~ Phantasticus – Fantástico em latim. Gênero literário que congrega três subgêneros: Fantasia, ficção científica e terror. Agora, um lugar para os leitores e escritores que são apaixonados por leitura e escrita, sobre estes mundos imaginários. Que tal sentir pelo virar das páginas o calafrio e o medo provocados pelo terror de algumas linhas. Deixar que o cavaleiro ou a guerreira que existem dentro de nós venha a aflorar. Dos tempos da espada e da feitiçaria. Das religiões antigas aos seres imaginários (ou inimaginários). Um lugar para compartilhar opiniões.
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: E a roda continua a tecer seus fios.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! Demorei bastante para voltar a postar. Esse tempo todo (já se vão mais de dois meses do meu último post) e vai ficando um sentimento estranho. Uma ausência. Mesmo muito agitada, a vida fica diferente sem poder teclar por aqui pelo “O PHANTASTICUS”. Afinal, são mais de sete anos de blog e… Então, deu saudades e voltei!
Hoje, trago um tema o qual já fiz algumas postagens diretas e indiretas. A série de livros do americano Robert Jordan – The Wheel of Time (A Roda do Tempo).
Se quiser relembrar o post “Um mundo de Luz e Sombra onde o Bem e o Mal travam uma batalha eterna”, basta usar o link abaixo:
Nota: Não posso negar que a minha predisposição para postar este tema veio atrelada, a série exibida recentemente homônima na Amazon Prime. Vale ressaltar o excelente desempenho de Rosamund Pike como Moiraine Damodred e Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Curta o teaser da série com o vídeo abaixo:
Mas… Por que a Roda? Misteriosa, complexa, literalmente fantástica. A complexidade da história escrita por Jordan está na mitologia criada que compõe esse cenário fantástico. E…
Parte-se do princípio de que o Criador deu origem ao universo e criou a Roda do Tempo para regê-lo – o primeiro fio? A Roda tece o destino de todas as pessoas seguindo determinados padrões em cada Era até que um dia tudo recomeça. Em todo ciclo uma catástrofe conhecida como a Ruptura do Mundo é um ponto fixo causado por um homem conhecido como o Dragão. Todo esse mundo foi construído com base em filosofias, conceitos e religiões como o budismo, a metafísica e até mesmo o cristianismo ao apresentar as ideias de equilíbrio, destino e duas forças opostas.
A Roda tem algumas similaridades com “Lord of the Rings” de Tolkien. O ritmo dos primeiros capítulos é lento, pela construção dos personagens, mas depois… fica alucinante. As duas obras trazem um mundo cheio de fantasia, personagens complexos, paisagens estonteantes e batalhas épicas. Mas uma das grandes diferenças das duas obras é o que “The Wheel of Time” traz um universo tão único, onde as mulheres assumem não só o protagonismo, como também os poderes mágicos. Há que se fazer algumas ressalvas, por conta da peculiaridade do perfil masculino da obra de Tolkien e do perfil feminino da obra de Jordan – “Lord of the Rings” escrita em 1929 enquanto “The Wheel of Time” começou a ser escrita em 1984. Nas cinco décadas e meia que separam as duas obras, as mulheres conquistaram – com muita justiça – um grande espaço. Isso se percebe claramente quando se comparam as linhas dos dois escritores.
A Roda do Tempo é notável por sua extensão, mundo imaginário detalhado e sistema mágico, e um grande elenco de personagens. Do oitavo ao décimo quarto livro, cada volume um alcançou o primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. Após sua conclusão, a série foi nomeada para o Prêmio Hugo. Em 2021, a série vendeu mais de 90 milhões de cópias em todo o mundo, tornando-se uma das séries de fantasia épica mais vendidas desde O Senhor dos Anéis.
A série de livros elevou Jordan a uma das grandes estrelas da Literatura Fantástica.
Robert Jordan é o pseudônimo de James Oliver Rigney Jr que nasceu em Charleston – na Carolina do Sul, em outubro de 1948 e veio a falecer em setembro de 2007 (com apenas 59 anos). E uma obra sensacional ficaria inacabada. Jordan “parou” no 11º volume (Knife of Dreams). Mas… Ainda havia muito material para fechar as obras. E assim, a roda seguia tecendo seus fios e a viúva de Jordan, Harriet McDougal, e o editor Tom Doherty se encarregaram de escolher Brandon Sanderson para continuar o trabalho. Sanderson se notabilizou pela trilogia Mistborn Publicada entre 2006 e 2008.
Fazendo uso das extensas notas de Jordan, Sanderson completou os três últimos romances da série: “The Gathering Storm” publicado em 2009, “Towers of Midnight” publicado em 2010 e “A Memory of Light” publicado em 2013.
A Roda do Tempo é venerada por uma gigantesca base de fãs, é por isso que em 2007 surgiu uma convenção anual chamada JordanCon, que acontece nos Estados Unidos e recebe centenas de participantes de todo o mundo, inclusive do Brasil.
A roda do tempo tece (e sempre tecerá) o padrão de uma era (quem sabe a nossa) usando a vida das pessoas como fio.
E para concluir o post, fecho com a sinopse do livro 1 “The Eye of the World” (O Olho do Mundo): Um dia houve uma guerra tão definitiva que rompeu o mundo, e no girar da Roda do Tempo o que ficou na memória dos homens virou esteio das lendas. Como a que diz que, quando as forças tenebrosas se reerguerem, o poder de combatê-las renascerá em um único homem, o Dragão, que trará de volta a guerra e, de novo, tudo se fragmentará. Nesse cenário em que trevas e redenção são igualmente temidas, vive Rand al’Thor, um jovem de uma vila pacata na região dos Dois Rios. É a época dos festejos de final de inverno — o mais rigoroso das últimas décadas —, e mesmo na agitação que antecipa o festival, chama a atenção a chegada de uma misteriosa forasteira. Quando a vila é invadida por Trollocs, bestas que para a maioria dos homens pertenciam apenas ao universo das lendas, a mulher não só ajuda Rand a escapar, como o apresenta àquela que será a maior de todas as jornadas: ela é uma Aes Sedai, artífice do poder que move a Roda do Tempo, e acredita que Rand seja o profético Dragão Renascido. Aquele que poderá salvar ou destruir o mundo.
Frase para finalizar o post, extraída do romance tema de hoje:
“O poder que há dentro de você não é sua maior força. Sua mente e como você a utiliza serão muito mais importantes nas batalhas que virão”.
Papo finalizado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até a próxima aqui no “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Versión española:Y la rueda sigue tejiendo sus hilos.
¡¡Hola a mis queridos amigos!! Me tomó un tiempo volver a publicar. Todo este tiempo (han pasado más de dos meses desde mi última publicación) y se está volviendo una sensación extraña. Una ausencia. Incluso muy ocupada, la vida es diferente sin poder escribir aquí “O PHANTASTICUS”. Después de todo, han sido más de siete años de blogs y… ¡Así que los extrañé y estoy de vuelta!
Hoy les traigo un tema que ya he hecho algunos post directos e indirectos. La serie de libros del estadounidense Robert Jordan – La rueda del tiempo.
Si quieres recordar el post “Un mundo de luces y sombras donde el bien y el mal libran una eterna batalla”, solo usa el siguiente enlace:
Nota: No puedo negar que mi predisposición a publicar este tema vino ligada a la serie del mismo nombre recientemente emitida en Amazon Prime. Cabe destacar la excelente actuación de Rosamund Pike como Moraine Damodred y Zoë Robins como Nynaeve al’Meara.
Disfruta del teaser de la serie con el siguiente video:
Pero… ¿Por qué la rueda? Misteriosa, compleja, literalmente fantástica. La complejidad de la historia escrita por Jordan radica en la mitología creada que conforma este fantástico escenario. Y…
¿Se supone que el Creador dio origen al universo y creó la Rueda del Tiempo para gobernarlo, el primer hilo? La Rueda teje el destino de todas las personas siguiendo ciertos patrones en cada Era hasta que un día todo vuelve a empezar. En cada ciclo, una catástrofe conocida como la Ruptura del Mundo es un punto fijo causado por un hombre conocido como el Dragón. Todo este mundo se construyó sobre filosofías, conceptos y religiones como el budismo, la metafísica e incluso el cristianismo al presentar las ideas de equilibrio, destino y dos fuerzas opuestas.
La rueda tiene algunas similitudes con “El señor de los anillos” de Tolkien. El ritmo de los primeros capítulos es lento, debido a la construcción de los personajes, pero luego… se vuelve alucinante. Las dos obras traen un mundo lleno de fantasía, personajes complejos, paisajes impresionantes y batallas épicas. Pero una de las grandes diferencias entre las dos obras es que “La Rueda del Tiempo” trae un universo tan único, donde las mujeres no solo asumen el rol, sino también los poderes mágicos. Es necesario hacer algunas reservas, debido a la peculiaridad del perfil masculino de la obra de Tolkien y el perfil femenino de la obra de Jordan -“El señor de los anillos” escrita en 1929 mientras que “La rueda del tiempo” comenzó a escribirse en 1984. En las cinco décadas y media que separan las dos obras, la mujer ha conquistado –con razón– un amplio espacio. Esto se ve claramente al comparar las líneas de los dos escritores.
La Rueda del Tiempo se destaca por su extensión, mundo imaginario detallado y sistema mágico, y un gran elenco de personajes. Desde el octavo hasta el decimocuarto libro, cada volumen uno alcanzó el número uno en la lista de libros más vendidos del New York Times. Una vez finalizada, la serie fue nominada a un premio Hugo. A partir de 2021, la serie ha vendido más de 90 millones de copias en todo el mundo, lo que la convierte en una de las series de fantasía épica más vendidas desde El Señor de los Anillos.
La serie de libros elevó a Jordan a una de las grandes estrellas de la literatura fantástica.
Robert Jordan es el seudónimo de James Oliver Rigney Jr. Nació en Charleston, Carolina del Sur, en octubre de 1948 y murió en septiembre de 2007 (solo 59 años). Y una obra sensacional quedaría inacabada. Jordan “se detuvo” en el volumen 11 (Knife of Dreams). Pero… Aún quedaba mucho material para completar las obras. Y así, la rueda continuó tejiendo sus hilos, y la viuda de Jordan, Harriet McDougal, y el editor Tom Doherty se encargaron de elegir a Brandon Sanderson para continuar con el trabajo. Sanderson se hizo famoso por la trilogía Mistborn, publicada entre 2006 y 2008.
Haciendo uso de las extensas notas de Jordan, Sanderson completó las últimas tres novelas de la serie: “The Gathering Storm” publicada en 2009, “Towers of Midnight” publicada en 2010 y “A Memory of Light” publicada en 2013.
La Rueda del Tiempo es adorada por una gran base de fanáticos, por lo que en 2007 se creó una convención anual llamada JordanCon, que se realiza en Estados Unidos y recibe a cientos de participantes de todo el mundo, incluido Brasil.
La rueda del tiempo teje (y tejerá siempre) el patrón de una época (quizás la nuestra) utilizando como hilo conductor la vida de las personas.
Y para concluir el post, cierro con la sinopsis del libro 1 “El Ojo del Mundo”: Un día hubo una guerra tan definitiva que partió al mundo, y en el giro de la Rueda del Tiempo lo que quedó en la memoria de los hombres se convirtió en el pilar de las leyendas. Como el que dice que cuando las fuerzas oscuras se levanten, el poder para combatirlas renacerá en un solo hombre, el Dragón, quien traerá de vuelta la guerra y, una vez más, todo se derrumbará. En este escenario donde la oscuridad y la redención son temidas por igual, vive Rand al’Thor, un j proviene de un pueblo tranquilo en la región de Dois Rios. Es el momento del fin de las festividades de invierno —las más rigurosas en décadas— y aún en el ajetreo que anticipa la festividad, llama la atención la llegada de un misterioso extranjero. Cuando el pueblo es invadido por trollocs, bestias que para la mayoría de los hombres pertenecen solo al universo de las leyendas, la mujer no solo ayuda a Rand a escapar, sino que lo introduce en el que será el mayor viaje de todos: ella es una Aes Sedai, artífice del poder que mueve la Rueda del Tiempo, y cree que Rand es el profético Dragón Renacido. El que puede salvar o destruir el mundo.
Frase para terminar el post, extraída de la novela temática de hoy:
“El poder dentro de ti no es tu mayor fortaleza. Tu mente y cómo la uses será mucho más importante en las batallas por venir”.
Charla finalizada. Publicación cerrada. ¿Gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta la próxima aquí en “O PHANTASTICUS”.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – pinterest.pt/pin/317574211210331427/
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: O genial H.P e sua incrível criadora.
Olá, meus caríssimxs amigxs! A vida tem sido muito agitada e, confesso, que tenho dado mouca atenção ao meu querido blog. Mas hoje estou aqui, de volta. E hoje fujo um pouco da temática principal do blog – a ficção fantástica. Hoje parto para o romance policial e trago para a mesa de debate uma escritora importantíssima – seja para a minha vida de literatura como para a literatura policial e de mistério de todo o planeta.
Caríssimxs, hoje trago a incrível Agatha Mary Clarissa Miller. Conhecem? Não!? Bem, conhecem Mary Westmacott. Não? Está desculpado, pois nem eu – um grande leitor da autora sabia até escrever este post. Mas se eu escrever Agatha Christie tenho certeza de que todos – talvez algumas exceções do time abaixo de 15 e 16 anos – conhecem. Sim, a Rainha ou (Dama) do Crime (alcunha que recebeu de todo o seu público e críticos) é conhecidíssima a um século. Durante sua carreira, publicou mais de oitenta livros e suas obras, juntas, venderam cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI. Traduzida em 103 idiomas, só perde em popularidade para as obras de William Shakespeare e a Bíblia.
Genial, incrível, … fantástica. Qualquer adjetivo é pequeno para esta grande mulher.
A escritora, britânica nascida em 15 de setembro de 1890 estaria completando – se viva fosse – 131 anos. Sua obra foi e é tão importante que que em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de Dama-Comendadora da Ordem do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir.
Christie foi muito mais do que somente uma escritora de livros de suspense e policiais. Sua vida, sempre com curiosos a observando, foi uma grande aventura – mesmo tendo sido uma mulher muito reservada, que evitava todos os tipos de holofotes. Christie tinha mais camadas em sua personalidade e mais força de vontade em seu coração do que pensamos que sabemos. E reforçou a importância das mulheres em um momento que isso não era muito possível. Suas personagens mulheres são atrevidas e independentes. Abriu uma estrada promissora para as novas escritoras – que estariam por vir.
Influenciada por autores que vão desde Jane Austin a Alexandre Dumas, a leitura de seus romances policiais é sempre prazerosa. Suas histórias têm suspense, investigações, mas também uma boa dose de aventura. Dada a tramas complexas e cheias de reviravoltas, a Agatha Christie arrebatou uma legião de fãs pelo mundo inteiro. Seu detetive, Hercule Poirot, metódico e dedicado, é sinônimo de mistério e aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” (O misterioso caso de Styles), foi o début do detetive belga Hercule Poirot (o H.P. do título), personagem que conseguiria ser quase tão popular quanto Sherlock Holmes. O livro, publicado em 1920, surgiu por acaso. Foi sua resposta a um desafio feito pela irmã mais nova, Maggie. Queria saber se a mais velha era capaz de escrever um suspense tão benfeito, de modo que o leitor só fosse capaz de desvendar o crime ao final da história.
Hercule Poirot é um pequeno detetive particular belga, que utiliza da sua massa cinzenta para desvendar os crimes. Ele possui um ego inflado, uma genialidade sem tamanho e a capacidade de resolver os mais diversos mistérios fazendo uso da psicologia. Um antigo inspetor da polícia belga, refugiado em Inglaterra depois da invasão alemã na primeira guerra mundial, Poirot instala-se primeiro em Styles, lugar do seu primeiro mistério, e vai ganhando fama e dinheiro com a resolução de novos crimes. A genialidade de HP é apenas o reflexo da grandiosidade de sua criadora. Agatha é brilhante.
Importante: Agatha, ao contrário da maioria dos ingleses, ela era capaz de falar com estranhos à primeira vista, em vez de esperar de quatro dias a uma semana para fazer a primeira investida cautelosa, como é o costume britânico. Esse tipo de humor fazia parte da personalidade da escritora, diz Janet Morgan, autora de uma biografia oficial de Agatha Christie. Segundo ela, Christie “era uma pessoa muito bem-humorada… Ela se divertia com a vida, com os seres humanos e com a forma como se comportavam”. É possível observar isso em A Casa do Penhasco, quando o ajudante de detetive capitão Hastings, que simboliza o jeito de ser inglês, hesita diante de uma tese elaborada por Hercule Poirot, o vaidoso detetive belga que é o personagem mais famoso de Christie. Na opinião de Hastings, a teoria era “muito melodramática”. Algo nada típico de um inglês, não é? Concordo. Mas até os ingleses têm emoções”, responde Poirot.
Assim como os outros personagens estrangeiros nas obras de Christie, Poirot chama a atenção para os estereótipos ingleses. A autora atribui certas características a seus personagens de diferentes nacionalidades. Os franceses são impetuosos, enquanto os escoceses são parcimoniosos e os australianos, simples. Christie, que gostava de viajar tanto antes quanto durante seu casamento com um arqueólogo, usa uma abordagem incisiva (mas, às vezes, xenófoba) para representar todos eles. Os ingleses não são poupados. Uma passagem de Cartas na Mesa, que zomba gentilmente do provincianismo inglês, diz: “Todo cidadão inglês de boa cepa ao enxergá-lo desejava com intensidade e fervor acertar-lhe um pontapé! (…) Se o Sr. Shaitana era argentino, português, grego ou de alguma outra nacionalidade profundamente desdenhada pelo insular bretão, ninguém sabia.”
Algumas peculiaridades:
No ano em que Agatha Christie publicou seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles (1920), o mundo ainda enfrentava a última onda da gripe espanhola. A epidemia, que teve início logo depois da Primeira Guerra Mundial, se arrastou por três anos, matou de 50 milhões a 100 milhões de pessoas e infectou mais de 500 milhões — cerca de um quarto da população do planeta à época. 100 anos depois, vivemos um 2020 sob o forte ataque pandêmico do SARS-COVID-19.
Na manhã do dia 4 de dezembro o carro de Agatha Christie foi encontrado em um barranco no lago de Silent Pool em Newlands Corner, com os faróis acesos. Dentro do Morris Cowley verde foram deixados um casaco de pele, a sua mala e uma carteira de motorista vencida. O desaparecimento da autora se tornou notícia em Surrey quando a polícia local publicou um relatório de pessoas desaparecidas, e passou-se a oferecer £ 100 para quem tivesse qualquer informação sobre a autora. Aviões, mergulhadores e escoteiros buscavam por Agatha – ao todo a busca teve a ajuda de 15 000 voluntários.
Várias informações foram acrescentadas à história do desaparecimento da autora, no livro The World of Agatha Christie. Martin Fido diz que na semana de seu desaparecimento Agatha deixou uma carta para Carlo Fisher, sua secretária, pedindo para cancelar uma hospedagem em Yorkshire. Segundo Martin, a autora escreveu também uma carta ao marido lhe fazendo duras críticas. Ainda no sábado, antes da descoberta do carro da autora, ela havia escrito uma carta a Campbell Christie, de Londres, dizendo que iria para Yorkshire, mas a carta foi perdida antes que Campbell pudesse lê-la. Uma nota também foi escrita para o vice-chefe de polícia de Surrey (ainda antes de encontrar-se o carro de Agatha), informando que Archie temia por sua segurança.
Agatha Christie estava desaparecida há 11 dias, desde que seu carro havia sido encontrado no lago Silent Pool, e estava sendo procurada até por aviões (foi a primeira vez que se usou aviões para buscar alguém desaparecido na Inglaterra), quando a polícia soube que ela estava no Hydropathic Hotel (hoje Old Swan Hotel), em Harrogate. Agatha chegou lá de táxi no dia 4 de dezembro levando consigo apenas uma mala.
