena.
Telepantallas
¿Recuerdas que en el libro 1984, las teletelas presentan contenido mientras filman personas? Un teléfono celular en tu mano hace precisamente eso. No filma, pero filtra su información a través de lo que escribe y cómo interactúa en Internet. Existen algoritmos que incluso pueden medir tu estado de ánimo en este momento, ya sea que estés triste o feliz usando, por ejemplo, la base en la velocidad a la que te desplazas por el feed, el tipo y más situaciones.
Duplicar
Pensar dos veces, pensar dos veces, saber que estás equivocado y convencerte de que tienes razón. “La inconsciencia es ortodoxia”. Es una forma de lavado de cerebro. el Estado (en este caso, el régimen totalitario) implementa el “doble pensamiento” en los ciudadanos. Es decir, presenta dos conceptos contradictorios y distorsiona la capacidad de interpretar cada uno para darse cuenta de que no tienen sentido. Un ejemplo es el lema del partido: “La guerra es la paz. Libertad es esclavitud. Ignorancia es fuerza “. Es decir, nadie pregunta por la imposibilidad de esto, porque nadie quiere pensar por sí mismo, solo acepta lo que se dice. ¿Qué te parece esto?
Aún en la propuesta del “doble discurso”, el Partido convierte la mentira en una verdad colectiva. El ejemplo del libro es 2 + 2 = 5. Ya nadie cuestiona las leyes universales de las matemáticas, que hacen imposible este cálculo, porque si el gobierno lo dijo, se dice. No importa lo que se diga, importa quién lo diga. Cambie la palabra “doble discurso” por “noticias falsas” y la lógica será la misma. “Si ese comentarista dijo, es porque es verdad y eso es todo”.
Nota: Solo recuerde lo que dijo el 45º presidente estadounidense, alegando fraude en las elecciones y “se hizo realidad” para sus “seguidores” (SIC).
El miedo como arma de control
Orwell observó cómo la humanidad caminaba y se dio cuenta de que el miedo era tan peligroso como las armas. El Gran Hermano era la fuente del miedo mientras que era la fuente de la provisión de todos. Imposible odiarlo cuando o solo pensaba en el bien de Oceanía, sin darse cuenta de que tenía el control de la vida de todos en sus manos. Por miedo al sistema, todos terminaron sometiéndose, e incluso amando, el sistema. Se parece mucho a casos como el Estado Islámico, donde, en nombre de un “bien común”, prevalece el miedo.
El mundo del libro
En el libro, las naciones se dividen en tres grandes imperios modernos, que son grandes potencias:
Oceanía, el más grande de los imperios, gobierna toda Oceanía, América, Islandia, el Reino Unido, Irlanda y gran parte del sur de África.
Eurasia, el segundo imperio más grande, gobierna toda Europa (excepto Islandia, el Reino Unido e Irlanda), casi toda Rusia y una pequeña parte del resto de Asia.
Lestásia, el imperio más pequeño, gobierna países del este como China, Japón, Corea, parte de la India y algunas naciones vecinas.
Territorios en disputa: Otros territorios, como el norte de África, Asia central y sudoriental (cuadrilátero formado entre las ciudades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong y Tánger), además de todo el territorio de la Antártida.
En el libro, la sociedad se divide en 3 clases:
Alta – Gran Hermano y Partido Interno (2%); Medio – Partido externo (13%) y Bajo – Proles (85%).
Los ministerios son las principales representaciones del “Partido”, y cada uno está encargado de mantener la armonía de la ideología del Partido.
Ministerio de la Verdad – Se encarga de falsificar documentos y literatura que puedan servir como referencia al pasado, para que siempre cumpla con lo que el Partido dice que es cierto actualmente. Siguiendo esta lógica, el Partido es infalible, porque nunca se equivocó.
Ministerio de Paz – Es el responsable de la Guerra. Manteniendo la guerra contra los enemigos de Oceanía, en el caso de Lestásia o Eurasia. La guerra en el contexto del libro se usa permanentemente para mantener el ánimo de la población en un punto ideal. También una forma de dominación.
Ministerio de Abundancia o Ministerio de Riqueza – Es responsable del hambre. En términos prácticos, la economía de Oceanía es su responsabilidad. Dar a conocer sus exagerados informes de producción haciendo que toda la población piense que el país lo está haciendo muy bien. Sin embargo, su número faraónico no sirve para el bienestar de los estratos más bajos de la población de Oceanía, la descendencia.
Ministerio del Amor – Se encarga de espiar y controlar a la población. El Ministerio del Amor se ocupa de los que se vuelven contra el Partido, juzgando, torturando y lavando constantemente el cerebro. Para el Ministerio no basta con eliminar la oposición, es necesario convertirla. El edificio donde se ubica es una verdadera fortaleza, sin ventanas. Sus “habitantes” no tienen sentido del tiempo y el espacio, que es otro instrumento de poder para lavar el cerebro a los disidentes del régimen.
Comentario: Son muchos los signos de “1984” visibles en Brasil y en el mundo de hoy: la polarización como mecanismo de poder por poder; el horror de la inteligencia; los ministerios de educación que educan, o la verdad encargados de difundir la mentira, siempre con la retórica de la violencia; el espíritu de persecución y estupidez como valor; la voluptuosidad de la ignorancia y la guerra permanente. La ficción de Orwell sigue siendo poderosa”, es la valoración del novelista Cristovão Tezza, autor de libros como “La tiranía del amor” y “El hijo eterno”.
Orwell puso el poder hambriento de los regímenes totalitarios -derecha e izquierda- y logró darle un carácter único en su novela “1984”. Como muchos otros libros, la interpretación es gratuita. De esta manera, trato de responder la pregunta que se hizo al comienzo del post: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Varios grupos de derecha se apoderaron de las líneas de “1984” y dirigieron “sus misiles” a los gobiernos de izquierda. Pero, Orwell se opone a la tiranía, la opresión, la tortura, etc … Ya sea de derecha o de izquierda. Lea el libro con una “mente abierta”.
Y de esta forma cerramos el post con algunas frases de Orwell.
“Si la libertad significa algo, será principalmente el derecho a decirle a otras personas lo que no quieren escuchar”.
“En una era de mentiras universales, decir la verdad es un acto revolucionario”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: 1984, mas poderia ser 2020 * Um pouco mais de George Orwell
Olá meus carissímxs amigxs!! Todxs bem? Em casa? O momento que vivemos é para pensar e repensar – em um artigo que escrevi para o Linkedin, falei em adaptação e remodelação.
Vivemos com medo. Medo do vírus, medo da pandemia provocada pelo vírus, medo das pessoas. Fomo alijados da convivência social (por merecidas razões) e isto impactou uma das grandes características do ser humano. Mas, nos adaptamos. Estamos remodelando nossos atos. Mas o medo persiste.
Rebuscando material em alguns livros, achei um que foi publicado em 1949, falava de 1984 mas se ajusta – perfeitamente – ao momento (político/cívico/social) que vivemos.
“Nineteen Eighty-Four” (Mil Novecentos e Oitenta e Quatro ou 1984) é perfeito. Uma obra do grande (e visionário) escritor inglês Eric Arthur Blair. Mas é certo que ninguém vai reconhecer este nome. Mas se falarmos de seu pseudônimo… É certo!!! George Orwell. Foi escritor, jornalista e ensaísta político inglês, nascido na Índia Britânica. Sua obra é marcada (e marcante) por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita. Simpatizante do anarquismo, o escritor faz uma defesa da auto-gestão ou autonomismo. Sua hostilidade ao Stalinismo e pela experiência do socialismo soviético, um regime que Orwell denunciou em seu romance satírico “Animal Farm” (A Revolução dos Bichos), se revelou uma característica constante em sua obra.
Sua consciência política e social o levou a lutar – como voluntário – pelo lado republicano da Guerra Civil Espanhola.
