~ Phantasticus – Fantástico em latim. Gênero literário que congrega três subgêneros: Fantasia, ficção científica e terror. Agora, um lugar para os leitores e escritores que são apaixonados por leitura e escrita, sobre estes mundos imaginários. Que tal sentir pelo virar das páginas o calafrio e o medo provocados pelo terror de algumas linhas. Deixar que o cavaleiro ou a guerreira que existem dentro de nós venha a aflorar. Dos tempos da espada e da feitiçaria. Das religiões antigas aos seres imaginários (ou inimaginários). Um lugar para compartilhar opiniões.
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A energia conduzida nos sonhos elétricos do genial PKD.
Olá, para meus caríssimxs amigxs!! O PHANTASTICUS traz hoje mais um post do brilhante escritor Philip K. Dick, que foi um dos autores de ficção científica mais prolíficos e aclamados do século XX (e XXI, em minha opinião), tendo parte de sua obra literária adaptada para o cinema e a televisão, tais como em “Blade Runner: O Caçador de Androides” e “O Homem do Castelo Alto”.
O PHANTASTICUS já escreveu vários posts sobre Dick. Se você quiser relembrar, aí vão alguns dos links:
Bem, hoje vou trazer um pouco sobre os contos de PK Dick “Electric Dreams” que foram adaptados para mais uma série – “Philip K. Dick’s Electric Dreams” – que teve sua estreia no canal de televisão britânica “Channel 4” em 17 de Setembro de 2017. Aqui, no Brasil, você consegue assistir na plataforma da Amazon. Mas vamos ao livro.
O livro, é dividido em dez contos que abordam diversos aspectos de vidas em futuros distantes, na própria terra ou em outras dimensões, mas ainda assim facilmente comparáveis com os dias atuais.
Os contos, que foram publicados originalmente entre os anos de 1953 e 1955, retratam uma visão de futuro pensada na década de 1950. E são geniais justamente por conta disso. O autor navega por temas (que hoje parecem ultrapassados), mas que fomentam questionamentos universais e atemporais. São ótimos de ler, são ágeis e divertidos, apesar da visão pessimista característica do gênero. Realmente dá para imaginar (e desejar ver) cada conto como um curta-metragem. Segue a ordem (de exibição na adaptação) dos contos:
“Exhibit Piece”, de 1954
“Autofac”, de 1955
“Human Is”, de 1955
“Sales Pitch”, de1954
“The Hood Maker”, de 1955
“Foster, You’re Dead”, de 1955
“The Father Thing”, de 1954
“Impossible Planet”, de 1953
‘The Commuter”, de 1953
“The Hanging Stranger”, de 1953
Os contos, assim como boa parte da obra do gênio PKD, traz (em geral) um mundo pós-apocalíptico ou dominado por máquinas. Desta forma, as chances de uma pessoa perder-se em si mesma, esquecendo a própria essência, é enorme. Ao passo que todos os fatores externos colaboram para o medo das populações, seja por doenças, dominações de governos ditatoriais ou pelos próprios robôs, uma ou outra pessoa consegue despertar de determinadas situações hostis e passam a apegar-se ao que é mais vital em momentos difíceis: a esperança de uma realidade melhor.
Philip K. Dick cria mundos muito distintos, mas que se aproximam quando comparados seus protagonistas e suas respectivas vontades. Em sua maioria, homens e mulheres precisam lutar para restabelecerem-se em meio ao caos e, de alguma forma, anseiam para não esquecerem aquilo que são em seu íntimo ou ideais que carregam há muito tempo. O amor, a nostalgia, a paz interior, o sentimento de pertencimento a um grupo, a saudade de um ente querido, dentre outras, são questões abstratas que, na obra do autor, tornam-se o centro das discussões filosóficas das personagens, pontos marcantes e importantíssimos para o enriquecer da narrativa e da própria construção psicológica delas.
Os contos, também, colocam em debate o consumismo e a importância exacerbada dos bens materiais e ainda a barbárie tida como algo normal. E conseguem trazer perspectivas diferentes, de crianças a idosos, seus anseios e angústias, nos fazendo refletir muito sobre o que é realmente ser humano.
Abaixo, deixo como lembrança para cada leitor, duas “construções” de Philip K. Dick. Que elas sirvam de reflexão – para todos nós.
“A verdadeira medida de um homem não é sua inteligência ou quão alto ele sobe neste sistema esquisito. Não, a verdadeira medida de um homem é esta: com que rapidez ele consegue responder às necessidades dos outros e quanto de si mesmo ele consegue dar.” e “A ferramenta básica para a manipulação da realidade é a manipulação das palavras. Se você puder controlar o significado das palavras, poderá controlar as pessoas que devem usá-las.”
Gênio! E perdemos ele tão cedo. PKD nos deixou com apenas 53 anos, em março de 1982, vindo a falecer, vítima de uma série de AVC’s.
As questões levantadas por Dick (em toda a sua obra), ainda nos anos 50, hoje se fazem mais necessárias, pois com a tecnologia atual, estamos muito próximos da realidade virtual e da inteligência artificial, que, segundo ele, mudaram para sempre as nossas relações pessoais. A empatia foi levantada como uma necessidade atual para os seres humanos, pois é ela que nos diferencia de qualquer outra forma de inteligência e pode nos proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Esta empatia pode ser disposta na tecnologia, pois uma inteligência artificial moldada na empatia, é essencial para que carros autônomos ou sistemas de saúde possam tratar as pessoas com mais cuidado, respeito e, de fato, oferecer a melhoria proposta, além do campo tecnológico. Porém, um perigo nos cerca, que são as bolhas sociais que podem moldar a nossa realidade, utilizando redes sociais ou alguma força específica para apresentar cenários e influenciar nossas mentes para vários interesses, tais quais nos acostumamos a assistir em várias produções no cinema e na TV, pelos últimos anos.
Recado dado. Post encerrado. Gostou? Mande suas sugestões. Até o próximo post do PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
Versión española:La energía conducida en los sueños eléctricos del brillante PKD.
¡¡Hola a mis amigos caríssimxs!! PHANTASTICUS trae hoy otro post del genial escritor Philip K. Dick, quien fue uno de los autores de ciencia ficción más prolíficos y aclamados del siglo XX (y del XXI, en mi opinión), habiendo adaptado parte de su obra literaria al cine y televisión, como en “Blade Runner: El cazador de androides” y “El hombre del castillo alto”.
PHANTASTICUS ya ha escrito varios artículos sobre Dick. Si quieres recordar, aquí tienes algunos de los enlaces:
Bueno, hoy les voy a contar un poco sobre las historias de “Electric Dreams” de PK Dick que se han adaptado a otra serie, “Philip K. Dick’s Electric Dreams”, que se estrenó en el canal de televisión británico “Channel 4”. el 17 de septiembre de 2017. Aquí en Brasil, puedes verlo en la plataforma de Amazon. Pero vayamos al libro.
El libro está dividido en diez cuentos que cubren diferentes aspectos de la vida en futuros distantes, en la tierra misma o en otras dimensiones, pero aun fácilmente comparables a la actualidad.
Los cuentos, que se publicaron originalmente entre 1953 y 1955, retratan una visión del futuro concebida en la década de 1950. Y son brillantes precisamente por eso. El autor navega por temas (que hoy parecen obsoletos), pero que incitan a preguntas universales y atemporales. Son geniales para leer, ágiles y divertidos, a pesar del punto de vista pesimista característico del género. Realmente puedes imaginar (y querer ver) cada historia como un cortometraje. Aquí está el orden (de exhibición en la adaptación) de las historias:
“Pieza de exhibición”, 1954
“Autofac”, 1955
“Human Is”, 1955
“Sales Pitch”, 1954
“The Hood Maker”, 1955
“Foster, estás muerto”, 1955
“La cosa del padre”, 1954
“Planeta imposible”, 1953
“El viajero”, 1953
“El extraño colgado”, 1953
Los cuentos, como gran parte del trabajo del genio del PKD, traen (generalmente) un mundo postapocalíptico o dominado por máquinas. De esta forma, las posibilidades de que una persona se pierda, olviden su esencia, son enormes. Si bien todos los factores externos contribuyen al miedo de las poblaciones, ya sea por enfermedad, dominio de gobiernos dictatoriales o por los propios robots, una u otra persona logra despertar de determinadas situaciones hostiles y comenzar a aferrarse a lo más vital en momentos difícil: la esperanza de una realidad mejor.
Philip K. Dick crea mundos muy diferentes, pero que se acercan más a sus protagonistas y sus respectivas voluntades. En su mayor parte, hombres y mujeres deben luchar para recuperarse del caos y de alguna manera anhelar no olvidar lo que son por dentro o los ideales que han llevado durante mucho tiempo. El amor, la nostalgia, la paz interior, el sentimiento de pertenencia a un grupo, extrañar a un ser querido, entre otros, son temas abstractos que, en la obra del autor, se convierten en el centro de las discusiones filosóficas de los personajes, puntos llamativos y muy importantes para enriquecer. la narrativa y su propia construcción psicológica.
Los cuentos también traen al debate el consumismo y la gran importancia de los bienes materiales e incluso la barbarie vista como algo normal. Y logran traer diferentes perspectivas, desde los niños hasta los mayores, sus ansiedades y ansiedades, haciéndonos reflexionar mucho sobre lo que realmente es ser humano.
A continuación, dejo como recordatorio para cada lector, dos “construcciones” de Philip K. Dick. Que sirvan de reflejo para todos nosotros.
“La verdadera medida de un hombre no es su inteligencia o qué tan alto se eleva en este extraño sistema. No, la verdadera medida de un hombre es esta: qué tan rápido puede responder a las necesidades de los demás y cuánto puede dar de sí mismo “. y “La herramienta básica para manipular la realidad es la manipulación de palabras. Si puedes controlar el significado de las palabras, puedes controlar a las personas que deberían usarlas “.
¡Genio! Y lo perdimos tan pronto. PKD nos dejó con apenas 53 años, en marzo de 1982, falleciendo, víctima de una serie de ictus.
Las cuestiones planteadas por Dick (en toda su obra), incluso en los años 50, ahora son más necesarias, porque con la tecnología actual, estamos muy cerca de la realidad virtual y la inteligencia artificial, que, según él, cambiaron para siempre nuestro personal. relaciones. La empatía se planteó como una necesidad actual del ser humano, ya que es lo que nos diferencia de cualquier otra forma de inteligencia y puede brindarnos una mejor calidad de vida.
Esta empatía se puede arreglar en tecnología, ya que una inteligencia artificial moldeada en empatía es esencial para autos o sistemas autónomos. Las organizaciones de salud pueden tratar a las personas con más cuidado, respeto y, de hecho, ofrecer la mejora propuesta, además del ámbito tecnológico. Sin embargo, nos rodea un peligro, que son las burbujas sociales que pueden moldear nuestra realidad, utilizando las redes sociales o alguna fuerza específica para presentar escenarios e influir en nuestra mente por diversos intereses, como estamos acostumbrados a ver en diversas producciones en el cine y en TV, durante los últimos años.
Mensaje dado. Publicación cerrada. ¿Te gustó? Envíe sus sugerencias. Hasta el próximo post de PHANTASTICUS.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A mensagem contida em “A Chegada”.
Olá, para todes. Andei longe, por um tempinho, mas estou de volta. Hoje o PHANTASTICUS tenta abrir um pouco mais a “caixa” que representa o conto “Story of Your Life” (História da sua Vida). Seu autor: Ted Chiang.
Escrito e publicado em 1998 na série de ficção “Starlight 2” (do premiado editor Patrick Nielsen Hayden) – depois republicado em uma coleção de histórias curtas, do próprio autor, no ano de 2002 chamada “Stories of Your Life and Others” (História da sua vida e outros contos). O livro é dividido em 8 contos e cada um é independente do anterior. Segue a ordem dos mesmos, no livro:
“Tower of Babylon” (Torre da Babilônia), publicação original em novembro de 1990) (Ganhador do Prêmio Nebula); “Understand” (Tradução literal “Compreender” ou “Entender”) publicação original em agosto de 1991; “Division by Zero” (Divisão por Zero) publicação original em junho de 1991; “Story of Your Life” (História da sua Vida) publicação original em novembro de 1998) (Ganhador do Prêmio Nebula e do Prêmio Theodore Sturgeon Memorial); “Seventy-Two Letters” (Setenta e duas letras – ou cartas) publicação original em junho de 2000 (Ganhador do Prêmio Sidewise); “The Evolution of Human Science” (A Evolução da Ciência Humana) publicação original em junho de 2000; “Hell Is the Absence of God” (O inferno é a ausência de Deus) publicação original em julho de 2001 Ganhador dos Prêmios (Hugo, Locus e Nebula); “Liking What You See: A Documentary” (Gostando do que vê: um documentário)
“Story of Your Life” ganhou o prêmio “Nebula” de 2000 de Melhor Novela, bem como o prêmio “Theodore Sturgeon” de 1999. Foi nomeado para o Prêmio “Hugo” de 1999 de Melhor Novela. Logo foi traduzida para o italiano, japonês, francês e alemão. Uma adaptação cinematográfica da história, intitulada “Arrival” (Chegada) e dirigida por Denis Villeneuve, foi lançada em 2016. O filme é estrelado por Amy Adams, Jeremy Renner e Forest Whitaker e foi indicada para oito Oscars, incluindo Melhor Filme; ganhou o prêmio de Melhor Edição de Som. O filme também ganhou o Prêmio “Ray Bradbury” 2017 de Melhor Apresentação Dramática e o Prêmio “Hugo” de Melhor Apresentação Dramática.
Sendo bem sincero, foi o filme que me levou ao livro (conto). O filme foi aclamado pela crítica, e como citei um pouco acima, recebeu oito indicações ao Oscar 2017. A história começa quando 12 espaçonaves alienígenas pousaram em 12 locais diferentes na Terra (como: Venezuela, Inglaterra, Rússia, Paquistão e China) e a linguista “A Chegada” imagina como seria a reação mundial diante do primeiro contato com os alienígenas e como nos comunicaríamos com estes seres recém-chegados.
A Drª Louise Banks (interpretada por Amy Adams) é chamada pelo governo americano para traduzir a língua alienígena e tentar se comunicar com eles na tentativa de descobrir suas intenções no planeta. Junto com o físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), eles realizam uma série de experimentos e pesquisas para interpretar a estranha linguagem dos heptápodes – nome dado aos aliens -, enquanto a tensão mundial só aumenta, chegando às margens de um possível conflito armado entre os extraterrestres e os humanos. A tarefa começa a ficar ainda mais complicada quando Louise começa a ter “flashbacks” sobre sua filha, e é aqui que a história começa a ficar interessante.
ATENÇÃO SPOILERS: O primeiro fator de sucesso a ser destacado no filme, é sobre a estrutura do roteiro que brinca com a maneira que percebemos e interpretamos histórias. A princípio, somos levados a acreditar que os flashbacks de Louise são sobre seu passado, já que vemos uma montagem da vida da protagonista com sua filha e seu final trágico. A partir daí, também imaginamos Louise como alguém que está se recuperando desse trauma.
Porém, o filme muda totalmente de direção ao chegar nos últimos minutos e revelando que o que acreditávamos ser o passado, era na realidade o futuro. Essa é a tentativa de fazer o público reavaliar tudo aquilo que assistiu e acreditou ser verdade nos últimos 90 minutos, trazendo à tona o verdadeiro questionamento da história.
Todos estes questionamentos também chegam a nossa mente com a leitura do conto de Ted Chiang – que inspirou o filme. Sem tentar expor muito do livro, o autor envolve o leitor e lida com a questão do tempo na história. Ele te faz buscar uma relativização de passado e futuro, fazendo – desta forma – que o presente ganhe importância.
As mensagem da história deram origem a um belíssimo conto, que valoriza as nossas ações no presente e nos leva a refletir sobre a nossa insignificância diante do universo, e sobre a importância do livre arbítrio. Você se envolveria com uma pessoa sabendo como será doloroso separar-se dela no futuro? Você mudaria o passado conhecendo as consequências dos próprios atos no futuro? Não existe resposta certa, mas existe algo que representa uma das mais importantes características da nossa evolução: poder de escolha.
O livro reserva algumas surpresas que – claro – não irei revelar. Os heptápodes nos deixam uma grande lição. Mas, diferente do filme, no livro eles vão embora sem dizer para o que vieram. O que interessa é justamente o que acontece com Louise. Não é que ela magicamente começa a ver o futuro; ela vai desenvolvendo uma linha de raciocínio igual à dos heptápodes, e por isso se torna capaz de enxergar sua vida toda – ou pelo menos as partes mais importantes dela. E ao adquirir essa habilidade de reprogramar a maneira com que sua mente percebe o tempo ela é capaz de entender como a linguagem dos alienígenas funciona. Não há aqui um conflito real, uma tentativa de guerra ou ataque, aqueles momentos de tensão colocados no filme, é apenas uma mulher contando sua vida e aquilo que descobriu.
Importante: Verifiquei vários blogs e, na grande maioria, o contato com o filme despertou o interesse pelo livro.
Em tempo: Ted Chiang é norte americano. Tem 53 anos. Escritor e roteirista, também escreve para a indústria de software.