A autora estava hospedada sob o nome de Teresa Neele (o mesmo sobrenome da amante de seu marido), dizendo ser da Cidade do Cabo, e explicando que era uma mãe de luto pela morte de seu filho. No hotel, Agatha foi vista dançando, jogando bridge, fazendo palavras cruzadas e lendo jornais. Curiosamente, a autora deixou um anúncio no The Times dizendo que Teresa Neele procurava parentes e amigos da África do Sul; interessante ressaltar que a irmã de Agatha, Madge, morreu em 1923, após voltar do país africano. A autora foi reconhecida no hotel pelo músico Bob Sanders Tappin, que reivindicou a recompensa de 100 libras. Sanders disse que se dirigiu à autora como “Mrs. Christie” e que essa respondeu-lhe, mas disse que estava sofrendo de amnésia. Agatha foi encontrada pela polícia no dia 19 de dezembro.
Várias teorias foram criadas para explicar o falso desaparecimento da autora, algumas pessoas defendem que o escândalo foi um golpe publicitário para aumentar a venda de um dos seus livros (The Murder of Roger Ackroyd lançado semanas antes do desaparecimento, continuava na lista de best-sellers), outras que a intenção da autora era apenas se vingar de Archibald (seu marido e que havia pedido o divórcio para ficar com a amante), simulando sua morte para que o marido fosse acusado de assassiná-la, e finalmente há os que dizem que a autora realmente sofreu um acidente de carro e perdeu a memória.
Em relação às adaptações de suas obras para a televisão e para o cinema, temos: a série britânica de ficção científica Doctor Who que, em um episódio da quarta temporada, utiliza diversos elementos de vários livros da Agatha Christie, como Morte nas nuvens, Um corpo na biblioteca e Assassinato na casa do pastor. Esse episódio teve a maior audiência de toda a temporada. Partners in Crime, livro de contos, virou uma série para a televisão em 1984 e tinha como protagonistas personagens inspirados em Tommy e Tuppence. A detetive Miss Marple também já apareceu nas telas com o filme Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, o principal detetive da obra de Agatha, não ficou de fora e teve uma série, Agatha Christie’s Poirot, baseada nos contos e romances protagonizados por ele. E, recentemente, em 2017, foi lançado o filme Assassinato no Expresso do Oriente, que conta com o grande ator Johnny Depp. O filme é baseado na obra de mesmo nome, que é uma de suas principais contribuições para o mundo dos romances policiais.
Falando agora um pouco particularmente, o primeiro livro (depois do infantis) que li foi “Curtain” (Cai o Pano, aqui no Brasil). A autora concluiu o livro em 1940 mas o manuscrito foi mantido em um cofre até a sua publicação no ano de 1975 (um ano antes da morte da autora).
A história trata do último caso do detetive Hercule Poirot, que já estaria velho e doente e chama seu amigo Arthur Hastings para, em suas palavras, “ser seus olhos e ouvidos” no esclarecimento de um caso intrigante. Vários assassinatos haviam sido cometidos e os suspeitos/supostamente culpados sempre eram pessoas próximas das vítimas.
Entretanto, o experiente detetive acreditava que as coisas não eram tão simples assim. Sua aposta: existiria um assassino comum a todos os crimes, a quem ele chamou de X. De volta ao lugar onde investigaram seu primeiro caso juntos, Poirot e Hastings precisam impedir que X volte a agir. Além da história de suspense propriamente dita, ainda vemos o sofrimento de Hastings ao ver seu amigo debilitado, ainda senhor de uma mente brilhante, mas encarcerada em um corpo que já não lhe sustenta. O livro é envolvente e impossível parar de ler até chegar ao final … e que final … que é totalmente inesperado. Entendam bem quando digo que é inesperado. Gostaram?
E por último, mas não por menor importância, uma palhinha sobre um dos livros mais populares da Rainha do Crime. Estou falando do “Murder on the Orient Express” (Assassinato no Expresso Oriente). Nosso querido H.Poirot havia acabado um trabalho na Síria e, antes de voltar à Inglaterra, resolve parar no meio do caminho, em Istambul, Turquia, pois sempre ia apenas de passagem pela cidade e queria finalmente ter um momento para explorar, entretanto, quando chega ao hotel em Istambul, um telegrama o aguarda e, mais uma vez, o impede de regozijar do passeio tão almejado e precisa voltar imediatamente à Inglaterra. Então, com a ajuda de Bouc, diretor da companhia de trem, uma acomodação no trem, pois, de forma misteriosa, as pessoas resolveram viajar todas ao mesmo tempo em pleno inverno rigoroso até a Inglaterra e o trem se encontra lotado, o que o impediu de viajar na 1ª classe como de costume, mas como o que ele precisava resolver na Inglaterra era de suma importância, aceitou embarcar na 2ª classe mesmo assim. O que, provavelmente os passageiros, não contavam.
Já no trem, com uma viagem longa garantida, Hercule Poirot acaba conhecendo os outros passageiros, todos eles de vários lugares do mundo. Americanos, Russos, Ingleses, Belgos e assim por diante. Cada um que conhecia, já ouviu falar sobre o detetive devido a sua inteligência em desvendar casos fora do comum, afinal, o detetive tinha uma reputação e tanto. Em todos os passageiros, apenas um o incomodou – o senhor Ratchett. Um homem misterioso e deixou uma péssima impressão a Hercule. Enquanto se encontrava no vagão-restaurante, Ratchett o procura e diz que alguém quer matá-lo e oferece a Hercule o serviço, mas o detetive se nega, pois não está interessado em ajudar o prepotente Ratchett.
Do lado de fora do trem, à viagem continua, mas muita neve cai. Na primeira noite da viagem, pouco mais de meia noite e meia, há movimentação dentro do trem, portas se abrem e fecham, dá-se para ouvir os movimentos em cada compartimento dos vagões, vozes resmungando, uma verdadeira comoção e o trem para. Hercule desperta e ao pedir uma água mineral para o chefe de pessoal, descobre que o trem está parado, devido a uma nevasca, entre Vinkovci, Iugoslávia e Brod, Bosnia.
Para ele tudo parece normal, até o dia seguinte chegar e descobrir que houve um assassinato no trem e, a vítima, era ninguém menos que Ratchett, o homem que pediu ajuda a Hercule Poirot no dia anterior, que levou muitas facadas e, devido às circunstâncias dos ferimentos, percebeu que havia um mistério por trás daquela morte. Mas… vou parar para não estragar a leitura daqueles que se interessarem.
Eu estou aproveitando e relendo os mais de 20 livros que tenho da autora.
Mas, já está ficando tarde e tenho que encerrar o post. E me despeço com uma frase da genial Agatha Christie – dita em um dos seus muitos livros. “O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece a lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.” Brilhante e de dar calafrios. Mas é a pura verdade.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:El brillante H.P y su increíble creador.
¡Hola, mis amigos! La vida ha sido muy ajetreada y, lo confieso, le he prestado poca atención a mi querido blog. Pero hoy estoy aquí, de vuelta. Y hoy me escapo del tema principal del blog: la ficción fantástica. Hoy me voy a la novela de detectives y traigo a la mesa de debate a un escritor muy importante, ya sea para mi vida literaria o para la literatura de detectives y de misterio de todo el planeta.
Caríssimxs, hoy les traigo a la increíble Agatha Mary Clarissa Miller. ¿Lo sabías? ¿¡No!? Bueno, ya conoces a Mary Westmacott. ¿No? Lo siento, porque yo tampoco – un gran lector del autor lo sabía hasta escribir este post. Pero si le escribo a Agatha Christie, estoy seguro de que todos, tal vez algunas excepciones del equipo menor de 15 y 16 años lo saben. Sí, la Reina o (Dama) del Crimen (un apodo que recibió de todas sus audiencias y críticos) es conocida desde hace un siglo. Durante su carrera, publicó más de ochenta libros y sus obras, juntas, vendieron casi cuatro mil millones de copias durante los siglos XX y XXI. Traducido a 103 idiomas, es solo superado por las obras de William Shakespeare y la Biblia.
Genial, increíble … fantástico. Cualquier adjetivo es pequeño para esta gran mujer.
La escritora británica, nacida el 15 de septiembre de 1890, cumpliría -si estuviera viva- 131 años. Su trabajo fue y es tan importante que en 1971 fue premiada por la Reina del Reino Unido, Isabel II, con el título de Dama comandante de la Orden del Imperio Británico, un honor que es el equivalente femenino de Sir.
Christie era mucho más que una escritora de suspenso y crimen. Su vida, siempre con gente curiosa mirándola, fue una gran aventura, aunque era una mujer muy reservada, que evitaba todo tipo de focos. Christie tenía más capas en su personalidad y más fuerza de voluntad en su corazón de lo que creemos saber. Y reforzó la importancia de las mujeres en un momento en que esto no era muy posible. Sus personajes femeninos son atrevidos e independientes. Abrió un camino prometedor para los nuevos escritores, que estaban por venir.
Influenciada por autores que van desde Jane Austin hasta Alexandre Dumas, leer sus novelas policiales siempre es un placer. Sus historias tienen suspenso, investigaciones, pero también una buena dosis de aventura. Dadas las tramas complejas y retorcidas, Agatha Christie ha capturado legiones de fanáticos en todo el mundo. Su detective, Hercule Poirot, metódico y dedicado, es sinónimo de misterio y aventura.
“The Mysterious Affair at Styles” fue el debut del detective belga Hercule Poirot (el H.P. del título), un personaje que lograría ser casi tan popular como Sherlock Holmes. El libro, publicado en 1920, surgió por casualidad. Fue su respuesta a un desafío de su hermana menor, Maggie. Quería saber si la mayor era capaz de escribir un thriller tan bien desarrollado, para que el lector solo pudiera desentrañar el crimen al final de la historia.
Hercule Poirot es un pequeño detective privado belga que utiliza su materia gris para resolver crímenes. Tiene un ego inflado, un genio sin tamaño y la capacidad de resolver los misterios más diversos utilizando la psicología. Ex inspector de la policía belga, refugiado en Inglaterra tras la invasión alemana en la Primera Guerra Mundial, Poirot se instala por primera vez en Styles, lugar de su primer misterio, y gana fama y dinero resolviendo nuevos crímenes. El genio de HP es solo un reflejo de la grandeza de su creador. Agatha es brillante.
Importante: Agatha, a diferencia de la mayoría de los ingleses, pudo hablar con extraños a primera vista, en lugar de esperar de cuatro días a una semana para hacer el primer avance cauteloso, como es la costumbre británica. Ese tipo de humor era parte de la personalidad del escritor, dice Janet Morgan, autora de una biografía oficial de Agatha Christie. Según ella, Christie “era una persona de muy buen humor … Se divertía con la vida, con los seres humanos y con su forma de comportarse”. Esto se puede ver en La casa del acantilado, cuando el ayudante de detective Capitán Hastings, que simboliza la forma de ser inglesa, duda ante una tesis elaborada por Hercule Poirot, el vanidoso detective belga que es el personaje más famoso de Christie. En opinión de Hastings, la teoría era “muy melodramática”. Algo que no es típico de un inglés, ¿no? Estoy de acuerdo. Pero incluso los ingleses tienen emociones “, responde Poirot.
Al igual que los demás personajes extranjeros de las obras de Christie, Poirot llama la atención sobre los estereotipos ingleses. La autora atribuye ciertas características a sus personajes de distintas nacionalidades. Los franceses son descarados, mientras que los escoceses son ahorrativos y los australianos simples. Christie, que disfrutaba viajar tanto antes como durante su matrimonio con un arqueólogo, utiliza un enfoque incisivo (pero a veces xenófobo) para r representarlos a todos. Los ingleses no se salvan. Un pasaje de Cartas na Mesa, que se burla suavemente del provincianismo inglés, dice: “¡Todo ciudadano inglés de buena reputación, cuando lo veía, deseaba con intensidad y fervor patearlo! (…) Si el señor Shaitana fuera argentino, portugués, griego o de alguna otra nacionalidad profundamente desdeñada por el isleño bretón, nadie lo sabía “.
Algunas peculiaridades:
En el año en que Agatha Christie publicó su primer libro, El misterioso caso de Styles (1920), el mundo todavía se enfrentaba a la última ola de la gripe española. La epidemia, que comenzó justo después de la Primera Guerra Mundial, se prolongó durante tres años, mató de 50 a 100 millones de personas e infectó a más de 500 millones, aproximadamente una cuarta parte de la población del planeta en ese momento. 100 años después, vivimos en 2020 bajo el fuerte ataque pandémico del SARS-COVID-19.
En la mañana del 4 de diciembre, el automóvil de Agatha Christie fue encontrado en un barranco en el lago en Silent Pool en Newlands Corner, con los faros encendidos. En el interior del Morris Cowley verde quedaron un abrigo de piel, su maleta y una licencia de conducir vencida. La desaparición del autor fue noticia en Surrey cuando la policía local publicó un informe de personas desaparecidas y ofreció £ 100 a cualquiera que tuviera información sobre el autor. Aviones, buzos y exploradores buscaban a Agatha; en total, la búsqueda contó con la ayuda de 15.000 voluntarios.
Se ha agregado mucha información a la historia de la desaparición del autor en El mundo de Agatha Christie. Martin Fido dice que en la semana de su desaparición Agatha le dejó una carta a Carlo Fisher, su secretario, pidiéndole que cancelara una estadía en Yorkshire. Según Martin, la autora también escribió una carta a su marido en la que lo criticaba con dureza. Justo el sábado, antes del descubrimiento del automóvil del autor, ella había escrito una carta a Campbell Christie de Londres, diciendo que iba a Yorkshire, pero la carta se perdió antes de que Campbell pudiera leerla. También se escribió una nota al subjefe de policía de Surrey (incluso antes de que se encontrara el automóvil de Agatha) informándole que Archie temía por su seguridad.
Agatha Christie había estado desaparecida durante 11 días, desde que su automóvil fue encontrado en Silent Pool Lake, y estaba siendo registrado incluso por aviones (fue la primera vez que se usaron aviones para buscar a alguien desaparecido en Inglaterra), cuando la policía se enteró de que ella Estaba en el Hydropathic Hotel (ahora Old Swan Hotel) en Harrogate. Agatha llegó allí en taxi el 4 de diciembre, con solo una maleta.
La autora se encontraba bajo el nombre de Teresa Neele (el mismo apellido que el amante de su marido), afirmaba ser de Ciudad del Cabo y explicaba que era una madre que lamentaba la muerte de su hijo. En el hotel, se vio a Agatha bailando, jugando al bridge, haciendo crucigramas y leyendo periódicos. Curiosamente, el autor dejó un anuncio en The Times diciendo que Teresa Neele estaba buscando parientes y amigos en Sudáfrica; Es interesante notar que la hermana de Agatha, Madge, murió en 1923, después de regresar del país africano. El autor fue reconocido en el hotel por el músico Bob Sanders Tappin, quien reclamó la recompensa de £ 100. Sanders dijo que se dirigió al autor como “Sra. Christie” y que ella le respondió, pero dijo que sufría de amnesia. Agatha fue encontrada por la policía el 19 de diciembre.
Se crearon varias teorías para explicar la falsa desaparición de la autora, algunas personas argumentan que el escándalo fue un truco publicitario para incrementar la venta de uno de sus libros (The Murder of Roger Ackroyd lanzado semanas antes de la desaparición, todavía en la lista de bestsellers) , otros que la intención de la autora era solo vengarse de Archibald (su marido y que había pedido el divorcio para estar con su amante), simulando su muerte para que su marido fuera acusado de asesinarla, y finalmente están los que decir que la autora tuvo un accidente automovilístico y perdió la memoria.
En cuanto a las adaptaciones de sus obras para televisión y cine, tenemos: la serie británica de ciencia ficción Doctor Who, que, en un episodio de la cuarta temporada, utiliza varios elementos de varios libros de Agatha Christie, como Death in the Clouds, Um body en la biblioteca y Asesinato en la casa del pastor. Este episodio tuvo las calificaciones más altas de toda la temporada. Partners in Crime, un libro de cuentos se convirtió en una serie de televisión en 1984 y tenía personajes inspirados en Tommy y Tuppence como protagonistas. La detective Miss Marple también apareció en la pantalla con Dead Man’s Foilly. Hercule Poirot, el detective principal de la obra de Agatha, no se quedó fuera y tuvo una serie, Agatha Christie’s Poirot, basada en las historias y novelas que protagonizó. Y recientemente, en 2017, se estrenó la película Murder on the Orient Express, protagonizada por el gran actor Johnny Depp. La película está basada en la obra del mismo nombre, que es una de sus principales contribuciones al mundo de la novela policíaca.
Hablando un poco en privado ahora, el primer libro (después de los niños) que leí fue “Cortina” (Cai o Pano, aquí en Brasil). El autor terminó el libro en 1940, pero el manuscrito se mantuvo en una caja fuerte hasta su publicación en 1975 (un año antes de la muerte del autor).
La historia trata del último caso del detective Hercule Poirot, que ya es anciano y está enfermo y llama a su amigo Arthur Hastings para, en sus palabras, “ser sus ojos y oídos” para aclarar un caso intrigante. Se habían cometido varios asesinatos y los sospechosos / supuestos culpables eran siempre personas cercanas a las víctimas.
Sin embargo, el experimentado detective creía que las cosas no eran tan sencillas. Su apuesta: habría un asesino común en todos los crímenes, a quien llamó X. De vuelta en el lugar donde investigaron juntos su primer caso, Poirot y Hastings deben evitar que X vuelva a actuar. Además de la historia de suspenso en sí, todavía vemos el sufrimiento de Hastings cuando ve a su amigo debilitado, todavía dueño de una mente brillante, pero aprisionado en un cuerpo que ya no lo apoya. El libro es atractivo e imposible de dejar de leer hasta llegar al final … y qué final … que es totalmente inesperado. Por favor, comprenda cuando digo que es inesperado …. ¿Te gustó?
Y, por último, pero no menos importante, una pajita sobre uno de los libros más populares de Crime Queen. Estoy hablando de “Asesinato en el Orient Express”. Nuestro querido H. Poirot acababa de terminar un trabajo en Siria y, antes de regresar a Inglaterra, decidió detenerse en el camino en Estambul, Turquía, ya que siempre estaba de paso por la ciudad y quería finalmente tener un momento para explorar. sin embargo, cuando llega a su hotel en Estambul, un telegrama lo espera y, una vez más, le impide disfrutar de su tan esperado viaje y debe regresar a Inglaterra de inmediato. Entonces, con la ayuda de Bouc, director de la compañía de trenes, un alojamiento en el tren, porque, de una manera misteriosa, la gente decidió viajar al mismo tiempo en medio del duro invierno a Inglaterra y el tren está lleno., lo que le impidió viajar en primera clase como de costumbre, pero como lo que necesitaba resolver en Inglaterra era de suma importancia, aceptó abordar en segunda clase de todos modos. Que los pasajeros probablemente no contaron.
Ya en el tren, con un largo viaje garantizado, Hércules Poirot acaba conociendo a los demás pasajeros, todos ellos de todo el mundo. Estadounidenses, rusos, ingleses, belgas, etc. Todos los que conocía habían oído hablar del detective debido a su inteligencia para descubrir casos inusuales, después de todo, el detective tenía una gran reputación. De todos los pasajeros, solo uno le molestaba: el señor Ratchett. Un hombre misterioso que le causó muy mala impresión a Hércules. Mientras está en el vagón restaurante, Ratchett lo busca y dice que alguien quiere matarlo y le ofrece el servicio a Hércules, pero el detective se niega, ya que no está interesado en ayudar al arrogante Ratchett.