Nota: Um conflito armado ocorrido na Espanha entre 1936 e 1939. A guerra foi travada entre os republicanos, leais à Segunda República Espanhola, urbana e progressista, numa aliança de conveniência com os anarquistas e os comunistas, e os nacionalistas, uma aliança de falangistas, monarquistas, carlistas e católicos liderada pelo General Francisco Franco. Devido ao clima político internacional na época, a guerra teve muitas facetas, e diferentes pontos de vista a viram como uma luta de classes, uma guerra religiosa, uma luta entre ditadura e democracia republicana, entre revolução e contrarrevolução, entre fascismo e comunismo.[4] Os nacionalistas venceram a guerra no início de 1939 e governaram a Espanha até à morte de Franco em novembro de 1975.
O PHANTASTICUS já teve o prazer de escrever sobre Orwell no post “O último romance de George Orwell e o surgimento do Grande Irmão”.
Se quiser relembrar, cole o link abaixo em seu navegador.
George Orwel foium visionário e muito de suas obras você observa nos dias de hoje. Veja algumas duas “premonições” do inglês:
“Big Brother”: Na obra literária, quem está por trás de todo controle é o “Grande Irmão”. Essa “entidade superior” conhecida como Big Brother, na época, servia como uma metáfora de controle do governo sobre tudo aquilo que a população fazia – uma alusão ao olho que tudo vê.
Nos dias de hoje, além da óbvia referência televisiva ao reality show que faz sucesso – apesar de mais insólito a cada ano – levando este título, podemos ir além pensando que na nossa realidade nas redes sociais e serviços de busca. Hoje vemos um controle total e absoluto sobre tudo aquilo que as pessoas pesquisam na internet e até sobre o que fazem, uma vez que já se tornou praticamente uma norma social vigente postar sempre atualizações de nossas vidas, atividades e cada acontecimento pessoal na internet. Mas, este fluxo de informação pode ser usado contra você. Sabemos se alguém namora ou se casa, se foi ao trabalho ou está doente, se teve um filho ou foi ao cinema, se está em casa ou em um show, se está viajando ou fazendo compras. Todos ali adicionados e conectados sabem e podem ter acesso, mesmo com ditas configurações de privacidade. Afinal é para que a coisa serve, pois registrar cada momento fugaz tornou – se uma necessidade. Melhor método de controle não há! Certo. Pense!!
Relações impessoais: Lendo 1984 vemos que as relações humanas diante dos olhos do “Grande Irmão” não se dão nunca de modo que mostrem afetividade. As pessoas possuem relações até colaborativas em ambiente de trabalho ou família, mas não vemos no livro a presença de laços afetivos profundos como algo natural, bem visto ou que aconteça facilmente. Pessoas vivem juntas sob extremo clima de desconfiança, onde qualquer coisa dita ou sentida pode ser algo a ser usado contra si. Não há comumente relações carinhosas ou românticas entre nenhum dos personagens, nem mesmo demonstrações de afeto entre casais ou familiares que não tenham de acontecer de modo clandestino. Até pais temem seus próprios filhos. Há trechos onde isto fica claro de um modo que nos faz inevitavelmente comparar com algo que já ouvimos falar ou vimos acontecer. É para pensar.
Bem, voltando dos pensamentos nebulosos. O livro estabelece, de forma muito clara que “quem controla o passado controla o presente”. Este é um dos exemplos da maneira como Orwell interpreta a ação do poder sobre a população. “Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força”, sob o lema do Partido, personagens como Winston (protagonista) e Julia (amante do protagonista) vivem uma história tensa e interior. A ação é psicológica e se passa na maior parte do tempo, dentro do pensamento do personagem Winston Smith, homem que trabalha no “Ministério da Verdade”, numa função que pode ser definida como um “reescritor” do passado (e você reclamando das fake news). Pessoas mortas – vaporizadas – eram apagadas de jornais antigos, como se nunca tivessem existido. Previsões não cumpridas, metas governamentais não alcançadas, eram adulteradas nos meios de comunicação do passado, para que o Partido nunca perdesse sua credibilidade.
Nota do blog: Qualquer semelhança com algo que você tenha visto é mera “coincidência”.
Dominada como uma colônia de abelhas, a população dirigia-se do trabalho para casa – moradias que eram estatais – alimentava-se do que lhes era dado pelo governo, vestia-se uniformemente. Mas sobre a massa parecia haver uma hierarquia que desfrutava deste domínio e colhia seus frutos – a alta cúpula desconhecida e invisível. Haveria, no pensamento do contestador Winston, alguém em algum lugar escondido, que também contestaria um dia a aquilo tudo. Alguma resistência oculta. O olhar de alguém lhe dava esperanças, algum vacilo nas frases decoradas. Tudo começa a mudar quando Winston parece ser tocado por um braço real desta resistência imaginária, e sua vida pacata de homem de meia idade encaminhasse para um desfecho, onde perguntas seriam respondidas talvez, onde a realidade poderia ser menos mentirosa.
É interessante acompanhar as características da sociedade descrita, bem como cada uma delas influenciou tantas das distopias contemporâneas, lidas não só por jovens, mas por leitores de todas as idades: a hierarquização das classes sociais; a opressão e a violência do governo; a alienação e distorção da verdade como forma de controle.
A distopia futurista “1984” é um dos romances mais influentes do século XX (e em minha opinião do XXI também). Um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário. Uma grande crítica, uma grande análise, vinda de um pensador inconformado com os sistemas, tanto capitalista quanto socialista. O romance faz com que pensemos na dialética do poder e da manipulação de informações, do controle massificado. Realidade, liberdade e medo. Um romance que deveria ser lido por todos, em nome da expansão dos limites críticos e de pensamento, estudado e interpretado para que tais questões não passem despercebidas no nosso cotidiano, cujos caminhos já se apresentam intrincadamente ligados aos temas descritos por Orwell.
Neste ano de 2020, completou-se 70 anos da morte (prematura) deste gênio. Mas seu legado está aí para ser apreciado.
Fecho o post de hoje com uma frase do autor que muito me marca.
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:“1984”, pero podría ser 2020 * Un poco más que George Orwell
¡¡Hola, mis queridxs amigxs!! ¿Todxs está bien? ¿En casa? El momento en que vivimos es pensar y repensar: en un artículo que escribí para Linkedin, hablé sobre la adaptación y la remodelación.
Vivimos con miedo. Miedo al virus, miedo a la pandemia causada por el virus, miedo a las personas. Fuimos excluidos de la convivencia social (por razones merecidas) y esto afectó a una de las grandes características del ser humano. Pero nos adaptamos. Estamos remodelando nuestras acciones. Pero el miedo persiste.
Al buscar material en algunos libros, encontré uno que fue publicado en 1949, hablaba de 1984 pero encaja perfectamente con el momento (político / cívico / social) en el que vivimos.
“Mil novecientos ochenta y cuatro” (Mil novecientos ochenta y cuatro o 1984) es perfecto. Una obra del gran (y visionario) escritor inglés Eric Arthur Blair. Pero es cierto que nadie reconocerá este nombre. Pero si hablamos de su seudónimo … George Orwell. Fue un escritor, periodista y ensayista político inglés, nacido en la India británica. Su trabajo está marcado (y llamativo) por una inteligencia inteligente y de buen carácter, una profunda conciencia de las injusticias sociales, una intensa oposición al totalitarismo y una pasión por la claridad de la escritura. Simpatizante del anarquismo, el escritor defiende la autogestión o la autonomía. Su hostilidad al estalinismo y la experiencia del socialismo soviético, un régimen que Orwell denunció en su novela satírica “Animal Farm”, resultó ser una característica constante de su trabajo.
Su conciencia política y social lo llevó a luchar, como voluntario, por el lado republicano de la Guerra Civil española.