Encerrando o post, me despeço com uma frase do genial Albert Einstein: “A diferença entre passado, presente e futuro é uma ilusão, ainda que persistente”. Einstein não escreveu sua frase sobre a ilusão do tempo num livro. Não falou numa entrevista. Nada. Ele escreveu numa carta para a viúva de seu melhor amigo, Michelle Besso, logo após a morte dele. Era uma forma de consolar a ela, e a ele próprio, pela perda. Mas isso não diminui a frase. A dor fez com que Einstein produzisse algo ímpar: uma interpretação poética da relatividade, segundo a qual o tempo não é absoluto; muda de ritmo dependendo da forma como a gente se movimenta. Logo, a uniformidade do tempo é uma ilusão.
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post de hoje e quantos outros quiserem. E mandem suas sugestões. Encontro todos vocês no próximo post. Até lá!
Jota Cortizo
Versión española:El mensaje contenido en “La llegada”.
Hola a todos. Me alejé por un tiempo, pero he vuelto. Hoy PHANTASTICUS intenta abrir un poco más la “caja” que representa el cuento “Historia de tu vida”. Su autor: Ted Chiang.
Escrito y publicado en 1998 en la serie de ficción “Starlight 2” (por el galardonado editor Patrick Nielsen Hayden) – luego reeditado en la propia colección de cuentos del autor en 2002 llamado “Historias de tu vida y otros” de su vida y otros cuentos). El libro está dividido en 8 cuentos y cada uno es independiente del anterior. El orden de estos en el libro es el siguiente:
“Tower of Babylon”, publicación original en noviembre de 1990) (ganador del premio Nebula); “Entender” (traducción literal “Entender” o “Entender”) publicación original agosto de 1991; Publicación original de “Division by Zero” en junio de 1991; “Story of Your Life” (publicación original de noviembre de 1998) (ganador del premio Nebula y del premio Theodore Sturgeon Memorial); Publicación original de “Seventy-Two Letters” (Setenta y dos letras) en junio de 2000 (Ganador del premio Sidewise); Publicación original “La evolución de la ciencia humana”, junio de 2000; “El infierno es la ausencia de Dios” publicación original de julio de 2001 Ganador del premio (Hugo, Locus y Nebula); “Me gusta lo que ves: un documental”
“Story of Your Life” ganó el premio “Nebula” 2000 a la mejor novela, así como el premio “Theodore Sturgeon” 1999. Fue nominada para el premio 1999 “Hugo” a la mejor novela. Pronto se tradujo al italiano, japonés, francés y alemán. En 2016 se estrenó una adaptación cinematográfica de la historia, titulada “Arrival” (Llegada) y dirigida por Denis Villeneuve. La película está protagonizada por Amy Adams, Jeremy Renner y Forest Whitaker y fue nominada a ocho premios Oscar, incluida Mejor Película; ganó el Premio a la Mejor Edición de Sonido. La película también ganó el Premio “Ray Bradbury” a la Mejor Presentación Dramática de 2017 y el Premio “Hugo” a la Mejor Presentación Dramática.
Francamente, fue la película la que me llevó al libro (historia). La película fue aclamada por la crítica y, como mencioné anteriormente, recibió ocho nominaciones al Oscar en 2017. La historia comienza cuando 12 naves extraterrestres aterrizaron en 12 lugares diferentes de la Tierra (como: Venezuela, Inglaterra, Rusia, Pakistán y China) y El lingüista. ”The Arrival” imagina cómo sería la reacción del mundo al primer contacto con los extraterrestres y cómo nos comunicaríamos con estos seres recién llegados.
La Dra. Louise Banks (interpretada por Amy Adams) es llamada por el gobierno de los Estados Unidos para traducir el idioma alienígena e intentar comunicarse con ellos en un intento de descubrir sus intenciones en el planeta. Junto al físico Ian Donnelly (interpretado por Jeremy Renner), llevan a cabo una serie de experimentos e investigaciones para interpretar el extraño lenguaje de los heptápodos -el nombre que se les da a los extraterrestres- mientras la tensión global solo aumenta, llegando a los márgenes de un posible conflicto armado entre extraterrestres y humanos. La tarea se complica aún más cuando Louise comienza a tener “flashbacks” sobre su hija, y aquí es donde la historia comienza a ponerse interesante.
SPOILERS DE ATENCIÓN: El primer factor de éxito a destacar en la película es la estructura del guion que juega con la forma en que percibimos e interpretamos las historias. Al principio, nos hacen creer que los flashbacks de Louise son sobre su pasado, ya que vemos un montaje de la vida de la protagonista con su hija y su trágico final. A partir de ahí, también imaginamos a Louise como alguien que se está recuperando de este trauma.
Sin embargo, la película cambia totalmente de dirección a medida que llega en los últimos minutos y revela que lo que creíamos que era el pasado era en realidad el futuro. Este es el intento de hacer que la audiencia reevalúe todo lo que vio y creyó que era cierto en los últimos 90 minutos, sacando a la luz el verdadero cuestionamiento de la historia.
Todas estas preguntas también nos vienen a la mente con la lectura del cuento de Ted Chiang, que inspiró la película. Sin tratar de exponer gran parte del libro, el autor involucra al lector y trata el tema del tiempo en la historia. Te hace buscar una relativización del pasado y del futuro, haciendo que, de esta forma, el presente gane importancia.
El mensaje de la historia dio lugar a un hermoso relato, que valora nuestras acciones en el presente y nos lleva a reflexionar sobre nuestra insignificancia ante el universo, y sobre la importancia del libre albedrío. ¿Te involucrarías con una persona sabiendo lo doloroso que será separarse de ella en el futuro? ¿Cambiarías el pasado sabiendo las consecuencias de tus acciones en el futuro? No hay una respuesta correcta, pero hay algo que representa una de las características más importantes de nuestra evolución: el poder de elección.
El libro tiene algunas sorpresas que, por supuesto, no revisaré. Los heptapodos nos enseñan una gran lección. Pero, a diferencia de la película, en el libro se van sin decir a qué vinieron. Lo que importa es precisamente lo que le pasa a Louise. No es que por arte de magia empiece a ver el futuro; desarrolla una línea de razonamiento similar a la de los heptápodos, y por eso es capaz de ver toda su vida, o al menos las partes más importantes de ella. Y al adquirir esta capacidad de reprogramar la forma en que su mente percibe el tiempo, puede comprender cómo funciona el lenguaje de los extraterrestres. Aquí no hay ningún conflicto real, ningún intento de guerra o ataque, esos momentos tensos que se encuentran en la película, es solo una mujer que cuenta su vida y lo que descubrió.
Importante: Revisé varios blogs y, en su mayor parte, el contacto con la película despertó interés en el libro.
En el tiempo: Ted Chiang es norteamericano. Tiene 53 años. Escritor y guionista, también escribe para la industria del software.
Cerrando el post, me despido con una frase del genial Albert Einstein: “La diferencia entre pasado, presente y futuro es una ilusión, aunque persistente”. Einstein no escribió su frase sobre la ilusión del tiempo en un libro. No mencioné una entrevista. Nada. Escribió en una carta a la viuda de su mejor amigo, Michelle Besso, poco después de su muerte. Era una forma de consolarla a ella ya él mismo por la pérdida. Pero eso no acorta la oración. El dolor hizo que Einstein produjera algo único: una interpretación poética de la relatividad, según la cual el tiempo no es absoluto; cambia de ritmo dependiendo de cómo nos movamos. Por tanto, la uniformidad del tiempo es una ilusión.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación de hoy y tantas otras como desee. Y envía tus sugerencias. Nos vemos a todos en la próxima publicación. ¡Hasta allá!
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A ficção tem vários caminhos mas apenas um destino.
Olá, para todxs! Estão bem? Assim espero.
O nosso post de hoje vai explorar os diversos subgêneros de ficção científica. Mas, antes disso, vamos escrever um pouco sobre a extensa gama de subcategorias que fazem parte da Literatura Fantástica. Importante frisar que a LitFan tem como característica nata a possibilidade de liberação do imaginário, elemento que dá asas aos escritores e permite a continua expansão desse estilo literário. Sendo assim, podemos dizer que a literatura fantástica “refere-se ao que é criado pela imaginação, o que não existe na realidade. É aplicável a um objeto como a literatura, pois neste universo, por mais que se tente aproximá-la do real, está limitado ao fantasioso e ao ficcional”. Em suma, essa classe literária comumente é dividida em: Ficção Científica, que em geral narra sobre o impacto da ciência na sociedade literária criada; Terror, que se utiliza dos elementos próprios da literatura fantástica para criar o sentimento de medo; e a categoria Fantasia, que faz forte uso de magia e elementos sobrenaturais em sua narrativa. Contudo, existem vários subgêneros inclusos entre essas três categorias, fator que não só expande consideravelmente o nível de categorização da literatura fantástica, com também a classifica de forma mais completa.
Voltando ao tema principal. Quando falamos de ficção científica geralmente pensamos em robôs ou naves espaciais, este estereótipo construído pela sociedade, mas existem diversos subgêneros de ficção que fogem “um pouco” deste padrão. Vamos fazer um resumo de cada um:
HARD SCI-FI – Este gênero consiste em uma ficção onde a ciência é explicada em detalhes e na precisão científica. Existe um esforço de verossimilhança. Na ficção científica ‘hard’, os personagens principais são geralmente cientistas práticos, engenheiros ou astronautas.
O desenvolvimento dos personagens é frequentemente colocado em segundo plano, relativamente a exploração de fenômenos astronômicos ou físicos, mas alguns autores antecipam a condição humana ou a ideia de que os indivíduos terão valores e modos de vida diferentes nas sociedades futuras, onde as circunstâncias tecnológicas e econômicas mudaram.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov e Júlio Verne são autores famosos de HSF.
MILITARY SCI-FI – É um subgênero da ficção científica que apresenta o uso de tecnologia de ficção científica, principalmente armas, para fins militares e geralmente personagens principais que são membros de uma organização militar envolvida em atividade militar, geralmente durante uma guerra; ocorrendo às vezes no espaço sideral ou em um ou mais planetas diferentes. Ele existe na literatura, nos quadrinhos, no cinema e nos videogames.
Uma descrição detalhada do conflito, as táticas e armas usadas nele, e o papel de um serviço militar e dos membros individuais dessa organização militar formam a base para um trabalho típico de ficção científica militar. As histórias costumam usar características de conflitos reais da Terra passados ou atuais, com países sendo substituídos por planetas ou galáxias de características semelhantes, navios de guerra substituídos por navios de guerra espaciais e certos eventos mudados para que o autor possa extrapolar o que poderia ter ocorrido.
HG Wells e seu “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) é um grande escritor e sua obra deste subgênero.
ROBOT SCI-FI – O gênero robô foi cunhado pelo gigante Izaac Azimov e tudo que se conhece e que se inventou sobre robôs hoje deriva do seu trabalho. Vários filmes foram adaptados das obras dele como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Outros filmes representam muito bem o gênero como Inteligência Artificial.
Azimov é o gênio/criador que nos envolve fortemente neste subgênero com seu “I, Robot”. Temos, também, PK Dick com seu “Blade Runner”.
SOCIAL SCI-FI – É um gênero de ficção científica onde a sociedade humana é extrapolada e criticada e a ficção científica serve mais de pano de fundo. Este subgênero “absorve e discute a antropologia” e especula sobre o comportamento e as interações humanas. Muitas vezes é chamado de “DISTOPIA” por alguns críticos e autores. Mas em minha simples opinião, sigo com o subgênero que abre o tópico. E para distopia, trago a descrição da boa Wikipedia:
Distopia, cacotopia ou antiutopia é qualquer representação ou descrição, organizacional ou social, cujo valor representa a antítese da utopia ou promove a vivência em uma “utopia negativa”. O termo também se refere a um lugar, época ou estado imaginário em que se vive sob condições de extrema opressão, desespero ou privação. As distopias são geralmente caracterizadas por totalitarismo ou autoritarismo (controle opressivo de toda uma sociedade), por anarquia (desagregação social), ou por condições econômicas, populacionais ou ambientais degradadas ou levadas a um extremo ou outro. A tecnologia se insere nesse contexto como ferramenta de controle, por parte do estado ou de instituições ou corporações, ou ainda, como ferramenta de opressão, por ter escapado ao controle humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell é um ótimo exemplo se enquadra, muito bem, tanto no subgênero quanto no termo (aproveitem e leiam esta obra. É importante para entendermos – por incrível que possa parecer – nosso mundo atual).
SPACE OPERA – É um gênero mal definido. Geralmente envolve viagens interplanetárias, vários romances/filmes sequenciais, personagens recorrentes, guerras e temas épicos. Star Wars é o clássico space opera – tanto cinema quanto nos livros.
STEAMPUNK – Nos mundos steam punk a tecnologia evoluiu de forma diferente do nosso mundo. Diversas máquinas movidas principalmente à vapor dominam o cenário. Tem como inspiração trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Vinte Mil Léguas Submarinas de Jules Verne e A Máquina do Tempo de H.G. Wells, são bons exemplos de ficção Steampunk.
CYBERPUNK – É uma das minhas paixões, um gênero de ficção que reúne os temas de fusão homem-máquina, trans humanismo, fraude eletrônica, realidade virtual e a decadência da sociedade entre outros.
Blade Runner é o clássico absoluto do cinema e seu livro “Do Androids Dream of Electric Sheep?” (Androides sonham com ovelhas elétricas). Além deste, muitos outros romances de Phillip K. Dick são cyberpunk na essência e no contexto de cada linha. Neuromancer de William Gibson também deve ser considerado leitura obrigatória.
BIOPUNK – Pura combinação de “biotecnologia” e “punk” É uma variação do cyberpunk onde o foco é na engenharia genética, biologia sintética e biotecnologia ao invés de cyber implantes. Também estão presentes temas de eugenia, repressão política e declínio social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi é uma boa escolha de leitura do subgênero.
SUPERHERO – Ainda existe algum debate se o gênero de super-heróis pertence à ficção ou fantasia. O fato é que muitas histórias de super-heróis misturam vários gêneros completamente diferentes como por exemplo em dois opostos as histórias de detetive do Batman e a escala absurda de poder das histórias do Beyonder, Tanus ou Galactus. Todo mundo conhece pelo menos um pouco deste gênero e hoje o cinema é assoberbado em filmes de super-heróis.
Apesar de originalmente ser advindo das HQ’s, o subgênero “superhero” tem começado a se lançar nos romances. Mas há uma forte polêmica na avaliação deste subgênero. Diversos críticos (e autores) não aceitam o subgênero como ficção científica. Há uma citação de Orson Scott Card em seu livro “How to Write Science Fiction and Fantasy” que diz: “A ficção científica é sobre o que poderia e não é, enquanto a fantasia é sobre o que não poderia ser”.
VIAGENS EXTRAORDINÁRIAS – Praticamente baseado nos livros de Júlio Verne, são viagens mirabolantes tais como: “Da Terra à Lua”, “A ilha misteriosa”, “Cinco semanas em um balão”, “Vinte Mil Léguas Submarinas”, “A Volta ao Mundo em 80 Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”.
É um gênero que mistura ficção com aventura. Verne, por exemplo, teve “sua ficção” ancorada no presente. Embora tenha tratado do passado histórico e pré-histórico, e escrito umas poucas narrativas ambientadas no futuro, Verne referia-se ao agora, ao conhecimento fixado pelo homem do século 19. Não importava que falasse de dinossauros ou da Atlântida submersa, sua ficção destilava uma forte sensação do contemporâneo.
FANTASY SCIENCE – É mais um cross over de gêneros, onde existem elementos sci-fi misturados com fantasia como mitologia, magias, etc. Podemos citar “A Princess of Mars” e seu protagonista John Carter como representante desta categoria.
Vale, também, uma leitura de “As Crônicas Marcianas” de Ray Bradbury. É uma coleção de histórias de ficção vagamente relacionadas retratando a humanidade lutando para fugir de uma potencial guerra nuclear na Terra para tentar encontrar refúgio no planeta vermelho. Muitas das ideias de Bradbury postas adiante nos livros pareciam fantásticas naquela época, mas nos dias modernos os esforços de um dia explorar Marte tapam a visão dos escritores de ficção científica de como seria visitar lá.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas histórias são sobre o fim da terra ou da raça humana. É um gênero muito explorado hoje em dia e pode ser pré ou pós apocalíptico. O motivo do apocalipse pode ser ambiental, guerra, invasão alienígena, pandemias, revolta das máquinas, cósmico, entre outros. Alguns exemplos: O livro de Eli, Presságio, Matrix, O Dia em que a Terra Parou, Eu Sou a Lenda, 2012, Exterminador do Futuro, etc.
Não colocamos todos os subgêneros, para não tornar o post maçante. Temos ainda muitos subgêneros – alguns nem considerados desta forma – que, inclusive, são conflitantes. E ensejam discussões infinitas. Muitas obras são extremamente difíceis de serem enquadradas/classificadas. A ideia do post, foi clarear a visão de – alguns – leitores. É muito importante, este mergulho nas várias formas de ler/escrever/entender de ficção científica.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – de um dos gênios da ficção.
“Estamos saindo a cada instante do momento presente. Nossa existência mental, que é imaterial e não tem dimensões, desloca-se ao longo da Dimensão-Tempo com uma velocidade uniforme, do berço ao túmulo. Da mesma forma que viajaríamos para baixo se começássemos nossa existência cinquenta milhas acima da superfície da terra.
(A máquina do tempo).” HG Wells
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La ficción tiene varios caminos pero un solo destino.
¡Hola a todos! ¿Están bien? Eso espero.