Fuera del tren, el viaje continúa, pero cae mucha nieve. En la primera noche del viaje, poco después de la medianoche, hay movimiento dentro del tren, las puertas se abren y se cierran, se escuchan los movimientos en cada compartimiento de los vagones, voces murmurando, un verdadero revuelo y el tren se detiene. Hércules se despierta y cuando le pide agua mineral al jefe de personal, descubre que el tren se ha detenido debido a una tormenta de nieve entre Vinkovci, Yugoslavia y Brod, Bosnia.
Para él todo parece normal, hasta que al día siguiente llega y descubre que hubo un asesinato en el tren y la víctima no era otro que Ratchett, el hombre que pidió ayuda a Hércules Poirot el día anterior, quien fue apuñalado y apuñalado. de las heridas, se dio cuenta de que había un misterio detrás de esa muerte. Pero … me detendré para no estropear la lectura a los interesados.
Estoy disfrutando y releyendo los más de 20 libros que tengo del autor.
Pero se hace tarde y tengo que cerrar la publicación. Y me despido con una frase de la genial Agatha Christie – dijo en uno de sus muchos libros. “El amor de una madre por su hijo no se parece a nada en el mundo. No obedece la ley ni la piedad, se atreve a todo y extermina sin piedad todo lo que se interpone en su camino”. Brillante y escalofriante. Pero es la verdad.
Espero que les haya gustado la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A mensagem contida em “A Chegada”.
Olá, para todes. Andei longe, por um tempinho, mas estou de volta. Hoje o PHANTASTICUS tenta abrir um pouco mais a “caixa” que representa o conto “Story of Your Life” (História da sua Vida). Seu autor: Ted Chiang.
Escrito e publicado em 1998 na série de ficção “Starlight 2” (do premiado editor Patrick Nielsen Hayden) – depois republicado em uma coleção de histórias curtas, do próprio autor, no ano de 2002 chamada “Stories of Your Life and Others” (História da sua vida e outros contos). O livro é dividido em 8 contos e cada um é independente do anterior. Segue a ordem dos mesmos, no livro:
“Tower of Babylon” (Torre da Babilônia), publicação original em novembro de 1990) (Ganhador do Prêmio Nebula); “Understand” (Tradução literal “Compreender” ou “Entender”) publicação original em agosto de 1991; “Division by Zero” (Divisão por Zero) publicação original em junho de 1991; “Story of Your Life” (História da sua Vida) publicação original em novembro de 1998) (Ganhador do Prêmio Nebula e do Prêmio Theodore Sturgeon Memorial); “Seventy-Two Letters” (Setenta e duas letras – ou cartas) publicação original em junho de 2000 (Ganhador do Prêmio Sidewise); “The Evolution of Human Science” (A Evolução da Ciência Humana) publicação original em junho de 2000; “Hell Is the Absence of God” (O inferno é a ausência de Deus) publicação original em julho de 2001 Ganhador dos Prêmios (Hugo, Locus e Nebula); “Liking What You See: A Documentary” (Gostando do que vê: um documentário)
“Story of Your Life” ganhou o prêmio “Nebula” de 2000 de Melhor Novela, bem como o prêmio “Theodore Sturgeon” de 1999. Foi nomeado para o Prêmio “Hugo” de 1999 de Melhor Novela. Logo foi traduzida para o italiano, japonês, francês e alemão. Uma adaptação cinematográfica da história, intitulada “Arrival” (Chegada) e dirigida por Denis Villeneuve, foi lançada em 2016. O filme é estrelado por Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker e foi indicada para oito Oscars, incluindo Melhor Filme; ganhou o prêmio de Melhor Edição de Som. O filme também ganhou o Prêmio “Ray Bradbury” 2017 de Melhor Apresentação Dramática e o Prêmio “Hugo” de Melhor Apresentação Dramática.
Sendo bem sincero, foi o filme que me levou ao livro (conto). O filme foi aclamado pela crítica, e como citei um pouco acima, recebeu oito indicações ao Oscar 2017. A história começa quando 12 espaçonaves alienígenas pousaram em 12 locais diferentes na Terra (como: Venezuela, Inglaterra, Rússia, Paquistão e China) e a linguista “A Chegada” imagina como seria a reação mundial diante do primeiro contato com os alienígenas e como nos comunicaríamos com estes seres recém-chegados.
A Drª Louise Banks (interpretada por Amy Adams) é chamada pelo governo americano para traduzir a língua alienígena e tentar se comunicar com eles na tentativa de descobrir suas intenções no planeta. Junto com o físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), eles realizam uma série de experimentos e pesquisas para interpretar a estranha linguagem dos heptápodes – nome dado aos aliens -, enquanto a tensão mundial só aumenta, chegando às margens de um possível conflito armado entre os extraterrestres e os humanos. A tarefa começa a ficar ainda mais complicada quando Louise começa a ter “flashbacks” sobre sua filha, e é aqui que a história começa a ficar interessante.
ATENÇÃO SPOILERS: O primeiro fator de sucesso a ser destacado no filme, é sobre a estrutura do roteiro que brinca com a maneira que percebemos e interpretamos histórias. A princípio, somos levados a acreditar que os flashbacks de Louise são sobre seu passado, já que vemos uma montagem da vida da protagonista com sua filha e seu final trágico. A partir daí, também imaginamos Louise como alguém que está se recuperando desse trauma.
Porém, o filme muda totalmente de direção ao chegar nos últimos minutos e revelando que o que acreditávamos ser o passado, era na realidade o futuro. Essa é a tentativa de fazer o público reavaliar tudo aquilo que assistiu e acreditou ser verdade nos últimos 90 minutos, trazendo à tona o verdadeiro questionamento da história.
Todos estes questionamentos também chegam a nossa mente com a leitura do conto de Ted Chiang – que inspirou o filme. Sem tentar expor muito do livro, o autor envolve o leitor e lida com a questão do tempo na história. Ele te faz buscar uma relativização de passado e futuro, fazendo – desta forma – que o presente ganhe importância.
As mensagem da história deram origem a um belíssimo conto, que valoriza as nossas ações no presente e nos leva a refletir sobre a nossa insignificância diante do universo, e sobre a importância do livre arbítrio. Você se envolveria com uma pessoa sabendo como será doloroso separar-se dela no futuro? Você mudaria o passado conhecendo as consequências dos próprios atos no futuro? Não existe resposta certa, mas existe algo que representa uma das mais importantes características da nossa evolução: poder de escolha.
O livro reserva algumas surpresas que – claro – não irei revelar. Os heptápodes nos deixam uma grande lição. Mas, diferente do filme, no livro eles vão embora sem dizer para o que vieram. O que interessa é justamente o que acontece com Louise. Não é que ela magicamente começa a ver o futuro; ela vai desenvolvendo uma linha de raciocínio igual à dos heptápodes, e por isso se torna capaz de enxergar sua vida toda – ou pelo menos as partes mais importantes dela. E ao adquirir essa habilidade de reprogramar a maneira com que sua mente percebe o tempo ela é capaz de entender como a linguagem dos alienígenas funciona. Não há aqui um conflito real, uma tentativa de guerra ou ataque, aqueles momentos de tensão colocados no filme, é apenas uma mulher contando sua vida e aquilo que descobriu.
Importante: Verifiquei vários blogs e, na grande maioria, o contato com o filme despertou o interesse pelo livro.
Em tempo: Ted Chiang é norte americano. Tem 53 anos. Escritor e roteirista, também escreve para a indústria de software.
Encerrando o post, me despeço com uma frase do genial Albert Einstein: “A diferença entre passado, presente e futuro é uma ilusão, ainda que persistente”. Einstein não escreveu sua frase sobre a ilusão do tempo num livro. Não falou numa entrevista. Nada. Ele escreveu numa carta para a viúva de seu melhor amigo, Michelle Besso, logo após a morte dele. Era uma forma de consolar a ela, e a ele próprio, pela perda. Mas isso não diminui a frase. A dor fez com que Einstein produzisse algo ímpar: uma interpretação poética da relatividade, segundo a qual o tempo não é absoluto; muda de ritmo dependendo da forma como a gente se movimenta. Logo, a uniformidade do tempo é uma ilusão.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:El mensaje contenido en “La llegada”.
Hola a todos. Me alejé por un tiempo, pero he vuelto. Hoy PHANTASTICUS intenta abrir un poco más la “caja” que representa el cuento “Historia de tu vida”. Su autor: Ted Chiang.
Escrito y publicado en 1998 en la serie de ficción “Starlight 2” (por el galardonado editor Patrick Nielsen Hayden) – luego reeditado en la propia colección de cuentos del autor en 2002 llamado “Historias de tu vida y otros” de su vida y otros cuentos). El libro está dividido en 8 cuentos y cada uno es independiente del anterior. El orden de estos en el libro es el siguiente:
“Tower of Babylon”, publicación original en noviembre de 1990) (ganador del premio Nebula); “Entender” (traducción literal “Entender” o “Entender”) publicación original agosto de 1991; Publicación original de “Division by Zero” en junio de 1991; “Story of Your Life” (publicación original de noviembre de 1998) (ganador del premio Nebula y del premio Theodore Sturgeon Memorial); Publicación original de “Seventy-Two Letters” (Setenta y dos letras) en junio de 2000 (Ganador del premio Sidewise); Publicación original “La evolución de la ciencia humana”, junio de 2000; “El infierno es la ausencia de Dios” publicación original de julio de 2001 Ganador del premio (Hugo, Locus y Nebula); “Me gusta lo que ves: un documental”
“Story of Your Life” ganó el premio “Nebula” 2000 a la mejor novela, así como el premio “Theodore Sturgeon” 1999. Fue nominada para el premio 1999 “Hugo” a la mejor novela. Pronto se tradujo al italiano, japonés, francés y alemán. En 2016 se estrenó una adaptación cinematográfica de la historia, titulada “Arrival” (Llegada) y dirigida por Denis Villeneuve. La película está protagonizada por Amy Adams, Jeremy Renner y Forest Whitaker y fue nominada a ocho premios Oscar, incluida Mejor Película; ganó el Premio a la Mejor Edición de Sonido. La película también ganó el Premio “Ray Bradbury” a la Mejor Presentación Dramática de 2017 y el Premio “Hugo” a la Mejor Presentación Dramática.
Francamente, fue la película la que me llevó al libro (historia). La película fue aclamada por la crítica y, como mencioné anteriormente, recibió ocho nominaciones al Oscar en 2017. La historia comienza cuando 12 naves extraterrestres aterrizaron en 12 lugares diferentes de la Tierra (como: Venezuela, Inglaterra, Rusia, Pakistán y China) y El lingüista. ”The Arrival” imagina cómo sería la reacción del mundo al primer contacto con los extraterrestres y cómo nos comunicaríamos con estos seres recién llegados.
La Dra. Louise Banks (interpretada por Amy Adams) es llamada por el gobierno de los Estados Unidos para traducir el idioma alienígena e intentar comunicarse con ellos en un intento de descubrir sus intenciones en el planeta. Junto al físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), llevan a cabo una serie de experimentos e investigaciones para interpretar el extraño lenguaje de los heptápodos -el nombre que se les da a los extraterrestres- mientras la tensión global solo aumenta, llegando a los márgenes de un posible conflicto armado entre extraterrestres y humanos. La tarea se complica aún más cuando Louise comienza a tener “flashbacks” sobre su hija, y aquí es donde la historia comienza a ponerse interesante.
SPOILERS DE ATENCIÓN: El primer factor de éxito a destacar en la película es la estructura del guion que juega con la forma en que percibimos e interpretamos las historias. Al principio, nos hacen creer que los flashbacks de Louise son sobre su pasado, ya que vemos un montaje de la vida de la protagonista con su hija y su trágico final. A partir de ahí, también imaginamos a Louise como alguien que se está recuperando de este trauma.
Sin embargo, la película cambia totalmente de dirección a medida que llega en los últimos minutos y revela que lo que creíamos que era el pasado era en realidad el futuro. Este es el intento de hacer que la audiencia reevalúe todo lo que vio y creyó que era cierto en los últimos 90 minutos, sacando a la luz el verdadero cuestionamiento de la historia.
Todas estas preguntas también nos vienen a la mente con la lectura del cuento de Ted Chiang, que inspiró la película. Sin tratar de exponer gran parte del libro, el autor involucra al lector y trata el tema del tiempo en la historia. Te hace buscar una relativización del pasado y del futuro, haciendo que, de esta forma, el presente gane importancia.
El mensaje de la historia dio lugar a un hermoso relato, que valora nuestras acciones en el presente y nos lleva a reflexionar sobre nuestra insignificancia ante el universo, y sobre la importancia del libre albedrío. ¿Te involucrarías con una persona sabiendo lo doloroso que será separarse de ella en el futuro? ¿Cambiarías el pasado sabiendo las consecuencias de tus acciones en el futuro? No hay una respuesta correcta, pero hay algo que representa una de las características más importantes de nuestra evolución: el poder de elección.
El libro tiene algunas sorpresas que, por supuesto, no revisaré. Los heptapodos nos enseñan una gran lección. Pero, a diferencia de la película, en el libro se van sin decir a qué vinieron. Lo que importa es precisamente lo que le pasa a Louise. No es que por arte de magia empiece a ver el futuro; desarrolla una línea de razonamiento similar a la de los heptápodos, y por eso es capaz de ver toda su vida, o al menos las partes más importantes de ella. Y al adquirir esta capacidad de reprogramar la forma en que su mente percibe el tiempo, puede comprender cómo funciona el lenguaje de los extraterrestres. Aquí no hay ningún conflicto real, ningún intento de guerra o ataque, esos momentos tensos que se encuentran en la película, es solo una mujer que cuenta su vida y lo que descubrió.
Importante: Revisé varios blogs y, en su mayor parte, el contacto con la película despertó interés en el libro.
En el tiempo: Ted Chiang es norteamericano. Tiene 53 años. Escritor y guionista, también escribe para la industria del software.
Cerrando el post, me despido con una frase del genial Albert Einstein: “La diferencia entre pasado, presente y futuro es una ilusión, aunque persistente”. Einstein no escribió su frase sobre la ilusión del tiempo en un libro. No mencioné una entrevista. Nada. Escribió en una carta a la viuda de su mejor amigo, Michelle Besso, poco después de su muerte. Era una forma de consolarla a ella ya él mismo por la pérdida. Pero eso no acorta la oración. El dolor hizo que Einstein produjera algo único: una interpretación poética de la relatividad, según la cual el tiempo no es absoluto; cambia de ritmo dependiendo de cómo nos movamos. Por tanto, la uniformidad del tiempo es una ilusión.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: As Olimpíadas e a LitFan.
Olá, meus caríssimxs amigxs. Hoje o PHANTASTICUS aproveita o momento olímpico para mesclar um pouco o conceito dos jogos e da literatura fantástica.
Antes de mais nada, as Olimpíadas são o maior evento esportivo do mundo, em que atletas de mais de 200 países participam de disputas em diferentes modalidades. Elas acontecem de quatro em quatro anos e são divididas entre Jogos Olímpicos de Verão e Jogos Olímpicos de Inverno (que ocorrem com dois anos de diferença entre si). Há ainda os Jogos Paralímpicos, também separados entre de verão e de inverno, destinados a atletas com deficiências.
Os Jogos Olímpicos foram criados com o objetivo de utilizar o esporte como instrumento para a promoção da paz, da união e do respeito. Entre os intuitos principais está a contribuição para um mundo melhor e a garantia de que a prática de esportes é um direito de todos os seres humanos.
Os primeiros Jogos Olímpicos da antiguidade aconteceram em Olímpia, na Grécia, no ano de 776 a.C. Na época, o evento tinha o objetivo de cultuar os deuses do Olimpo por meio da valorização das aptidões de cada atleta. Tamanha era a importância da competição que os helenos obedeciam ao armistício sagrado: no período olímpico, eles abandonavam suas disputas e se dedicavam a atividades pacíficas.
Após este preâmbulo, vamos falar dos livros – objetivo principal deste blog. Desta forma, só me vem a mente a Odisseia (e a sua continuação “Ilíada”). Escrita atribuída a Homero, é um dos livros de leitura obrigatória sobre mitologia grega. A trama do livro é sobre a Guerra de Troia. Narra o retorno do herói Odisseu (ou Ulisses) à sua terra natal Enquanto isso ocorre, há rixas entre os deuses gregos no monte Olimpo.
O leitor pode acompanhar de que forma isso influencia no destino dos homens, além do marco literário que influenciou todo um gênero na escrita. O poema épico foi elaborado ao longo de séculos através da oralidade, o conto das histórias, e só posteriormente foi transcrito.
Odisseu realmente enfrenta muita coisa para chegar até seu lar, mas tudo isso se dá porque ele e sua tripulação não jogaram ao mar oferendas à Posseidon antes de viajarem, despertando a ira do deus dos mares. Além disso ele ainda arranja problemas com Zeus, com Ciclopes, com monstros do mar, com sereias e com a deusa Calipso. Quando ele finalmente consegue retornar a Ítaca, depois de muitos anos, ele ainda tem de enfrentar os pretendentes que chegaram para tentar desposar Penélope (sua esposa), já que todos pensavam que Odisseu havia morrido na guerra de Troia. Os pretendentes estavam há anos sendo enrolados por Penélope e enquanto isso festejavam e banqueteavam às custas de Ítaca.
Homero foi um poeta da Grécia antiga, porém, nada se sabe a seu respeito. Os gregos do século V a.C. relembravam que, em algum lugar, num passado distante, vivera um homem chamado Homero, que compusera dois grandes poemas épicos: “Ilíada” e “Odisseia”. Mas os próprios gregos da antiguidade sabiam muito pouco a respeito de Homero. Pode ter vivido entre os séculos IX e VIII a.C. Ou quem sabe, podem. Há um grupo (não muito pequeno) que acredita que Homero não era um, mas alguns poetas. Mas, não temos como afirmar efetivamente esta hipótese.
Voltando. Os contos de Homero inspiraram muitos autores. Um deles, Rick Riordan, e sua grande série “Percy Jackson e os Olimpianos” traz “ecos” dos textos da Ilíada e da Odisseia. Rick Riordan teria buscado inspiração em seu filho mais velho ao escrever a série, o mesmo tinha transtorno de deficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e dislexia. O autor contava histórias de aventura para o filho, onde o personagem principal era sempre alguém disléxico e hiperativo. Esse personagem era Percy Jackson, filho de Poseidon com uma mortal, isto é, um semideus.
Nota do blog:: O PHANTASTICUS já abordou Riordan e sua obra de sucesso no post: jotacortizo.wordpress.com/2015/07/19/o-ladrao-de-raios-de-rick-riordan-el-ladron-del-rayo-por-rick-riordan/ em 19/07/2015. Se quiser ler (ou reler) basta colar o link no seu navegador.
As histórias contadas na Ilíada e na Odisseia são incríveis, por isso elas sobreviveram por tanto tempo. São o que os gregos chamavam de “mitos” no sentido original da palavra: contos tradicionais transmitidos de geração em geração, primeiro oralmente e depois de forma escrita.
Nota do blog: Uma das formas de “sobreviver” é a inspiração de escritores contemporâneos, como Rick Riordan, que falamos acima.
Uma parte fundamental da genialidade do autor – ou talvez dos autores – desses dois épicos foi a seletividade. Da grande quantidade de histórias tradicionais transmitidas oralmente ao longo de muitos séculos, que descrevem suas façanhas e aventuras de uma idade de ouro de heróis, Homero focou em apenas dois: Aquiles e Ulisses (também chamado de Odisseu).
Mas há algo verídico em todas as histórias que ele conta? Houve realmente uma guerra de Troia como a descrita nas obras, ou pelo menos uma verdadeira guerra de Troia, ainda que diferente daquela descrita com tantos detalhes pelos poetas rotulados sob o nome de “Homero”?