Nota: Un conflicto armado que tuvo lugar en España entre 1936 y 1939. La guerra se libró entre republicanos, leales a la Segunda República española, urbanos y progresistas, en una alianza de conveniencia con anarquistas y comunistas, y nacionalistas, una alianza de falangistas. , monárquicos, carlistas y católicos dirigidos por el general Francisco Franco. Debido al clima político internacional de la época, la guerra tuvo muchas facetas, y diferentes puntos de vista lo vieron como una lucha de clases, una guerra religiosa, una lucha entre la dictadura y la democracia republicana, entre la revolución y la contrarrevolución, entre el fascismo y el comunismo. 4] Los nacionalistas ganaron la guerra a principios de 1939 y gobernaron España hasta la muerte de Franco en noviembre de 1975.
PHANTASTICUS ya ha tenido el placer de escribir sobre Orwell en la publicación “La última novela de George Orwell y la aparición de Gran Hermano”.
Si desea recordar, pegue el siguiente enlace en su navegador.
George Orwel fue un visionario y gran parte de su trabajo se ve hoy. Aquí hay dos “premoniciones” en inglés:
“Gran Hermano”: En la obra literaria, quien está detrás de todo control es el “Gran Hermano”. Esta “entidad superior” conocida como Gran Hermano, en ese momento, sirvió como una metáfora para el control del gobierno sobre todo lo que hacía la población, una alusión al ojo que todo lo ve.
Hoy en día, además de la referencia de televisión obvia al reality show que es exitoso, aunque cada vez más inusual, tomando este título, podemos ir más allá pensando que en nuestra realidad en las redes sociales y los servicios de búsqueda. Hoy vemos un control total y absoluto sobre todo lo que las personas buscan en Internet e incluso sobre lo que hacen, ya que se ha convertido prácticamente en una norma social actual publicar siempre actualizaciones sobre nuestras vidas, actividades y cada evento personal en Internet. Pero, este flujo de información puede ser usado en su contra. Sabemos si alguien está saliendo o casándose, si fueron a trabajar o están enfermos, si tuvieron un hijo o fueron al cine, si están en casa o en un espectáculo, si están de viaje o de compras. Todo el mundo agregado y conectado allí sabe y puede tener acceso, incluso con estas configuraciones de privacidad. Después de todo, para eso es porque grabar cada momento fugaz se ha convertido en una necesidad. ¡No hay mejor método de control! Derecha. ¡¡Pensar!!
Relaciones impersonales: al leer 1984, vemos que las relaciones humanas a los ojos del “Gran Hermano” nunca suceden de una manera que muestre afecto. Las personas incluso tienen relaciones de colaboración en el lugar de trabajo o la familia, pero no vemos en el libro la presencia de lazos afectivos profundos como algo natural, bien visto o que sucede fácilmente. Las personas viven juntas en un clima extremo de desconfianza, donde todo lo que se dice o siente se puede usar en su contra. Por lo general, no hay relaciones afectivas o románticas entre ninguno de los personajes, ni siquiera manifestaciones de afecto entre parejas o miembros de la familia que no tienen que suceder clandestinamente. Incluso los padres temen a sus propios hijos. Hay pasajes donde esto se aclara de una manera que inevitablemente nos compara con algo que hemos escuchado o visto que sucedió. Es pensar.
…
Bueno volt Camino de pensamientos nublados. El libro establece muy claramente que “quien controla el pasado controla el presente”. Este es un ejemplo de la forma en que Orwell interpreta la acción del poder sobre la población. “La guerra es paz, la libertad es esclavitud, la ignorancia es fuerza”, bajo el lema del Partido, personajes como Winston (protagonista) y Julia (amante del protagonista) viven una historia tensa e interna. La acción es psicológica y tiene lugar la mayor parte del tiempo, dentro del pensamiento del personaje Winston Smith, un hombre que trabaja en el “Ministerio de la Verdad”, en un papel que puede definirse como un “reescritor” del pasado (y se queja de los falsos) Noticias). Las personas muertas, vaporizadas, fueron borradas de los viejos periódicos, como si nunca hubieran existido. Los pronósticos incumplidos, los objetivos gubernamentales no cumplidos, fueron adulterados en los medios de comunicación del pasado, para que el Partido nunca perdiera su credibilidad.
Nota del blog: cualquier parecido con algo que haya visto es una mera “coincidencia”.
Dominada como una colonia de abejas, la población pasó del trabajo a la casa, casas que eran propiedad del estado, alimentadas con lo que les había dado el gobierno, vestidas de uniforme. Pero sobre la masa parecía haber una jerarquía que disfrutaba de este dominio y cosechaba sus frutos: el alto domo desconocido e invisible. Habría, en el pensamiento del retador Winston, alguien escondido en algún lugar, que algún día también se opondría a todo esto. Alguna resistencia oculta. La mirada de alguien le dio esperanza, algunas dudas en las frases memorizadas. Todo comienza a cambiar cuando Winston parece ser tocado por un brazo real de esta resistencia imaginaria, y su vida pacífica como un hombre de mediana edad conduce a un resultado, donde las preguntas tal vez serían respondidas, donde la realidad podría ser menos mentirosa.
Es interesante seguir las características de la sociedad descrita, ya que cada una de ellas influyó en muchas de las distopías contemporáneas, leídas no solo por los jóvenes, sino por los lectores de todas las edades: la jerarquía de las clases sociales; opresión y violencia del gobierno; La alienación y la distorsión de la verdad como una forma de control.
La distopía futurista “1984” es una de las novelas más influyentes del siglo XX (y en mi opinión del 21 también). Un clásico moderno incuestionable. Lanzado unos meses antes de la muerte del autor, es una obra magistral que todavía se impone como una poderosa reflexión ficticia sobre la nefasta esencia de cualquier forma de poder totalitario. Una gran crítica, un gran análisis, proveniente de un pensador que no está de acuerdo con los sistemas, tanto capitalistas como socialistas. La novela nos hace pensar en la dialéctica del poder y la manipulación de la información, del control de masas. Realidad, libertad y miedo. Una novela que debería ser leída por todos, en nombre de la expansión de los límites críticos y de pensamiento, estudiada e interpretada para que tales preguntas no pasen desapercibidas en nuestra vida cotidiana, cuyos caminos ya están intrincadamente vinculados a los temas descritos por Orwell.
En este año de 2020, han pasado 70 años desde la muerte (prematura) de este genio. Pero su legado está ahí para ser apreciado.
Cierro la publicación de hoy con una frase del autor que me marca mucho.
“El periodismo es publicar lo que alguien no quiere que se publique. Todo lo demás es publicidad”.
Espero que hayas disfrutado el post. Lee el post, lee el libro. Nos vemos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Mais Conflitos na Quinta Onda * Cuidado com a Sexta!
Olá para todxs!! Todxs bem? Em casa? Neste momento único que vivemos – para muitas das gerações que circulam pelo planeta – temos que priorizar o cuidado com o ser humano. Siga o que a indica a ciência. Priorize a vida.
Bem, vamos seguir juntos pela leitura, pela informação, pela LitFan.
No post de hoje, vou trazer o autor americano Richard Yancey. Autor best-sellers da lista do New York Times, Rick Yancey já escreveu 14 livros e suas obras foram publicadas em mais de 20 línguas. Aclamado pela crítica e pelo público, Yancey recebeu indicações para diversos prêmios por suas obras, entre eles: “Carnegie Medal”, “Michael L. Prinz Honor”, “Los Angeles Times Book Prize” e “Best book of the year”, da “Publishers Weekly”. Formado em Inglês pela Roosevelt University, de Chicago, foi trabalhar no IRS, órgão equivalente à Receita Federal nos Estados Unidos. Mas não desistiu do seu sonho de escrever e, após 12 anos como auditor fiscal, publicou seu primeiro livro de sucesso: “Confessions of a Tax Collector” (Confissões de um auditor fiscal). Em 2004, decidiu sair do emprego no IRS e se dedicar em tempo integral à carreira de escritor. Atualmente, mora na Flórida com a esposa e o caçula de três filhos.
