Tags
áfrica, black, Black Panther, Ficção Científica, Futuro, livros, política, sci fi, SciFi, universo, vida
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Olá para todxs meus queridxs amigxs. Nesta semana, me preparava para o post. Tinha (e trarei) em pauta trazer uma obra da genial Octavia E. Butler. Mas sofremos uma grande perda.
Nesta semana, para ser exato na última sexta-feira (28/08/2020), perdemos Chadwick Aaron Boseman. Ator, diretor e roteirista americano. Reconhecido por seus retratos de figuras históricas da vida real, como Jackie Robinson em “42” (2013), James Brown em “Get on Up – A História de James Brown” (2014) e Thurgood Marshall em “Marshall” (2017). Mas o grande personagem de Boseman efetivamente foi do Rei T’Challa, senhor de Wakanda. Personagem, criada por Stan Lee, conta com seu intelecto genial, treinamento físico rigoroso, habilidade em artes marciais, acesso a tecnologias avançadas e riqueza para combater seus inimigos. Boseman deu vida a T’Challa com muito brilhantismo.
Deu vida e relevância mundial ao grande rei. Boseman, aos 43 anos, após uma grande batalha de quatro anos contra o câncer. Uma luta heroica e silenciosa. Boa parte desta luta ocorreu junto com as filmagens de 9 produções. Sendo que a principal o filme solo do “Black Panther”. Rest in Power great king.
Mas a vida tem de seguir. E como o próprio Rei T’Challa falava “Na minha cultura, a morte não é o fim. É mais um ponto de partida”.
Vamos voltar a Octavia E. Butler. A autora é conhecida como uma das maiores escritoras norte-americanas de ficção-científica da atualidade. Ao longo de sua carreira, foi laureada com o MacArthur Fellowship, Hugo, Nebula e Locus Awards, além de ser indicada mais de 20 vezes à prêmios.
Já falamos sobre Octavia em nosso post de 08 de setembro de 2018. Se quiser reler, segue o link:
jotacortizo.wordpress.com/2018/09/08/segregacao-e-dor-todo-o-sofrimento-nas-linhas-octavia-butler/
Perdemos a genialidade de Octavia muito cedo. Em 24 de fevereiro de 2006, com apenas 58 anos. Ficou conhecida como a “Grande Dama da Ficção Científica”.
Hoje, trazemos seu livro “Parable of the Sower” (A Parábola do Semeador) publicado em 1993. O livro é mais do que ficção, é um alerta do que pode se tornar o nosso futuro. O livro é o primeiro da duologia “Semente da Terra”. E conta uma história que se passa entre 2025 e 2027, mais próximo dos leitores atuais do que da própria autora na época de sua escrita. Esse fato adiciona uma camada extra de ansiedade à leitura, pois a obra imagina um futuro nefasto que estamos cada vez mais próximos de alcançar.
A narrativa é em primeira pessoa, seguindo um formato de diário, sendo que de imediato somos apresentados à sua protagonista: a jovem Lauren Olamina, moradora de um bairro murado em Robledo, Califórnia. Através de seus escritos, aos poucos vamos entendendo que Lauren nunca chegou a conhecer nada diferente do mundo em que vive: um lugar perigoso, que crises econômicas e ambientais levaram ao caos social. Não há emprego, não há bem-estar social, não há segurança. Há apenas pessoas desesperadas tentando sobreviver com o que restou e políticos corruptos ceifando cada vez mais direitos em prol da segurança e do enriquecimento de poucos. Em época de governos que dizem proteger e o que mais fazem é subtrair, as semelhanças são assustadoras e não soam nada como meras coincidências.
No começo do livro, no entanto, a família de Lauren ainda tem certa estabilidade. O bairro em que moram é completamente murado e cercado com arames, alarmes e cacos de vidro para manter longe os invasores, e a comunidade dentro dele se ajuda e se mantém protegida das catástrofes do lado de fora. Lauren sabe, entretanto, que essa situação não vai se manter, e começa a se preparar para o pior. Além disso, apesar de ser filha de um pastor batista, logo descobrimos que ela não adere totalmente à religião do pai (pelo menos não abertamente) e que tem suas próprias ideias e pensamentos sobre Deus. Quando suas previsões em relação ao bairro se concretizam e ela é obrigada a sair em fuga por estradas e cidades devastadas em busca de liberdade e segurança, sua nova fé – que ela chama de Semente da Terra – toma protagonismo em sua vida e ela assume a missão de semeá-la ao longo de seu caminho.