Heinrich Schliemann, um rico empresário prussiano e ultramoderno do século 19 não tinha dúvidas. Ele acreditava que Homero não era apenas um grande poeta, mas também um grande historiador. Para provar isso, ele decidiu escavar (ou pelo menos desenterrar) os sítios originais descritos na epopeia: Micenas, a capital do reino de Agamenon e, claro, Troia.
Para realizar sua busca, Schliemann seguiu as pistas deixadas pelos antigos gregos. Infelizmente, em Hisarlik (hoje noroeste da Turquia), onde segundo a maioria dos especialistas teria sido Troia caso realmente tivesse existido, ele cometeu erros graves e causou um desastre arqueológico que precisa ser recuperado por cientistas americanos e alemães.
Ele escavou muito a área e – ainda que não haja dúvida de que este sítio, solidamente fortificado e com uma considerável cidade estendendo-se por baixo, foi de grande importância no período relevante (por volta do século 13 ao século 12 a.C.) -os especialistas não conseguem definir qual das camadas escavadas pertence ao período homérico.
Mas aí perguntamos: Os gregos tinham algum bom motivo para inventar e embelezar história da Guerra de Troia? Um estudo sócio-histórico comparativo do épico como um gênero de literatura comunitária indica duas coisas relevantes: primeiro, que sagas como a Ilíada pressupõem ruínas; e segundo, que na esfera sagrada da poesia épica, as derrotas podem ser transformadas em vitórias e as vitórias podem ser inventadas.
Então este pode ter sido o papel de Homero (ou Homeros)? A ficção/fantasia pode ter virado verdade?
Esta(s) pergunta(s) pode(m) ficar sem resposta. O importante é quão grande é a obra e como ela nos afeta.
Encerrando o post, me despeço com uma frase do inigualável Farrokh Bulsara. Opa! Acho que poucos o conhecem. Então, melhor revelar a frase de Freddie Mercury.
“Isso é a vida real? Isso é só fantasia? Pego num desmoronamento. Sem poder escapar da realidade.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:Los Juegos Olímpicos y LitFan.
Hola, mis amigos. Hoy, PHANTASTICUS aprovecha el momento olímpico para mezclar un poco el concepto de juegos y literatura fantástica.
En primer lugar, los Juegos Olímpicos son el evento deportivo más grande del mundo, en el que deportistas de más de 200 países participan en disputas en diferentes modalidades. Tienen lugar cada cuatro años y se dividen entre los Juegos Olímpicos de Verano y los Juegos Olímpicos de Invierno (que tienen lugar con dos años de diferencia). También están los Juegos Paralímpicos, también separados entre verano e invierno, dirigidos a deportistas con discapacidad.
Los Juegos Olímpicos se crearon con el objetivo de utilizar el deporte como instrumento para promover la paz, la unidad y el respeto. Entre los propósitos principales está la contribución a un mundo mejor y la garantía de que la práctica del deporte sea un derecho de todos los seres humanos.
Los primeros Juegos Olímpicos de la antigüedad tuvieron lugar en Olimpia, Grecia, en el año 776 aC En ese momento, el evento tenía el objetivo de adorar a los dioses del Olimpo valorando las habilidades de cada deportista. Tal era la importancia de la competición que los helenos obedecieron el armisticio sagrado: en el período olímpico abandonaron sus disputas y se dedicaron a actividades pacíficas.
Después de este preámbulo, hablemos de libros, el objetivo principal de este blog. De esta forma, sólo me viene a la mente la Odisea (y su continuación “Ilíada”). Escrito atribuido a Homero, es uno de los libros de mitología griega de lectura obligada. La trama del libro trata sobre la Guerra de Troya. Narra el regreso del héroe Ulises (o Ulises) a su tierra natal. Mientras esto ocurre, hay enemistades entre los dioses griegos en el Monte Olimpo.
El lector puede seguir cómo esto influye en el destino de los hombres, además del marco literario que influyó en todo un género en la escritura. El poema épico fue elaborado a lo largo de los siglos a través de la oralidad, el relato de historias, y solo más tarde se transcribió.
Odiseo se enfrenta a muchas cosas para llegar a su casa, pero todo se debe a que él y su tripulación no arrojaron ofrendas a Posseidón por la borda antes de viajar, lo que provocó la ira del dios de los mares. Además, todavía se mete en problemas con Zeus, cíclopes, monstruos marinos, sirenas y la diosa Calipso. Cuando finalmente logra regresar a Ítaca, después de muchos años, todavía tiene que enfrentarse a los pretendientes que llegaron para intentar casarse con Penélope (su esposa), ya que todos pensaban que Ulises había muerto en la guerra de Troya. Los pretendientes habían sido cebados por Penélope durante años y mientras tanto festejaban y festejaban a expensas de Ítaca.
Homero fue un poeta griego antiguo, pero no se sabe nada de él. Los griegos del siglo V a. C. recordaron que en algún lugar del pasado distante vivía un hombre llamado Homero, que había compuesto dos grandes poemas épicos: “Ilíada” y “Odisea”. Pero los propios griegos antiguos sabían muy poco sobre Homero. los siglos IX y VIII aC O quién sabe, tal vez. Hay un grupo (no muy pequeño) que cree que Homero no fue uno, sino unos pocos poetas, pero no podemos afirmar efectivamente esta hipótesis.
Regresando. Los cuentos de Homero inspiraron a muchos autores. Uno de ellos, Rick Riordan, y su gran serie “Percy Jackson y los olímpicos” trae “ecos” de textos de la Ilíada y la Odisea. Rick Riordan habría buscado inspiración en su hijo mayor al escribir la serie, tenía trastorno por déficit de atención con hiperactividad (TDAH) y dislexia. El autor contó historias de aventuras para su hijo, donde el personaje principal siempre fue alguien disléxico e hiperactivo. Ese personaje era Percy Jackson, hijo de Poseidón con un mortal, es decir, un semidiós.
Nota de blog: PHANTASTICUS ya ha cubierto a Riordan y su exitoso trabajo en la publicación: jotacortizo.wordpress.com/2015/07/19/o-ladrao-de-raios-de-rick-riordan-el-ladron-del- rayo -por-rick-riordan / el 19/07/2015. Si desea leer (o releer) simplemente pegue el enlace en su navegador.
Las historias que se cuentan en La Ilíada y La Odisea son increíbles, por eso sobrevivieron tanto tiempo. Estos son los que los griegos llamaban “mitos” en el sentido original de la palabra: cuentos tradicionales transmitidos de generación en generación, primero oralmente y luego por escrito.
Nota de blog: Una de las formas de “sobrevivir” es la inspiración de escritores contemporáneos como Rick Riordan, de quien hablamos anteriormente.
Una parte clave del genio del autor, o quizás de los autores, de estas dos epopeyas fue la selectividad. De la plétora de historias tradicionales transmitidas oralmente a lo largo de muchos siglos que describen sus hazañas y aventuras de una época dorada de héroes, Homero se centró solo en dos: Aquiles y Ulises (también llamado Ulises).
Pero ¿Hay algo de verdad en todas las historias que cuenta? Realmente hubo una guerra de Troya como la que se describe en las obras, o al menos una guerra de Troya real, aunque diferente a esa. descrito con tanto detalle por los poetas etiquetados como “Homero”?
Heinrich Schliemann, un rico empresario prusiano ultramoderno del siglo XIX, no tenía dudas. Creía que Homero no solo era un gran poeta, sino también un gran historiador. Para demostrarlo, decidió excavar (o al menos desenterrar) los sitios originales descritos en la epopeya: Micenas, la capital del reino de Agamenón y, por supuesto, Troya.
Para llevar a cabo su búsqueda, Schliemann siguió las pistas dejadas por los antiguos griegos. Desafortunadamente, en Hisarlik (ahora noroeste de Turquía), donde la mayoría de los expertos dicen que habría sido Troya si realmente existiera, cometió serios errores y provocó un desastre arqueológico que necesita ser recuperado por científicos estadounidenses y alemanes.
Excavó extensamente el área y, aunque no hay duda de que este sitio, sólidamente fortificado y con una ciudad considerable que se extiende debajo de él, fue de gran importancia en el período relevante (alrededor del siglo XIII al XII aC), los especialistas no pueden definir cuál de las capas excavadas pertenecen al período homérico.
Pero luego preguntamos: ¿Tenían los griegos alguna buena razón para inventar y embellecer la historia de la guerra de Troya? Un estudio sociohistórico comparado de la epopeya como género de literatura comunitaria indica dos cosas relevantes: primero, que las sagas como la Ilíada presuponen ruinas; y segundo, que en la esfera sagrada de la poesía épica, las derrotas se pueden convertir en victorias y las victorias se pueden inventar.
Entonces, ¿este podría haber sido el papel de Homero (o Homers)? ¿Podría haberse hecho realidad la ficción / fantasía?
Esta (s) pregunta (s) puede quedar sin respuesta. Lo importante es qué tan grande es la obra y cómo nos afecta.
Cerrando el post, me despido con una frase del incomparable Farrokh Bulsara. ¡UPS! Creo que pocos lo conocen. Entonces, mejor revela la frase de Freddie Mercury.
“¿Es ésto la vida real? ¿Es esto solo una fantasía? Atrapado en un derrumbe. Sin poder escapar de la realidad “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Inteligência e sagacidade são as armas deste grande personagem da ficção.
Olá, para todxs! Estão todxs bem? O PHANTASTICUS ficou um tempinho sem postagens novas por conta de um outro projeto. Mas, agora é hora de LitFan.
O nosso post de hoje vai explorar não uma obra, mas sim um personagem. Um personagem que é uma mescla de vários. Um personagem que iniciou sua trajetória no início do século XX. Um personagem que não estava interessado em combater crimes, mas em cometê-los – e da maneira mais rocambolesca possível.
Pense um pouco. Este personagem … melhor, uma adaptação deste personagem tem feito um sucesso estrondoso na plataforma de streaming Netflix. Esta adaptação tem se consolidado como um fenômeno de audiência em boa parte deste nosso querido planeta.
Você deve estar se remoendo. Não!? Tenho certeza. Mas, vamos ajudar: Este personagem é francês – assim como seu criador – e literalmente, nasceu sob encomenda. Estamos falando de Arsène Lupin. Sim! Agora que você já deve estar sorrindo, vamos falar um pouco deste grande cavalheiro.
Maurice Leblanc criou o personagem Lupin como uma espécie de Sherlock Holmes às avessas. Sua primeira aparição foi no conto A Detenção de Arsène Lupin, encomendado pela revista “Je Sais Tout” (tradução literal: Eu sei tudo) em julho de 1905, justamente como uma resposta ao sucesso do detetive inglês. Face ao sucesso crescente da personagem junto aos leitores, Leblanc, segue escrevendo diversas aventuras do ladrão cavalheiro até ao seu óbito em 1941. São dezoito romances, trinta e nove novelas e cinco peças de teatro. Lupin é um personagem que opera do lado errado da lei, e ainda assim ele não é “mau”; todos aqueles a quem Lupin vence, são, no mínimo, vilões muito piores do que ele. Podemos encontrar muitas semelhanças de Lupin com o personagem A. J. Raffles (um personagem fictício britânico – um jogador de críquete e ladrão cavalheiro – criado por E. W. Hornung em 1898).
É possível que para criar o personagem de Arsenio Lupin, Leblanc tenha se inspirado na figura do anarquista francês Marius Jacob, cujo julgamento e prisão foram muito seguidos em março de 1905. Leblanc também havia lido “Les 21 jours d’un neurasthénique” (Os 21 dias de um neurastênico) (1901), de Octave Mirbeau, e tinha visto a comédia do mesmo autor “Scrupules” (Escrúpulos) (1902), em que aparece a figura de um ladrão de luvas brancas.
Arsène Raoul Lupin “nasceu” em Blois em 1874, filho de Henriette d’Andrésy e Teofrasto Lupin. Além do direito e da medicina (com especialização em dermatologia), Lupin também conhece estudos clássicos como latim e grego, além de prestidigitação. Seu pai era professor de boxe, savate, esgrima e ginástica, e foi ele quem introduziu Lupin nas artes marciais e o apresentou a seu professor de jiu-jitsu.
Este Robin Hood moderno, ou como diz Sartre este “Cyrano de la pègre” (Cyrano do submundo), extrai sua inteligência e astúcia, sua força física e sua compostura do resgate da inocência perseguida. Lupin é, por outro lado, um homem elegante e sedutor, muito apreciado pelas mulheres; Ele também tem uma ironia sem igual no que diz respeito aos rivais ou aos policiais, sem esquecer seu lado mais lúdico e infantil, que sem dúvida garantiu o sucesso dos romances entre os leitores.
As aventuras de Lupin são um reflexo da França da Belle Époque. O criminoso ganhou popularidade fisgando o público com uma sagacidade quase inacreditável e deboches com a burguesia francesa. O visual formal, sempre acompanhado de uma cartola e de um monóculo, lhe rendeu o epíteto de “ladrão de casaca”. Suas vítimas, aliás, eram sempre provenientes da alta aristocracia do país, e nunca os menos favorecidos
Voltando as comparações com Sherlock Holmes, personagem criado por Arthur Conan Doyle, a disputa com Holmes era tão escancarada que Leblanc chegou a introduzi-lo em um de seus livros, o que levou Doyle a entrar na Justiça para impedir que ele usasse o nome de seu famoso detetive. A solução do francês foi mudar o nome do investigador para um nada sutil Herlock Sholmes, e seguir se divertindo com a briga de gato e rato entre Lupin e Sholmes – sempre, é claro, com o triunfo do ladrão ao final.
A adaptação que “resgatou” Lupin (e o mostrou para o mundo) é uma série francesa de aventura, comédia e fantasia criada por George Kay e François Uzan. Estreou na Netflix em 8 de janeiro de 2021. A série, dividida em duas partes, consiste em 10 episódios e inclui Omar Sy no papel de Assane Diop, um personagem do século 21 inspirado nas aventuras fictícias do ladrão de colarinho branco Arsène Lupin, que foi criado por Maurice Leblanc. A série não apenas acumulou uma audiência gigantesca – mais de 76 milhões de usuários assistiram os cinco episódios em janeiro – como se tornou a primeira produção francesa do serviço a cravar lugar no Top 10 do streaming nos Estados Unidos, um país onde a barreira cultural se encontra no domínio da língua inglesa.
Já sobre o querido autor, Leblanc nasceu no dia 11 de dezembro de 1864, na França e ficou famoso como um escritor de contos. Alcançou o ápice da fama através das histórias de Arsène Lupin, e seguiu escrevendo e vivendo da fama do personagem até sua morte, aos 77 anos, em 1941.
Fechamos o post com uma frase de do personagem Arséne Lupin, extraída do livro “Arsène Lupin, gentleman-cambrioleur” (Arsène Lupin, Ladrão de Casaca): “Onde a força malogra, a astúcia triunfa. O essencial é ter olhos e ouvidos em alerta.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La inteligencia y el ingenio son las armas de este gran personaje de ficción.
¡Hola a todos! ¿Están todos bien? PHANTASTICUS estuvo un tiempo sin nuevos puestos debido a otro proyecto. Pero ahora es el momento de LitFan.
Nuestro post de hoy explorará no una obra, sino un personaje. Un personaje que es una mezcla de muchos. Un personaje que inició su trayectoria a principios del siglo XX. Un personaje que no estaba interesado en luchar contra los delitos, sino en cometerlos, y de la manera más atroz posible.
Piense por un momento. Este personaje … mejor, una adaptación de este personaje ha tenido un gran éxito en la plataforma de transmisión de Netflix. Esta adaptación se ha consolidado como fenómeno de audiencia en gran parte de nuestro querido planeta.
Debes estar cavilando. ¿¡No!? Estoy seguro. Pero ayudemos: este personaje es francés, al igual que su creador, y literalmente, nació por encargo. Estamos hablando de Arsene Lupin. ¡Sí! Ahora que deberías estar sonriendo, hablemos un poco sobre este gran caballero.
Maurice Leblanc creó al personaje Lupin como una especie de Sherlock Holmes al revés. Su primera aparición fue en el cuento La detención de Arsène Lupin, encargado por la revista “Je Sais Tout” (traducción literal: lo sé todo) en julio de 1905, precisamente como respuesta al éxito del detective inglés. Dado el creciente éxito del personaje entre los lectores, Leblanc continúa escribiendo varias aventuras del caballero ladrón hasta su muerte en 1941. Hay dieciocho novelas, treinta y nueve novelas y cinco obras de teatro. Lupin es un personaje que opera en el lado equivocado de la ley y, sin embargo, no es “malvado”; todos esos ritmos de Lupin son, como mínimo, villanos mucho peores que él. Podemos encontrar muchas similitudes entre Lupin y el personaje A.J. Raffles (un personaje británico ficticio – un jugador de críquet y un caballero ladrón – creado por E.W. Hornung en 1898).
Es posible que para crear el personaje de Arsenio Lupin, Leblanc se inspirara en la figura del anarquista francés Marius Jacob, cuyo juicio y encarcelamiento fueron seguidos de cerca en marzo de 1905. Leblanc había leído también “Les 21 jours d’un neurasthénique” (Os 21 días de un neurasténico) (1901), de Octave Mirbeau, y había visto la comedia del mismo autor “Scrupules” (1902), en la que aparece la figura de un ladrón con guantes blancos.
Arsène Raoul Lupin “nació” en Blois en 1874, hijo de Henriette d’Andrésy y Theophrastus Lupin. Además de derecho y medicina (con especialización en dermatología), Lupin también está familiarizado con estudios clásicos como el latín y el griego, así como con los juegos de manos. Su padre era profesor de boxeo, savate, esgrima y gimnasia, y fue él quien introdujo a Lupin en las artes marciales y le presentó a su profesor de jiu-jitsu.
Este Robin Hood moderno, o como dice Sartre este “Cyrano de la pègre” (Cyrano del inframundo), extrae su inteligencia y astucia, su fuerza física y su compostura del rescate de la inocencia perseguida. Lupin es, en cambio, un hombre elegante y seductor, muy apreciado por las mujeres; También tiene una ironía sin igual cuando se trata de rivales o policías, sin olvidar su lado más lúdico e infantil, que sin duda ha asegurado el éxito de las novelas entre los lectores.
Las aventuras de Lupin son un reflejo de la Belle Époque Francia. El criminal ganó popularidad provocando al público con una perspicacia casi increíble y burlándose de la burguesía francesa. El look formal, siempre acompañado de un sombrero de copa y un monóculo, le valió el calificativo de “ladrón con abrigo”. Sus víctimas, por cierto, siempre fueron de la alta aristocracia del país, y nunca de los menos favorecidos.
Volviendo a las comparaciones con Sherlock Holmes, personaje creado por Arthur Conan Doyle, la disputa con Holmes fue tan abierta que Leblanc incluso lo presentó en uno de sus libros, lo que llevó a Doyle a acudir a los tribunales para evitar que usara el nombre de tu famoso detective. La solución del francés fue cambiar el nombre del investigador a un no tan sutil Herlock Sholmes, y seguir disfrutando de la pelea del gato y el ratón entre Lupin y Sholmes, siempre, por supuesto, con el triunfo del ladrón al final.
La adaptación que “rescató” a Lupin (y lo mostró al mundo) es una serie francesa de aventuras, comedia y fantasía creada por George Kay y François Uzan. Se estrenó en Netflix el 8 de enero de 2021. La serie de dos partes consta de 10 episodios e incluye a Omar Sy como Assane Diop, un personaje del siglo XXI inspirado en las aventuras ficticias del ladrón de cuello blanco Arsène Lupin, creado por Maurice Leblanc. . La serie no solo amasó una gran audiencia, más de 76 millones de usuarios vieron los cinco episodios en enero, se convirtió en la primera producción francesa del servicio en ganar un lugar en el Top 10 de transmisión en los Estados Unidos, un país donde la La barrera está en el dominio del idioma inglés.