Mas vamos falar de um dos seus grandes sucessos. A saga “5th Wave” (A Quinta Onda). O primeiro livro deu origem a série: The 5th Wave, publicado em 2013. O segundo carrega o título “The Infinite Sea” (O Mar Infinito) publicado em 2014. O último livro seria “The Last Star” (A Última Estrela) que foi publicado em 2016.
Bem, tudo começou de forma muito calma e sutil, despertando o interesse e a curiosidade de todos: grandes naves surgiram sobre o planeta Terra, e ali ficaram. Pouco tempo depois, quando estavam os habitantes do planeta ainda estavam seguros, calmos e confiantes (como sempre acontece quando algo diferente chega e fica em segundo plano, após a fase das curiosidades sem controle e sem limites), acontece a 1ª onda: escuridão. O pânico surgiu. Os Outros lançam uma onda EMP (Pulso eletromagnético) que retira toda a tecnologia eletrônica e mata meio milhão de pessoas, causando um curto-circuito em todos os veículos em movimento, incluindo aviões em pleno voo.
E veio a 2ª onda: destruição. Dezenas de desastres naturais, tsunamis e ocorrências. Os Outros, percebendo que aproximadamente 40% da população da Terra vive a 100 quilômetros da costa, solta enormes bastões “duas vezes mais altos que o Empire State Building e três vezes mais pesados” nas linhas de falha da Terra, causando tsunamis maciços que matam cerca de três bilhões de pessoas.
Chega a 3ª onda: infecção. Um vírus que mata a todos que infecta, fazendo com que a morte fosse pestilenta, dolorosa, asquerosa e desesperadora. Os Outros lançam um esquema para infectar o maior número possível de sobreviventes com um vírus mortal. Usando as aves da Terra como transportadoras (através de excrementos em queda), a praga reivindica 97% dos sobreviventes restantes. O vírus, que se assemelha a uma forma avançada de Ebola, faz com que as vítimas sangrem lentamente até a morte até que “você se torne uma bomba viral. E quando você explode, você explode todo mundo ao seu redor com o vírus”.
E vem a 4ª onda: invasão. É bem verdade que muitos dos “Outros” já estavam na Terra, adormecidos, vivendo com toda a humanidade. O objetivo deles? Matar os sobreviventes. E a população humana restante tenta desesperadamente sobreviver com os recursos que restam, saqueando o tempo todo, agarrando-se à esperança de que “os responsáveis”, onde quer que estejam, estejam trabalhando em busca de uma solução. Eventualmente, essa crença parece legítima quando um impressionante batalhão de soldados (com veículos em funcionamento) chega ao campo improvisado onde Cassie, Sam e seu pai estão hospedados. Os soldados e o comandante, no entanto, só parecem interessados nas crianças e os carregam prontamente nos ônibus que aguardam antes de ordenar todos os adultos para o acampamento. Uma vez que os humanos estão cercados, o comandante Vosch ordena um massacre e mata todos no acampamento. Cassie, no entanto, escapa por pouco e testemunha a morte de seu pai pela mão de Vosch. Nesse momento, a quarta onda fica clara: nem todos os “humanos” são realmente humanos.
Agora resta a 5ª onda. Os sobreviventes estavam preparados?
Chegamos na jovem Cassie, de Cassiopeia, que tem 16 anos e tem um único objetivo: resgatar seu irmão Sam, de 5 anos, que foi levado por um grupo do exército para uma base militar – que se propõe a cuidar das crianças que sobreviveram às quatro primeiras ondas. Sozinha no mundo, Cassie não confia em ninguém, não dorme sem sua arma e sem Urso, o urso de pelúcia que seu irmão lhe deu para que ela não tivesse medo. E ela não pode confiar em ninguém.
Tente entender o que Cassie estava passando: Você vive confortavelmente sua vida, sua única preocupação é beijar ou não beijar quem você gosta, se formar no Ensino Médio, tirar nota em determinada prova. E eis que de repente, você não tem mais nada: não tem mais casa, não tem mais amigos, não tem mais família, não tem mais energia, não tem nada. Mas tem os Outros. E eles se parecem exatamente como você. E agora?
Agora é não confiar em ninguém. Daí em diante, é matar antes e perguntar depois. Qualquer pessoa é suspeita. A meta agora é continuar vivo.
Os livros são tão envolventes que “pegamos” o clima. O leitor também não consegue confiar em ninguém e, a cada página, um novo questionamento se faz, de forma que a única conclusão plausível é a de que nada/ninguém é o que parece.
Daqui eu paro. Não gosto de dar “spoilers”. Mas, muitas surpresas irão te aguardar ao ler a série.
A crítica literária comparou o livro, favoravelmente, a “Jogos Vorazes” e à “Estrada”. O livro recebeu resenhas estreladas por Publishers Weekly e Kirkus, e revisores notaram que ele tem amplo apelo do público, obscurecendo as linhas entre ficção de jovens e adultos e entre ficção de gênero e mainstream, de forma que não pode ser facilmente inserido em um gênero, apesar de ter muitas das características da ficção para jovens adultos. O New York Times o listou como um dos melhores livros para jovens adultos de 2013, e foi finalista da Goodreads para o romance de Melhor Fantasia para Jovens Adultos ou Ficção Científica em 2013. Afinal: O livro é diferente de qualquer outra história de invasão alienígena. Não espere grandes naves entrando e atirando, monstros alienígenas com armas na mão ou armas de laser. É um grande mistério quem são esses alienígenas. A única coisa que aconteceu foi uma nave muito grande aparecer e ficar amostra. Fora isso nada aconteceu. Eles não se manifestaram. Os sobreviventes dessa invasão? Apenas 3% da população mundial.
Nota: O primeiro livro teve uma adaptação para os cinemas que estreou em 2016.
Finalizamos com uma frase da protagonista – Cassiopeia: “Eu sou aquela que não vai fugir, não vai ficar, mas vai enfrentar. Porque, se eu for a última, então eu sou a Humanidade. E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha.”
Lição para toda a vida: Não confie, em sua plenitude, em tudo que você vê ou falam. Questione. Pesquise. Entenda. Prove. Em alguns momentos você precisa ser descrente até o ponto de – com muitas respostas e “provas” – confiar cegamente. Mas não se omita. Não se acomode. Espero que tenham gostado do post. Vejo todos vocês no próximo.
Jota Cortizo
Versión española:Más Conflitos en la Quinta Ola * ¡Cuidado com a Sexta!
¡¡Hola a todxs!! ¿Todxs está bien? ¿En casa? En este momento único en el que vivimos, durante muchas de las generaciones que circulan por el planeta, tenemos que priorizar la atención con el ser humano. Sigue lo que la ciencia te indica. Prioriza la vida.
En el post de hoy, traeré al autor estadounidense Richard Yancey. El autor más vendido en la lista del New York Times, Rick Yancey, ha escrito 14 libros y sus obras han sido publicadas en más de 20 idiomas. Aclamado por la crítica y el público, Yancey recibió nominaciones para varios premios por sus obras, entre ellas: “Medalla Carnegie”, “Honor Michael L. Prinz”, “Premio del libro de Los Angeles Times” y “Mejor libro del año”, de “Editores semanales”. Graduado en inglés de la Universidad Roosevelt, en Chicago, fue a trabajar al IRS, una agencia equivalente al IRS en los Estados Unidos. Pero no abandonó su sueño de escribir y, después de 12 años como auditor de impuestos, publicó su primer libro exitoso: “Confesiones de un recaudador de impuestos”. En 2004, decidió dejar su trabajo en el IRS y dedicarse a tiempo completo a la escritura. Actualmente vive en Florida con su esposa y el menor de tres hijos.