Assim, se torna clara a referência do título do livro. “A Parábola do Semeador” é uma parábola famosa da Bíblia, que funciona como uma metáfora para a palavra que Jesus pregava. Nesse livro (o primeiro), vemos Lauren começando a espalhar a nova mensagem entre as pessoas próximas e a busca de que estas “sementes” cresçam e floresçam.
A experiência de leitura dos livros de Octavia é única. Vai desde a construção das personagens até o cenário apresentado (um paralelo com a realidade … atual). A revista New Yorker disse certa vez (muito acertadamente) que a duologia de Octavia era a distopia mais aplicável aos nossos tempos. A autora começou a escrever estas linhas por volta do final dos anos 80, observando o cenário mundial com olhos afiados. Buscou entender como o mercado de armas, as grande indústrias farmacêuticas e o capitalismo levado ao extremo iriam influenciar os anos vindouros (que estamos vivendo agora).
Poderia concluir da seguinte forma: Não é obrigação do escritor de ficção prever o futuro. Pelo contrário. O dever do escritor é mentir (abusadamente). Mas, em certos momentos a mentira parece chegar antes da verdade.
Bem, chegamos ao fim do post. Me despeço hoje com a frase do Rei T’Challa no filme da Marvel: “Agora, mais do que nunca, as ilusões da segregação ameaçam a nossa existência. Todos nós sabemos a verdade. Mais coisas nos conectam do que nos separam. Mas em tempos de crise, os sábios constroem pontes enquanto os tolos constroem barreiras”,
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Pérdidas. Muchas pérdidas. Ahora perdemos nuestro pantera negra.
Hola a todos mis queridos amigos. Esta semana, me estaba preparando para el puesto. Tenía (y traeré) una agenda para traer una obra de la brillante Octavia E. Butler. Pero hemos sufrido una gran pérdida.
Esta semana, para ser exactos el viernes pasado (28/08/2020), perdimos a Chadwick Aaron Boseman. Actor, director y guionista estadounidense. Reconocido por sus retratos de personajes históricos de la vida real, como Jackie Robinson en “42” (2013), James Brown en “Get on Up – The Story of James Brown” (2014) y Thurgood Marshall en “Marshall” (2017). Pero el gran personaje de Boseman era en realidad el rey T’Challa, señor de Wakanda. El personaje, creado por Stan Lee, tiene su intelecto brillante, entrenamiento físico riguroso, habilidades en artes marciales, acceso a tecnologías avanzadas y riqueza para luchar contra sus enemigos. Boseman le dio vida a T’Challa con gran brillantez. Le dio vida y relevancia mundial al gran rey. Boseman, de 43 años, después de una importante batalla de cuatro años contra el cáncer. Una lucha heroica y silenciosa. Gran parte de esta lucha tuvo lugar junto con el rodaje de 9 producciones. La principal es la película en solitario de “Black Panther”. Descansa en poder gran rey.
Pero la vida tiene que irse. Y como decía el propio rey T’Challa: “En mi cultura, la muerte no es el final. Es otro punto de partida”.
Volvemos a Octavia E. Butler. El autor es conocido como uno de los más grandes escritores de ciencia ficción estadounidenses en la actualidad. A lo largo de su carrera, ha sido galardonada con los premios MacArthur Fellowship, Hugo, Nebula y Locus, además de estar nominada más de 20 veces a premios.
Ya hablamos de Octavia en nuestro post del 8 de septiembre de 2018. Si quieres volver a leer, sigue el enlace:
jotacortizo.wordpress.com/2018/09/08/segregacao-e-dor-todo-o-sofrimento-nas-linhas-octavia-butler/
Perdimos el genio de Octavia demasiado pronto. El 24 de febrero de 2006, con tan solo 58 años. Se la conoció como la “Gran Dama de la Ciencia Ficción”.
Hoy os traemos su libro “Parábola del Sembrador” (Parábola del Sembrador) publicado en 1993. El libro es más que ficción, es una alerta de lo que puede convertirse en nuestro futuro. El libro es el primero de la duología “Semilla de la Tierra”. Y cuenta una historia que tiene lugar entre 2025 y 2027, más cerca de los lectores actuales que de la propia autora en el momento de escribir. Este hecho agrega una capa extra de ansiedad a la lectura, ya que la obra imagina un futuro nefasto que cada vez estamos más cerca de lograr.