Sobre el querido autor, Leblanc nació el 11 de diciembre de 1864 en Francia y se hizo famoso como narrador. logrado el pináculo de la fama a través de las historias de Arsène Lupin, y continuó escribiendo y viviendo de la fama del personaje hasta su muerte, a la edad de 77 años, en 1941.
Cerramos el post con una frase del personaje Arséne Lupin, extraída del libro “Arsène Lupin, gentleman-cambrioleur” (Arsène Lupin, Thief in Cloak): “Donde falla la fuerza, triunfa la astucia. Lo fundamental es tener ojos y oídos alerta”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A ficção tem vários caminhos mas apenas um destino.
Olá, para todxs! Estão bem? Assim espero.
O nosso post de hoje vai explorar os diversos subgêneros de ficção científica. Mas, antes disso, vamos escrever um pouco sobre a extensa gama de subcategorias que fazem parte da Literatura Fantástica. Importante frisar que a LitFan tem como característica nata a possibilidade de liberação do imaginário, elemento que dá asas aos escritores e permite a continua expansão desse estilo literário. Sendo assim, podemos dizer que a literatura fantástica “refere-se ao que é criado pela imaginação, o que não existe na realidade. É aplicável a um objeto como a literatura, pois neste universo, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional”. Em suma, essa classe literária comumente é dividida em: Ficção Científica, que em geral narra sobre o impacto da ciência na sociedade literária criada; Terror, que se utiliza dos elementos próprios da literatura fantástica para criar o sentimento de medo; e a categoria Fantasia, que faz forte uso de magia e elementos sobrenaturais em sua narrativa. Contudo, existem vários subgêneros inclusos entre essas três categorias, fator que não só expande consideravelmente o nível de categorização da literatura fantástica, com também a classifica de forma mais completa.
Voltando ao tema principal. Quando falamos de ficção científica geralmente pensamos em robôs ou naves espaciais, este estereótipo construído pela sociedade, mas existem diversos subgêneros de ficção que fogem “um pouco” deste padrão. Vamos fazer um resumo de cada um:
HARD SCI-FI – Este gênero consiste em uma ficção onde a ciência é explicada em detalhes e na precisão científica. Existe um esforço de verossimilhança. Na ficção científica ‘hard’, os personagens principais são geralmente cientistas práticos, engenheiros ou astronautas.
O desenvolvimento dos personagens é frequentemente colocado em segundo plano, relativamente a exploração de fenômenos astronômicos ou físicos, mas alguns autores antecipam a condição humana ou a ideia de que os indivíduos terão valores e modos de vida diferentes nas sociedades futuras, onde as circunstâncias tecnológicas e econômicas mudaram.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov e Júlio Verne são autores famosos de HSF.
MILITARY SCI-FI – É um subgênero da ficção científica que apresenta o uso de tecnologia de ficção científica, principalmente armas, para fins militares e geralmente personagens principais que são membros de uma organização militar envolvida em atividade militar, geralmente durante uma guerra; ocorrendo às vezes no espaço sideral ou em um ou mais planetas diferentes. Ele existe na literatura, nos quadrinhos, no cinema e nos videogames.
Uma descrição detalhada do conflito, as táticas e armas usadas nele, e o papel de um serviço militar e dos membros individuais dessa organização militar formam a base para um trabalho típico de ficção científica militar. As histórias costumam usar características de conflitos reais da Terra passados ou atuais, com países sendo substituídos por planetas ou galáxias de características semelhantes, navios de guerra substituídos por navios de guerra espaciais e certos eventos mudados para que o autor possa extrapolar o que poderia ter ocorrido.
HG Wells e seu “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) é um grande escritor e sua obra deste subgênero.
ROBOT SCI-FI – O gênero robô foi cunhado pelo gigante Izaac Azimov e tudo que se conhece e que se inventou sobre robôs hoje deriva do seu trabalho. Vários filmes foram adaptados das obras dele como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Outros filmes representam muito bem o gênero como Inteligência Artificial.
Azimov é o gênio/criador que nos envolve fortemente neste subgênero com seu “I, Robot”. Temos, também, PK Dick com seu “Blade Runner”.
SOCIAL SCI-FI – É um gênero de ficção científica onde a sociedade humana é extrapolada e criticada e a ficção científica serve mais de pano de fundo. Este subgênero “absorve e discute a antropologia” e especula sobre o comportamento e as interações humanas. Muitas vezes é chamado de “DISTOPIA” por alguns críticos e autores. Mas em minha simples opinião, sigo com o subgênero que abre o tópico. E para distopia, trago a descrição da boa Wikipedia:
Distopia, cacotopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma “utopia negativa”. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas por totalitarismo ou autoritarismo (controle opressivo de toda uma sociedade), por anarquia (desagregação social), ou por condições econômicas, populacionais ou ambientais degradadas ou levadas a um extremo ou outro. A tecnologia se insere nesse contexto como ferramenta de controle, por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell é um ótimo exemplo se enquadra, muito bem, tanto no subgênero quanto no termo (aproveitem e leiam esta obra. É importante para entendermos – por incrível que possa parecer – nosso mundo atual).
SPACE OPERA – É um gênero mal definido. Geralmente envolve viagens interplanetárias, vários romances/filmes sequenciais, personagens recorrentes, guerras e temas épicos. Star Wars é o clássico space opera – tanto cinema quanto nos livros.
STEAMPUNK – Nos mundos steam punk a tecnologia evoluiu de forma diferente do nosso mundo. Diversas máquinas movidas principalmente à vapor dominam o cenário. Tem como inspiração trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Vinte Mil Léguas Submarinas de Jules Verne e A Máquina do Tempo de H.G. Wells, são bons exemplos de ficção Steampunk.
CYBERPUNK – É uma das minhas paixões, um gênero de ficção que reúne os temas de fusão homem-máquina, trans humanismo, fraude eletrônica, realidade virtual e a decadência da sociedade entre outros.
Blade Runner é o clássico absoluto do cinema e seu livro “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (Androides sonham com ovelhas elétricas). Além deste, muitos outros romances de Phillip K. Dick são cyberpunk na essência e no contexto de cada linha. Neuromancer de William Gibson também deve ser considerado leitura obrigatória.
BIOPUNK – Pura combinação de “biotecnologia” e “punk” É uma variação do cyberpunk onde o foco é na engenharia genética, biologia sintética e biotecnologia ao invés de cyber implantes. Também estão presentes temas de eugenia, repressão política e declínio social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi é uma boa escolha de leitura do subgênero.
SUPERHERO – Ainda existe algum debate se o gênero de super-heróis pertence à ficção ou fantasia. O fato é que muitas histórias de super-heróis misturam vários gêneros completamente diferentes como por exemplo em dois opostos as histórias de detetive do Batman e a escala absurda de poder das histórias do Beyonder, Tanus ou Galactus. Todo mundo conhece pelo menos um pouco deste gênero e hoje o cinema é assoberbado em filmes de super-heróis.
Apesar de originalmente ser advindo das HQ’s, o subgênero “superhero” tem começado a se lançar nos romances. Mas há uma forte polêmica na avaliação deste subgênero. Diversos críticos (e autores) não aceitam o subgênero como ficção científica. Há uma citação de Orson Scott Card em seu livro “How to Write Science Fiction and Fantasy” que diz: “A ficção científica é sobre o que poderia e não é, enquanto a fantasia é sobre o que não poderia ser”.
VIAGENS EXTRAORDINÁRIAS – Praticamente baseado nos livros de Júlio Verne, são viagens mirabolantes tais como: “Da Terra à Lua”, “A ilha misteriosa”, “Cinco semanas em um balão”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”.
É um gênero que mistura ficção com aventura. Verne, por exemplo, teve “sua ficção” ancorada no presente. Embora tenha tratado do passado histórico e pré-histórico, e escrito umas poucas narrativas ambientadas no futuro, Verne referia-se ao agora, ao conhecimento fixado pelo homem do século 19. Não importava que falasse de dinossauros ou da Atlântida submersa, sua ficção destilava uma forte sensação do contemporâneo.
FANTASY SCIENCE – É mais um cross over de gêneros, onde existem elementos sci-fi misturados com fantasia como mitologia, magias, etc. Podemos citar “A Princess of Mars” e seu protagonista John Carter como representante desta categoria.
Vale, também, uma leitura de “As Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury. É uma coleção de histórias de ficção vagamente relacionadas retratando a humanidade lutando para fugir de uma potencial guerra nuclear na Terra para tentar encontrar refúgio no planeta vermelho. Muitas das ideias de Bradbury postas adiante nos livros pareciam fantásticas naquela época, mas nos dias modernos os esforços de um dia explorar Marte tapam a visão dos escritores de ficção científica de como seria visitar lá.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas histórias são sobre o fim da terra ou da raça humana. É um gênero muito explorado hoje em dia e pode ser pré ou pós apocalíptico. O motivo do apocalipse pode ser ambiental, guerra, invasão alienígena, pandemias, revolta das máquinas, cósmico, entre outros. Alguns exemplos: O livro de Eli, Presságio, Matrix, O Dia em que a Terra Parou, Eu Sou a Lenda, 2012, Exterminador do Futuro, etc.
Não colocamos todos os subgêneros, para não tornar o post maçante. Temos ainda muitos subgêneros – alguns nem considerados desta forma – que, inclusive, são conflitantes. E ensejam discussões infinitas. Muitas obras são extremamente difíceis de serem enquadradas/classificadas. A ideia do post, foi clarear a visão de – alguns – leitores. É muito importante, este mergulho nas várias formas de ler/escrever/entender de ficção científica.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – de um dos gênios da ficção.
“Estamos saindo a cada instante do momento presente. Nossa existência mental, que é imaterial e não tem dimensões, desloca-se ao longo da Dimensão-Tempo com uma velocidade uniforme, do berço ao túmulo. Da mesma forma que viajaríamos para baixo se começássemos nossa existência cinquenta milhas acima da superfície da terra.
(A máquina do tempo).” HG Wells
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La ficción tiene varios caminos pero un solo destino.
¡Hola a todos! ¿Están bien? Eso espero.
Nuestro post de hoy explorará los diferentes subgéneros de ciencia ficción. Pero antes de eso, escribamos un poco sobre la amplia gama de subcategorías que forman parte de Literatura fantástica. Es importante señalar que LitFan tiene como característica natural la posibilidad de liberar lo imaginario, elemento que da alas a los escritores y permite la expansión continua de este estilo literario. Así, podemos decir que la literatura fantástica “se refiere a lo creado por la imaginación, lo que no existe en la realidad. Es aplicable a un objeto como la literatura, porque en este universo, por más que se intente acercarlo a lo real, se limita a lo fantástico y lo ficcional”. En resumen, esta clase literaria se divide comúnmente en: Ciencia Ficción, que en general narra el impacto de la ciencia en la sociedad literaria creada; Terror, que utiliza elementos de la literatura fantástica para crear el sentimiento de miedo; y la categoría Fantasía, que hace un fuerte uso de elementos mágicos y sobrenaturales en su narrativa. Sin embargo, hay varios subgéneros incluidos entre estas tres categorías, factor que no solo amplía considerablemente el nivel de categorización de la literatura fantástica, sino que también la clasifica de manera más completa.
Volviendo al tema principal. Cuando hablamos de ciencia ficción solemos pensar en robots o naves espaciales, este estereotipo construido por la sociedad, pero hay varios subgéneros de ficción que escapan “levemente” a este patrón. Resumamos cada uno:
HARD SCI-FI: este género consiste en una ficción donde la ciencia se explica en detalle y con precisión científica. Hay un esfuerzo de verosimilitud. En la ciencia ficción dura, los personajes principales suelen ser científicos, ingenieros o astronautas prácticos.
El desarrollo de los personajes suele situarse en un segundo plano, en relación a la exploración de fenómenos astronómicos o físicos, pero algunos autores anticipan la condición humana o la idea de que los individuos tendrán diferentes valores y formas de vida en sociedades futuras, donde Circunstancias tecnológicas y tecnológicas Los cambios económicos han cambiado.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov y Jules Verne son autores famosos de HSF.
SCI-FI MILITAR – Es un subgénero de la ciencia ficción que presenta el uso de tecnología de ciencia ficción, principalmente armas, con fines militares y generalmente personajes principales que son miembros de una organización militar involucrada en actividades militares, generalmente durante una guerra; a veces ocurre en el espacio exterior o en uno o más planetas diferentes. Existe en la literatura, el cómic, el cine y los videojuegos.
Una descripción detallada del conflicto, las tácticas y las armas utilizadas en él, y el papel de un servicio militar y los miembros individuales de esa organización militar forman la base del trabajo típico de ciencia ficción militar. Las historias a menudo usan características de conflictos terrestres actuales o pasados, con países reemplazados por planetas o galaxias de características similares, buques de guerra reemplazados por buques de guerra espaciales y ciertos eventos cambiados para que el autor pueda extrapolar lo que podría haber sucedido.
HG Wells y su “La guerra de los mundos” es un gran escritor y su trabajo en este subgénero.
ROBOT SCI-FI – El género de los robots fue acuñado por el gigante Izaac Azimov y todo lo que se sabe y se inventó sobre los robots hoy se deriva de su trabajo. Varias películas han sido adaptadas de sus obras como Me, Robot y The Bicentennial Man. Otras películas representan muy bien el género como Inteligencia Artificial.
Azimov es el genio / creador que nos involucra fuertemente en este subgénero con su “Yo, Robot”. También tenemos a PK Dick con su “Blade Runner”.
SCI-FI SOCIAL – Es un género de ciencia ficción donde la sociedad humana es extrapolada y criticada y la ciencia ficción sirve más como fondo. Este subgénero “absorbe y discute la antropología” y especula sobre el comportamiento y las interacciones humanas. A menudo, algunos críticos y autores la llaman “distopía”. Pero en mi simple opinión, sigo con el subgénero que abre el tema. Y para la distopía, les traigo la descripción de la buena Wikipedia:
Distopía, cacotopía o antiutopía es cualquier representación o descripción, organizativa o social, cuyo valor represente la antítesis de la utopía o promueva vivir en una “utopía negativa”. El término también se refiere a un lugar, tiempo o estado imaginario en el que uno vive en condiciones de extrema opresión, desesperación o privación. Las distopías se caracterizan generalmente por el totalitarismo o autoritarismo (control opresivo de toda una sociedad), por la anarquía (ruptura social), o por condiciones económicas, poblacionales o ambientales degradadas o empujadas a un extremo u otro. La tecnología se inserta en este contexto como una herramienta de control, por parte del Estado o de las instituciones o corporaciones, o incluso, como una herramienta de opresión. o, por haber escapado al control humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell es un gran ejemplo si encaja muy bien, tanto en el subgénero como en el término (disfruta y lee este trabajo. Es importante que entendamos, por increíble que parezca, nuestro mundo actual).
SPACE OPERA – Es un género mal definido. Por lo general, implica viajes interplanetarios, varias novelas / películas secuenciales, personajes recurrentes, guerras y temas épicos. Star Wars es la clásica ópera espacial, tanto en el cine como en los libros.
STEAMPUNK: en los mundos de steam punk, la tecnología ha evolucionado de manera diferente a nuestro mundo. Varias máquinas accionadas principalmente por vapor dominan la escena. Inspirado en obras de Jules Verne y H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Twenty Thousand Leagues Underwater de Julio Verne y Time Machine de H.G. Wells son buenos ejemplos de ficción Steampunk.
CYBERPUNK – Es una de mis pasiones, un género de ficción que reúne los temas de fusión hombre-máquina, transhumanismo, fraude electrónico, realidad virtual y el declive de la sociedad, entre otros.
Blade Runner es el clásico absoluto del cine y su libro “¿Sueñan los androides con ovejas eléctricas?” (Los androides sueñan con ovejas eléctricas). Además de esto, muchas otras novelas de Phillip K. Dick son cyberpunk en esencia y en el contexto de cada línea. El neuromante de William Gibson también debe considerarse lectura obligatoria.
BIOPUNK – Combinación pura de “biotecnología” y “punk”. Es una variación del cyberpunk donde el enfoque está en la ingeniería genética, la biología sintética y la biotecnología en lugar de los ciberimplantes. También hay temas de eugenesia, represión política y decadencia social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi es una buena opción para leer el subgénero.
SUPERHÉROE – Todavía hay cierto debate sobre si el género de superhéroes pertenece a la ficción o la fantasía. El hecho es que muchas historias de superhéroes mezclan varios géneros completamente diferentes, como las historias de detectives de Batman en dos opuestos y la absurda escala de poder de las historias de Beyonder, Tanus o Galactus. Todo el mundo conoce al menos un poco de este género y hoy el cine está desbordado de películas de superhéroes.
Aunque originalmente provenía de las oficinas centrales, el subgénero “superhéroe” ha comenzado a lanzarse en las novelas. Pero existe una fuerte controversia en la evaluación de este subgénero. Varios críticos (y autores) no aceptan el subgénero como ciencia ficción. Hay una cita de Orson Scott Card en su libro “Cómo escribir ciencia ficción y fantasía” que dice: “La ciencia ficción trata sobre lo que podría y no es, mientras que la fantasía trata sobre lo que no podría ser”.
EXTRAORDINARIOS VIAJES – Prácticamente basados en los libros de Julio Verne, son viajes increíbles como: “De la Tierra a la Luna”, “La isla misteriosa”, “Cinco semanas en un globo”, “Veinte mil leguas de viaje submarino”, “Alrededor del mundo en 80 días” y “Viaje al centro de la tierra”.
Es un género que mezcla ficción con aventura. Verne, por ejemplo, tenía “su ficción” anclada en el presente. Aunque se ocupó del pasado histórico y prehistórico, y escribió algunas narraciones ambientadas en el futuro, Verne se refirió al ahora, al conocimiento fijado por el hombre del siglo XIX, un fuerte sentimiento contemporáneo.
FANTASY SCIENCE – Es más un cruce de géneros, donde hay elementos de ciencia ficción mezclados con fantasía como mitología, magia, etc. Podemos mencionar a “Una princesa de Marte” y su protagonista John Carter como representante de esta categoría.
También vale la pena leer “The Martian Chronicles” de Ray Bradbury. Es una colección de historias de ficción vagamente relacionadas que representan a la humanidad luchando por escapar de una posible guerra nuclear en la Tierra para tratar de encontrar refugio en el planeta rojo. Muchas de las ideas de Bradbury expuestas en los libros parecían fantásticas en ese momento, pero los esfuerzos de hoy en día por explorar Marte oscurecen la visión de los escritores de ciencia ficción sobre cómo sería visitar allí.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas historias tratan sobre el fin de la tierra o la raza humana. Es un género muy explorado en la actualidad y puede ser pre o post apocalíptico. La razón del apocalipsis puede ser ambiental, guerra, invasión alienígena, pandemias, revuelta de máquinas, cósmica, entre otras. Algunos ejemplos: el libro de Eli, Omen, Matrix, The Day the Earth Stood Still, I Am the Legend, 2012, Terminator, etc.
No ponemos todos los subgéneros, para no aburrir la publicación. Todavía tenemos muchos subgéneros, algunos ni siquiera considerados de esta manera, que incluso son conflictivos. Y dar lugar a interminables discusiones. Muchas obras son extremadamente difíciles de clasificar. La idea de la publicación era aclarar la visión de algunos lectores. Es muy importante sumergirse en las diversas formas de leer / escribir / entender la ciencia ficción.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- de uno de los genios de la ficción.
“Estamos dejando cada momento del momento presente. Nuestra existencia mental, que es inmaterial y no tiene dimensiones, se mueve a lo largo de la Dimensión-Tiempo con velocidad uniforme, desde la cuna hasta la tumba. De la misma manera que viajaríamos hacia abajo si comenzáramos nuestra existencia a cincuenta millas sobre la superficie de la tierra.
(La máquina del tiempo). ” HG Wells
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A variante da ficção vista pela espionagem.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS vai explorar um pouco da ficção de espionagem.