Pero hablemos de uno de tus grandes éxitos. La saga “5th Wave” (La quinta ola). El primer libro dio origen a la serie: The 5th Wave, publicada en 2013. El segundo lleva el título “The Infinite Sea” publicado en 2014. El último libro sería “The Last Star” (La última estrella) que fue publicado en 2016.
Bueno, todo comenzó de una manera muy tranquila y sutil, despertando el interés y la curiosidad de todos: grandes naves aparecieron sobre el planeta Tierra y se quedaron allí. Poco después, cuando los habitantes del planeta todavía estaban seguros, tranquilos y seguros (como siempre cuando llega algo diferente y permanece en segundo plano, después de la fase de curiosidades sin control y sin límites), ocurre la primera ola: la oscuridad. El pánico estalló. Los Otros lanzan una onda EMP (pulso electromagnético) que elimina toda la tecnología electrónica y mata a medio millón de personas, provocando un cortocircuito en todos los vehículos en movimiento, incluidos los aviones en vuelo.
Y llegó la segunda ola: destrucción. Docenas de desastres naturales, tsunamis y sucesos. Los Otros, al darse cuenta de que aproximadamente el 40% de la población de la Tierra vive a 100 kilómetros de la costa, arrojan enormes porras “dos veces más altas que el Empire State Building y tres veces más pesadas” en las fallas de la Tierra, causando tsunamis masivos que matan alrededor de tres mil millones de personas.
Llega la tercera ola: infección. Un virus que mata a todos los que infecta y hace que la muerte sea pestilente, dolorosa, desagradable y desesperada. Los Otros lanzan un esquema para infectar a tantos sobrevivientes como sea posible con un virus mortal. Utilizando aves terrestres como portadoras (a través de excrementos que caen), la plaga reclama el 97% de los sobrevivientes restantes. El virus, que se asemeja a una forma avanzada de Ébola, hace que las víctimas se desangran lentamente hasta “convertirse en una bomba viral. Y cuando explotas, explotas a todos los que te rodean con el virus”.
Y llega la cuarta ola: invasión. Es cierto que muchos de los “Otros” ya estaban en la Tierra, dormidos, viviendo con toda la humanidad. ¿Su meta? Mata a los sobrevivientes. Y la población humana restante trata desesperadamente de sobrevivir con los recursos restantes, saqueando todo el tiempo, aferrándose a la esperanza de que “los responsables”, estén donde estén, estén trabajando para encontrar una solución. Finalmente, esta creencia parece legítima cuando un impresionante batallón de soldados (con vehículos en funcionamiento) llegan al campamento improvisado donde se alojan Cassie, Sam y su padre. Sin embargo, los soldados y el comandante solo parecen interesados en los niños y los cargan rápidamente en los autobuses que esperan antes de ordenar a todos los adultos que acampen. Una vez que los humanos están rodeados, el comandante Vosch ordena una masacre y mata a todos en el campamento. Cassie, sin embargo, escapa por poco y es testigo de la muerte de su padre por la mano de Vosch. En este punto, la cuarta ola es clara: no todos los “humanos” son realmente humanos.
Ahora hay la quinta ola. ¿Estaban preparados los sobrevivientes?
Llegamos a la joven Cassie, de Cassiopeia, que tiene 16 años y tiene un solo objetivo: rescatar a su hermano Sam, de 5 años, que fue llevado por un grupo del ejército a una base militar, que propone cuidar a los niños que sobrevivieron al primeras cuatro olas Sola en el mundo, Cassie no confía en nadie, no duerme sin su arma y sin Bear, el oso de peluche que le dio su hermano para que no tenga miedo. Y ella no puede confiar en nadie.
Trata de entender por lo que Cassie estaba pasando: vives tu vida cómodamente, tu única preocupación es besar o no besar a los que te gustan, graduarte de la escuela secundaria, obtener una calificación en un examen determinado. Y he aquí, de repente no tienes nada más: no tienes hogar, no tienes amigos, no tienes familia, no tienes energía, no tienes nada. Pero hay otros. Y se parecen a ti. ¿Y ahora?
Ahora no está confiando en nadie. A partir de entonces, está matando antes y preguntando después. Cualquiera es sospechoso. El objetivo ahora es mantenerse con vida.
Los libros son tan interesantes que “captamos” el estado de ánimo. El lector tampoco puede confiar en nadie y, en cada página, se hace una nueva pregunta, de modo que la única conclusión plausible es que nada / nadie es lo que parece.
Desde aquí me detengo. No me gusta dar spoilers. Pero, muchas sorpresas te esperarán cuando leas la serie.
La crítica literaria comparó favorablemente el libro con “Los juegos del hambre” y con “Estrada”. El libro recibió críticas protagonizadas por Publishers Weekly y Kirkus, y los revisores señalaron que tiene un gran atractivo público, desdibujando las líneas entre la ficción juvenil y adulta y entre el género y la ficción convencional, por lo que no puede insertarse fácilmente en un género, a pesar de tener muchas de las características de la ficción juvenil. El New York Times lo enumeró como uno de los mejores libros para jóvenes adultos de 2013, y fue finalista de Goodreads para la mejor novela de fantasía o ciencia ficción para jóvenes adultos de 2013. Después de todo: el libro es diferente a cualquier otra historia de invasión alienígena. . No esperes que entren grandes naves y disparen, monstruos alienígenas con armas en mano o armas láser. Es un gran misterio quiénes son estos extraterrestres. Lo único que sucedió fue que apareció y se mostró un barco muy grande. Aparte de eso, no pasó nada. No hablaron. ¿Los sobrevivientes de esa invasión? Solo el 3% de la población mundial.
Nota: El primer libro tuvo una adaptación teatral que debutó en 2016.
Terminamos con una frase de la protagonista: Cassiopeia: “Yo soy el que no huirá, no se quedará, pero se enfrentará. Porque, si soy el último, entonces soy Humanidad. Y si esta es la última guerra de la humanidad, entonces yo soy el campo de batalla “.
Lección de por vida: no confíes, en tu plenitud, en todo lo que ves o dices. Pregunta. Buscar. Entender. Pruébalo. A veces hay que ser incrédulo hasta el punto de, con muchas respuestas y “pruebas”, confiar ciegamente. Pero no lo omitas. No te conformes. Espero que hayas disfrutado el post. Hasta la próxima.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
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Versão em português: Conflitos na Restauração da ordem * Nos contos de uma aia.
Amigxs!! Todos bem – e em casa? Importante que tenhamos toda a cautela possível neste momento difícil. Siga a estrada que está sendo desenhada pela ciência. E vamos seguir juntos pela leitura, pela informação, pela LitFan.
Hoje tenho o prazer (e a honra) de trazer uma canadense que é escritora, romancista, poetisa, contista, ensaísta e crítica literária – internacionalmente reconhecida, tendo recebido inúmeros prêmios literários importantes. Foi agraciada com a Ordem do Canadá, a mais alta distinção em seu país.
Trago a vocês: Margaret Eleanor Atwood.
Em sua infância, era uma leitora voraz de literatura, de livros de mistério, de contos de fada dos “Irmãos Grimm” e de histórias em quadrinhos. Decidiu escrever profissionalmente quando tinha 16 anos. Começou a publicar poemas e artigos no jornal literário da universidade. E sua vida girou muito em torno da literatura. Hoje, com 80 anos, muitos de seus romances e contos são referência. Recebeu muitos prêmios, tais como: o “Arthur C. Clarke Award” (1987), “Man Booker” (2000), o “Princesa das Astúrias” (2008) e o “PEN Pinter” (2016)
Curiosidade: Muitos de seus contos e poemas foram inspirados por contos de fadas europeus e pela mitologia euroasiática.