Nuestro post de hoy explorará los diferentes subgéneros de ciencia ficción. Pero antes de eso, escribamos un poco sobre la amplia gama de subcategorías que forman parte de Literatura fantástica. Es importante señalar que LitFan tiene como característica natural la posibilidad de liberar lo imaginario, elemento que da alas a los escritores y permite la expansión continua de este estilo literario. Así, podemos decir que la literatura fantástica “se refiere a lo creado por la imaginación, lo que no existe en la realidad. Es aplicable a un objeto como la literatura, porque en este universo, por más que se intente acercarlo a lo real, se limita a lo fantástico y lo ficcional”. En resumen, esta clase literaria se divide comúnmente en: Ciencia Ficción, que en general narra el impacto de la ciencia en la sociedad literaria creada; Terror, que utiliza elementos de la literatura fantástica para crear el sentimiento de miedo; y la categoría Fantasía, que hace un fuerte uso de elementos mágicos y sobrenaturales en su narrativa. Sin embargo, hay varios subgéneros incluidos entre estas tres categorías, factor que no solo amplía considerablemente el nivel de categorización de la literatura fantástica, sino que también la clasifica de manera más completa.
Volviendo al tema principal. Cuando hablamos de ciencia ficción solemos pensar en robots o naves espaciales, este estereotipo construido por la sociedad, pero hay varios subgéneros de ficción que escapan “levemente” a este patrón. Resumamos cada uno:
HARD SCI-FI: este género consiste en una ficción donde la ciencia se explica en detalle y con precisión científica. Hay un esfuerzo de verosimilitud. En la ciencia ficción dura, los personajes principales suelen ser científicos, ingenieros o astronautas prácticos.
El desarrollo de los personajes suele situarse en un segundo plano, en relación a la exploración de fenómenos astronómicos o físicos, pero algunos autores anticipan la condición humana o la idea de que los individuos tendrán diferentes valores y formas de vida en sociedades futuras, donde Circunstancias tecnológicas y tecnológicas Los cambios económicos han cambiado.
Arthur C. Clarke, Isaac Asimov y Jules Verne son autores famosos de HSF.
SCI-FI MILITAR – Es un subgénero de la ciencia ficción que presenta el uso de tecnología de ciencia ficción, principalmente armas, con fines militares y generalmente personajes principales que son miembros de una organización militar involucrada en actividades militares, generalmente durante una guerra; a veces ocurre en el espacio exterior o en uno o más planetas diferentes. Existe en la literatura, el cómic, el cine y los videojuegos.
Una descripción detallada del conflicto, las tácticas y las armas utilizadas en él, y el papel de un servicio militar y los miembros individuales de esa organización militar forman la base del trabajo típico de ciencia ficción militar. Las historias a menudo usan características de conflictos terrestres actuales o pasados, con países reemplazados por planetas o galaxias de características similares, buques de guerra reemplazados por buques de guerra espaciales y ciertos eventos cambiados para que el autor pueda extrapolar lo que podría haber sucedido.
HG Wells y su “La guerra de los mundos” es un gran escritor y su trabajo en este subgénero.
ROBOT SCI-FI – El género de los robots fue acuñado por el gigante Izaac Azimov y todo lo que se sabe y se inventó sobre los robots hoy se deriva de su trabajo. Varias películas han sido adaptadas de sus obras como Me, Robot y The Bicentennial Man. Otras películas representan muy bien el género como Inteligencia Artificial.
Azimov es el genio / creador que nos involucra fuertemente en este subgénero con su “Yo, Robot”. También tenemos a PK Dick con su “Blade Runner”.
SCI-FI SOCIAL – Es un género de ciencia ficción donde la sociedad humana es extrapolada y criticada y la ciencia ficción sirve más como fondo. Este subgénero “absorbe y discute la antropología” y especula sobre el comportamiento y las interacciones humanas. A menudo, algunos críticos y autores la llaman “distopía”. Pero en mi simple opinión, sigo con el subgénero que abre el tema. Y para la distopía, les traigo la descripción de la buena Wikipedia:
Distopía, cacotopía o antiutopía es cualquier representación o descripción, organizativa o social, cuyo valor represente la antítesis de la utopía o promueva vivir en una “utopía negativa”. El término también se refiere a un lugar, tiempo o estado imaginario en el que uno vive en condiciones de extrema opresión, desesperación o privación. Las distopías se caracterizan generalmente por el totalitarismo o autoritarismo (control opresivo de toda una sociedad), por la anarquía (ruptura social), o por condiciones económicas, poblacionales o ambientales degradadas o empujadas a un extremo u otro. La tecnología se inserta en este contexto como una herramienta de control, por parte del Estado o de las instituciones o corporaciones, o incluso, como una herramienta de opresión. o, por haber escapado al control humano.
“Nineteen Eighty-Four” de George Orwell es un gran ejemplo si encaja muy bien, tanto en el subgénero como en el término (disfruta y lee este trabajo. Es importante que entendamos, por increíble que parezca, nuestro mundo actual).
SPACE OPERA – Es un género mal definido. Por lo general, implica viajes interplanetarios, varias novelas / películas secuenciales, personajes recurrentes, guerras y temas épicos. Star Wars es la clásica ópera espacial, tanto en el cine como en los libros.
STEAMPUNK: en los mundos de steam punk, la tecnología ha evolucionado de manera diferente a nuestro mundo. Varias máquinas accionadas principalmente por vapor dominan la escena. Inspirado en obras de Jules Verne y H. G. Wells.
Frankenstein de Mary Shelley; Twenty Thousand Leagues Underwater de Julio Verne y Time Machine de H.G. Wells son buenos ejemplos de ficción Steampunk.
CYBERPUNK – Es una de mis pasiones, un género de ficción que reúne los temas de fusión hombre-máquina, transhumanismo, fraude electrónico, realidad virtual y el declive de la sociedad, entre otros.
Blade Runner es el clásico absoluto del cine y su libro “¿Sueñan los androides con ovejas eléctricas?” (Los androides sueñan con ovejas eléctricas). Además de esto, muchas otras novelas de Phillip K. Dick son cyberpunk en esencia y en el contexto de cada línea. El neuromante de William Gibson también debe considerarse lectura obligatoria.
BIOPUNK – Combinación pura de “biotecnología” y “punk”. Es una variación del cyberpunk donde el enfoque está en la ingeniería genética, la biología sintética y la biotecnología en lugar de los ciberimplantes. También hay temas de eugenesia, represión política y decadencia social.
“Wind-Up Girl” de Paolo Bacigalupi es una buena opción para leer el subgénero.
SUPERHÉROE – Todavía hay cierto debate sobre si el género de superhéroes pertenece a la ficción o la fantasía. El hecho es que muchas historias de superhéroes mezclan varios géneros completamente diferentes, como las historias de detectives de Batman en dos opuestos y la absurda escala de poder de las historias de Beyonder, Tanus o Galactus. Todo el mundo conoce al menos un poco de este género y hoy el cine está desbordado de películas de superhéroes.
Aunque originalmente provenía de las oficinas centrales, el subgénero “superhéroe” ha comenzado a lanzarse en las novelas. Pero existe una fuerte controversia en la evaluación de este subgénero. Varios críticos (y autores) no aceptan el subgénero como ciencia ficción. Hay una cita de Orson Scott Card en su libro “Cómo escribir ciencia ficción y fantasía” que dice: “La ciencia ficción trata sobre lo que podría y no es, mientras que la fantasía trata sobre lo que no podría ser”.
EXTRAORDINARIOS VIAJES – Prácticamente basados en los libros de Julio Verne, son viajes increíbles como: “De la Tierra a la Luna”, “La isla misteriosa”, “Cinco semanas en un globo”, “Veinte mil leguas de viaje submarino”, “Alrededor del mundo en 80 días” y “Viaje al centro de la tierra”.
Es un género que mezcla ficción con aventura. Verne, por ejemplo, tenía “su ficción” anclada en el presente. Aunque se ocupó del pasado histórico y prehistórico, y escribió algunas narraciones ambientadas en el futuro, Verne se refirió al ahora, al conocimiento fijado por el hombre del siglo XIX, un fuerte sentimiento contemporáneo.
FANTASY SCIENCE – Es más un cruce de géneros, donde hay elementos de ciencia ficción mezclados con fantasía como mitología, magia, etc. Podemos mencionar a “Una princesa de Marte” y su protagonista John Carter como representante de esta categoría.
También vale la pena leer “The Martian Chronicles” de Ray Bradbury. Es una colección de historias de ficción vagamente relacionadas que representan a la humanidad luchando por escapar de una posible guerra nuclear en la Tierra para tratar de encontrar refugio en el planeta rojo. Muchas de las ideas de Bradbury expuestas en los libros parecían fantásticas en ese momento, pero los esfuerzos de hoy en día por explorar Marte oscurecen la visión de los escritores de ciencia ficción sobre cómo sería visitar allí.
APOCALYPTIC SCI-FI – Estas historias tratan sobre el fin de la tierra o la raza humana. Es un género muy explorado en la actualidad y puede ser pre o post apocalíptico. La razón del apocalipsis puede ser ambiental, guerra, invasión alienígena, pandemias, revuelta de máquinas, cósmica, entre otras. Algunos ejemplos: el libro de Eli, Omen, Matrix, The Day the Earth Stood Still, I Am the Legend, 2012, Terminator, etc.
No ponemos todos los subgéneros, para no aburrir la publicación. Todavía tenemos muchos subgéneros, algunos ni siquiera considerados de esta manera, que incluso son conflictivos. Y dar lugar a interminables discusiones. Muchas obras son extremadamente difíciles de clasificar. La idea de la publicación era aclarar la visión de algunos lectores. Es muy importante sumergirse en las diversas formas de leer / escribir / entender la ciencia ficción.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- de uno de los genios de la ficción.
“Estamos dejando cada momento del momento presente. Nuestra existencia mental, que es inmaterial y no tiene dimensiones, se mueve a lo largo de la Dimensión-Tiempo con velocidad uniforme, desde la cuna hasta la tumba. De la misma manera que viajaríamos hacia abajo si comenzáramos nuestra existencia a cincuenta millas sobre la superficie de la tierra.
(La máquina del tiempo). ” HG Wells
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
Imagem principal – aescotilha.com.br/wp-content/uploads/2018/04/literatura-fantastica-introducao-parte-1.png
O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Um mundo bruto e dividido – A pura visão de Aldous Huxley.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS espera trazer um tema polêmico e impactante.
Hoje o blog traz um pouco da obra do britânico Aldous Huxley.
Antes de mais nada, as devidas apresentações. Aldous Leonard Huxley nasceu em Godalming, Inglaterra, no dia 26 de julho de 1894. Filho de um professor e escritor e neto de um famoso naturalista, Huxley cresceu em um ambiente cercado pela vasta elite intelectual. Estudou no Eton College, mas foi obrigado a abandonar os estudos por causa de uma doença nos olhos que o deixou quase cego. Mais tarde, recuperado da visão, voltou aos estudos. Em 1913 ingressou no Balliol College em Oxford, obtendo a licenciatura em Literatura Inglesa em 1915.
Huxley fez várias viagens para manter contato com a intelectualidade europeia. Esteve em Paris e em seguida residiu na Itália. Em 1937, mudou-se para os Estados Unidos, esteve na Califórnia e no ano seguinte foi para Hollywood, onde passou a escrever roteiros para o cinema. Em seguida, começou sua época mística. Em 1941 aproximou-se da literatura religiosa da Índia. A partir de 1950, iniciou mais uma nova etapa de sua vida, agora relacionada com as drogas, quando fez uso dos alucinógenos mescalina e LSD, para expandir a consciência e descobrir novos horizontes do pensamento humano.
Em 1960, Huxley foi diagnosticado com um câncer de laringe. Sua experiência com drogas psicodélicas foi tão marcante que ele planejou deixar a vida em uma viagem de LSD. Com a ajuda de sua mulher Laura, depois de três anos lutando contra a doença e às portas da morte, pediu para lhe injetar diversas doses de LSD. Em uma carta endereçada ao irmão de Huxley, Laura relata como foi a morte do marido sob o efeito do ácido.
Bem, não é a primeira vez (e nem será a última) que o PHANTASTICUS fala sobre Huxley. Em 20 de setembro de 2015, no post “O Mundo criado por Aldous Huxley” o blog trazia um pouco sobre este gênio. Se quiserem dar uma relembrada, segue o “caminho”:
E o blog vai voltar a falar da principal obra de Huxley: “Brave New World” (Admirável Mundo Novo). BNW é um romance distópico de ficção científica, escrito em 1931 e publicado em 1932. É em grande parte ambientado em um Estado Mundial futurista, cujos cidadãos são ambientalmente construídos em uma hierarquia social baseada em inteligência – o romance antecipa enormes avanços científicos na área reprodutiva tecnologia, aprendizagem durante o sono, manipulação psicológica e condicionamento clássico que se combinam para formar uma sociedade distópica que é desafiada por um único indivíduo: o protagonista da história.
O romance começa na cidade estadual mundial de Londres em AF (After Ford) 632 (AD 2540 no calendário gregoriano), onde os cidadãos são projetados por meio de úteros artificiais e programas de doutrinação infantil em classes predeterminadas (de uma forma menos sútil: castas) com base na inteligência e no trabalho.
O Estado Mundial é construído sobre os princípios da linha de montagem de Henry Ford: produção em massa, homogeneidade, previsibilidade e consumo de bens de consumo descartáveis. Embora o Estado Mundial não tenha religiões baseadas no sobrenatural, o próprio Ford é reverenciado como o criador de sua sociedade, mas não como uma divindade, e os personagens celebram o Dia de Ford e fazem juramentos em seu nome (por exemplo, “Por Ford!”). Nesse sentido, estão presentes alguns fragmentos da religião tradicional, como as cruzes cristãs, que tiveram seus topos cortados para serem trocados por um “T”, representando o Ford Modelo T. O calendário do Estado Mundial enumera os anos na era “AF” – “Anno Ford” – com o calendário começando em 1908 DC, o ano em que o primeiro Modelo T de Ford saiu de sua linha de montagem. O ano do calendário gregoriano do romance é 2540 DC, mas é referido no livro como AF 632.
Ponto de observação: Henry Ford, que se tornou uma figura messiânica para o Estado Mundial. “Nosso Ford” é usado no lugar de “Nosso Senhor”, como um crédito para popularizar o uso da linha de montagem. Muito da descrição dada por Huxley para Ford como uma figura central no surgimento do Admirável Mundo Novo também pode ser uma referência à utópica cidade industrial de Fordlândia encomendada pela Ford em 1927. (esta observação vem de muitas especulações históricas).
Outro ponto: Sigmund Freud, “Nosso Freud” às vezes é dito no lugar de “Nosso Ford” porque o método psicanalítico de Freud depende implicitamente das regras do condicionamento clássico. E porque Freud popularizou a ideia de que a atividade sexual é essencial para a felicidade humana. (vale ressaltar que está fortemente implícito nas linhas de BNW que os cidadãos do Estado Mundial acreditam que Freud e Ford sejam a mesma pessoa.)
Nesta sociedade utópica, existem cinco castas: alfa, beta, gama, delta e epsilon. Estas castas ainda se subdividem em “mais e menos”, classificando as pessoas como alfa mais ou beta menos por exemplo. Como mostramos há algumas linhas, nesta sociedade do futuro, nenhum humano é concebido por meio de relações sexuais, todos são gerados em laboratórios e centros que cuidarão de todo o seu desenvolvimento e condicionamento. Curiosamente a concepção tradicional provoca repulsa em todas as pessoas e qualquer gravidez resulta em um aborto autorizado e recomendado pelo governo.
Durante o período de gestação, os embriões viajam em garrafas ao longo de uma correia e são transportados através de um edifício de fábrica e são condicionados a pertencer a uma das cinco castas: Alpha, Beta, Gama, Delta ou Epsilon. Os embriões Alpha estão destinados a se tornarem líderes e pensadores do Estado Mundial. As castas Beta e Gama nascem para serem condicionadas a serem um pouco física e intelectualmente capaz. Os Deltas e os Epsilons nascem atrofiados por falta de oxigênio e de tratamentos químicos e estão destinados ao trabalho mais duro; são resistentes à poluição e fisicamente mais fortes e marginalizados.
As castas mais altas (os alfa mais) são aqueles que gozam das maiores regalias, mantidas às custas do trabalho das castas inferiores. O consumo é estimulado e qualquer forma de reaproveitamento é rejeitada, assim como o conceito de família e de privacidade. Esta sociedade cultua a beleza, a vaidade e a juventude, de modo que, através da medicina e da manipulação genética e biológica, o envelhecimento externo do corpo humano é evitado até a morte. A expectativa de vida é baixa e devido às interferências da medicina as pessoas morrem com um aspecto aparentemente jovial. Os relacionamentos são meras convenções sociais, pautados pela poligamia e pela completa ausência de afeto, amor ou paixão.
Nota: O ponto primordial para entendermos essa estranha sociedade – criada por Huxley – é o condicionamento ao qual todos os seres humanos são submetidos, que determina a identidade, a casta, o comportamento, ideologias, preferência e até mesmo parte do pensamento de todos. Pense bem! Existem várias formas de condicionamento mental. Avalie a nossa volta o que é “proposto” e sinta. Sinta e pense.
A “modelagem” psicológica também ocorre muito cedo. Através de gravações incessantes cheias de determinações durante o sono, treinamentos e testes, as crianças se desenvolvem de forma padronizada para atender as necessidades sociais. Em um destes treinamentos, bebês recebem eletrochoque quando tocam livros, posicionados estrategicamente ao seu alcance. Este teste é repetido inúmeras vezes até que os bebês associem que livros são algo ruim, e desta forma não se interessarão em ler no futuro qualquer coisa diferente do determinado. O conhecimento e a sabedoria são rechaçados, assim como a história, cultura e arte do passado. Tudo que não é fruto da “criação fordiana” é atacado.