A ficção de espionagem, por vezes conhecida como thriller político, surgiu antes da Primeira Guerra Mundial, ao mesmo tempo que os primeiros serviços de inteligência. Desde a sua criação tem gozado de grande preferência do público, cujo interesse só diminuiu após a guerra fria e a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989. No entanto, o terrorismo e os ataques de 11 de setembro de 2001 mais uma vez canalizaram o interesse para o gênero.
O desenvolvimento da espionagem moderna e sua reflexão literária correspondem aos séculos 19 e 20, quando foram criadas as primeiras agências de informação, contraespionagem e intoxicação: a Okhrana russa, predecessora da tcheca, a soviética NKVD, GRU e KGB, foram criadas em 1881; o Deuxième Bureau francês, predecessor da DGSE, em 1871; o MI5 e o MI6 britânicos em 1909; Várias agências americanas já existiam no século 19, mas o OSS e a CIA modernos que os unificaram foram fundados na primeira metade do século 20 e o Shin Bet ou Shabak levou ao seu sucessor, o Mosad israelense, em 1949. O Abwehr foi o serviço de inteligência alemã durante a Segunda Guerra Mundial; Foi sucedido pelo BND na Alemanha Ocidental e pela Stasi na Alemanha Oriental.
Hoje o post vai trazer um pouco de luz sobre o escritor Thomas Leo Clancy Jr e sua obra. Tom Clancy é considerado o inventor do “techno-thriller”, um gênero híbrido literário que funde ação e aventura militar, ficção de espionagem e ficção científica com realismo social, incluindo uma quantidade desproporcionada de detalhes técnicos. O seu nome também é usado por escritores fantasma para argumentos de filmes, livros não-fictícios sobre temas militares e videojogos. A carreira literária de Clancy começou em 1984 quando publicou “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Daí foi uma sequência de livros (e sucessos).
Nota: O autor, também, é popular entre fãs de videogames graças aos jogos inspirados em suas obras. Rainbow Six e Ghost Recon são alguns deles.
Em 1996, Clancy fundava a Red Storm Entertainment – produtora de jogos, posteriormente comprada pela Ubisoft.
Tom Clancy publicou mais de sessenta livros. Dezessete dos seus romances foram sucessos de venda e tem mais de 100 milhões de cópias dos seus livros em impressão.
Tom foi o criador do personagem Jack Ryan que faz muito sucesso – nos livros, cinema e streaming. Jack apareceu pela primeira vez no livro “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Este foi o “pontapé inicial” para o universo criado por Clancy. Jack Ryan era filho de um detetive da polícia de Baltimore e de uma enfermeira. Ryan é um ex-fuzileiro naval dos EUA e corretor da bolsa que se torna professor de história na Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se junta à Agência Central de Inteligência como analista e oficial de campo ocasional, deixando-o como Diretor Adjunto. Mais tarde, ele serviu como assessor de segurança nacional e vice-presidente antes de se tornar repentinamente presidente dos Estados Unidos após um ataque terrorista no Capitólio dos Estados Unidos. Ryan cumpriu dois mandatos não consecutivos e lidou principalmente com crises internacionais na Europa, Oriente Médio, Ásia e África.
O personagem Jack Ryan foi adaptado para o cinema/televisão e foi interpretado pelos atores: Alec Baldwin em “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho) (1990); Harrison Ford em “Patriot Games” (Jogos Patrióticos) (1992) e “Clear and Present Danger” (Perigo Real e Imediato) (1994); Ben Affleck em “The Sum of All Fears” (A Soma de Todos os Medos) (2002); Chris Pine em “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operação Sombra) (2014) e John Krasinski na série televisiva “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tinha uma visão política contundente e era considerado um apoiador da direita conservadora. Clancy dedicou livros a figuras políticas conservadoras americanas, principalmente Ronald Reagan. Ele doou mais de US$237.000 para os candidatos do partido Republicano entre 1994 e 2006. Uma semana após os ataques de 11 de Setembro, Clancy acusou a esquerda liberal de ser parcialmente culpada pelos atentados em razão do enfraquecimento da CIA influenciado por congressistas dos Democratas americanos. em suas próprias palavras: “A CIA foi desmembrada por congressistas da esquerda que não gostam de operações de inteligência. E como resultado (…) indireto disso, nós perdemos 5,000 civis semana passada”.
Seu livro “Debt of Honor” (Dívida de Honra) publicado em 1994, nos traz o governo japonês (controlado por um grupo de magnatas corporativos conhecidos como Zaibatsu) vai para a guerra contra os Estados Unidos. Este livro incluía um cenário em que um piloto de avião japonês descontente bate um Boeing 747 abastecido na cúpula do Capitólio dos EUA durante um discurso do presidente em uma sessão conjunta do Congresso, matando o presidente e a maior parte do Congresso. Não precisa muito esforço para perceber que algumas estratégias usadas no livro, contra os EUA, foram usadas (na vida real) no 11 de Setembro pela Al-Qaïda. Foi uma “previsão” do escritor ou o livro foi utilizado como “manual de instruções”?
Seu último romance, “Command Authority”, coescrito com Mark Greaney, foi publicado em 3 de dezembro de 2013. É a última grande obra de ficção de Clancy e foi lançado postumamente dois meses após sua morte. O livro estreou como número um na lista de bestsellers do “New York Times”.
Mas… Um dia tudo acaba. Clancy morreu na noite de terça-feira, dia 1º de Outubro de 2013, em um hospital de Baltimore, nos Estados Unidos. A causa da morte foi insuficiência cardíaca. Clancy já vinha sofrendo de problemas cardíacos há algum tempo: “Cinco ou seis anos atrás”, disse seu médico. Tom sofreu um ataque cardíaco e passou por uma cirurgia de ponte de safena. até que acabou tendo outro ataque cardíaco. Seu coração simplesmente se esgotou.
Clancy tinha uma visão aguda sobre as relações internacionais – foi seu grande mote artístico – e suas obras deixam-nos com um quê de preocupação. Afinal, por vezes, a vida imita a arte e o “impossível” acontece. Numerosos estudiosos examinaram as dimensões políticas dos livros de Clancy, especialmente no contexto da Guerra Fria. Para vários deles, a obra de Clancy reforça representações populares dos valores da Guerra Fria da era Reagan. Eles refletem as percepções populares do comportamento soviético e os valores de segurança nacional predominantes da era Reagan. Eles também perpetuam mitos sobre o passado americano e reforçam os símbolos, imagens, lições históricas que dominaram o discurso da Guerra Fria.
E é isso. Controvertido, polêmico, visionário e muitos outros tantos adjetivos. Tom Clancy nos deixa um legado importante – que pode ser entendido de diversas formas. Mas que não deixa de ser importante.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“Nada é tão real como um sonho e, se você for atrás dele, algo maravilhoso lhe acontecerá: pode ser que você envelheça, mas jamais será velho.” Tom Clancy
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La variante de la ficción vista por el espionaje.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS explorará un poco de ficción de espionaje.
La ficción de espionaje, a veces conocida como thriller político, apareció antes de la Primera Guerra Mundial, al mismo tiempo que los primeros servicios de inteligencia. Desde su creación ha gozado de una gran preferencia del público, cuyo interés sólo decayó después de la guerra fría y la caída del Muro de Berlín en noviembre de 1989. Sin embargo, el terrorismo y los atentados del 11 de septiembre de 2001 canalizaron nuevamente el interés por el género.
El desarrollo del espionaje moderno y su reflexión literaria corresponden a los siglos XIX y XX, cuando se crearon las primeras agencias de información, contraespionaje e intoxicación: la Okhrana rusa, antecesora de la República Checa, la NKVD soviética, GRU y KGB, fueron creadas en 1881; el Deuxième Bureau francés, predecesor de la DGSE, en 1871; el MI5 y el MI6 británicos en 1909; Varias agencias estadounidenses ya existían en el siglo XIX, pero la OSS y la CIA modernas que las unificaron se fundaron en la primera mitad del siglo XX y el Shin Bet o Shabak condujo a su sucesor, el Mosad israelí, en 1949. La Abwehr fue el servicio de inteligencia alemana durante la Segunda Guerra Mundial; Fue sucedido por BND en Alemania Occidental y por Stasi en Alemania Oriental.
Hoy la publicación arrojará algo de luz sobre el escritor Thomas Leo Clancy Jr y su trabajo. Tom Clancy es considerado el inventor del “tecno-thriller”, un género literario híbrido que fusiona acción y aventura militar, ficción de espionaje y ciencia ficción con realismo social, incluyendo una cantidad desproporcionada de detalles técnicos. Su nombre también es utilizado por escritores fantasmas para argumentos cinematográficos, libros de no ficción sobre temas militares y videojuegos. La carrera literaria de Clancy comenzó en 1984 cuando publicó “La caza del octubre rojo”. De ahí que fuera una secuencia de libros (y éxitos).
Nota: El autor también es popular entre los fanáticos de los videojuegos gracias a los juegos inspirados en sus obras. Rainbow Six y Ghost Recon son algunos de ellos.
En 1996, Clancy fundó Red Storm Entertainment, un productor de juegos que luego compró Ubisoft.
Tom Clancy ha publicado más de sesenta libros. Diecisiete de sus novelas fueron las más vendidas y tiene más de 100 millones de copias impresas de sus libros.
Tom fue el creador del personaje Jack Ryan, que tiene mucho éxito en libros, cine y transmisión. Jack apareció por primera vez en el libro “La caza del octubre rojo”. Este fue el “puntapié inicial” para el universo creado por Clancy. Jack Ryan era hijo de un detective de la policía de Baltimore y una enfermera. Ryan es un ex marine estadounidense y corredor de bolsa que se convierte en profesor de historia en la Academia Naval de los Estados Unidos en Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se une a la Agencia Central de Inteligencia como analista ocasional y oficial de campo, dejándolo como subdirector. Más tarde se desempeñó como asesor de seguridad nacional y vicepresidente antes de convertirse repentinamente en presidente de los Estados Unidos después de un ataque terrorista en el Capitolio de los Estados Unidos. Ryan sirvió dos mandatos no consecutivos y se ocupó principalmente de crisis internacionales en Europa, Oriente Medio, Asia y África.
El personaje de Jack Ryan fue adaptado para cine / televisión y fue interpretado por los actores: Alec Baldwin en “La caza del Octubre Rojo” (1990); Harrison Ford en “Patriot Games” (1992) y “Clear and Present Danger” (Peligro real e inmediato) (1994); Ben Affleck en “La suma de todos los miedos” (2002); Chris Pine en “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operation Shadow) (2014) y John Krasinski en la serie de televisión “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tenía una fuerte visión política y era considerado un partidario de la derecha conservadora. Clancy dedicó libros a figuras políticas estadounidenses conservadoras, sobre todo a Ronald Reagan. Donó más de $ 237.000 a candidatos republicanos entre 1994 y 2006. Una semana después de los atentados del 11 de septiembre, Clancy acusó a la izquierda liberal de ser parcialmente culpable de los atentados debido al debilitamiento de la CIA influenciada por congresistas demócratas estadounidenses. en sus propias palabras: “La CIA fue desmembrada por congresistas de izquierda a quienes no les gustan las operaciones de inteligencia. Y como resultado indirecto … perdimos 5.000 civiles la semana pasada”.
Su libro “Debt of Honor”, publicado en 1994, lleva al gobierno japonés (controlado por un grupo de magnates corporativos conocidos como Zaibatsu) a ir a la guerra contra Estados Unidos. Este libro incluyó un escenario en el que un piloto de una aerolínea japonesa descontento estrella un Boeing 747 con combustible en la cúpula del Capitolio de los Estados Unidos durante un discurso del presidente en una sesión conjunta del Congreso, matando al presidente. y la mayor parte del Congreso. No hace falta mucho esfuerzo para darse cuenta de que algunas de las estrategias utilizadas en el libro, contra Estados Unidos, fueron utilizadas (en la vida real) el 11 de septiembre de 2001 por Al Qaida. ¿Fue una “predicción” del escritor o se utilizó el libro como un “manual de instrucciones”?
Su última novela, “Command Authority”, coescrita con Mark Greaney, fue publicada el 3 de diciembre de 2013. Es la última gran obra de ficción de Clancy y fue lanzada póstumamente dos meses después de su muerte. El libro debutó como número uno en la lista de bestsellers del New York Times.
Pero … Un día todo termina. Clancy murió la noche del martes 1 de octubre de 2013 en un hospital de Baltimore, Estados Unidos. La causa de la muerte fue insuficiencia cardíaca. Clancy había estado sufriendo problemas cardíacos durante algún tiempo: “Hace cinco o seis años”, dijo su médico. Tom sufrió un infarto y se sometió a una cirugía de bypass. hasta que terminó teniendo otro infarto. Tu corazón simplemente se agotó.
Clancy tenía una visión aguda de las relaciones internacionales, era su gran lema artístico, y sus obras nos dejan un poco preocupados. Después de todo, a veces la vida imita al arte y sucede lo “imposible”. Numerosos académicos han examinado las dimensiones políticas de los libros de Clancy, especialmente en el contexto de la Guerra Fría. Para varios de ellos, el trabajo de Clancy refuerza las representaciones populares de los valores de la Guerra Fría de la era Reagan. Reflejan las percepciones populares del comportamiento soviético y los valores de seguridad nacional predominantes en la era Reagan. También perpetúan los mitos sobre el pasado estadounidense y refuerzan los símbolos, las imágenes y las lecciones históricas que dominaron el discurso de la Guerra Fría.
Y es eso. Polémico, controvertido, visionario y muchos otros adjetivos. Tom Clancy nos deja un legado importante, que se puede entender de muchas maneras. Pero eso sigue siendo importante.
Y de esta manera cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Nada es tan real como un sueño, y si lo persigues, te sucederá algo maravilloso: puedes envejecer, pero nunca serás viejo”. Tom Clancy
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A distopia e a ficção das linhas de Michael Crichton.
ATENÇÃO! Hoje o PHANTASTICUS completa o sexto aniversário. É um momento muito importante. Quando comecei o blog pensei apenas em desenvolver um hobby. Mas, hoje, estas linhas fazem parte da minha vida.
E o blog traz, para comemorar esta data, um pouco da distopia e do futurismo das linhas de Michael Crichton.
O americano John Michael Crichton foi autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico mais conhecido por seu trabalho nos gêneros de ficção científica, ficção médica e thriller. Seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes.
O PHANTASTICUS já deu uma “palhinha” sobre o americano. Foi do post de 19 de novembro de 2016. Falamos dos dinossauros de Crichton que deram origem a incrível franquia “Jurassic Park”. Se quiser relembrar o post, segue o link: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Mas, nem só de dinossauros foi a vida de Crichton. Em “The Andromeda Strain” (O Enigma de Andrômeda) – publicado em 1969 – o autor se mostra um profundo conhecedor de conceitos científicos (somados aos seus conhecimentos médicos – por conta da sua formação), imaginando os detalhes de uma misteriosa doença que surge na pequena cidade de Pidmont (na Califórnia) após a queda de um satélite que fora projetado com o objetivo de identificar possíveis formas de vida alienígena no espaço. Ao chegar em Piedmont, um grupo de quatro renomados cientistas encontram apenas dois sobreviventes: um idoso viciado e um bebê em perfeitas condições. Diante do mistério que cerca essa implacável e misteriosa doença, o governo dos EUA inicia o protocolo ultrassecreto “Wildfire”, criado há muito tempo para tratar ameaças biológicas desconhecidas. Assim, os cientistas são enviados a um laboratório secreto subterrâneo equipado com um dispositivo de autodestruição atômica que pode ser acionado caso haja contaminação. Usando o que há de mais moderno em tecnologia, os cientistas analisam as amostras e os pacientes a fim de entender a doença e evitar uma possível catástrofe biológica global. Entretanto, o Enigma de Andrômeda se mostra além de toda a ciência, o que exigirá dos cientistas grande capacidade intelectual e, principalmente, muita inteligência emocional.
Com toda a bagagem recebida pela escrita de seus 12 livros de ficção, Crichton resolveu atuar em outra área: Escrever e dirigir cinema. E um dos grandes trabalhos de Michael Crichton, que nos deixou em novembro de 2008, foi um filme de ficção científica lançado em 1973, escrito e dirigido por ele. “Westworld”.
O filme se passa em um distópico e futurista parque de diversões temático chamado “Delos”. Voltado para adultos, “Delos” expõe três “mundos” temáticos: o mundo do Oeste (retratando a fronteira dos Estados Unidos em 1880), o mundo medieval (reconstruindo a Europa do século XIII) e o mundo romano (retratando a antiga cidade romana de Pompeia). Cada um desses “mundos” é habitado por androides praticamente indistinguíveis dos seres humanos, programados para tornar os ambientes mais naturais e realistas. No parque, as pessoas podem fazer o que quiserem, incluindo matar e ter relações sexuais com os androides. O filme se inicia apresentando “Delos” por meio de um repórter, Ed Ramsey, que entrevista as pessoas que acabaram de sair do parque e que aparentam estar muito satisfeitas. “Westworld” permite discussões sobre ética, moralidade, teologia e vários temas importantes. Neste playground retrofuturista, o cliente vive um dia pré-definido como se fosse 1880. Pagando caro é possível passar o tempo entre saloons, bordéis, cavalgadas e tiroteios, tendo prazer com álcool, sexo e morte. Armas e mulheres estão à disposição para duelos entre homens e androides – que, criados à sua imagem e semelhança, despertam amor, ódio e dúvida entre os humanos. Perfeitos em sua representação antropomórfica, capazes de falar, respirar e sangrar, robôs geram suspeita quanto a real natureza de quem quer que seja dentro do parque. “Como saber se matei um humano?”, questiona um personagem? “Pouco importa”, responde outro.
Mas, uma falha no sistema compromete o sistema dos androides tem início um contra-ataque sangrento, colocando em risco a vida dos visitantes – um vírus de computador ataca todo o sistema. Crichton aponta que, na busca por satisfação máxima em um ambiente onde tudo é permitido, as condutas dos homens revelam o grau de desumanidade que pode haver em cada um. Ao mesmo tempo, o parque imaginado pelo cineasta descreve o quanto autômatos programados por humanos tendem a se parecer com a nossa espécie não apenas em aparência, mas em conduta, estilo de vida e predisposição à violência.
O roteiro foi oferecido a todos os grandes estúdios. Todos rejeitaram o projeto, exceto a Metro-Goldwyn-Mayer. O filme acabou sendo bem sucedido e gerou uma continuação “Futureworld”, em 1976, e uma série televisiva, “Beyond Westworld”, em 1980 (nenhum destes empreendimentos, teve a participação de Crichton e não obtiveram um bom resultado). O filme tinha como protagonista o russo (naturalizado americano) Yul Brynner – uma fera nos anos 50 a 70.
E esta obra foi “revivida” em outubro de 2016, quando estreou a série, homônima, de televisão (HBO) adaptada do filme de Michael Crichton e de sua continuação “Futureworld”. Desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, teve como produtores executivos Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub e, J. J. Abrams. “Westworld” tem um plantel de atores de primeira linha, e entre eles figuram Anthony Hopkins e Evan Rachel Wood. A série segue com sucesso e já foi renovada para a quarta temporada.
A série de cyber punk se passa em um futuro distópico, onde parques temáticos são construídos pela empresa “Delos” e seus robôs programados para satisfazer os clientes e nunca os desagradar.
Nota: Assim como no filme a série se passa no ambiente de Velho Oeste e daí o universo dos cinemas se expande muito mais.
Tudo é possível neste parque – o indivíduo busca por aventuras; sexo; violência, resguardados que naquele espaço podem fazer o que quiserem com os robôs, inclusive violar as leis. O bordão básico repetido na série reforça estes conceitos: “Esses prazeres violentos têm fins violentos”. Ele serve para dar uma dica sobre as consequências futuras. A frase é de Shakespeare em Romeu e Julieta, ainda pode significar o perigo de máquinas e humanos se aproximarem, assim como no amor proibido do clássico.