E toda a genialidade de M. Atwood se manifesta nas linhas de “The Handmaid’s Tale” (O Conto da Aia). Publicado em 1985, foi muito bem recebido pelo pública e pela crítica.
O romance está estabelecido na República de Gileade, uma teonomia cristã militar formada nas fronteiras do que anteriormente eram os Estados Unidos da América.
Nota: Teonomia, de theos (Deus) e nomos (lei), é uma forma de governo em que a sociedade seria governada pela “lei divina”, um tipo de teocracia cristã. Os teonomistas afirmam que a Palavra de Deus, incluindo as leis judiciais do Antigo Testamento, devem ser cumpridas pelas sociedades modernas. Os seguidores do reconstrutivismo cristão são o principal grupo que advoga por este tipo de sistema político.
Atenção: A ficção pode ser muito parecida com a realidade.
Após um ataque terrorista matar o presidente e a maioria do Congresso dos Estados Unidos, um movimento fundamentalista de reconstrução cristã autointitulado “Filhos de Jacó” lança um golpe e suspende a Constituição dos Estados Unidos sob o pretexto de “restaurar a ordem”. Eles rapidamente tiram os direitos das mulheres, em grande parte atribuídos a registros financeiros armazenados eletronicamente e rotulados por sexo. O novo regime surge como a República de Gileade. Trabalha velozmente para consolidar seu poder e reorganizar a sociedade estadunidense ao longo de um novo modelo totalitário, militarizado e hierárquico de fanatismo religioso e social inspirado no Antigo Testamento entre suas castas sociais recém-criadas. Nesta sociedade, os direitos humanos são severamente limitados e os direitos das mulheres são ainda mais restritos; por exemplo, as mulheres estão proibidas de ler.
A história é contada em primeira pessoa por uma mulher chamada Offred (literalmente Of-Fred). A personagem é parte de uma classe de mulheres mantidas para fins reprodutivos e conhecidas como “servas” (aias) pela classe dominante em uma era de nascimentos em declínio devido à esterilidade por poluição e doenças sexualmente transmissíveis. Offred descreve sua vida durante sua terceira tarefa como serva, neste caso na residência de Fred (referido como “O Comandante”). Intercalados em flashbacks estão porções de sua vida de antes e durante o início do golpe, quando ela descobre que perdeu toda autonomia para seu marido, depois de uma tentativa fracassada de escapar do país com sua família para o Canadá. Ela então passa a ser doutrinada para ser uma serva – uma aia. Offred descreve a estrutura da sociedade de Gileade, incluindo as diferentes classes de mulheres e suas vidas circunscritas na nova teocracia cristã.
Ajustando-se às suas alegações de que The Handmaid’s Tale é uma obra de ficção especulativa, não ficção científica, o romance de M. Atwood oferece uma visão satírica de várias tendências sociais, políticas e religiosas dos Estados Unidos na década de 1980. Sua motivação para escrever o romance era que, na década de 1980, a direita religiosa discutia o que eles fariam com as mulheres se elas tomassem o poder, incluindo a Maioria Moral, o Foco na Família, a Coalizão Cristã e o governo Ronald Reagan. Além disso, Atwood questiona o que aconteceria se essas tendências, e especialmente “atitudes casualmente mantidas em relação às mulheres”, fossem levadas ao seu fim lógico. Atwood continua argumentando que todos os cenários oferecidos em “The Handmaid’s Tale” ocorreram na vida real – em uma entrevista que ela deu sobre Oryx e Crake, Atwood sustenta que “Assim como The Handmaid’s Tale, eu não coloquei nada que ainda não fizemos, ainda não estamos fazendo, estamos tentando seriamente, juntamente com as tendências que já estão em andamento … Então, todas essas coisas são reais e, portanto, a quantidade de pura invenção está próxima de nulo. “M. Atwood também era conhecida por levar recortes de jornais para suas várias entrevistas para apoiar a base de sua ficção na realidade. Ela explicou que “The Handmaid’s Tale” é uma resposta para aqueles que afirmam que os governos opressivos, totalitários e religiosos que se firmaram em outros países ao longo dos anos “não podem acontecer aqui” – mas neste trabalho, ela tentou mostrar como pode acontecer de fato – em qualquer lugar.
A inspiração de M. Atwood para a República de Gileade veio de seu tempo estudando os primeiros puritanos americanos enquanto estava em Harvard, da qual participou em uma bolsa. Ela argumenta que a visão moderna dos puritanos – de que eles vieram para a América para fugir da perseguição religiosa na Inglaterra e estabelecer uma sociedade religiosa tolerante – é enganosa, e que, em vez disso, esses líderes puritanos queriam estabelecer uma teocracia monolítica. A escritora também tinha uma conexão pessoal com os puritanos, e ela dedica o romance a sua própria ancestral Mary Webster, que foi acusada de bruxaria na puritana Nova Inglaterra, mas sobreviveu ao enforcamento. Devido à natureza totalitária da sociedade de Gileade, M. Atwood, ao criar o cenário, se inspirou no “idealismo utópico” presente nos regimes do século XX, como Camboja e Romênia, bem como no puritanismo anterior da Nova Inglaterra. M. Atwood argumentou que um golpe, como o descrito em “The Handmaid’s Tale”, usurparia a religião a fim de alcançar seus próprios fins.
Enfim, não apenas o livro foi considerado bem escrito e convincente, mas o trabalho de Atwood foi notável por provocar intensos debates tanto dentro quanto fora da academia. A escritora sustenta que a “República de Gileade” é apenas uma extrapolação de tendências já vistas nos Estados Unidos na época em que ela foi escrita, uma visão apoiada por outros estudiosos que estudam “The Handmaid’s Tale”. De fato, muitos colocaram “The Handmaid’s Tale” na mesma categoria de ficção distópica de “Mil novecentos e oitenta e quatro” e “Admirável mundo novo”, com o recurso adicional de confrontar o patriarcado, uma categorização que M. Atwood aceitou e reiterou em muitos artigos e entrevistas.
Ainda hoje, muitos revisores afirmam que o romance de M. Atwood permanece tão agourento e poderoso como sempre, em grande parte por causa de sua base em fatos históricos. No entanto, quando seu livro foi publicado pela primeira vez em 1985, nem todos os revisores estavam convencidos do “conto de advertência” apresentado por ela. Por exemplo, a resenha de Mary McCarthy no “New York Times” argumentou que “The Handmaid’s Tale” não possuía características para os leitores verem “nosso eu atual em um espelho distorcido, e do que poderemos nos transformar se as tendências atuais continuarem”.
Mas, foi nas telas da TV que a obra ganhou um dimensionamento maior das ideias de M. Atwood. Depois da estreia da série de televisão em 2017, houve muito debate sobre paralelos traçados entre a série (e, por extensão, seu livro) e a sociedade americana após a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos e de Mike Pence como vice-presidente dos Estados Unidos. E a mesma avaliação deve ser feita para outros eleitos, nos mais diversos cantos do planeta.
Reflexões impostas pelo obra de arte de Margaret Eleanor Atwood (citadas pela revista “Super Interessante” em sua matéria “O Futuro da Humanidade segundo quatro distopias …”:
1) TIRANIA EM NOME DE DEUS
Após um ataque terrorista matar o presidente dos EUA e abrir fogo contra membros do Congresso, o exército declarou estado de emergência. Pouco tempo depois, um movimento fundamentalista cristão chamado Filhos de Jacó ganhou força e suspendeu a Constituição dos sobre o pretexto de restaurar a ordem. O país mudou o nome para República de Gileade.