Na sociedade utópica de BNW, não existem as drogas lícitas que conhecemos como o cigarro e a bebida. No entanto, as pessoas contam com uma droga ainda mais poderosa: o SOMA.
Criado para não provocar o mal estar após consumo, (assim como a bebida provoca ressaca), o SOMA representa não apenas uma evasão da realidade, mas também uma forma de manipulação extremamente eficaz. Além de provocar bem estar físico e alucinações, o SOMA é utilizado para controlar a sociedade: as castas inferiores recebem uma pequena ração da droga ao fim de cada dia de trabalho, o que faz com que trabalhem cegamente para a manutenção do vício. Por outro lado, as castas mais altas recebem o SOMA livremente e toda vez que um ou outro começa a pensar livremente de forma contrária ao sistema a droga é consumida, voluntariamente ou de forma obrigatória.
Dentre todos os personagens, o livro destaca a história de Bernard Marx, que apesar de pertencer à elite genética, por um defeito durante a sua gestação acabou saindo diferente dos demais. Diante disso, o homem acaba por se sentir excluído, rebelando-se contra o sistema pelo qual se sente injustiçado. Mas, sem spoilers, vocês devem buscar o livro. Vale a pena.
As previsões de Huxley em BNW são impressionantes. Vejam algumas:
Reprodução Humana (Fertilização in vitro) – Para se ter dimensão da história da fertilização in vitro, o primeiro bebê de proveta nasceu em 1978, mais de 40 anos depois que o autor escreveu o seu livro de ficção científica.
Manipulação genética – A sociedade hipotética e científica de Huxley, além da reprodução in vitro, manipulava geneticamente os embriões para que os bebês nascessem com características pré-determinadas, de acordo com a sua casta. Dessa forma, toda a hereditariedade era cuidadosamente selecionada a partir do uso de gametas de homens e mulheres padronizados. Hoje em dia a comunidade científica mundial tem passado por uma série de debates sobre a ética da manipulação genética. Nos últimos anos, a possibilidade de manipular geneticamente seres humanos se tornou realidade, e, apesar de todo o embate dos pesquisadores sobre o tema, no ano passado cientistas chineses criaram embriões humanos geneticamente modificados.
Programação Neurolinguística – Durante seu desenvolvimento, os habitantes de BNW passavam por treinamentos para condicionar seus pensamentos. De acordo com sua casta, diariamente os personagens recebiam informações para que desenvolvessem consciência sobre como deveriam ser e agir. É evidente que a comparação entre o método de condicionamento do universo de Huxley e o desenvolvimento da Programação Neurolinguística (ou PNL) se diferem em uma série de questões, mas é bastante interessante perceber que o autor foi capaz de prever métodos capazes de modificar comportamentos através de modelos mentais.
Apesar de ter sido escrito há mais de 80 anos, Admirável Mundo Novo se mostra, em muitos momentos, extremamente atual, levantando questionamentos sobre a vida contemporânea e sobre os desafios para o futuro da humanidade. Com personagens complexos, a narrativa envolve o leitor em um universo hipotético, mas passível de diversas comparações com todas as mudanças pelas quais o mundo tem passado ao longo das últimas décadas.
Toda a sociedade do Estado Mundial gira em torno da economia e da diversão. Os processos de produção, até onde entendi, são uma espécie de linha de montagem semelhante à Ford. O trabalho das pessoas é o dia inteiro e, à noite, dedicam-se aos sentidos, como jogar golfe eletromagnético ou fazerem sexo recreativo. As amizades são superficiais e não há relações familiares.
Um dos pontos mais profundos nos quais se baseia a obra é o conceito de história. As pessoas não têm um conhecimento do passado, de modo que elas não serão capazes de comparar o presente com qualquer coisa que possa vir a mudar o momento. Outro ponto importante é que as pessoas não devem ter emoções. A felicidade cega é necessária para a estabilidade. E para alcançar a felicidade, é dever renunciar à ciência, da arte, da religião e de outras tantas coisas que valorizamos no mundo real. Uma das coisas que garantem essa felicidade é a droga chamada SOMA, que acalma o indivíduo alterando a sua sensibilidade, mas sem deixá-lo de ressaca.
Aldous Huxley predisse em 1932 uma raça humana que, no ano de 2540, seria destruída pela ignorância, teria um desejo constante de entretenimento, teria o domínio da tecnologia e uma superabundância de bens materiais. E… Estaríamos vivendo hoje um “Admirável Mundo Novo” antecipado? Com as redes sociais ocupando diariamente a vida das pessoas, podemos observar que o conhecimento está sendo substituído por um fenômeno novo, que são os memes, gostos, twitters, seguidores e a quantidade de curtidas que você recebe? Que palavras (e até frases inteiras) são substituídas por emojis? “O que amamos um dia nos destruirá”, disse Aldous Huxley. A raça humana, segundo o autor, será destruída pela ignorância, um desejo constante de entretenimento, o domínio da tecnologia e uma abundância de bens materiais.
Contundente e profético. Aldous Huxley escreveu “Admirável Mundo Novo”, com uma forte visão pessimista do futuro e uma crítica feroz do culto positivista à ciência, num momento em que as consequências sociais da grande crise de 1929 afetavam em cheio as sociedades ocidentais, e em que a crença no progresso e nos regimes democráticos parecia vacilar. Publicado antes da chegada de Hitler ao poder na Alemanha (1933), BNW denuncia a perspectiva “de pesadelo” de uma sociedade totalitária fascinada pelo progresso científico e convencida de poder oferecer a seus cidadãos uma felicidade obrigatória. Apresenta a visão alucinada de uma humanidade desumanizada pelo condicionamento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov foi um fisiologista russo conhecido principalmente pelo seu trabalho no condicionamento clássico. Foi premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1904) e pelo prazer ao alcance de uma pílula (o “SOMA”). Num mundo horrivelmente perfeito, a sociedade decide totalmente, com fins eugenistas e produtivistas, a sexualidade da procriação. Hoje, vemos políticos vandalizarem nossa compreensão da realidade. Um bom exemplo, as recentes eleições americanas. Será que estamos entrando no “Admirável Mundo Novo”. Nove décadas depois, este livro (tão atual) vem para alertar que sociedades de controle podem apoiar-se, além da repressão, na tecnologia e culto do “progresso”. Estamos vivendo aquilo que chamamos do “pós-fato”, que é um mecanismo de enfrentamento para os comentaristas que reagem aos ataques não apenas a quaisquer fatos, mas também aos que são centrais ao sistema e crenças. Uma coisa tenho como certa: existem muitas coincidências entre o ano de 2540 e os dias de hoje.
A leitura de “Admirável Mundo Novo” alerta contra todas estas agressões. Sem esquecer as manipulações midiáticas. Este romance também pode ser visto como uma sátira muito pertinente da nova sociedade delirante que está sendo construída hoje, em nome da “modernidade” ultraliberal. Pessimista e sombrio, o futuro visto por Aldous Huxley serve de advertência e anima, na época das manipulações genéticas e da clonagem, a vigiar de perto os progressos científicos atuais e seus potenciais efeitos destrutivos.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos animais, mas também é pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos.” Aldous Huxley
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: Un mundo crudo y dividido: la visión pura de Aldous Huxley.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS espera sacar a relucir un tema controvertido e impactante.
Hoy el blog trae un poco del trabajo del británico Aldous Huxley.
En primer lugar, las presentaciones adecuadas. Aldous Leonard Huxley nació en Godalming, Inglaterra, el 26 de julio de 1894. Hijo de un profesor y escritor y nieto de un famoso naturalista, Huxley creció en un entorno rodeado por la vasta élite intelectual. Estudió en Eton College, pero se vio obligado a abandonar la escuela debido a una enfermedad ocular que lo dejó casi ciego. Más tarde, recuperado de su visión, volvió a sus estudios. En 1913 ingresó en Balliol College en Oxford, obteniendo un título en Literatura Inglesa en 1915.
Huxley realizó varios viajes para mantenerse en contacto con los intelectuales europeos. Estuvo en París y luego residió en Italia. En 1937 se mudó a Estados Unidos, estuvo en California y al año siguiente se fue a Hollywood, donde comenzó a escribir guiones para el cine. Entonces comenzó su edad mística. En 1941 se acercó a la literatura religiosa de la India. A partir de 1950 inició otra nueva etapa de su vida, ahora relacionada con las drogas, cuando hizo uso de los alucinógenos mescalina y LSD, para expandir la conciencia y descubrir nuevos horizontes del pensamiento humano.
En 1960, a Huxley le diagnosticaron cáncer de laringe. Su experiencia con las drogas psicodélicas fue tan notable que planeó dejar su vida en un viaje con LSD. Con la ayuda de su esposa Laura, después de tres años de luchar contra la enfermedad y al borde de la muerte, pidió inyectarle varias dosis de LSD. En una carta dirigida al hermano de Huxley, Laura habla de la muerte de su esposo por el ácido.
Bueno, no es la primera vez (ni será la última) que PHANTASTICUS habla de Huxley. El 20 de septiembre de 2015, en el post “El mundo admirable creado por Aldous Huxley”, el blog traía un poco sobre este genio. Si quieres dar un recordatorio, sigue el “camino”:
Y el blog volverá a hablar sobre el trabajo principal de Huxley: “Un mundo feliz”. BNW es una novela de ciencia ficción distópica, escrita en 1931 y publicada en 1932. Está ambientada en gran parte en un estado mundial futurista, cuyos ciudadanos están construidos ambientalmente sobre una jerarquía social basada en la inteligencia: la novela anticipa enormes avances científicos en el campo de la tecnología reproductiva. , aprendizaje durante el sueño, manipulación psicológica y condicionamiento clásico que se combinan para formar una sociedad distópica que es desafiada por un solo individuo: el protagonista de la historia.
La novela comienza en la ciudad estatal mundial de Londres en AF (Después de Ford) 632 (AD 2540 en el calendario gregoriano), donde los ciudadanos se proyectan a través de úteros artificiales y programas de adoctrinamiento infantil en clases predeterminadas (de una manera menos sutil: castas) basadas en sobre inteligencia y trabajo.
The World State se basa en los principios de la línea de montaje de Henry Ford: producción en masa, homogeneidad, previsibilidad y consumo de bienes de consumo desechables. Aunque el Estado Mundial no tiene religiones basadas en lo sobrenatural, el propio Ford es venerado como el creador de su sociedad, pero no como una deidad, y los personajes celebran el Día de Ford y hacen juramentos en su nombre (por ejemplo, “¡Por Ford! “). En este sentido, algunos fragmentos de la religión tradicional están presentes, como las cruces cristianas, a las que se les cortó la parte superior para ser intercambiadas por una “T”, que representa el Ford Modelo T. El calendario estatal mundial enumera los años en el ” AF “era -” Anno Ford “- con el calendario a partir de 1908 DC, el año en que el primer Modelo T de Ford salió de su línea de montaje. El año del calendario gregoriano de la novela es el 2540 d.C., pero en el libro se hace referencia a él como AF 632.
Punto de observación: Henry Ford, quien se convirtió en una figura mesiánica para el Estado mundial. “Nuestro Ford” se utiliza en lugar de “Nuestro Señor” como crédito para popularizar el uso de la línea de montaje. Gran parte de la descripción que hace Huxley de Ford como una figura central en el surgimiento del Un mundo feliz también puede ser una referencia a la ciudad industrial utópica de Fordlandia encargada por Ford en 1927 (esta observación proviene de muchas especulaciones históricas).
Otro punto: Sigmund Freud, “Nuestro Freud” se dice a veces en lugar de “Nuestro Ford” porque el método psicoanalítico de Freud depende implícitamente de las reglas del condicionamiento clásico. Y porque Freud popularizó la idea de que la actividad sexual es esencial para la felicidad humana. (Vale la pena mencionar que está fuertemente implícito en las líneas de BNW que los ciudadanos del Estado Mundial creen que Freud y Ford son la misma persona).
En esta sociedad utópica, hay cinco variedades: alfa, beta, gamma, delta y épsilon. Estas variedades se subdividen en “más y menos”, clasificando a las personas como al hacer más o beta menos, por ejemplo. Como hemos mostrado hay algunas líneas, en esta sociedad del futuro ningún ser humano se concibe a través de las relaciones sexuales, todas se generan en laboratorios y centros que se encargarán de todo su desarrollo y acondicionamiento. Curiosamente, la concepción tradicional causa repugnancia en todas las personas y cualquier embarazo resulta en un aborto autorizado y recomendado por el gobierno.
Durante el período de gestación, los embriones viajan en botellas a lo largo de un cinturón y son transportados a través de un edificio de la fábrica y están acondicionados para pertenecer a una de las cinco variedades: Alpha, Beta, Gamma, Delta o Epsilon. Los embriones alfa están destinados a convertirse en líderes y pensadores del Estado Mundial. Las variedades Beta y Gama nacen para ser acondicionadas para ser un poco capaces física e intelectualmente. Los deltas y los épsilones nacen atrofiados debido a la falta de oxígeno y tratamientos químicos y están destinados a trabajar más duro; son resistentes a la contaminación y físicamente más fuertes y marginados.
Las castas superiores (las más alfa) son las que disfrutan de las mayores ventajas, mantenidas a expensas del trabajo de las castas inferiores. Se fomenta el consumo y se rechaza cualquier forma de reutilización, así como el concepto de familia y privacidad. Esta sociedad adora la belleza, la vanidad y la juventud, por lo que, mediante la medicina y la manipulación genética y biológica, se previene el envejecimiento externo del cuerpo humano hasta la muerte. La esperanza de vida es baja y debido a la interferencia de la medicina, las personas mueren con un aspecto aparentemente juvenil. Las relaciones son meras convenciones sociales, guiadas por la poligamia y la ausencia total de afecto, amor o pasión.
Nota: El punto principal para que entendamos esta extraña sociedad – creada por Huxley – es el condicionamiento al que están sometidos todos los seres humanos, que determina su identidad, casta, comportamiento, ideologías, preferencias e incluso parte del pensamiento de todos. ¡Piensa cuidadosamente! Hay varias formas de condicionamiento mental. Evaluar a nuestro alrededor lo que se “propone” y sentir. Siente y piensa.
El “modelado” psicológico también ocurre muy temprano. A través de incesantes grabaciones llenas de determinaciones durante el sueño, el entrenamiento y las pruebas, los niños se desarrollan de manera estandarizada para satisfacer las necesidades sociales. En uno de estos entrenamientos, los bebés reciben descargas eléctricas cuando tocan libros, colocados estratégicamente al alcance de la mano. Esta prueba se repite infinidad de veces hasta que los bebés asocian que los libros son algo malo, y por tanto no les interesará leer nada más que lo que se determine en el futuro. Se rechazan el conocimiento y la sabiduría, así como la historia, la cultura y el arte del pasado. Todo lo que no es el resultado de la “creación fordiana” es atacado.
En la sociedad utópica de BNW, no existen drogas legales que conocemos como cigarrillos y bebidas. Sin embargo, las personas dependen de una droga aún más poderosa: SOMA.
Creado para no causar molestias después del consumo (al igual que beber provoca resaca), SOMA representa no solo un escape de la realidad, sino también una forma de manipulación extremadamente efectiva. Además de provocar bienestar físico y alucinaciones, el SOMA se utiliza para controlar la sociedad: las castas inferiores reciben una pequeña ración de la droga al final de cada jornada laboral, lo que les hace trabajar a ciegas para mantener su adicción. Por otro lado, las castas más altas reciben SOMA libremente y cada vez que uno u otro comienza a pensar libremente en contra del sistema, la droga es consumida, voluntaria u obligatoriamente.
Entre todos los personajes, el libro destaca la historia de Bernard Marx, quien a pesar de pertenecer a la élite genética, por un defecto durante su embarazo terminó saliendo diferente a los demás. Ante esto, el hombre acaba sintiéndose excluido, rebelándose contra el sistema por el que se siente agraviado. Pero, sin spoilers, deberías hacerte con el libro. Vale la pena.
Las predicciones de Huxley en BNW son impresionantes. A continuación, presentamos algunos:
Reproducción humana (fertilización in vitro): para tener una dimensión de la historia de la fertilización in vitro, el primer bebé probeta nació en 1978, más de 40 años después de que el autor escribiera su libro de ciencia ficción.
Manipulación genética – La sociedad hipotética y científica de Huxley, además de la reproducción in vitro, manipulaba genéticamente embriones para que los bebés nacieran con características predeterminadas, según su casta. De esta manera, toda la herencia se seleccionó cuidadosamente a partir del uso de gametos de hombres y mujeres estandarizados. En la actualidad, la comunidad científica mundial ha atravesado una serie de debates sobre la ética de la manipulación genética. En los últimos años, la posibilidad de manipular genéticamente a los seres humanos se ha convertido en una realidad y, a pesar de todo el choque de investigadores sobre el tema, el año pasado científicos chinos crearon embriones humanos modificados genéticamente.
Programación neurolingüística – Durante su desarrollo, los habitantes de BNW pasaron por capacitaciones para condicionar sus pensamientos. Según su casta, a diario los personajes recibían información para que tomaran conciencia de cómo debían ser y actuar. Es evidente que la comparación entre el método de condicionamiento del universo de Huxley y el desarrollo de la Programación Neurolingüística (o PNL) difiere en una serie de preguntas, pero es bastante interesante notar que el autor fue capaz de predecir métodos capaces de modificar comportamientos a través de de modelos mentales.