A série se encaminha para uma revolução das máquinas e como sempre esse assunto mexe com vários conceitos morais. Certamente, nos faz questionar sobre nossos atos, representatividade simbólica e percepção do meio em que vivemos.
Obs.: No “cast” da série encontramos o brasileiro Rodrigo Santoro, que encara uma produção de valor após o fracasso de Ben-Hur. Interpretando uma inteligência artificial no papel de um fora-da-lei chamado Hector Sacaton, ele é considerado um dos bandidos mais procurados de Westworld e segue a teoria de que o oeste é um lugar selvagem, onde a única maneira de sobreviver é como um predador.
A série nos leva do faroeste para um futuro distante e ganha o rótulo de violenta e ardilosa, reforçando a luta entre as máquinas e a humanidade. Bem, para evitar eventuais spoilers, encerro aqui. E desta forma, fechamos o post com uma frase criada pelo genial Michael Crichton, extraída de “O parque dos dinossauros”:
“Vivemos num mundo assustador, de coisas prontas. Está decidido que as pessoas devem se comportar de tal maneira. Está decidido que devem se preocupar com tais e tais assuntos. Ninguém mais pensa nas coisas que chegam prontas. Não é incrível? Na sociedade de informação, ninguém mais pensa. Esperávamos acabar com o papel, mas na verdade acabamos com o pensamento.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La distopía y la ficción lineal de Michael Crichton.
¡ATENCIÓN! PHANTASTICUS cumple hoy su sexto aniversario. Es un momento muy importante. Cuando comencé el blog solo pensaba en desarrollar un hobby. Pero hoy, estas líneas son parte de mi vida.
Y el blog trae, para conmemorar esta fecha, un poco de la distopía y futurismo de las líneas de Michael Crichton.
El estadounidense John Michael Crichton fue un autor, guionista, director de cine, productor y ex médico mejor conocido por su trabajo en los géneros de ciencia ficción, ficción médica y thriller. Sus libros han vendido más de 200 millones de copias en todo el mundo y muchos se han adaptado a películas.
PHANTASTICUS ya ha dado una “paja” sobre el estadounidense. Era del post del 19 de noviembre de 2016. Hablamos de los dinosaurios Crichton que dieron origen a la increíble franquicia “Jurassic Park”. Si quieres recordar la publicación, sigue el enlace: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Pero la vida de Crichton no se trataba solo de dinosaurios. En “La cepa de Andrómeda” (El enigma de Andrómeda) – publicado en 1969 – el autor demuestra tener un profundo conocimiento de los conceptos científicos (sumados a sus conocimientos médicos – debido a su formación), imaginando los detalles de una misteriosa enfermedad que surge en la pequeña localidad de Pidmont (California) tras la caída de un satélite que fue diseñado para identificar posibles formas de vida extraterrestre en el espacio. Al llegar a Piamonte, un grupo de cuatro científicos de renombre encuentra sólo dos supervivientes: un adicto anciano y un bebé en perfecto estado. Ante el misterio que rodea a esta implacable y misteriosa enfermedad, el gobierno de Estados Unidos inicia el protocolo ultrasecreto “Wildfire”, creado hace mucho tiempo para tratar amenazas biológicas desconocidas. Por lo tanto, los científicos son enviados a un laboratorio subterráneo secreto equipado con un dispositivo de autodestrucción atómica que puede activarse en caso de contaminación. Utilizando lo último en tecnología, los científicos analizan muestras y pacientes para comprender la enfermedad y prevenir una posible catástrofe biológica global. Sin embargo, el Andromeda Enigma se muestra más allá de toda ciencia, lo que requerirá de los científicos una gran capacidad intelectual y, principalmente, mucha inteligencia emocional.
Con todo el bagaje recibido para la escritura de sus 12 libros de ficción, Crichton decidió actuar en otra área: escribir y dirigir cine. Y una de las grandes obras de Michael Crichton, que nos dejó en noviembre de 2008, fue una película de ciencia ficción estrenada en 1973, escrita y dirigida por él. “Westworld”.
La película está ambientada en un parque temático distópico y futurista llamado “Delos”. Dirigida a adultos, “Delos” expone tres “mundos” temáticos: el mundo occidental (que representa la frontera de los Estados Unidos en 1880), el mundo medieval (que reconstruye la Europa del siglo XIII) y el mundo romano (que representa la antigua ciudad romana Pompeya). Cada uno de estos “mundos” está habitado por androides prácticamente indistinguibles de los humanos, programados para hacer entornos más naturales y realistas. En el parque, la gente puede hacer lo que quiera, incluso matar y tener relaciones sexuales con androides. La película comienza con “Delos” a través de un reportero, Ed Ramsey, que entrevista a personas que acaban de salir del parque y que parecen estar muy satisfechas. “Westworld” permite discusiones sobre ética, moralidad, teología y varios temas importantes. En este patio de recreo retrofuturista, el cliente vive un día predefinido como si fuera 1880. Pagando caro es posible pasar tiempo entre tabernas, burdeles, cabalgatas y tiroteos, disfrutando del alcohol, el sexo y la muerte. Las armas y las mujeres están disponibles para los duelos entre hombres y androides, que, creados a su imagen y semejanza, despiertan amor, odio y duda entre los humanos. Perfecto en su representación antropomórfica, capaz de hablar, respirar y sangrar, los robots generan sospechas sobre la verdadera naturaleza de quien se encuentra dentro del parque. “¿Cómo sé si maté a un humano?”, Pregunta un personaje. “Importa poco”, responde otro.
Pero una falla del sistema que compromete el sistema Android inicia un contraataque sangriento, poniendo en riesgo la vida de los visitantes: un virus informático ataca todo el sistema. Crichton señala que, en la búsqueda de la máxima satisfacción en un entorno donde todo está permitido, el comportamiento de los hombres revela el grado de inhumanidad que puede haber en cada uno. Al mismo tiempo, el parque imaginado por el cineasta describe cuánto los autómatas programados por humanos tienden a parecerse a nuestra especie no solo en apariencia, sino en conducta, estilo de vida y predisposición a la violencia.
El guión se ofreció a todos los grandes estudios. Todos rechazaron el proyecto, excepto Metro-Goldwyn-Mayer. La película terminó teniendo éxito y generó una continuación “Futureworld”, en 1976, y una serie de televisión, “Beyond Westworld”, en 1980 (ninguno de estos emprendimientos contó con la participación de Crich tonelada y no obtuvo un buen resultado). La película fue protagonizada por el ruso (estadounidense naturalizado) Yul Brynner, una bestia en los años 50 y 70.
Y este trabajo fue “revivido” en octubre de 2016, cuando se estrenó la serie homónima (HBO) adaptada de la película de Michael Crichton y su continuación “Futureworld”. Desarrollado por Jonathan Nolan y Lisa Joy, los productores ejecutivos fueron Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub y J. J. Abrams. “Westworld” tiene una lista de actores de primer nivel, incluidos Anthony Hopkins y Evan Rachel Wood. La serie continúa con éxito y ya ha sido renovada por cuarta temporada.
La serie cyber punk se desarrolla en un futuro distópico, donde los parques temáticos son construidos por la empresa “Delos” y sus robots programados para satisfacer a los clientes y nunca disgustarlos.
Nota: Al igual que en la película, la serie se desarrolla en el escenario del Viejo Oeste y a partir de ahí el universo de los cines se expande mucho más.
Todo es posible en este parque: el individuo busca la aventura; sexo; violencia, salvaguardando que en ese espacio puedan hacer lo que quieran con los robots, incluso violando las leyes. La frase básica que se repite en la serie refuerza estos conceptos: “Estos placeres violentos tienen fines violentos”. Sirve para dar una pista sobre las consecuencias futuras. La frase es de Shakespeare en Romeo y Julieta, todavía puede significar el peligro de que las máquinas y los humanos se unan, así como en el amor prohibido del clásico.
La serie se encamina hacia una revolución de las máquinas y, como siempre, este tema incide en varios conceptos morales. Sin duda, nos hace cuestionar nuestras acciones, representatividad simbólica y percepción del entorno en el que vivimos.
Obs .: En el “elenco” de la serie encontramos al brasileño Rodrigo Santoro, quien afronta una producción de valor tras el fracaso de Ben-Hur. Al interpretar la inteligencia artificial en el papel de un forajido llamado Héctor Sacaton, se le considera uno de los bandidos más buscados de Westworld y sigue la teoría de que el oeste es un lugar salvaje, donde la única forma de sobrevivir es como depredador. .
La serie nos lleva del salvaje oeste a un futuro lejano y se gana la etiqueta de violento y astuto, reforzando la lucha entre las máquinas y la humanidad. Bueno, para evitar spoilers, termino aquí. Y de esta forma cerramos el post con una frase creada por el genial Michael Crichton, extraída de “El parque de los dinosaurios”:
“Vivimos en un mundo aterrador, con las cosas listas. Se decide que la gente debe comportarse de esa manera. Se decide que debe preocuparse por tales y tales asuntos. Nadie más piensa en las cosas que llegan listas. ¿No es asombroso? En la sociedad de la información nadie más piensa. Esperábamos terminar el papel, pero de hecho terminamos el pensamiento “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación..
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Os gênios da LitFan ao longo dos séculos post I.
Olá! Todxs bem? Bem perto de terminar este ano de 2020, muito difícil diga-se de passagem, o PHANTASTICUS resolveu homenagear algumas das principais mentes das últimas décadas (e séculos). A literatura fantástica traz elementos que contrariam a noção de realidade. Portanto, apresenta personagens e/ou fatos impossíveis, isto é, que se encontram em desacordo com as leis que comandam os fenômenos naturais. O termo fantástico vem do latim phantasticus cuja etimologia tem sua origem no grego “phantastikós” que significa fantasia. A Idade Média com suas narrativas míticas e fantásticas é solo fértil para o desenvolvimento e a difusão do gênero. A configuração geográfica da Europa do século XVIII com seus castelos góticos e sombrios e a vegetação gélida e escura cria um cenário narrativo ideal para as histórias fantásticas.
Para o filósofo Tzvetan Todorov, na literatura fantástica, “é necessário que o texto obrigue o leitor a considerar o mundo dos personagens como um mundo de pessoas reais, e a vacilar entre uma explicação natural e uma explicação sobrenatural dos acontecimentos evocados”. Essa vacilação pode permanecer ou ser eliminada quando o leitor decide que os acontecimentos têm relação com a realidade ou são ilusões.
Não há concordância sobre quando surgiu a literatura fantástica. A maioria dos estudiosos defende que seu surgimento ocorreu entre os séculos XVIII e XIX. Há estudos que informam: “O fantástico teve suas origens em romances que exploravam o medo, o susto, porém, ao longo dos séculos, foi se transformando até chegar ao século XX como uma narrativa mais sutil”. Motivadas pela perseguição cristã aos hereges e às bruxas, as lendas começam a expandir suas histórias para além das temáticas sagradas e religiosas e são alimentadas com a criação de inúmeros personagens: demônios, bruxas, dragões, monstros, objetos mágicos, animais encantados, vampiros, seres fantasmagóricos, dentre outros.
Essa transposição entre o sagrado e o profano cria gêneros vinculados ao fantástico. Os famosos contos de fadas, as figuras folclóricas, os romances de horror, os romances góticos e os contos maravilhosos, histórias que abordam os elementos sobrenaturais como se fossem naturais e, portanto, não são questionados na trama pelos personagens e nem pelo leitor.
Bem, no post de hoje, vamos começar um pequeno desfile de gênios de LitFan – este post será a primeira de muitas partes. Começaremos com o francês Jules Gabriel Verne, conhecido nos países de língua portuguesa por Júlio Verne. É considerado por críticos literários o inventor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, as máquinas voadoras e a viagem à Lua. Até hoje, Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.
A carreira literária de Júlio Verne começou a se destacar quando se associou a Pierre-Jules Hetzel, editor experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand e Erckmann-Chatrian. Hetzel publicou a primeira grande novela de sucesso de Júlio Verne em 1862, o relato de viagem à África em balão, intitulado Cinco semanas em um balão. Essa história continha detalhes de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa. A parceria entre Verne e Hetzel duraria por 20 anos. Hetzel apresentou Verne a Félix Nadar, cientista interessado em navegação aérea e balonismo, de quem se tornou grande amigo e que introduziu Verne ao seu círculo de amigos cientistas, de cujas conversações o autor provavelmente tirou algumas de suas ideias.
O sucesso de Cinco semanas em um balão lhe rendeu fama e dinheiro. Sua produção literária seguia em ritmo acelerado. Quase todos os anos Hetzel publicava novos livros de Verne, quase todos grandes sucessos. Dentre eles se encontram: Viagem ao Centro da Terra (Voyage au centre de la Terre), de 1864, Vinte Mil Léguas Submarinas (Vingt mille lieues sous les mers) de 1870 e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias (Le tour du monde en quatre-vingts jours), de 1873. Um dos seus livros foi Paris no século XX. Escrito em 1863, somente publicado em 1989, quando o manuscrito foi encontrado pelo bisneto de Verne. Livro de conteúdo depressivo, foi rejeitado por Hetzel, que recomendou Verne a não o publicar na época, por fugir à fórmula de sucesso dos livros já escritos, que falavam de aventuras extraordinárias. Verne seguiu seu conselho e guardou o manuscrito em um cofre, só sendo encontrado mais de um século depois. O seu último livro publicado foi O senhor do mundo, no ano de 1904.
Nota do blog: Verne é um dos meus autores prediletos. Sua visão de futuro e criatividade chegam a assombrar. Temos que lembrar que suas obras foram escritas na segunda metade do século XIX (19).
Seguem dois links para relembrar posts sobre Verne.
Outra fera da LitFan, tido como o (ou pelo menos um deles) pai da fantasia. Estamos falando do britânico John Ronald Reuel Tolkien, conhecido internacionalmente por J. R. R. Tolkien. Tolkien ficou conhecido como o “pai da moderna literatura fantástica” e é amplamente considerado como um dos maiores e sem dúvida o mais bem sucedido autor da literatura fantástica de todos os tempos. Tolkien foi indicado duas vezes ao prêmio Nobel da literatura, a primeira vez em 1961, pelo seu amigo C.S.Lewis, e a segunda em 1967, pelo sueco Gösta Holm no qual não ganhou nenhuma das vezes. As suas obras foram traduzidas para mais de cinquenta idiomas, vendendo mais de 200 milhões de cópias e influenciando continuadamente gerações e gerações. Em 2008, The Times listou Tolkien como o sexto entre os maiores escritores britânicos desde 1945. Em 2009, a revista Forbes listou as 13 celebridades mortas que mais lucraram no respectivo ano. Tolkien alcançou a quinta posição, com ganhos estimados em 50 milhões de dólares.
Apesar de ter dado início em 1937 com O Hobbit, o livro infanto-juvenil, foi somente após o lançamento da trilogia de “O Senhor dos Anéis” (1954-1955) que Tolkien passou a ser conceituado por milhões de fãs. Em 1996, uma pesquisa feita pela livraria londrina Waterstone’s, que conta com mais de 200 lojas em toda Grã-Bretanha, em parceria com o canal de televisão Channel 4, elegeu “O Senhor dos Anéis” como o melhor livro do século e “O Hobbit” entre os vinte melhores. Uma outra pesquisa mais recente, datada de 2003, feita pela BBC, perguntando às pessoas qual o livro favorito delas, “O Senhor dos Anéis” ficou em primeiro, e “O Hobbit” em vigésimo quinto. O mundo artístico também foi muito influenciado por Tolkien. O cinema (principalmente a trilogia “O Senhor dos Anéis”), a música, o RPG (liderado pelo D&D), os desenhos animados, a literatura, as histórias em quadrinhos, os jogos de computador e até mesmo a Internet, com milhares de websites dedicados a sua obra sofreram inúmeras influências do escritor frequentemente aclamado como o maior autor do século XX em pesquisas de opinião. A atividade de J. R. R. Tolkien como novelista é inseparável da de filólogo. Sua paixão por línguas antigas, como o grego, o anglo-saxão, o inglês medieval, o galês, o gótico, o finlandês, o islandês e o norueguês antigos, o levaram a criar sons e inventar uma linguagem, seguindo um método rigorosamente filológico. Em Senhor dos Anéis, Tolkien criou um reino de fantasia com diversos seres (saídos de sua imaginação, somada ao conhecimento de muitas mitologias) que possuem uma língua própria com uma gramática perfeitamente desenvolvida.
Nota do blog: A invenção de línguas foi por sua própria admissão “o seu vício oculto”, onde desde a mais tenra infância mostrou seu amor pelas palavras, criando para seu lazer cerca de cinquenta línguas imaginárias.
As guerras o influenciaram drasticamente. Tolkien lutou na Primeira Guerra Mundial em uma das batalhas mais intensas e agressivas desse período, conhecida como Batalha de Somme. Muitas das privações que Frodo e Sam passaram no caminho até Mordor refletem um pouco dos horrores que Tolkien viveu nos confrontos reais nas trincheiras. Vários de seus amigos morreram na época ao seu lado, o que fez com que essas tragédias inspirassem algumas das coisas que vemos em “O Senhor dos Anéis”, “O Hobbit” e “O Silmarillion”.
Já os trabalhos de Tolkien na reconstrução do Nórdico Antigo e das lendas germânicas eram extremamente populares entre os nazistas, que tentavam recuperar parte da cultura germânica durante o período de Hitler. Entretanto, o escritor disse publicamente ter aversão aos nazistas e à Hitler, inclusive considerando proibir a tradução de “O Hobbit” para o alemão depois que o editor pediu para ele certificar que era um “homem ariano”. Em uma carta que Tolkien escreveu ao seu filho, ele comentou: “Eu tenho nessa Segunda Guerra um rancor que provavelmente me faria um melhor soldado aos 49 anos do que fui aos 22. Aquele pequeno ignorante Adolf Hitler… Arruinando, pervertendo, aplicando de modo errado o nobre espírito do norte, uma contribuição suprema para a Europa que eu sempre amei e tentei apresentar na sua verdadeira luz”.
Tolkien foi membro da direção do New English Dictionary (1918-1920), professor de Língua Inglesa na Universidade de Leeds, na cátedra Rawlinson & Bosworth, posto ligado à Faculdade Pembroke (em Oxford) (1920-1925), professor de anglo-saxão (inglês arcaico) em Oxford (1925-1945) e professor de Língua e Literatura Inglesa em Merton (1945-1959), o que caracteriza um jeito próprio de lidar com os livros e a mitologia sempre presente em seus livros.
Seguem dois links para relembrar posts sobre Tolkien.
Bem, o PHANTASTICUS se despede do post de hoje com um pensamento que reflete o refúgio que a LitFan pode se mostrar.
“A fantasia dar asas e umas mil possibilidades; A imaginação transcende a mil realidades… A gente respira e sobrevive experimentando um pouco de cada coisa. De uma certa forma sabemos a verdade, mas preferimos viver na fantasia porque a realidade é arduamente severa para ser concebida pela mente humana.” Por Oséias Gulart.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Versión española:Los genios de LitFan a lo largo de los siglos post I.
¡Hola! Todxs bien? Muy cerca de finalizar este año de 2020, muy difícil de decir de pasada, PHANTASTICUS decidió honrar a algunas de las principales mentes de las últimas décadas (y siglos). La literatura fantástica aporta elementos que contradicen la noción de realidad. Por tanto, presenta personajes y / o hechos imposibles, es decir, que se contraponen a las leyes que rigen los fenómenos naturales. El término fantástico proviene del latín phantasticus cuya etimología tiene su origen en el griego “phantastikós” que significa fantasía. La Edad Media con sus narrativas míticas y fantásticas es un terreno fértil para el desarrollo y difusión del género. La configuración geográfica de la Europa del siglo XVIII con sus castillos oscuros y góticos y su vegetación oscura y helada crea un escenario narrativo ideal para historias fantásticas.