2) POR TRÁS DE TODO GRANDE HOMEM…
A submissão da mulher tornou-se institucional, mas aconteceu gradualmente. Primeiro, elas foram impedidas de trabalhar, depois tiveram seus bens bloqueados e, por fim, seus direitos revogados. Desde então, a sociedade foi reorganizada de modo que a única função das mulheres é servir aos homens. Até para sair de casa elas precisam pedir permissão a eles. E elas também são proibidas de ler. Afinal, a leitura pode lhes dar ideias subversivas.
3) VACAS PARIDEIRAS
Mudanças inexplicadas no meio ambiente esterilizaram a maioria das mulheres. As que ainda são férteis foram forçadas a virarem escravas exclusivas para reprodução. Cada Aia é atribuída a um Comandante dos Filhos de Jacó e, todo mês, deve se deitar com a cabeça entre as pernas da esposa dele, como num ritual, para ser estuprada. Se engravidar e conseguir completar a gestação (as chances são de 25%), é obrigada a dar o bebê ao casal.
4) INDIGNA DE UM NOME
A Aia permanece na casa até o fim do período de amamentação. Depois, é obrigada a partir para outra residência e começar tudo de novo, sem nunca mais ter contato com o(a) filho(a). Ela não é dona nem do próprio nome: é rebatizada sempre com o prefixo “of” (“de”, em inglês), seguido do nome de seu dono. A protagonista, que serve ao Comandante Fred, é chamada de Offred.
5) AS NOVAS “CARREIRAS” PARA MULHERES
Além das Aias, há outras castas femininas em Gilead. As esposas dos Comandantes servem para apoiar o marido e cuidar do lar. As Marthas são empregadas responsáveis pela limpeza e pela comida. As Tias preparam as Aias através de um treinamento rígido, cheio de torturas e humilhações. Por conta de seu prestígio, as Tias são livres para circular pela cidade sem a permissão de um homem
6) MODA SOB CONTROLE
As roupas são fundamentais para diferenciar as mulheres. As Aias se vestem inteiramente de vermelho (simbolizando o parto de Maria Madalena), exceto por uma espécie de chapéu branco que esconde o rosto e não permite enxergar os arredores. As esposas usam azul, que representa a pureza de Virgem Maria. Viúvas vestem preto. As Tias usam marrom e as Marthas, verde.
7) CALE-SE OU MORRA
Os Filhos de Jacó não perseguem apenas mulheres. Gays são enforcados como “traidores do gênero”. Médicos que faziam abortos antes da revolução são caçados e assassinados. E qualquer outra pessoa que tentar se rebelar pode ser executada, ter uma parte do corpo extraída ou ser enviada para as Colônias, um lugar remoto onde ninguém sabe exatamente o que acontece.
Forte… Insano… Realista… Perigoso. E qual sua opinião? Mas antes você tem de ler o livro.
Finalizamos com uma frase da escritora: “Se você soubesse o que iria acontecer, se você soubesse tudo o que iria acontecer no futuro, se soubesse de antemão as consequências de suas próprias ações, você estaria condenado. Você ficaria arruinado como Deus. Você seria uma pedra. Você nunca iria comer ou beber ou rir ou sair da cama de manhã. Você nunca iria amar alguém, nunca mais. Você não se atreveria.”
Espero que tenham gostado do post. Vejo todos vocês no próximo.
Jota Cortizo
Versión española:Conflictos en el restablecimiento del orden * En los cuentos de una criada.
¡¡Amigxs!! ¿Todo bien y en casa? Es importante que tengamos todas las precauciones posibles en este momento difícil. Sigue el camino que está siendo diseñado por la ciencia. Y sigamos juntos a través de la lectura, la información, LitFan.
Hoy me complace (y me honra) traer a una mujer canadiense que es escritora, novelista, poeta, escritora de cuentos, ensayista y crítica literaria, reconocida internacionalmente, que ha recibido numerosos premios literarios importantes. Fue galardonada con la Orden de Canadá, la distinción más alta en su país.
Te traigo: Margaret Eleanor Atwood.
En su infancia, era una voraz lectora de literatura, libros de misterio, cuentos de hadas de los “Hermanos Grimm” y cómics. Decidió escribir profesionalmente cuando tenía 16 años. Comenzó a publicar poemas y artículos en el periódico literario de la universidad. Y su vida giraba en torno a la literatura. Hoy, a la edad de 80 años, muchas de sus novelas y cuentos son una referencia. Recibió muchos premios, tales como: “Premio Arthur C. Clarke” (1987), “Man Booker” (2000), “Princesa de Asturias” (2008) y “PEN Pinter” (2016)
Curiosidad: muchos de sus cuentos y poemas se inspiraron en los cuentos de hadas europeos y en la mitología euroasiática.
Y todo el genio de M. Atwood se manifiesta en las líneas de “The Handmaid’s Tale”. Publicado en 1985, fue muy bien recibido por el público y la crítica.
La novela se estableció en la República de Galaad, una teonomía militar cristiana formada en las fronteras de lo que antes eran los Estados Unidos de América.
Nota: Theonomy, de theos (Dios) y nomos (ley), es una forma de gobierno en el cual la sociedad se regiría por la “ley divina”, un tipo de teocracia cristiana. Los teonomistas afirman que la Palabra de Dios, incluidas las leyes judiciales del Antiguo Testamento, deben ser cumplidas por las sociedades modernas. Los seguidores del reconstructivismo cristiano son el grupo principal que aboga por este tipo de sistema político.
Advertencia: la ficción puede ser muy similar a la realidad.
Después de que un ataque terrorista mató al presidente y a la mayoría del Congreso de los Estados Unidos, un movimiento fundamentalista de reconstrucción cristiana llamado “Hijos de Jacob” lanza un golpe de estado y suspende la Constitución de los Estados Unidos con el pretexto de “restaurar el orden”. Quitan rápidamente los derechos de las mujeres, en gran parte atribuidos a los registros financieros almacenados electrónicamente y etiquetados por sexo. El nuevo régimen emerge como la República de Galaad. Trabaja rápidamente para consolidar su poder y reorganizar la sociedad estadounidense a lo largo de un nuevo modelo totalitario, militarizado y jerárquico de fanatismo religioso y social inspirado en el Antiguo Testamento entre sus nuevas castas sociales. En esta sociedad, los derechos humanos están severamente limitados y los derechos de las mujeres están aún más restringidos; por ejemplo, las mujeres tienen prohibido leer.
La historia es contada en primera persona por una mujer llamada Offred (literalmente Of-Fred). El personaje es parte de una clase de mujeres mantenidas con fines reproductivos y conocidas como “sirvientas” (sirvientas) por la clase dominante en una era de nacimientos en declive debido a la esterilidad por la contaminación y las enfermedades de transmisión sexual. Offred describe su vida durante su tercera tarea como sirviente, en este caso en la residencia de Fred (referida como “El Comandante”). Intercalados en flashbacks hay porciones de su vida de antes y durante el comienzo del golpe, cuando descubre que ha perdido toda la autonomía de su esposo, después de un intento fallido de escapar del país con su familia a Canadá. Luego se adoctrina para ser una sirvienta, una sirvienta. Offred describe la estructura de la sociedad de Galaad, incluidas las diferentes clases de mujeres y sus vidas circunscritas en la nueva teocracia cristiana.