A pesar de haber sido escrito hace más de 80 años, “Un mundo feliz” es, en muchos momentos, extremadamente actual, planteando interrogantes sobre la vida contemporánea y sobre los desafíos para el futuro de la humanidad. Con personajes complejos, la narrativa engancha al lector en un universo hipotético, pero sujeto a diferentes comparaciones con todos los cambios que ha ido atravesando el mundo en las últimas décadas.
Toda la sociedad del Estado Mundial gira en torno a la economía y el entretenimiento. Los procesos de producción, hasta donde tengo entendido, son una especie de línea de montaje similar a Ford. La gente trabaja todo el día, y por la noche, se dedica a los sentidos, como jugar golf electromagnético o practicar sexo recreativo. Las amistades son superficiales y no hay relaciones familiares.
Uno de los puntos más profundos en los que se basa el trabajo es el concepto de historia. Las personas no tienen conocimiento del pasado, por lo que no podrán comparar el presente con nada que pueda cambiar el momento. Otro punto importante es que la gente no debería tener emociones. La felicidad ciega es necesaria para la estabilidad. Y para alcanzar la felicidad, es necesario renunciar a la ciencia, el arte, la religión y muchas otras cosas que valoramos en el mundo real. Una de las cosas que garantizan esta felicidad es la droga llamada SOMA, que calma al individuo cambiando su sensibilidad, pero sin dejarlo con resaca.
Aldous Huxley predijo en 1932 una raza humana que, en el año 2540, sería destruida por la ignorancia, tendría un deseo constante de entretenimiento, tendría dominio de la tecnología y una sobreabundancia de bienes materiales. Y … ¿Estaríamos viviendo en un anticipado “Un mundo feliz” hoy? Con las redes sociales ocupando la vida de las personas a diario, ¿podemos observar que el conocimiento está siendo reemplazado por un nuevo fenómeno, que son los memes, los gustos, los twitters, los seguidores y la cantidad de me gusta que recibes? ¿Qué palabras (e incluso oraciones completas) se reemplazan por emojis? “Lo que amamos algún día nos destruirá”, dijo Aldous Huxley. La raza humana, según el autor, será destruida por la ignorancia, el deseo constante de entretenimiento, el dominio de la tecnología y la abundancia de bienes materiales.
Corto y profético. Aldous Huxley escribió “Un mundo feliz”, con una fuerte visión pesimista del futuro y una feroz crítica del culto positivista a la ciencia, en un momento en que las consecuencias sociales de la gran crisis de 1929 estaban afectando a las sociedades occidentales y en la que la creencia en el progreso y en los regímenes democráticos pareció flaquear. Publicado antes de que Hitler llegara al poder en Alemania (1933), BNW denuncia la perspectiva de “pesadilla” de una sociedad totalitaria fascinada por el progreso científico y convencida de poder ofrecer a sus ciudadanos una felicidad obligatoria. Presenta la visión alucinada de una humanidad deshumanizada por el condicionamiento pavloviano (Ivan Petrovich Pavlov fue un fisiólogo ruso conocido principalmente por su trabajo en el condicionamiento clásico. Fue galardonado con el Premio Nobel de Fisiología o Medicina en 1904) y por el placer de tomar una pastilla ( la “SUMA”). En un mundo horriblemente perfecto, la sociedad decide totalmente, con fines eugenésicos y productivistas, la sexualidad de la procreación. Hoy, vemos a los políticos vandalizando nuestra comprensión de la realidad. Un buen ejemplo, las recientes elecciones estadounidenses. ¿Estamos entrando en el “mundo feliz”? Nueve décadas después, este libro (tan actual) llega a advertir que las sociedades de control pueden apoyarse, además de la represión, en la tecnología y el culto al “progreso”. Estamos experimentando lo que llamamos el “post-hecho”, que es un mecanismo de afrontamiento para los comentaristas que reaccionan a los ataques no solo sobre cualquier hecho, sino también sobre aquellos que son fundamentales para el sistema y las creencias. Una cosa que doy por sentada: hay muchas coincidencias entre el año 2540 y la actualidad.
La lectura de “Un mundo feliz” advierte contra todas estas agresiones. Sin olvidar las manipulaciones mediáticas. Esta novela también puede verse como una sátira muy pertinente de la nueva sociedad delirante que se construye hoy, en nombre de la “modernidad” ultraliberal. Pesimista y lúgubre, el futuro visto por Aldous Huxley sirve de advertencia y animación, en el momento de la manipulación genética y clonación, para seguir de cerca el progreso científico actual y sus posibles efectos destructivos.
Y de esta forma cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Las palabras nos han permitido elevarnos por encima de los animales, pero también es a través de las palabras que a menudo descendemos al nivel de los seres demoníacos”. Aldous Huxley
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Leer la publicación, leer los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A variante da ficção vista pela espionagem.
Olá para todxs! Hoje o PHANTASTICUS vai explorar um pouco da ficção de espionagem.
A ficção de espionagem, por vezes conhecida como thriller político, surgiu antes da Primeira Guerra Mundial, ao mesmo tempo que os primeiros serviços de inteligência. Desde a sua criação tem gozado de grande preferência do público, cujo interesse só diminuiu após a guerra fria e a queda do Muro de Berlim em novembro de 1989. No entanto, o terrorismo e os ataques de 11 de setembro de 2001 mais uma vez canalizaram o interesse para o gênero.
O desenvolvimento da espionagem moderna e sua reflexão literária correspondem aos séculos 19 e 20, quando foram criadas as primeiras agências de informação, contraespionagem e intoxicação: a Okhrana russa, predecessora da tcheca, a soviética NKVD, GRU e KGB, foram criadas em 1881; o Deuxième Bureau francês, predecessor da DGSE, em 1871; o MI5 e o MI6 britânicos em 1909; Várias agências americanas já existiam no século 19, mas o OSS e a CIA modernos que os unificaram foram fundados na primeira metade do século 20 e o Shin Bet ou Shabak levou ao seu sucessor, o Mosad israelense, em 1949. O Abwehr foi o serviço de inteligência alemã durante a Segunda Guerra Mundial; Foi sucedido pelo BND na Alemanha Ocidental e pela Stasi na Alemanha Oriental.
Hoje o post vai trazer um pouco de luz sobre o escritor Thomas Leo Clancy Jr e sua obra. Tom Clancy é considerado o inventor do “techno-thriller”, um gênero híbrido literário que funde ação e aventura militar, ficção de espionagem e ficção científica com realismo social, incluindo uma quantidade desproporcionada de detalhes técnicos. O seu nome também é usado por escritores fantasma para argumentos de filmes, livros não-fictícios sobre temas militares e videojogos. A carreira literária de Clancy começou em 1984 quando publicou “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Daí foi uma sequência de livros (e sucessos).
Nota: O autor, também, é popular entre fãs de videogames graças aos jogos inspirados em suas obras. Rainbow Six e Ghost Recon são alguns deles.
Em 1996, Clancy fundava a Red Storm Entertainment – produtora de jogos, posteriormente comprada pela Ubisoft.
Tom Clancy publicou mais de sessenta livros. Dezessete dos seus romances foram sucessos de venda e tem mais de 100 milhões de cópias dos seus livros em impressão.
Tom foi o criador do personagem Jack Ryan que faz muito sucesso – nos livros, cinema e streaming. Jack apareceu pela primeira vez no livro “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho). Este foi o “pontapé inicial” para o universo criado por Clancy. Jack Ryan era filho de um detetive da polícia de Baltimore e de uma enfermeira. Ryan é um ex-fuzileiro naval dos EUA e corretor da bolsa que se torna professor de história na Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se junta à Agência Central de Inteligência como analista e oficial de campo ocasional, deixando-o como Diretor Adjunto. Mais tarde, ele serviu como assessor de segurança nacional e vice-presidente antes de se tornar repentinamente presidente dos Estados Unidos após um ataque terrorista no Capitólio dos Estados Unidos. Ryan cumpriu dois mandatos não consecutivos e lidou principalmente com crises internacionais na Europa, Oriente Médio, Ásia e África.
O personagem Jack Ryan foi adaptado para o cinema/televisão e foi interpretado pelos atores: Alec Baldwin em “The Hunt for Red October” (A Caçada ao Outubro Vermelho) (1990); Harrison Ford em “Patriot Games” (Jogos Patrióticos) (1992) e “Clear and Present Danger” (Perigo Real e Imediato) (1994); Ben Affleck em “The Sum of All Fears” (A Soma de Todos os Medos) (2002); Chris Pine em “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operação Sombra) (2014) e John Krasinski na série televisiva “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tinha uma visão política contundente e era considerado um apoiador da direita conservadora. Clancy dedicou livros a figuras políticas conservadoras americanas, principalmente Ronald Reagan. Ele doou mais de US$237.000 para os candidatos do partido Republicano entre 1994 e 2006. Uma semana após os ataques de 11 de Setembro, Clancy acusou a esquerda liberal de ser parcialmente culpada pelos atentados em razão do enfraquecimento da CIA influenciado por congressistas dos Democratas americanos. em suas próprias palavras: “A CIA foi desmembrada por congressistas da esquerda que não gostam de operações de inteligência. E como resultado (…) indireto disso, nós perdemos 5,000 civis semana passada”.
Seu livro “Debt of Honor” (Dívida de Honra) publicado em 1994, nos traz o governo japonês (controlado por um grupo de magnatas corporativos conhecidos como Zaibatsu) vai para a guerra contra os Estados Unidos. Este livro incluía um cenário em que um piloto de avião japonês descontente bate um Boeing 747 abastecido na cúpula do Capitólio dos EUA durante um discurso do presidente em uma sessão conjunta do Congresso, matando o presidente e a maior parte do Congresso. Não precisa muito esforço para perceber que algumas estratégias usadas no livro, contra os EUA, foram usadas (na vida real) no 11 de Setembro pela Al-Qaïda. Foi uma “previsão” do escritor ou o livro foi utilizado como “manual de instruções”?
Seu último romance, “Command Authority”, coescrito com Mark Greaney, foi publicado em 3 de dezembro de 2013. É a última grande obra de ficção de Clancy e foi lançado postumamente dois meses após sua morte. O livro estreou como número um na lista de bestsellers do “New York Times”.
Mas… Um dia tudo acaba. Clancy morreu na noite de terça-feira, dia 1º de Outubro de 2013, em um hospital de Baltimore, nos Estados Unidos. A causa da morte foi insuficiência cardíaca. Clancy já vinha sofrendo de problemas cardíacos há algum tempo: “Cinco ou seis anos atrás”, disse seu médico. Tom sofreu um ataque cardíaco e passou por uma cirurgia de ponte de safena. até que acabou tendo outro ataque cardíaco. Seu coração simplesmente se esgotou.
Clancy tinha uma visão aguda sobre as relações internacionais – foi seu grande mote artístico – e suas obras deixam-nos com um quê de preocupação. Afinal, por vezes, a vida imita a arte e o “impossível” acontece. Numerosos estudiosos examinaram as dimensões políticas dos livros de Clancy, especialmente no contexto da Guerra Fria. Para vários deles, a obra de Clancy reforça representações populares dos valores da Guerra Fria da era Reagan. Eles refletem as percepções populares do comportamento soviético e os valores de segurança nacional predominantes da era Reagan. Eles também perpetuam mitos sobre o passado americano e reforçam os símbolos, imagens, lições históricas que dominaram o discurso da Guerra Fria.
E é isso. Controvertido, polêmico, visionário e muitos outros tantos adjetivos. Tom Clancy nos deixa um legado importante – que pode ser entendido de diversas formas. Mas que não deixa de ser importante.
E desta forma, fechamos o post com uma frase – muito especial – do escritor homenageado.
“Nada é tão real como um sonho e, se você for atrás dele, algo maravilhoso lhe acontecerá: pode ser que você envelheça, mas jamais será velho.” Tom Clancy
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española: La variante de la ficción vista por el espionaje.
¡Hola a todxs! Hoy PHANTASTICUS explorará un poco de ficción de espionaje.
La ficción de espionaje, a veces conocida como thriller político, apareció antes de la Primera Guerra Mundial, al mismo tiempo que los primeros servicios de inteligencia. Desde su creación ha gozado de una gran preferencia del público, cuyo interés sólo decayó después de la guerra fría y la caída del Muro de Berlín en noviembre de 1989. Sin embargo, el terrorismo y los atentados del 11 de septiembre de 2001 canalizaron nuevamente el interés por el género.
El desarrollo del espionaje moderno y su reflexión literaria corresponden a los siglos XIX y XX, cuando se crearon las primeras agencias de información, contraespionaje e intoxicación: la Okhrana rusa, antecesora de la República Checa, la NKVD soviética, GRU y KGB, fueron creadas en 1881; el Deuxième Bureau francés, predecesor de la DGSE, en 1871; el MI5 y el MI6 británicos en 1909; Varias agencias estadounidenses ya existían en el siglo XIX, pero la OSS y la CIA modernas que las unificaron se fundaron en la primera mitad del siglo XX y el Shin Bet o Shabak condujo a su sucesor, el Mosad israelí, en 1949. La Abwehr fue el servicio de inteligencia alemana durante la Segunda Guerra Mundial; Fue sucedido por BND en Alemania Occidental y por Stasi en Alemania Oriental.
Hoy la publicación arrojará algo de luz sobre el escritor Thomas Leo Clancy Jr y su trabajo. Tom Clancy es considerado el inventor del “tecno-thriller”, un género literario híbrido que fusiona acción y aventura militar, ficción de espionaje y ciencia ficción con realismo social, incluyendo una cantidad desproporcionada de detalles técnicos. Su nombre también es utilizado por escritores fantasmas para argumentos cinematográficos, libros de no ficción sobre temas militares y videojuegos. La carrera literaria de Clancy comenzó en 1984 cuando publicó “La caza del octubre rojo”. De ahí que fuera una secuencia de libros (y éxitos).
Nota: El autor también es popular entre los fanáticos de los videojuegos gracias a los juegos inspirados en sus obras. Rainbow Six y Ghost Recon son algunos de ellos.
En 1996, Clancy fundó Red Storm Entertainment, un productor de juegos que luego compró Ubisoft.
Tom Clancy ha publicado más de sesenta libros. Diecisiete de sus novelas fueron las más vendidas y tiene más de 100 millones de copias impresas de sus libros.
Tom fue el creador del personaje Jack Ryan, que tiene mucho éxito en libros, cine y transmisión. Jack apareció por primera vez en el libro “La caza del octubre rojo”. Este fue el “puntapié inicial” para el universo creado por Clancy. Jack Ryan era hijo de un detective de la policía de Baltimore y una enfermera. Ryan es un ex marine estadounidense y corredor de bolsa que se convierte en profesor de historia en la Academia Naval de los Estados Unidos en Annapolis, Maryland. Ryan posteriormente se une a la Agencia Central de Inteligencia como analista ocasional y oficial de campo, dejándolo como subdirector. Más tarde se desempeñó como asesor de seguridad nacional y vicepresidente antes de convertirse repentinamente en presidente de los Estados Unidos después de un ataque terrorista en el Capitolio de los Estados Unidos. Ryan sirvió dos mandatos no consecutivos y se ocupó principalmente de crisis internacionales en Europa, Oriente Medio, Asia y África.
El personaje de Jack Ryan fue adaptado para cine / televisión y fue interpretado por los actores: Alec Baldwin en “La caza del Octubre Rojo” (1990); Harrison Ford en “Patriot Games” (1992) y “Clear and Present Danger” (Peligro real e inmediato) (1994); Ben Affleck en “La suma de todos los miedos” (2002); Chris Pine en “Jack Ryan: Shadow Recruit” (Operation Shadow) (2014) y John Krasinski en la serie de televisión “Jack Ryan” (2018).
Tom Clancy tenía una fuerte visión política y era considerado un partidario de la derecha conservadora. Clancy dedicó libros a figuras políticas estadounidenses conservadoras, sobre todo a Ronald Reagan. Donó más de $ 237.000 a candidatos republicanos entre 1994 y 2006. Una semana después de los atentados del 11 de septiembre, Clancy acusó a la izquierda liberal de ser parcialmente culpable de los atentados debido al debilitamiento de la CIA influenciada por congresistas demócratas estadounidenses. en sus propias palabras: “La CIA fue desmembrada por congresistas de izquierda a quienes no les gustan las operaciones de inteligencia. Y como resultado indirecto … perdimos 5.000 civiles la semana pasada”.
Su libro “Debt of Honor”, publicado en 1994, lleva al gobierno japonés (controlado por un grupo de magnates corporativos conocidos como Zaibatsu) a ir a la guerra contra Estados Unidos. Este libro incluyó un escenario en el que un piloto de una aerolínea japonesa descontento estrella un Boeing 747 con combustible en la cúpula del Capitolio de los Estados Unidos durante un discurso del presidente en una sesión conjunta del Congreso, matando al presidente. y la mayor parte del Congreso. No hace falta mucho esfuerzo para darse cuenta de que algunas de las estrategias utilizadas en el libro, contra Estados Unidos, fueron utilizadas (en la vida real) el 11 de septiembre de 2001 por Al Qaida. ¿Fue una “predicción” del escritor o se utilizó el libro como un “manual de instrucciones”?