La narración es en primera persona, siguiendo un formato de diario, y de inmediato se nos presenta a su protagonista: la joven Lauren Olamina, que vive en un barrio amurallado de Robledo, California. A través de sus escritos, poco a poco entendemos que Lauren nunca llegó a conocer nada diferente del mundo en el que vive: un lugar peligroso, que las crisis económicas y ambientales llevaron al caos social. No hay trabajo, ni asistencia social, ni seguridad. Solo hay personas desesperadas que intentan sobrevivir con lo que queda y políticos corruptos que se llevan cada vez más derechos a favor de la seguridad y el enriquecimiento de unos pocos. En tiempos de gobiernos que dicen proteger y lo que más hacen es restar, las similitudes dan miedo y no suenan a meras coincidencias.
Sin embargo, al comienzo del libro, la familia de Lauren todavía tiene algo de estabilidad. El vecindario en el que viven está completamente amurallado y rodeado de cables, alarmas y vidrios rotos para mantener alejados a los invasores, y la comunidad en el interior ayuda y se mantiene protegida de las catástrofes del exterior. Lauren sabe, sin embargo, que esta situación no continuará y comienza a prepararse para lo peor. Además, a pesar de ser hija de un pastor bautista, pronto descubrimos que no se adhiere completamente a la religión de su padre (al menos no abiertamente) y que tiene sus propias ideas y pensamientos sobre Dios. Cuando sus predicciones sobre el vecindario se hacen realidad y se ve obligada a huir por carreteras y ciudades devastadas en busca de libertad y seguridad, su nueva fe, a la que ella llama la Semilla de la Tierra, ocupa un lugar central en su vida y asume el papel. misión de sembrarlo a lo largo de su camino.
Así queda clara la referencia al título del libro. “La parábola del sembrador” es una famosa parábola de la Biblia, que funciona como una metáfora de la palabra que predicó Jesús. En este libro (el primero), vemos a Lauren comenzando a difundir el nuevo mensaje entre aquellos cercanos a ella y la búsqueda de estas “semillas” para crecer y florecer.
La experiencia de lectura de los libros de Octavia es única. Va desde la construcción de los personajes hasta el escenario presentado (un paralelo con la realidad … actual). La revista New Yorker dijo una vez (con bastante razón) que la duología de Octavia era la distopía más aplicable a nuestro tiempo. El autor empezó a escribir estas líneas a finales de los 80, observando la escena mundial con ojos penetrantes. Buscó comprender cómo el mercado de armas, las grandes industrias farmacéuticas y el capitalismo pusieron fin o influiría en los años venideros (en los que vivimos ahora).
Podría concluir de la siguiente manera: no es deber del escritor de ficción predecir el futuro. Por lo contrario. El deber del escritor es mentir (abusar). Pero a veces la mentira parece anteponerse a la verdad.
Bueno, hemos llegado al final del post. Me despido hoy con la frase del Rey T’Challa en la película de Marvel: “Ahora, más que nunca, las ilusiones de segregación amenazan nuestra existencia. Todos sabemos la verdad. Más cosas nos conectan de las que nos separan. Pero en tiempos de crisis, los sabios construyen puentes mientras que los tontos construyen barreras”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea el libro. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
Capa:encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcS51QeiLruACUqEG-QspxLWR1b9fNsYMrIayQ&usqp=CAU
pt.wikipedia.org/wiki/Chadwick_Boseman
encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcSMYHucyLCfdyz-JIcR_IlVTigGim_2zzlt6w&usqp=CAU
res.6chcdn.feednews.com/assets/v2/68e9bb61837630314ffc192462e46369?quality=uhq&resize=720
pbs.twimg.com/media/Egkcnj6XcAAI6xu.jpg
nodeoito.com/a-parabola-do-semeador-resenha/
momentumsaga.com/2018/06/resenha-a-parabola-do-semeador-de-octavia-butler.html
medium.com/@diegoferreira_39109/20-livros-de-autores-negros-para-ler-at%C3%A9-20-de-novembro-1%C2%AA-parte-6f817c5c0d17
cdn.libro.fm/assets/covers/9781440761577_400.jpg
readingmattersblogdotcom1.files.wordpress.com/2017/02/parable-of-the-sower.jpg?w=640
m.media-amazon.com/images/I/51kcKD0ekDL.jpg
img.estadao.com.br/thumbs/640/resources/jpg/0/7/1598717502970.jpg
emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,desenhistas-fazem-homenagem-a-chadwick-boseman-que-morreu-aos-43-anos,70003418042
cdn.theatlantic.com/thumbor/5SyNU9rYRdMZBfgACXpqC2SoECI=/media/img/posts/2016/03/WEL_Coates_BlackPanther_ComicCover/original.jpg
i.pinimg.com/originals/53/85/35/538535ce1737c035406053c69d5cbfa9.png