Ajustándose a sus afirmaciones de que The Handmaid’s Tale es una obra de ficción especulativa, no de ciencia ficción, la novela de M. Atwood ofrece una visión satírica de varias tendencias sociales, políticas y religiosas en los Estados Unidos en la década de 1980. escribir la novela fue que, en la década de 1980, la derecha religiosa discutió qué harían con las mujeres si tomaran el poder, incluida la mayoría moral, el enfoque en la familia, la coalición cristiana y el gobierno de Ronald Reagan. Además, Atwood cuestiona qué sucedería si estas tendencias, y especialmente las “actitudes casualmente mantenidas hacia las mujeres”, llegaran a su fin lógico. Atwood continúa argumentando que todos los escenarios ofrecidos en “The Handmaid’s Tale” ocurrieron en la vida real: en una entrevista que dio sobre Oryx y Crake, Atwood sostiene que “Al igual que The Handmaid’s Tale, todavía no he puesto nada que no hayamos hecho, no lo estamos haciendo, lo estamos intentando seriamente, junto con las tendencias que ya están en marcha … Entonces, todas estas cosas son reales y, por lo tanto, la cantidad de pura invención es cercana a cero “. M. Atw ood también era conocida por tomar recortes de periódicos para sus diversas entrevistas para apoyar la base de su ficción en la realidad. Explicó que “The Handmaid’s Tale” es una respuesta para aquellos que afirman que los gobiernos opresivos, totalitarios y religiosos que se han apoderado de otros países a lo largo de los años “no pueden suceder aquí”, pero en este trabajo, ella trató de mostrar cómo puede suceder. de hecho, en cualquier lugar.
La inspiración de M. Atwood para la República de Galaad provino de su tiempo estudiando a los primeros puritanos estadounidenses mientras estaba en Harvard, en el que participó en una beca. Ella argumenta que la visión de los puritanos modernos, que vinieron a América para escapar de la persecución religiosa en Inglaterra y establecer una sociedad religiosa tolerante, es engañosa, y que estos líderes puritanos querían establecer una teocracia monolítica en su lugar. La escritora también tenía una conexión personal con los puritanos, y ella dedica la novela a su propio antepasado Mary Webster, quien fue acusado de brujería en la Nueva Inglaterra puritana, pero sobrevivió a la horca. Debido a la naturaleza totalitaria de la sociedad de Galaad, M. Atwood, al crear la escena, se inspiró en el “idealismo utópico” presente en los regímenes del siglo XX, como Camboya y Rumania, así como en el Puritanismo anterior de Nueva Inglaterra. M. Atwood argumentó que un golpe de estado, como el descrito en “The Handmaid’s Tale”, usurparía la religión para lograr sus propios fines.
De todos modos, el libro no solo se consideró bien escrito y convincente, sino que el trabajo de Atwood fue notable por provocar intensos debates tanto dentro como fuera de la academia. El escritor sostiene que la “República de Galaad” es solo una extrapolación de las tendencias que ya se veían en los Estados Unidos en el momento en que se escribió, una opinión respaldada por otros académicos que estudian “El cuento de la criada”. De hecho, muchos colocaron “The Handmaid’s Tale” en la misma categoría de ficción distópica que “Mil novecientos ochenta y cuatro” y “Brave new world”, con la característica adicional de confrontar el patriarcado, una categorización que M. Atwood aceptó y reiteró en muchos articulos y entrevistas.
Incluso hoy, muchos críticos afirman que la novela de M. Atwood sigue siendo tan siniestra y poderosa como siempre, en gran parte debido a su base en hechos históricos. Sin embargo, cuando su libro se publicó por primera vez en 1985, no todos los revisores estaban convencidos de su “cuento de advertencia”. Por ejemplo, la revisión de Mary McCarthy en el “New York Times” argumentó que “The Handmaid’s Tale” no tenía características para que los lectores vieran “nuestro yo actual en un espejo distorsionado, y qué podemos cambiar si las tendencias actuales continúan”.
Sin embargo, fue en las pantallas de televisión que el trabajo adquirió una mayor dimensión de las ideas de M. Atwood. Después del estreno de la serie de televisión en 2017, hubo mucho debate sobre los paralelos entre la serie (y, por extensión, su libro) y la sociedad estadounidense después de la elección de Donald Trump como presidente de los Estados Unidos y Mike Pence como vicepresidente. presidente de Estados Unidos. Y se debe hacer la misma evaluación para otros funcionarios electos, en los rincones más diversos del planeta.
Reflexiones impuestas por la obra de arte de Margaret Eleanor Atwood (citada por la revista “Super Interessante” en su artículo “El futuro de la humanidad según cuatro distopías …”:
1) TIRANÍA EN EL NOMBRE DE DIOS
Después de que un ataque terrorista mató al presidente de Estados Unidos y abrió fuego contra miembros del Congreso, el ejército declaró el estado de emergencia. Poco después, un movimiento cristiano fundamentalista llamado Hijos de Jacob ganó fuerza y suspendió la Constitución con el pretexto de restaurar el orden. El país cambió su nombre a la República de Galaad.
2) DETRÁS DE CADA GRAN HOMBRE …
La sumisión de las mujeres se convirtió en institucional, pero sucedió gradualmente. Primero, se les impidió trabajar, luego se bloquearon sus activos y, finalmente, se revocaron sus derechos. Desde entonces, la sociedad se ha reorganizado para que la única función de las mujeres sea servir a los hombres. Incluso para salir de casa necesitan pedir su permiso. Y también tienen prohibido leer. Después de todo, la lectura puede darte ideas subversivas.
3) VACAS LATERALES
Los cambios inexplicables en el medio ambiente han esterilizado a la mayoría de las mujeres. Los que aún son fértiles se vieron obligados a convertirse en esclavos exclusivos para la reproducción. Cada enfermera es asignada a un comandante de los Hijos de Jacob y, cada mes, debe acostarse con la cabeza entre las piernas de su esposa, como en un ritual, para ser violada. Si queda embarazada y logra completar el embarazo (las posibilidades son del 25%), está obligado a dar el bebé a la pareja.
4) NOMBRE INDÍGENA
La enfermera permanece en la casa hasta el final del período de lactancia. Luego, se ve obligada a irse a otra residencia y comenzar de nuevo, sin tener contacto con el niño. Ni siquiera posee su nombre: siempre cambia su nombre por el prefijo “de” (“De”, en inglés), seguido del nombre de su propietario. El protagonista, que sirve al comandante Fred, se llama Offred.
5) LAS NUEVAS “CARRERAS” PARA MUJERES
Además de los alias, hay otras variedades femeninas en Gilead. Las esposas de los comandantes sirven para apoyar al esposo y cuidar el hogar. Las Marthas trabajan a cargo de la limpieza y la comida. Las tías preparan al Aias mediante un entrenamiento estricto, lleno de tortura y humillación. Debido a su prestigio, las tías son libres de moverse por la ciudad sin el permiso de un hombre.
6) MODA BAJO CONTROL
La ropa es esencial para diferenciar a las mujeres. Las criadas están completamente vestidas de rojo (simbolizando el nacimiento de María Magdalena), excepto por una especie de sombrero blanco que oculta la cara y no permite ver los alrededores. Las esposas visten de azul, lo que representa la pureza de la Virgen María. Las viudas visten de negro. Las tías visten de marrón y las Marthas visten de verde.
7) CÁLLATE O MUERE
Los hijos de Jacob no solo persiguen a las mujeres. Los gays son ahorcados como “traidores de género”. Los médicos que realizaron abortos antes de la revolución son perseguidos y asesinados. Y cualquier otra persona que intente rebelarse puede ser ejecutada, extraer una parte del cuerpo o enviarse a las Colonias, un lugar remoto donde nadie sabe exactamente qué sucede.
Fuerte … Loco … Realista … Peligroso. ¿Y cuál es tu opinión? Pero primero tienes que leer el libro.
Terminamos con una cita del escritor: “Si supieras lo que sucedería, si supieras todo lo que sucedería en el futuro, si supieras de antemano las consecuencias de tus propias acciones, estarías condenado. Estarías arruinado como Dios. Serías una roca Nunca comerías, beberías, reirías o te levantarías de la cama por la mañana. Nunca amarías a nadie, nunca más. No te atreverías.
Espero que hayas disfrutado el post. Hasta la próxima.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
Capa: *Pictured above: “Pagan,” 2015, acrylic on birch panel – JOHN JUDE PALENCAR