Su última novela, “Command Authority”, coescrita con Mark Greaney, fue publicada el 3 de diciembre de 2013. Es la última gran obra de ficción de Clancy y fue lanzada póstumamente dos meses después de su muerte. El libro debutó como número uno en la lista de bestsellers del New York Times.
Pero … Un día todo termina. Clancy murió la noche del martes 1 de octubre de 2013 en un hospital de Baltimore, Estados Unidos. La causa de la muerte fue insuficiencia cardíaca. Clancy había estado sufriendo problemas cardíacos durante algún tiempo: “Hace cinco o seis años”, dijo su médico. Tom sufrió un infarto y se sometió a una cirugía de bypass. hasta que terminó teniendo otro infarto. Tu corazón simplemente se agotó.
Clancy tenía una visión aguda de las relaciones internacionales, era su gran lema artístico, y sus obras nos dejan un poco preocupados. Después de todo, a veces la vida imita al arte y sucede lo “imposible”. Numerosos académicos han examinado las dimensiones políticas de los libros de Clancy, especialmente en el contexto de la Guerra Fría. Para varios de ellos, el trabajo de Clancy refuerza las representaciones populares de los valores de la Guerra Fría de la era Reagan. Reflejan las percepciones populares del comportamiento soviético y los valores de seguridad nacional predominantes en la era Reagan. También perpetúan los mitos sobre el pasado estadounidense y refuerzan los símbolos, las imágenes y las lecciones históricas que dominaron el discurso de la Guerra Fría.
Y es eso. Polémico, controvertido, visionario y muchos otros adjetivos. Tom Clancy nos deja un legado importante, que se puede entender de muchas maneras. Pero eso sigue siendo importante.
Y de esta manera cerramos el post con una frase -muy especial- del distinguido escritor.
“Nada es tan real como un sueño, y si lo persigues, te sucederá algo maravilloso: puedes envejecer, pero nunca serás viejo”. Tom Clancy
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A atualidade aterradora de um livro de 70 anos … 1984 (mais uma vez).
Olá para todxs!! Hoje o PHANTASTICUS faz o primeiro post do ano. 2021 começou como 2020 terminou – recheado de problemas e notícias tristes. Mas algumas nos trazem esperança. Uma delas é a posse do democrata Joe Biden, como 46.º presidente dos Estados Unidos. Biden traz uma mensagem de união e de luta contra problemas globais – racismo, meio ambiente, etc… Não vou entrar em detalhes sobre as coisas que aconteceram neste novo ano que nos deixaram preocupados. Seria mais chuva nesta enchente. Então, vamos seguir o barco.
Hoje vamos falar, mais um pouco, sobre o livro “1984” (Nineteen Eighty-Four), publicado em 1949 e escrito pelo gênio britânico George Orwell. Mas antes de seguir, uma pergunta paira no ar: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Nota: George Orwell nasceu sob o nome de registro de Eric Arthur Blair em Motihari, na Índia, na época ainda uma colônia britânica. No entanto, quando tinha apenas 1 ano de idade foi morar na Inglaterra. O escritor foi aluno de Aldous Huxley e ingressou na Eton College com bolsa de estudos, já que seus pais não tinham condições de bancá-lo.
Antes de tentar responder, segue o post do blog sobre o livro, postado em meados do ano passado. Vale (re)ler.
George Orwell virou sinônimo de distopia ao apontar, na década de 1950, para um futuro em que câmeras nos vigiariam 24 horas por dia e governos totalitários distorceriam a verdade para manipular a população, semeando confusão e ódio. Agora, vejam alguns pontos que “1984” adiantou.
Privacidade
Esse conceito não existe na obra de Orwell. Do que fazem na rua ao que fazem em casa, inclusive enquanto dormem, todos os cidadãos são vigiados pelo “Big Brother”. Atualmente, nas câmeras nas ruas às redes sociais, é um fato que nossos passos são vigiados a cada instante. Veja se já não aconteceu com você: em algum momento do dia você escreveu uma mensagem para um amigo dizendo que estava com vontade de comer uma pizza ou uma massa e quando abriu o Instagram, surge um anúncio de uma pizza, que aparece de forma – quase – irresistível na tela do seu telefone. Já?
O problema é um pouco mais profundo quando paramos para refletir que somos nós quem abrimos nossa privacidade nas redes sociais. Lá compartilhamos as fotos que queremos, com os comentários que queremos, com quem queremos, sem nos darmos conta do alcance e dos dados que isso gera para empresas que estão de olho.
Sim, quer queira, quer não, tem muitas, muitas empresas de olho no que você faz nas redes sociais. Elas buscam informação. Informação sobre você. Pensa comigo: quanto você paga para usar o Facebook, Instagram ou Whatsapp? Nada, certo? No entanto, as três (que pertencem ao tio Mark Zuckerberg) estão entre as empresas mais valiosas do mundo, na cifra dos bilhões de dólares. Ora, se você não paga nada, de onde vem todo esse dinheiro? Um estudioso das mídias sociais respondeu bem isso: “se é de graça, o produto é você”.
Nota: Se quiser buscar mais informações sobre este tema, veja o documentário “O Dilema das Redes”. Vale a pena.
Teletelas
Lembra que no livro 1984 as teletelas apresentam conteúdo enquanto filmam as pessoas? Um celular na mão faz exatamente isso. Ele não filma, mas filtra suas informações através do que você escreve e de como interage na internet. Existem algoritmos que conseguem até medir seu humor no momento, se está triste ou feliz usando, por exemplo, a base na velocidade que você rola o feed, digita e mais situações.
Duplipensar
Duplo pensamento, duplicidade de pensamentos, saber que está errado e se convencer que está certo. “Inconsciência é ortodoxia”. É uma forma de lavagem cerebral. o Estado (neste caso, o regime totalitário) implanta nos cidadãos o “duplipensar”. Isto é, ele apresenta dois conceitos contraditórios e distorce a capacidade de interpretar cada um para perceber que não fazem sentido. Um exemplo é o lema do partido: “Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força”. Ou seja, ninguém se questiona sobre a impossibilidade disso, pois ninguém quer pensar por si, apenas aceita o que é dito. O que lhe parece isto?
Ainda na proposta do “duplipensar”, o Partido faz com que uma mentira se torne uma verdade coletiva. O exemplo do livro é 2+2=5. Ninguém questiona mais as leis universais da matemática, que tornam esse cálculo impossível, porque se o governo disse, está dito. Não importa o que é dito, importa quem diz. Troque a palavra “duplipensar” por “fake News” e a lógica será a mesma. “Se aquele comentarista disse, é porque é verdade e pronto”.
Nota: Basta lembrar o que 45º presidente americano disse, afirmando fraude nas eleições e “virou verdade” para os seus “seguidores” (SIC).
O medo como arma de controle
Orwell observou como caminhava a humanidade e percebeu que o medo era tão perigoso quando as armas. O Grande Irmão era a fonte do medo enquanto era a fonte da provisão de todos. Impossível odiá-lo quando ele só pensava no bem da Oceania, sem se darem conta de que ele tinha nas mãos o controle da vida de todos. Por medo do sistema, todos acabavam se sujeitando – e até amando – o sistema. Parece um tanto com casos como do Estado Islâmico, onde, em nome de um “bem comum”, o medo impera.
O mundo do livro
No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:
Oceania – o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e grande parte do sul da África.
Eurásia – o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.
Lestásia – o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.
Territórios sob disputa: Outros territórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia (quadrilátero formado entre as cidades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong e Tânger), além de todo o território da Antártica.
No livro, a sociedade se divide em 3 classes:
Alta – Grande Irmão e Partido Interno (2%); Média – Partido Externo (13%) e Baixa – Proles (85%).
Os Ministérios são as principais representações do “Partido”, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do Partido.
Ministério da Verdade – É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.
Ministério da Paz – É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.
Ministério da Fartura ou Ministério da Riqueza – É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia, a prole.
Ministério do Amor – É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus “habitantes” não têm a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do poder para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.
Comentário: São muitos os signos de “1984” que são visíveis do Brasil e no mundo de hoje: a polarização como mecanismo de poder pelo poder; o horror à inteligência; os ministérios da educação que deseduca, ou da verdade encarregados da propagação da mentira, sempre com a retórica da violência; o espírito da perseguição e a estupidez como valor; a volúpia da ignorância e a guerra permanente. A ficção de Orwell permanece poderosa”, é a avaliação do romancista Cristovão Tezza, autor de livros como “A tirania do amor” e “O filho eterno”.
Orwell pôs a fome de poder dos regimes totalitários – de direita e de esquerda – e conseguiu dar um caráter único em seu romance “1984”. Assim como outros tantos livros, a interpretação é livre. Desta forma, tento responder a pergunta feita no início do post: Por que o livro “1984” disparou em audiência (e vendas)?
Vários grupos de direita se apossaram das linhas de “1984” e as direcionaram “seus mísseis” para os governos de esquerda. Mas, Orwell se opõe a tirania, a opressão, a tortura, etc… Seja ela de direita ou de esquerda. Leia o livro com “mente aberta”.
E desta forma, fechamos o post com algumas frases de Orwell.
“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”
“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La temible actualidad de un libro de 70 años … 1984 (de nuevo).
¡¡Hola todxs!! Hoy PHANTASTICUS realiza la primera publicación del año. 2021 comenzó como terminó 2020, lleno de problemas y noticias tristes. Pero algunos nos traen esperanza. Uno es la toma de posesión del demócrata Joe Biden, como 46º presidente de Estados Unidos. Biden trae un mensaje de unidad y de lucha contra los problemas globales: racismo, medio ambiente, etc. No entraré en detalles sobre las cosas que sucedieron en este nuevo año que nos preocuparon. Habría más lluvia en esta inundación. Entonces, sigamos el barco.
Hoy vamos a hablar, un poco más, del libro “1984” (Mil novecientos ochenta y cuatro), publicado en 1949 y escrito por el genio británico George Orwell. Pero antes de continuar, una pregunta flota en el aire: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Nota: George Orwell nació con el nombre registrado de Eric Arthur Blair en Motihari, India, en ese momento todavía era una colonia británica. Sin embargo, cuando solo tenía 1 año se fue a vivir a Inglaterra. El escritor era alumno de Aldous Huxley e ingresó al Eton College con una beca, ya que sus padres no podían pagarla.
Antes de intentar responder, siga la publicación del blog sobre el libro, publicada a mediados del año pasado. Vale la pena (re) leer.
George Orwell se convirtió en sinónimo de distopía cuando señaló, en la década de 1950, un futuro en el que las cámaras nos mirarían las 24 horas del día y los gobiernos totalitarios distorsionarían la verdad para manipular a la población, sembrando confusión y odio. Ahora, vea algunos puntos que presentó “1984”.
Intimidad
Este concepto no existe en el trabajo de Orwell. Desde lo que hacen en la calle hasta lo que hacen en casa, incluso mientras duermen, todos los ciudadanos son vigilados por el “Gran Hermano”. Hoy en día, en las cámaras de la calle a las redes sociales, es un hecho que nuestros pasos están monitoreados en todo momento. Fíjate si no te ha pasado ya: en algún momento del día le escribiste un mensaje a un amigo diciéndole que estabas de humor para una pizza o una masa y cuando abriste Instagram, aparece un anuncio de una pizza, que aparece así – casi – irresistible en la pantalla de su teléfono. ¿Ya?
El problema es un poco más profundo cuando nos detenemos a reflexionar que somos nosotros quienes abrimos nuestra privacidad en las redes sociales. Allí compartimos las fotos que queremos, con los comentarios que queremos, con quien queremos, sin darnos cuenta del alcance y datos que esto genera para las empresas que están mirando.
Sí, te guste o no, hay muchas, muchas empresas que vigilan lo que haces en las redes sociales. Buscan información. Información acerca de ti. Piensa conmigo: ¿cuánto pagas por usar Facebook, Instagram o Whatsapp? Nada, ¿verdad? Sin embargo, los tres (que pertenecen al tío Mark Zuckerberg) se encuentran entre las empresas más valiosas del mundo, en miles de millones de dólares. Ahora, si no paga nada, ¿de dónde viene todo ese dinero? Un estudioso de las redes sociales respondió bien: “si es gratis, el producto eres tú”.
Nota: Si desea obtener más información sobre este tema, consulte el documental “El dilema de la red”. Vale la pena.
Telepantallas
¿Recuerdas que en el libro 1984, las teletelas presentan contenido mientras filman personas? Un teléfono celular en tu mano hace precisamente eso. No filma, pero filtra su información a través de lo que escribe y cómo interactúa en Internet. Existen algoritmos que incluso pueden medir tu estado de ánimo en este momento, ya sea que estés triste o feliz usando, por ejemplo, la base en la velocidad a la que te desplazas por el feed, el tipo y más situaciones.
Duplicar
Pensar dos veces, pensar dos veces, saber que estás equivocado y convencerte de que tienes razón. “La inconsciencia es ortodoxia”. Es una forma de lavado de cerebro. el Estado (en este caso, el régimen totalitario) implementa el “doble pensamiento” en los ciudadanos. Es decir, presenta dos conceptos contradictorios y distorsiona la capacidad de interpretar cada uno para darse cuenta de que no tienen sentido. Un ejemplo es el lema del partido: “La guerra es la paz. Libertad es esclavitud. Ignorancia es fuerza “. Es decir, nadie pregunta por la imposibilidad de esto, porque nadie quiere pensar por sí mismo, solo acepta lo que se dice. ¿Qué te parece esto?
Aún en la propuesta del “doble discurso”, el Partido convierte la mentira en una verdad colectiva. El ejemplo del libro es 2 + 2 = 5. Ya nadie cuestiona las leyes universales de las matemáticas, que hacen imposible este cálculo, porque si el gobierno lo dijo, se dice. No importa lo que se diga, importa quién lo diga. Cambie la palabra “doble discurso” por “noticias falsas” y la lógica será la misma. “Si ese comentarista dijo, es porque es verdad y eso es todo”.
Nota: Solo recuerde lo que dijo el 45º presidente estadounidense, alegando fraude en las elecciones y “se hizo realidad” para sus “seguidores” (SIC).
El miedo como arma de control
Orwell observó cómo la humanidad caminaba y se dio cuenta de que el miedo era tan peligroso como las armas. El Gran Hermano era la fuente del miedo mientras que era la fuente de la provisión de todos. Imposible odiarlo cuando o solo pensaba en el bien de Oceanía, sin darse cuenta de que tenía el control de la vida de todos en sus manos. Por miedo al sistema, todos terminaron sometiéndose, e incluso amando, el sistema. Se parece mucho a casos como el Estado Islámico, donde, en nombre de un “bien común”, prevalece el miedo.
El mundo del libro
En el libro, las naciones se dividen en tres grandes imperios modernos, que son grandes potencias:
Oceanía, el más grande de los imperios, gobierna toda Oceanía, América, Islandia, el Reino Unido, Irlanda y gran parte del sur de África.
Eurasia, el segundo imperio más grande, gobierna toda Europa (excepto Islandia, el Reino Unido e Irlanda), casi toda Rusia y una pequeña parte del resto de Asia.
Lestásia, el imperio más pequeño, gobierna países del este como China, Japón, Corea, parte de la India y algunas naciones vecinas.
Territorios en disputa: Otros territorios, como el norte de África, Asia central y sudoriental (cuadrilátero formado entre las ciudades de Brazzaville, Darwin, Hong Kong y Tánger), además de todo el territorio de la Antártida.
En el libro, la sociedad se divide en 3 clases:
Alta – Gran Hermano y Partido Interno (2%); Medio – Partido externo (13%) y Bajo – Proles (85%).
Los ministerios son las principales representaciones del “Partido”, y cada uno está encargado de mantener la armonía de la ideología del Partido.
Ministerio de la Verdad – Se encarga de falsificar documentos y literatura que puedan servir como referencia al pasado, para que siempre cumpla con lo que el Partido dice que es cierto actualmente. Siguiendo esta lógica, el Partido es infalible, porque nunca se equivocó.
Ministerio de Paz – Es el responsable de la Guerra. Manteniendo la guerra contra los enemigos de Oceanía, en el caso de Lestásia o Eurasia. La guerra en el contexto del libro se usa permanentemente para mantener el ánimo de la población en un punto ideal. También una forma de dominación.
Ministerio de Abundancia o Ministerio de Riqueza – Es responsable del hambre. En términos prácticos, la economía de Oceanía es su responsabilidad. Dar a conocer sus exagerados informes de producción haciendo que toda la población piense que el país lo está haciendo muy bien. Sin embargo, su número faraónico no sirve para el bienestar de los estratos más bajos de la población de Oceanía, la descendencia.
Ministerio del Amor – Se encarga de espiar y controlar a la población. El Ministerio del Amor se ocupa de los que se vuelven contra el Partido, juzgando, torturando y lavando constantemente el cerebro. Para el Ministerio no basta con eliminar la oposición, es necesario convertirla. El edificio donde se ubica es una verdadera fortaleza, sin ventanas. Sus “habitantes” no tienen sentido del tiempo y el espacio, que es otro instrumento de poder para lavar el cerebro a los disidentes del régimen.
Comentario: Son muchos los signos de “1984” visibles en Brasil y en el mundo de hoy: la polarización como mecanismo de poder por poder; el horror de la inteligencia; los ministerios de educación que educan, o la verdad encargados de difundir la mentira, siempre con la retórica de la violencia; el espíritu de persecución y estupidez como valor; la voluptuosidad de la ignorancia y la guerra permanente. La ficción de Orwell sigue siendo poderosa”, es la valoración del novelista Cristovão Tezza, autor de libros como “La tiranía del amor” y “El hijo eterno”.