Para el filósofo Tzvetan Todorov, en la literatura fantástica, “es necesario que el texto obligue al lector a considerar el mundo de los personajes como un mundo de personas reales, ya oscilar entre una explicación natural y una explicación sobrenatural de los hechos evocados”. Esta vacilación puede permanecer o eliminarse cuando el lector decide que los hechos están relacionados con la realidad o son ilusiones.
No hay acuerdo sobre cuándo surgió la literatura fantástica. La mayoría de los estudiosos argumentan que su aparición se produjo entre los siglos XVIII y XIX. Hay estudios que relatan: “Lo fantástico tuvo su origen en novelas que exploraban el miedo, pero el miedo, sin embargo, a lo largo de los siglos, se ha ido transformando hasta llegar al siglo XX como una narrativa más sutil”. Motivados por la persecución cristiana de herejes y brujas, las leyendas comienzan a expandir sus historias más allá de los temas sagrados y religiosos y se alimentan de la creación de innumerables personajes: demonios, brujas, dragones, monstruos, objetos mágicos, animales encantados, vampiros, seres fantasmales, entre otros.
Esta transposición entre lo sagrado y lo profano crea géneros ligados a lo fantástico. Los famosos cuentos de hadas, personajes populares, novelas de terror, novelas góticas y cuentos maravillosos, relatos que abordan los elementos sobrenaturales como si fueran naturales y, por tanto, no son cuestionados en la trama por los personajes ni por el lector.
Bueno, en la publicación de hoy, vamos a comenzar un pequeño desfile de genios de LitFan; esta publicación será la primera de muchas partes. Empezaremos por el francés Jules Gabriel Verne, conocido en los países de habla portuguesa por Jules Verne. Es considerado por la crítica literaria como el inventor del género de ciencia ficción, habiendo hecho predicciones en sus libros sobre la aparición de nuevos avances científicos, como los submarinos, las máquinas voladoras y el viaje a la Luna. Hasta el día de hoy, Jules Verne es uno de los escritores cuyo El trabajo se ha traducido más a lo largo de la historia, con traducciones a 148 idiomas, según las estadísticas de la UNESCO, habiendo escrito más de 100 libros.
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La carrera literaria de Jules Verne comenzó a destacarse cuando se unió a Pierre-Jules Hetzel, un editor experimentado que trabajó con grandes nombres de la época, como Alfred de Brehat, Victor Hugo, George Sand y Erckmann-Chatrian. Hetzel publicó la primera gran novela exitosa de Julio Verne en 1862, el relato de un viaje a África en un globo, titulado Cinco semanas en un globo. Esta historia contenía detalles de coordenadas geográficas, culturas, animales, etc., que los lectores se preguntaban si era ficción o un relato verdadero. De hecho, Jules Verne nunca había viajado en globo ni viajado a África. Toda la información sobre la historia provino de su imaginación y capacidad de investigación. La asociación entre Verne y Hetzel duraría 20 años. Hetzel presentó a Verne a Félix Nadar, un científico interesado en la navegación aérea y los globos aerostáticos, de quien se hizo amigo íntimo y que presentó a Verne a su círculo de amigos científicos, de cuyas conversaciones el autor probablemente extrajo algunas de sus ideas.
El éxito de cinco semanas en un globo le valió fama y dinero. Su producción literaria continuó a un ritmo acelerado. Casi todos los años, Hetzel publica nuevos libros de Verne, casi todos grandes éxitos. Entre ellos están: Voyage to the Center of the Earth (Voyage au centre de la Terre), 1864, Twenty Thousand Leagues Under the Sea (Vingt mille lieues sous les mers), 1870 y La vuelta al mundo en ochenta días (Le tour du monde en quatre-vingts jours), de 1873. Uno de sus libros fue París en el siglo XX. Escrito en 1863, publicado solo en 1989, cuando el bisnieto de Verne encontró el manuscrito. Un libro de contenido depresivo, fue rechazado por Hetzel, quien recomendó a Verne no publicarlo en su momento, por escapar a la fórmula del éxito de libros ya escritos, que hablaban de aventuras extraordinarias. Verne siguió su consejo y guardó el manuscrito en una caja fuerte, solo para ser encontrado más de un siglo después. Su último libro publicado fue O Senhor del mundo en 1904.
Nota del blog: Verne es uno de mis autores favoritos. Su visión del futuro y la creatividad vienen a acechar. Hay que recordar que sus obras fueron escritas en la segunda mitad del siglo XIX (19).
Aquí hay dos enlaces para recordar publicaciones sobre Verne.
Otra bestia de LitFan, considerado (o al menos uno de ellos) el padre de la fantasía. Estamos hablando del británico John Ronald Reuel Tolkien, conocido internacionalmente por J. R. R. Tolkien. Tolkien se hizo conocido como el “padre de la literatura fantástica moderna” y es ampliamente considerado como uno de los más grandes y posiblemente el más exitoso autor de literatura fantástica de todos los tiempos. Tolkien fue nominado dos veces al Premio Nobel de Literatura, la primera vez en 1961 por su amigo CS Lewis y la segunda vez en 1967 por el sueco Gösta Holm en la que no ganó ninguna de las dos. Sus obras han sido traducidas a más de cincuenta idiomas, vendiendo más de 200 millones de copias e influyendo continuamente en generaciones y generaciones. En 2008, The Times enumeró a Tolkien como el sexto entre los mejores escritores británicos desde 1945. En 2009, la revista Forbes enumeró las 13 celebridades muertas que más se beneficiaron en el año respectivo. Tolkien alcanzó el quinto lugar, con ganancias estimadas en 50 millones de dólares.
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A pesar de haber comenzado en 1937 con El Hobbit, el libro para niños fue solo después del lanzamiento de la trilogía de “El Señor de los Anillos” (1954-1955) que Tolkien se hizo conocido por millones de fanáticos. En 1996, una encuesta de la librería londinense Waterstone’s, que cuenta con más de 200 tiendas en Gran Bretaña, en asociación con el canal de televisión Channel 4, eligió “El señor de los anillos” como el mejor libro del siglo y “El Hobbit” entre los veinte primeros. Otra encuesta más reciente, fechada en 2003, llevada a cabo por la BBC, preguntaba a la gente cuál era su libro favorito, “El señor de los anillos”, y “El hobbit”, el vigésimo quinto. El mundo artístico también estuvo fuertemente influenciado por Tolkien. Cine (principalmente la trilogía “El señor de los anillos”), música, juegos de rol (liderados por D&D), dibujos animados, literatura, cómics, juegos de computadora e incluso Internet, con miles de Los sitios web dedicados a su obra han sufrido numerosas influencias por parte del escritor a menudo aclamado como el mayor autor del siglo XX en las encuestas de opinión. La actividad de J. R. R. Tolkien como novelista es inseparable de la de un filólogo. Su pasión por las lenguas antiguas, como el griego, el anglosajón, el inglés medieval, el galés, el gótico, el finlandés, el islandés y el noruego antiguo, lo llevaron a crear sonidos e inventar un idioma, siguiendo un método estrictamente filológico. . En El señor de los anillos, Tolkien creó un reino de fantasía con varios seres (fuera de su imaginación, sumados al conocimiento de muchas mitologías) que tienen su propio lenguaje con una gramática perfectamente desarrollada.
Nota del blog: La invención de los lenguajes fue por su propia admisión “su adicción oculta”, donde desde muy joven demostró su amor por las palabras, creando para su ocio unos cincuenta lenguajes imaginarios.
Las guerras lo influyeron drásticamente. Tolkien luchó en la Primera Guerra Mundial en una de las batallas más intensas y agresivas de ese período, conocida como la Batalla de Somme. Muchas de las privaciones por las que pasaron Frodo y Sam de camino a Mordor reflejan algunos de los horrores que Tolkien experimentó en los enfrentamientos reales en las trincheras. Varios de sus amigos murieron en ese momento a su lado, lo que provocó que estas tragedias inspiraran algunas de las cosas que vemos en “El señor de los anillos”, “El Hobbit” y “El Silmarillion”.
Las obras de Tolkien en la reconstrucción de leyendas nórdicas antiguas y germánicas fueron extremadamente populares entre los nazis, que intentaron recuperar parte de la cultura germánica durante el período de Hitler. Sin embargo, el escritor dijo públicamente que sentía aversión por los nazis y Hitler, incluso considerando prohibir la traducción al alemán de “El Hobbit” después de que el editor le pidió que certificara que era un “hombre ario”. En una carta que Tolkien le escribió a su hijo, comentó: “Tengo un rencor en esta Segunda Guerra que probablemente me convertiría en un mejor soldado a los 49 que a los 22. Ese pequeño e ignorante Adolf Hitler … Arruinando, pervirtiendo, aplicando equivocadamente el noble espíritu del norte, una contribución suprema a Europa que siempre he amado y he tratado de presentar en su verdadera luz”.
Tolkien fue miembro de la junta del New English Dictionary (1918-1920), profesor de inglés en la Universidad de Leeds, en la cátedra Rawlinson & Bosworth, puesto vinculado al Pembroke College (en Oxford) (1920-1925), profesor deAnglosajón (inglés antiguo) en Oxford (1925-1945) y profesor de Lengua y Literatura Inglesas en Merton (1945-1959), lo que caracteriza su propia manera de abordar los libros y la mitología siempre presente en sus libros.
Aquí hay dos enlaces para recordar publicaciones sobre Tolkien.
Pues bien, PHANTASTICUS se despide del post de hoy con un pensamiento que refleja el refugio que LitFan puede mostrarse.
“La fantasía de dar alas y mil posibilidades; La imaginación trasciende mil realidades … La gente respira y sobrevive experimentando un poco de cada cosa. “Conocemos la verdad de alguna manera, pero preferimos vivir en la fantasía porque la realidad es demasiado severa para ser concebida por la mente humana”. Por Hosea Gulart.
Espero que hayas disfrutado del post. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Os caminhos, nada triviais, de tijolos dourados de Oz.
Um super OI para todxs. O PHANTASTICUS resolveu trilhar um caminho feito de tijolos dourados. Antes de mais nada, espero que estejam bem e com ótima saúde. E que tenham uma ótima semana.
Bem, voltamos a estrada dourada (e não são os caminhos da Pensilvânia – que deram a vitória, significativa a Joseph Robinette “Joe” Biden Jr., que irá ocupar a presidência dos Estados Unidos no próximo janeiro) que foi idealizada e criada por Lyman Frank Baum, mais conhecido como L. Frank Baum. Este americano que nasceu em Chittenango (uma vila localizada no Condado de Madison, Nova York) em maio de 1856, foi um escritor, editor, ator, roteirista e produtor de cinema. Sua grande obra foi – sem qualquer dúvida – “The Wonderful Wizard of Oz” (O Maravilhoso Mágico de Oz). É o primeiro de uma série de catorze livros que relata as aventuras na fantástica Terra de Oz. O livro é considerado o primeiro contos de fadas genuinamente americano.
A história, do primeiro livro, gira em torno de Dorothy Gale, uma órfã que vive no Kansas com seus tios. Ela é bastante amada e tem como seu melhor amigo um cãozinho chamado Totó. Em um dia comum, um tornado se aproxima e eis que Totó desaparece, Dorothy o encontra e corre atrás dele. Os dois não conseguem chegar ao abrigo a tempo e escondem-se dentro da casa, que é levada pelo tornado.
Quando tudo acaba e a casa está de volta ao chão, Dorothy descobre que não está mais no Kansas, mas sim em uma terra distante chamada Oz. Imediatamente a garotinha quer voltar para casa, mas para isso, vai precisar da ajuda do Mágico de Oz, na Cidade das Esmeraldas. E é assim que se inicia uma aventura, com Dorothy seguindo a estrada de tijolos dourados na companhia de três distintas figuras que encontra pelo caminho: e Espantalho, o Leão Covarde e o Homem de Lata.
O Mágico de Oz é um livro de razoavelmente curto (menos de sessenta páginas), leve e de fácil compreensão, a história é voltada para o público infantil, mas a fábula sobre coragem, inteligência e amor pode ser aproveitada por todas as idades!
Existem inúmeras interpretações para o que Lyman Frank Baum demonstra com o livro, entre as interpretações mais comuns estão que Dorothy é do estado de Kansas, pois na época era um estado completamente rural onde o Partido Populista era forte, devido à presença de muitos fazendeiros. No livro, Dorothy usa sapatos prateados, que significam a prata pisando no ouro, já que toda a estrada era feita de tijolos dourados.
O Espantalho representa a figura comum de um fazendeiro estado-unidense, que é considerado “sem cérebro” pelas elites industriais mesmo assim consegue ajudar a solucionar problemas que surgiram durante a jornada do livro. O Homem-Lata representa o trabalhador das indústrias do nordeste dos Estados Unidos da América, pessoas exploradas por ricos empresários, que já não tem mais sentimentos e não fazem nada na vida além de trabalhar para ganhar pouco. O exército de macacos comandado pela Bruxa do Oeste representa os nativos e índios da América do Norte. Em vários trechos do livro podem ser encontradas falas dos macacos onde os mesmos dizem que antes da chegada do homem, eles viviam num reino de paz, sem ter que trabalhar nem servir a ninguém. E finalmente, o Leão representa o maior nome do Partido Populista, William Jennings Bryan. Um homem muito bom em falar em público, convencendo e persuadindo pessoas sobre a suas ideias, mas que na hora das eleições nunca provou ser realmente forte como parecia. Bryan concorreu à presidência cinco vezes consecutivas e não venceu nenhuma delas.
A interpretação mais comum do fato de que o autor Frank Baum, que era adepto do Partido Populista, ter criticado William J. Bryan em seu livro, é que na última vez em que se candidatou para a presidência dos Estados Unidos da América, Bryan deixou o Partido Populista para se candidatar pelo Partido Democrata, o que contribuiu para o fim do Partido Populista estadounidense.
Já a versão mais moderna e sociável é que através do Espantalho que quer um cérebro, o Homem de Lata que quer um coração e o Leão que quer coragem, aprendemos que muitas dessas qualidades estão escondidas dentro de nós o tempo todo e nós só precisamos prestar atenção para encontra-las. Dorothy é uma garotinha persistente, alegre, extrovertida e sem medo de ajudar ao próximo. Ela está determinada a ir para casa e faz de tudo para alcançar seu objetivo, sem deixar de ser gentil com aqueles que não tem culpa por sua condição.
L. Frank Baum escreveu vários livros sob pseudônimos. São eles: Edith Van Dyne, Laura Bancroft, Floyd Akers, Suzanne Metcalf, Schuyler Staunton, John Estes Cooke e Capt. Hugh Fitzgerald.
Vamos nos despedindo com uma frase do escritor tratado no post: “Nenhum ladrão, por mais hábil que seja, é capaz de roubar o conhecimento de alguém, e é por isso que o conhecimento é o melhor e mais seguro tesouro que se pode adquirir.”.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Versión española:Los ladrillos dorados no triviales de Oz.
Un super hola para todos. PHANTASTICUS decidió recorrer un camino hecho de ladrillos dorados. En primer lugar, espero que se encuentre bien y en excelente estado de salud. Y que tengas una gran semana.
Bueno, estamos de vuelta en el camino dorado (y no son las carreteras de Pensilvania, lo que le dio a Joseph Robinette “Joe” Biden Jr., quien ocupará la presidencia de los Estados Unidos el próximo enero, una victoria significativa que fue diseñada y creada por Lyman Frank Baum, más conocido como L. Frank Baum. Este estadounidense, que nació en Chittenango (un pueblo ubicado en el condado de Madison, Nueva York) en mayo de 1856, fue escritor, editor, actor, guionista y productor de cine. Su gran obra fue, sin duda alguna, “El maravilloso mago de Oz”. Es el primero de una serie de catorce libros que narra las aventuras en la fantástica Tierra de Oz. El libro se considera el primer cuento de hadas genuinamente estadounidense.
La historia del primer libro gira en torno a Dorothy Gale, una huérfana que vive en Kansas con sus tíos. Es muy querida y tiene como su mejor amigo a un perrito llamado Toto. En un día cualquiera, se acerca un tornado y, he aquí, Toto desaparece, Dorothy lo encuentra y corre tras él. Los dos no logran llegar al refugio a tiempo y se esconden dentro de la casa, que es llevada por el tornado.
Cuando todo termina y la casa vuelve a estar en el suelo, Dorothy descubre que ya no está en Kansas, sino en una tierra lejana llamada Oz. Inmediatamente la pequeña quiere regresar a casa, pero para eso necesitará la ayuda del Mago de Oz, en la Ciudad Esmeralda. Y es así como comienza una aventura, con Dorothy siguiendo el camino de ladrillos dorados en compañía de tres figuras diferentes que se encuentra en el camino: y el Espantapájaros, el León Cobarde y el Hombre de Hojalata.
El mago de Oz es un libro razonablemente corto (menos de sesenta páginas), ligero y fácil de entender, la historia está dirigida a los niños, ¡pero la fábula sobre el coraje, la inteligencia y el amor puede ser disfrutada por todas las edades!
Existen numerosas interpretaciones de lo que Lyman Frank Baum demuestra con el libro, entre las interpretaciones más comunes están que Dorothy es del estado de Kansas, porque en ese momento era un estado completamente rural donde el Partido Populista era fuerte, debido a la presencia de muchos agricultores. En el libro, Dorothy usa zapatos plateados, lo que significa que la plata pisa el oro, ya que todo el camino estaba hecho de ladrillos dorados.
El Espantapájaros representa la figura común de un granjero estadounidense, a quien las élites industriales consideran “descerebrado”, pero se las arregla para ayudar a resolver los problemas que surgieron durante el viaje del libro. El Hombre de Hojalata representa al trabajador de las industrias del noreste de los Estados Unidos de América, gente explotada por empresarios adinerados, que ya no tienen sentimientos y no hacen nada en la vida además de trabajar por poco. El ejército de monos comandado por la Bruja del Oeste representa a los nativos e indios de América del Norte. En varios extractos del libro se pueden encontrar discursos de monos donde dicen que antes de la llegada del hombre vivían en un reino de paz, sin tener que trabajar ni servir a nadie. Y finalmente, el León representa el nombre más grande del Partido Populista, William Jennings Bryan. Un hombre muy bueno hablando en público, convenciendo y persuadiendo a la gente sobre sus ideas, pero que en época de elecciones nunca demostró ser tan fuerte como parecía. Bryan se postuló para presidente cinco veces seguidas y no ganó ninguna de ellas.
La interpretación más común del hecho de que el autor Frank Baum, que era partidario del Partido Populista, criticara a William J. Bryan en su libro, es que la última vez que se postuló para presidente de los Estados Unidos de América, Bryan se fue el Partido Populista para postularse para el Partido Demócrata, lo que contribuyó al fin del Partido Populista Estadounidense.
La versión más moderna y sociable es que a través del Espantapájaros que quiere un cerebro, el Hombre de Hojalata que quiere un corazón y el León que quiere coraje, aprendemos que muchas de estas cualidades están escondidas dentro de nosotros todo el tiempo y solo necesitamos renderizar. atención para encontrarlos. Dorothy es una chica extrovertida, alegre y persistente que no tiene miedo de ayudar a los demás. Está decidida a volver a casa y hace todo lo posible para lograr su objetivo, al mismo tiempo que es amable con aquellos que no tienen la culpa de su condición.
L. Frank Baum escribió varios libros con seudónimos. Ellos son: Edith Van Dyne, Laura Bancroft, Floyd Akers, Suzanne Metcalf, Schuyler Staunton, John Estes Cooke y Capt. Hugh Fitzgerald.
Nos despedimos con una frase del escritor tratado en el post: “Ningún ladrón, por hábil que sea, es capaz de robar el conocimiento de alguien, y por eso el conocimiento es el mejor y más seguro tesoro que se puede adquirir.”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png