Orwell puso el poder hambriento de los regímenes totalitarios -derecha e izquierda- y logró darle un carácter único en su novela “1984”. Como muchos otros libros, la interpretación es gratuita. De esta manera, trato de responder la pregunta que se hizo al comienzo del post: ¿Por qué el libro “1984” se disparó en audiencia (y ventas)?
Varios grupos de derecha se apoderaron de las líneas de “1984” y dirigieron “sus misiles” a los gobiernos de izquierda. Pero, Orwell se opone a la tiranía, la opresión, la tortura, etc … Ya sea de derecha o de izquierda. Lea el libro con una “mente abierta”.
Y de esta forma cerramos el post con algunas frases de Orwell.
“Si la libertad significa algo, será principalmente el derecho a decirle a otras personas lo que no quieren escuchar”.
“En una era de mentiras universales, decir la verdad es un acto revolucionario”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: A distopia e a ficção das linhas de Michael Crichton.
ATENÇÃO! Hoje o PHANTASTICUS completa o sexto aniversário. É um momento muito importante. Quando comecei o blog pensei apenas em desenvolver um hobby. Mas, hoje, estas linhas fazem parte da minha vida.
E o blog traz, para comemorar esta data, um pouco da distopia e do futurismo das linhas de Michael Crichton.
O americano John Michael Crichton foi autor, roteirista, diretor de cinema, produtor e ex-médico mais conhecido por seu trabalho nos gêneros de ficção científica, ficção médica e thriller. Seus livros já venderam mais de 200 milhões de cópias em todo o mundo e muitos foram adaptados em filmes.
O PHANTASTICUS já deu uma “palhinha” sobre o americano. Foi do post de 19 de novembro de 2016. Falamos dos dinossauros de Crichton que deram origem a incrível franquia “Jurassic Park”. Se quiser relembrar o post, segue o link: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Mas, nem só de dinossauros foi a vida de Crichton. Em “The Andromeda Strain” (O Enigma de Andrômeda) – publicado em 1969 – o autor se mostra um profundo conhecedor de conceitos científicos (somados aos seus conhecimentos médicos – por conta da sua formação), imaginando os detalhes de uma misteriosa doença que surge na pequena cidade de Pidmont (na Califórnia) após a queda de um satélite que fora projetado com o objetivo de identificar possíveis formas de vida alienígena no espaço. Ao chegar em Piedmont, um grupo de quatro renomados cientistas encontram apenas dois sobreviventes: um idoso viciado e um bebê em perfeitas condições. Diante do mistério que cerca essa implacável e misteriosa doença, o governo dos EUA inicia o protocolo ultrassecreto “Wildfire”, criado há muito tempo para tratar ameaças biológicas desconhecidas. Assim, os cientistas são enviados a um laboratório secreto subterrâneo equipado com um dispositivo de autodestruição atômica que pode ser acionado caso haja contaminação. Usando o que há de mais moderno em tecnologia, os cientistas analisam as amostras e os pacientes a fim de entender a doença e evitar uma possível catástrofe biológica global. Entretanto, o Enigma de Andrômeda se mostra além de toda a ciência, o que exigirá dos cientistas grande capacidade intelectual e, principalmente, muita inteligência emocional.
Com toda a bagagem recebida pela escrita de seus 12 livros de ficção, Crichton resolveu atuar em outra área: Escrever e dirigir cinema. E um dos grandes trabalhos de Michael Crichton, que nos deixou em novembro de 2008, foi um filme de ficção científica lançado em 1973, escrito e dirigido por ele. “Westworld”.
O filme se passa em um distópico e futurista parque de diversões temático chamado “Delos”. Voltado para adultos, “Delos” expõe três “mundos” temáticos: o mundo do Oeste (retratando a fronteira dos Estados Unidos em 1880), o mundo medieval (reconstruindo a Europa do século XIII) e o mundo romano (retratando a antiga cidade romana de Pompeia). Cada um desses “mundos” é habitado por androides praticamente indistinguíveis dos seres humanos, programados para tornar os ambientes mais naturais e realistas. No parque, as pessoas podem fazer o que quiserem, incluindo matar e ter relações sexuais com os androides. O filme se inicia apresentando “Delos” por meio de um repórter, Ed Ramsey, que entrevista as pessoas que acabaram de sair do parque e que aparentam estar muito satisfeitas. “Westworld” permite discussões sobre ética, moralidade, teologia e vários temas importantes. Neste playground retrofuturista, o cliente vive um dia pré-definido como se fosse 1880. Pagando caro é possível passar o tempo entre saloons, bordéis, cavalgadas e tiroteios, tendo prazer com álcool, sexo e morte. Armas e mulheres estão à disposição para duelos entre homens e androides – que, criados à sua imagem e semelhança, despertam amor, ódio e dúvida entre os humanos. Perfeitos em sua representação antropomórfica, capazes de falar, respirar e sangrar, robôs geram suspeita quanto a real natureza de quem quer que seja dentro do parque. “Como saber se matei um humano?”, questiona um personagem? “Pouco importa”, responde outro.
Mas, uma falha no sistema compromete o sistema dos androides tem início um contra-ataque sangrento, colocando em risco a vida dos visitantes – um vírus de computador ataca todo o sistema. Crichton aponta que, na busca por satisfação máxima em um ambiente onde tudo é permitido, as condutas dos homens revelam o grau de desumanidade que pode haver em cada um. Ao mesmo tempo, o parque imaginado pelo cineasta descreve o quanto autômatos programados por humanos tendem a se parecer com a nossa espécie não apenas em aparência, mas em conduta, estilo de vida e predisposição à violência.
O roteiro foi oferecido a todos os grandes estúdios. Todos rejeitaram o projeto, exceto a Metro-Goldwyn-Mayer. O filme acabou sendo bem sucedido e gerou uma continuação “Futureworld”, em 1976, e uma série televisiva, “Beyond Westworld”, em 1980 (nenhum destes empreendimentos, teve a participação de Crichton e não obtiveram um bom resultado). O filme tinha como protagonista o russo (naturalizado americano) Yul Brynner – uma fera nos anos 50 a 70.
E esta obra foi “revivida” em outubro de 2016, quando estreou a série, homônima, de televisão (HBO) adaptada do filme de Michael Crichton e de sua continuação “Futureworld”. Desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy, teve como produtores executivos Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub e, J. J. Abrams. “Westworld” tem um plantel de atores de primeira linha, e entre eles figuram Anthony Hopkins e Evan Rachel Wood. A série segue com sucesso e já foi renovada para a quarta temporada.
A série de cyber punk se passa em um futuro distópico, onde parques temáticos são construídos pela empresa “Delos” e seus robôs programados para satisfazer os clientes e nunca os desagradar.
Nota: Assim como no filme a série se passa no ambiente de Velho Oeste e daí o universo dos cinemas se expande muito mais.
Tudo é possível neste parque – o indivíduo busca por aventuras; sexo; violência, resguardados que naquele espaço podem fazer o que quiserem com os robôs, inclusive violar as leis. O bordão básico repetido na série reforça estes conceitos: “Esses prazeres violentos têm fins violentos”. Ele serve para dar uma dica sobre as consequências futuras. A frase é de Shakespeare em Romeu e Julieta, ainda pode significar o perigo de máquinas e humanos se aproximarem, assim como no amor proibido do clássico.
A série se encaminha para uma revolução das máquinas e como sempre esse assunto mexe com vários conceitos morais. Certamente, nos faz questionar sobre nossos atos, representatividade simbólica e percepção do meio em que vivemos.
Obs.: No “cast” da série encontramos o brasileiro Rodrigo Santoro, que encara uma produção de valor após o fracasso de Ben-Hur. Interpretando uma inteligência artificial no papel de um fora-da-lei chamado Hector Sacaton, ele é considerado um dos bandidos mais procurados de Westworld e segue a teoria de que o oeste é um lugar selvagem, onde a única maneira de sobreviver é como um predador.
A série nos leva do faroeste para um futuro distante e ganha o rótulo de violenta e ardilosa, reforçando a luta entre as máquinas e a humanidade. Bem, para evitar eventuais spoilers, encerro aqui. E desta forma, fechamos o post com uma frase criada pelo genial Michael Crichton, extraída de “O parque dos dinossauros”:
“Vivemos num mundo assustador, de coisas prontas. Está decidido que as pessoas devem se comportar de tal maneira. Está decidido que devem se preocupar com tais e tais assuntos. Ninguém mais pensa nas coisas que chegam prontas. Não é incrível? Na sociedade de informação, ninguém mais pensa. Esperávamos acabar com o papel, mas na verdade acabamos com o pensamento.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:La distopía y la ficción lineal de Michael Crichton.
¡ATENCIÓN! PHANTASTICUS cumple hoy su sexto aniversario. Es un momento muy importante. Cuando comencé el blog solo pensaba en desarrollar un hobby. Pero hoy, estas líneas son parte de mi vida.
Y el blog trae, para conmemorar esta fecha, un poco de la distopía y futurismo de las líneas de Michael Crichton.
El estadounidense John Michael Crichton fue un autor, guionista, director de cine, productor y ex médico mejor conocido por su trabajo en los géneros de ciencia ficción, ficción médica y thriller. Sus libros han vendido más de 200 millones de copias en todo el mundo y muchos se han adaptado a películas.
PHANTASTICUS ya ha dado una “paja” sobre el estadounidense. Era del post del 19 de noviembre de 2016. Hablamos de los dinosaurios Crichton que dieron origen a la increíble franquicia “Jurassic Park”. Si quieres recordar la publicación, sigue el enlace: jotacortizo.wordpress.com/2016/11/19/os-dinossauros-de-michael-crichton/
Pero la vida de Crichton no se trataba solo de dinosaurios. En “La cepa de Andrómeda” (El enigma de Andrómeda) – publicado en 1969 – el autor demuestra tener un profundo conocimiento de los conceptos científicos (sumados a sus conocimientos médicos – debido a su formación), imaginando los detalles de una misteriosa enfermedad que surge en la pequeña localidad de Pidmont (California) tras la caída de un satélite que fue diseñado para identificar posibles formas de vida extraterrestre en el espacio. Al llegar a Piamonte, un grupo de cuatro científicos de renombre encuentra sólo dos supervivientes: un adicto anciano y un bebé en perfecto estado. Ante el misterio que rodea a esta implacable y misteriosa enfermedad, el gobierno de Estados Unidos inicia el protocolo ultrasecreto “Wildfire”, creado hace mucho tiempo para tratar amenazas biológicas desconocidas. Por lo tanto, los científicos son enviados a un laboratorio subterráneo secreto equipado con un dispositivo de autodestrucción atómica que puede activarse en caso de contaminación. Utilizando lo último en tecnología, los científicos analizan muestras y pacientes para comprender la enfermedad y prevenir una posible catástrofe biológica global. Sin embargo, el Andromeda Enigma se muestra más allá de toda ciencia, lo que requerirá de los científicos una gran capacidad intelectual y, principalmente, mucha inteligencia emocional.
Con todo el bagaje recibido para la escritura de sus 12 libros de ficción, Crichton decidió actuar en otra área: escribir y dirigir cine. Y una de las grandes obras de Michael Crichton, que nos dejó en noviembre de 2008, fue una película de ciencia ficción estrenada en 1973, escrita y dirigida por él. “Westworld”.
La película está ambientada en un parque temático distópico y futurista llamado “Delos”. Dirigida a adultos, “Delos” expone tres “mundos” temáticos: el mundo occidental (que representa la frontera de los Estados Unidos en 1880), el mundo medieval (que reconstruye la Europa del siglo XIII) y el mundo romano (que representa la antigua ciudad romana Pompeya). Cada uno de estos “mundos” está habitado por androides prácticamente indistinguibles de los humanos, programados para hacer entornos más naturales y realistas. En el parque, la gente puede hacer lo que quiera, incluso matar y tener relaciones sexuales con androides. La película comienza con “Delos” a través de un reportero, Ed Ramsey, que entrevista a personas que acaban de salir del parque y que parecen estar muy satisfechas. “Westworld” permite discusiones sobre ética, moralidad, teología y varios temas importantes. En este patio de recreo retrofuturista, el cliente vive un día predefinido como si fuera 1880. Pagando caro es posible pasar tiempo entre tabernas, burdeles, cabalgatas y tiroteos, disfrutando del alcohol, el sexo y la muerte. Las armas y las mujeres están disponibles para los duelos entre hombres y androides, que, creados a su imagen y semejanza, despiertan amor, odio y duda entre los humanos. Perfecto en su representación antropomórfica, capaz de hablar, respirar y sangrar, los robots generan sospechas sobre la verdadera naturaleza de quien se encuentra dentro del parque. “¿Cómo sé si maté a un humano?”, Pregunta un personaje. “Importa poco”, responde otro.
Pero una falla del sistema que compromete el sistema Android inicia un contraataque sangriento, poniendo en riesgo la vida de los visitantes: un virus informático ataca todo el sistema. Crichton señala que, en la búsqueda de la máxima satisfacción en un entorno donde todo está permitido, el comportamiento de los hombres revela el grado de inhumanidad que puede haber en cada uno. Al mismo tiempo, el parque imaginado por el cineasta describe cuánto los autómatas programados por humanos tienden a parecerse a nuestra especie no solo en apariencia, sino en conducta, estilo de vida y predisposición a la violencia.
El guión se ofreció a todos los grandes estudios. Todos rechazaron el proyecto, excepto Metro-Goldwyn-Mayer. La película terminó teniendo éxito y generó una continuación “Futureworld”, en 1976, y una serie de televisión, “Beyond Westworld”, en 1980 (ninguno de estos emprendimientos contó con la participación de Crich tonelada y no obtuvo un buen resultado). La película fue protagonizada por el ruso (estadounidense naturalizado) Yul Brynner, una bestia en los años 50 y 70.
Y este trabajo fue “revivido” en octubre de 2016, cuando se estrenó la serie homónima (HBO) adaptada de la película de Michael Crichton y su continuación “Futureworld”. Desarrollado por Jonathan Nolan y Lisa Joy, los productores ejecutivos fueron Jonathan Nolan, Lisa Joy, Bryan Burk, Jerry Weintraub y J. J. Abrams. “Westworld” tiene una lista de actores de primer nivel, incluidos Anthony Hopkins y Evan Rachel Wood. La serie continúa con éxito y ya ha sido renovada por cuarta temporada.
La serie cyber punk se desarrolla en un futuro distópico, donde los parques temáticos son construidos por la empresa “Delos” y sus robots programados para satisfacer a los clientes y nunca disgustarlos.
Nota: Al igual que en la película, la serie se desarrolla en el escenario del Viejo Oeste y a partir de ahí el universo de los cines se expande mucho más.
Todo es posible en este parque: el individuo busca la aventura; sexo; violencia, salvaguardando que en ese espacio puedan hacer lo que quieran con los robots, incluso violando las leyes. La frase básica que se repite en la serie refuerza estos conceptos: “Estos placeres violentos tienen fines violentos”. Sirve para dar una pista sobre las consecuencias futuras. La frase es de Shakespeare en Romeo y Julieta, todavía puede significar el peligro de que las máquinas y los humanos se unan, así como en el amor prohibido del clásico.
La serie se encamina hacia una revolución de las máquinas y, como siempre, este tema incide en varios conceptos morales. Sin duda, nos hace cuestionar nuestras acciones, representatividad simbólica y percepción del entorno en el que vivimos.
Obs .: En el “elenco” de la serie encontramos al brasileño Rodrigo Santoro, quien afronta una producción de valor tras el fracaso de Ben-Hur. Al interpretar la inteligencia artificial en el papel de un forajido llamado Héctor Sacaton, se le considera uno de los bandidos más buscados de Westworld y sigue la teoría de que el oeste es un lugar salvaje, donde la única forma de sobrevivir es como depredador. .
La serie nos lleva del salvaje oeste a un futuro lejano y se gana la etiqueta de violento y astuto, reforzando la lucha entre las máquinas y la humanidad. Bueno, para evitar spoilers, termino aquí. Y de esta forma cerramos el post con una frase creada por el genial Michael Crichton, extraída de “El parque de los dinosaurios”:
“Vivimos en un mundo aterrador, con las cosas listas. Se decide que la gente debe comportarse de esa manera. Se decide que debe preocuparse por tales y tales asuntos. Nadie más piensa en las cosas que llegan listas. ¿No es asombroso? En la sociedad de la información nadie más piensa. Esperábamos terminar el papel, pero de hecho terminamos el pensamiento “.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación..
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Mais gênios da LitFan ao longo dos séculos, post II.
Olá, para todxs meus amigxs! Bem pertinho do sexto aniversário do blog, o PHANTASTICUS continua a homenagear algumas das principais mentes das últimas décadas (e séculos). Importante sempre ressaltar as características da literatura fantástica: A LitFan traz elementos que contrariam a noção de realidade, mas por vezes a vida imita a fantasia – ou se inspira. No post de hoje, trazemos duas feras da LitFan.
Vamos começar com o britânico Herbert George Wells, mais conhecido como H. G. Wells.
Wells é frequentemente referido como o “pai da ficção científica” ao lado de Júlio Verne. Ele escreveu em muitos gêneros e, como muitos outros grandes autores, foi um crítico social e escreveu sobre política. Futurista renomado e “visionário”, Wells previu o advento de aeronaves, tanques, viagens espaciais, armas nucleares, televisão por satélite e algo parecido com a World Wide Web (nossa tão conhecida “internet’).
Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Começavam em geral com o mundo a caminhar inexoravelmente em direção de uma catástrofe, até que as pessoas se apercebiam da existência de uma maneira melhor para viver: ou através dos gases misteriosos de um cometa, que fariam com que as pessoas começassem subitamente a comportar-se racionalmente “In the Days of the Comet” (Os Dias do Cometa) (1906), ou pela tomada do poder por um conselho mundial de cientistas, como em “The Shape of Things to Come” (A forma das Coisas por vir ) (1933) – livro que o próprio Wells adaptou mais tarde para o filme de Alexander Korda – “Things to Come” (1936). Neste livro, Wells descrevia os eventos no período de 1933 até o ano de 2106, com demasiada exatidão, inclusive a guerra que estava a chegar, com cidades a serem destruídas por bombardeamentos aéreos.
Nota: A ficção científica contida em “Things To Come” previu várias inovações tecnológicas que eram impossíveis de serem construídas em 1936.
Helicóptero: as cenas finais mostram pela primeira vez o uso do helicóptero para transporte civil, embora ainda estivesse em estudos na época.
TV HD: há uma cena na qual um avô liga um aparelho de TV HD de tela plana e assiste com sua netinha um documentário sobre a era anterior a Everytown.
Tela de LCD: há um aparelho de comunicação na mesa de Oswald que é filmado por trás, mostrando ser de tela plana do tipo LCD. Noutra cena, aparece um casal assistindo por uma tela plana de LCD o discurso do líder dissidente.
Projeção holográfica: uma das imagens mostra uma projeção holográfica do líder dissidente, enquanto ele incita a multidão a destruir a nave espacial.
Celular de pulso: outra cena mostra Oswald conversando com outro cidadão usando um celular de pulso.
Temos um post do PHANTASTICUS que traz Wells como o grande visionário, vale a pena rever: jotacortizo.wordpress.com/2019/06/29/o-visionario-da-literatura-fantastica-para-a-vida-real/
Bem, seguindo, seu primeiro romance foi “The Time Machine” (A Máquina do Tempo) (1895), um conto de ficção científica sobre um inventor que vive na Inglaterra, que atravessa primeiro milhares de anos e depois milhões no futuro, antes de trazer de volta o conhecimento da grave degeneração da raça humana e do planeta. Mais de um século depois de serem escritos, os livros de HG Wells ainda são recentes e fortes o suficiente para serem transformados em filmes de Hollywood. Wells definiu o padrão para todos os outros escritores e lançou as bases para garantir que a ficção científica estaria muito viva e bem no século XX e muito além.
Uma das maiores contribuições de Wells para o gênero de ficção científica foi sua abordagem, que ele chamou de seu “novo sistema de ideias”. O autor deve sempre se empenhar em tornar a história o mais crível possível, mesmo que tanto o escritor quanto o leitor soubessem que certos elementos são impossíveis, permitindo ao leitor aceitar as ideias como algo que realmente poderia acontecer, hoje referido como “o plausível impossível” e “suspensão da descrença”. Embora nem a invisibilidade nem a viagem no tempo fossem novidades na ficção especulativa, Wells acrescentou um senso de realismo aos conceitos com os quais os leitores não estavam familiarizados. Ele concebeu a ideia de usar um veículo que permite a um operador viajar propositalmente e seletivamente para a frente ou para trás no tempo. O termo “máquina do tempo”, cunhado por Wells, é agora quase universalmente usado para se referir a tal veículo. Ele explicou que, ao escrever “The Time Machine”, percebeu que “quanto mais impossível a história que eu tinha para contar, mais comum deve ser o cenário, e as circunstâncias em que agora coloco o Viajante do Tempo eram tudo o que eu poderia imaginar de sólido confortos da classe alta. “Na” Lei de Wells “, uma história de ficção científica deveria conter apenas uma única suposição extraordinária. Portanto, como justificativa para o impossível, ele empregou ideias e teorias científicas. A declaração mais conhecida de Wells sobre a “lei” aparece em sua introdução a uma coleção de suas obras publicada em 1934: Assim que o truque de mágica for feito, todo o trabalho do escritor de fantasia é manter tudo o mais humano e real. Toques de detalhes prosaicos são imperativos e uma aderência rigorosa à hipótese. Qualquer fantasia extra fora da suposição cardinal imediatamente dá um toque de tolice irresponsável à invenção.
Antes de começarmos o século XX, Wells escreveu: “The Time Machine” (A Máquina do Tempo) publicado em 1895; “The Island of Dr. Moreau” (A Ilha do Dr. Moreau) publicado em 1896; “The Invisible Man” (O Homem Invisível) publicado em 1897 e “The War of the Worlds” (A Guerra dos Mundos) publicado em 1898. Quatro grande livros que marcaram toda a LitFan e o subgênero Ficção Científica.
Bem, teríamos material suficiente para escrever por muitos dias. Mas …. Vamos trazer o segundo nome do post de hoje. E é o genial o irlandês Clive Staples Lewis, comumente referido como C. S. Lewis. A grande obra de Lewis foi “The Chronicles of Narnia” (As Crônicas de Nárnia), escrita entre 1949 e 1954, adaptadas diversas vezes, inteiramente ou parcialmente, para a rádio, televisão, teatro e cinema. Além dos tradicionais temas cristãos, a série usa elementos da mitologia grega e nórdica, bem como os tradicionais contos de fadas e atingiu sucesso mundial.
As Crônicas de Nárnia apresentam, geralmente, as aventuras de crianças que desempenham um papel central e descobrem o ficcional Reino de Nárnia, um lugar onde a magia é corriqueira, os animais falam, e ocorrem batalhas entre o bem e o mal. Em todos os livros (com exceção de “O Cavalo e seu Menino”) os personagens principais são crianças de nosso mundo, que são magicamente transportadas para Nárnia a fim de serem ajudadas e instruídas pelo Grande Leão conhecido como Aslam.
Em diversas ocasiões nos romances da série, Lewis transformou alguns fatos e acontecimentos históricos mundiais em ficção; geralmente o autor usava esses exemplos como crítica ao comportamento da humanidade e aos atos praticados pelo homem. No romance O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, Jadis, a Feiticeira Branca (representada como uma ímpia, tirana, corrupta e falsa-rainha), alega ser “a governanta serva do Imperador de Além Mar”, já que supostamente foi enviada por tal. O Imperador de Além Mar é uma divindade no mundo de Nárnia; um deus. Muitos fãs, leitores e críticos acreditam que Lewis esteja lembrando sobre acontecimentos ocorridos durante a Idade Média na Europa, onde Reis e Rainhas alegavam ser enviados de Deus para possuírem “poderes” sobre o reino, episódio conhecido como Absolutismo. Na Irlanda Medieval, havia uma tradição na qual os ‘Grandes Reis’ governavam sobre os reis, rainhas ou príncipes “menores”, assim como o Reinado dos Pevensie. Em um certo capítulo no livro O Sobrinho do Mago, novamente a personagem Jadis destrói o seu mundo natural, conhecido como Charn, através de uma magia conhecida como Palavra Execrável. Muitos leitores acreditam que ao escrever isso, Lewis teria criticado a manipulação e o uso de armas nucleares, pois o livro foi concluído no período da Guerra Fria.
Nota: A origem do nome “Nárnia” é incerta, uma vez que nem o próprio C. S. Lewis, em vida, deu informações sobre a fonte de inspiração que o levou a criar tal nome. Segundo o livro Pul Ford’s Companion to Narnia, o nome do país ficcional não é uma alusão à antiga cidade de Narni, localizada onde hoje está a Itália, que foi conquistada em 299 a.C. pelo Império Romano e renomeada como ‘Narnia’ pelos romanos. Contudo, Lewis havia estudado clássicos em Oxford, onde possivelmente encontrou algumas referências sobre a cidadela de Narni na literatura latina. Existe também a possibilidade de que Lewis pudesse ter usado como referência para criação do nome “Nárnia” o texto alemão datado de 1501, Lucy von Narnia (“Lúcia de Nárnia”, em tradução literal para o português), escrito por Ercole d’Este. É muito provável que Lewis tivesse tido acesso a esse texto no original durante seus estudos sobre literatura medieval e renascentista. Tal explicação também pode mostrar de onde o autor retirou a inspiração para batizar uma das principais personagens da série, a doce Lúcia Pevensie (no original “Lucy Pevensie”), que tem papel fundamental no primeiro volume de As Crônicas de Nárnia, tal qual a personagem homônima do texto alemão. Entretanto, mesmo assim, é mais provável que Lewis tenha batizado a personagem como “Lucy” com a finalidade de homenagear sua sobrinha, Lucy Barfield (1934-2003), a quem o autor dedica O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa e que seria, inclusive, a personificação real da personagem.
Outra provável origem, talvez, possa ser uma palavra da língua fictícia sindarin, desenvolvida pelo professor e filólogo J. R. R. Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis e amigo íntimo de Lewis, onde a palavra “Narn-îa” significaria algo semelhante à “profundeza dos contos”. Esse teoria é amparada não só pelo fato da forte amizade de Lewis e Tolkien, e por conseguinte, no fato da probabilidade de que o primeiro tivesse livre acesso aos manuscritos desse último. Inevitavelmente, também, pelo fato de que Lewis foi uma das principais pessoas (se não a principal) a ajudar Tolkien na criação de seu universo fantástico, lendo manuscritos originais e dando sua opinião sobre a história e o desenvolvimento de sua mitologia, incluindo a língua. Então, é bem provável que, ao longo desse processo, Lewis tivesse lido tal termo — e com a concessão ou não de Tolkien — e o usado como base para a criação do nome do reino fantástico de suas histórias, que, por sinal, foram escritas posteriormente às de O Senhor dos Anéis.
Quer relembrar a relação entre Tolkien e Lewis, leia o post: jotacortizo.wordpress.com/2015/01/02/c-s-lewis-e-j-r-r-tolkien-as-cronicas-da-terra-media-ou-o-senhor-de-narnia/
Lewis e Tolkien foram grandes amigos durante décadas; contudo, seu relacionamento com Joy Davidman (foi uma poeta e escritora americana) o fez se afastar aos poucos de Tolkien. Tolkien relata em uma de suas cartas que só descobriu que seu amigo Lewis havia se casado, com a escritora, um ano depois do ocorrido. Por fim, quando Lewis morre em 1963, aos 64 anos, quase dez anos antes da morte do próprio Tolkien, ele relata como era a amizade dos dois. Essa amizade foi explorada no livro “O Dom da Amizade: Tolkien e C. S. Lewis”. De fato, Lewis contribuiu para a existência de O Senhor dos Anéis, sendo um dos primeiros a ler O Hobbit; Tolkien jamais deixou de admirar a grande inteligência e criatividade de Lewis, e vice-versa.
Nota: Um dado de extrema importância sobre a vida e a relação de Lewis e Tolkien é sua participação na Primeira Guerra Mundial. Ambos foram para o front de batalha quando a guerra já estava em processo avançado no ano de 1916. Uma coincidência é que ambos estiveram presentes lutaram na Batalha de Somme (considerada uma das batalhas mais sangrentas da Primeira Grande Guerra). As impressões dessa batalha povoaram a imaginação dos escritores por muitos anos e influenciaram fortemente os escritos futuros.
Bem, gostaria de passar o dia inteiro escrevendo, mas não será possível. O PHANTASTICUS se despede do post de hoje com uma frase de HG Wells.
“Se você caiu ontem, fique de pé hoje.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam os livros. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Más genios de LitFan a lo largo de los siglos, post II.
¡Hola a todos mis amigos! Muy cerca del sexto aniversario del blog, PHANTASTICUS continúa honrando a algunas de las mentes principales de las últimas décadas (y siglos). Siempre es importante enfatizar las características de la literatura fantástica: LitFan trae elementos que contradicen la noción de realidad, pero a veces la vida imita la fantasía, o está inspirada. En la publicación de hoy, traemos dos bestias de LitFan.
Empecemos por el británico Herbert George Wells, más conocido como H. G. Wells.
Wells a menudo se conoce como el “padre de la ciencia ficción” junto con Jules Verne. Escribió en muchos géneros y, como muchos otros grandes autores, fue crítico social y escribió sobre política. Futurista de renombre y “visionario”, Wells predijo la llegada de aviones, tanques, viajes espaciales, armas nucleares, televisión por satélite y algo así como la World Wide Web (nuestra llamada “Internet”).
Al principio de su carrera, Wells sintió que debía haber una mejor manera de organizar la sociedad y escribió algunas novelas utópicas. Por lo general, comenzaron con el mundo a caminar inexorablemente hacia la catástrofe, hasta que la gente se dio cuenta de que había una forma mejor de vivir: o a través de los misteriosos gases de un cometa, que harían que la gente comenzara a comportarse de repente. ya sea racionalmente “En los días del cometa” (1906), o por la toma del poder por un consejo mundial de científicos, como en “La forma de las cosas por venir” (La forma de las cosas por venir) (1933) – libro que luego el propio Wells adaptó para la película de Alexander Korda – “Cosas por venir” (1936). En este libro, Wells describió los eventos de 1933 a 2106 con demasiada precisión, incluida la guerra que se avecinaba, con ciudades destruidas por bombardeos aéreos.
Nota: La ciencia ficción contenida en “Cosas por venir” predijo varias innovaciones tecnológicas que eran imposibles de construir en 1936.
Helicóptero: las escenas finales muestran por primera vez el uso del helicóptero para el transporte civil, aunque todavía estaba en estudio en ese momento.
HD TV: hay una escena en la que un abuelo enciende un televisor HD de pantalla plana y mira con su nieta un documental sobre la época anterior a Everytown.
Pantalla LCD: hay un dispositivo de comunicación en la mesa de Oswald que está filmado desde atrás, mostrando que es del tipo LCD de pantalla plana. En otra escena, una pareja aparece viendo el discurso del líder disidente en una pantalla plana LCD.
Proyección holográfica: una de las imágenes muestra una proyección holográfica del líder disidente, mientras incita a la multitud a destruir la nave espacial.
Teléfono celular de muñeca: otra escena muestra a Oswald hablando con otro ciudadano usando un teléfono celular de muñeca.
Tenemos un post de PHANTASTICUS que trae a Wells como el gran visionario, digno de revisar: jotacortizo.wordpress.com/2019/06/29/o-visionario-da-literatura-fantastica-para-a-vida-real/
Bueno, a continuación, su primera novela fue “La máquina del tiempo” (1895), un cuento de ciencia ficción sobre un inventor que vive en Inglaterra, que abarca miles de años y luego millones en el futuro, antes traer de vuelta el conocimiento de la grave degeneración de la raza humana y el planeta. Más de un siglo después de haber sido escritos, los libros de HG Wells aún son recientes y lo suficientemente fuertes como para convertirse en películas de Hollywood. Wells estableció el estándar para todos los demás escritores y sentó las bases para garantizar que la ciencia ficción estaría muy viva y bien en el siglo XX y más allá.
Una de las mayores contribuciones de Wells al género de la ciencia ficción fue su enfoque, al que llamó su “nuevo sistema de ideas”. El autor siempre debe esforzarse por hacer que la historia sea lo más creíble posible, incluso si tanto el escritor como el lector sabían que ciertos elementos son imposibles, permitiendo que el lector acepte las ideas como algo que realmente podría suceder, hoy referido como “lo imposible plausible Y “suspensión de la incredulidad”. Aunque ni la invisibilidad ni los viajes en el tiempo eran nuevos en la ficción especulativa, Wells añadió un sentido de realismo a conceptos con los que los lectores no estaban familiarizados. Se le ocurrió la idea de utilizar un vehículo que le permita al operador viajar con determinación y selectivamente hacia adelante o hacia atrás en el tiempo. El término “máquina del tiempo”, acuñado por Wells, se utiliza ahora casi universalmente para referirse a un vehículo de este tipo. Explicó que, al escribir “La máquina del tiempo”, se dio cuenta de que “cuanto más imposible era la historia que tenía que contar, más común debía ser el escenario, y las circunstancias en las que ahora coloco al Viajero del tiempo eran todo lo que podía imagina las sólidas comodidades de la clase alta “. En la” Ley de Wells “, una historia de ciencia ficción debería contener sólo una suposición extraordinaria. Por tanto, como justificación de lo imposible, empleó ideas y t historias científicas. La declaración más conocida de Wells sobre la “ley” aparece en la introducción a una colección de sus obras publicada en 1934: Una vez que se realiza el truco de magia, todo el trabajo del escritor de fantasía es mantener todo más humano y real. Los toques de detalles prosaicos son imperativos y un estricto apego a la hipótesis. Cualquier fantasía adicional fuera de la suposición cardinal agrega inmediatamente un toque de tontería irresponsable a la invención.
Antes de que comenzara el siglo XX, Wells escribió: “La máquina del tiempo” publicada en 1895; “La isla del Dr. Moreau” (La isla del Dr. Moreau) publicado en 1896; “El hombre invisible” publicado en 1897 y “La guerra de los mundos” publicado en 1898. Cuatro grandes libros que marcaron todo el subgénero LitFan y la ciencia ficción.
Bueno, tendríamos suficiente material para escribir durante muchos días. Pero …. Traemos el segundo nombre del post de hoy. Y el brillante irlandés es Clive Staples Lewis, comúnmente conocido como C. S. Lewis. La gran obra de Lewis fue “Las Crónicas de Narnia”, escrita entre 1949 y 1954, adaptada varias veces, total o parcialmente, para radio, televisión, teatro y cine. Además de los temas cristianos tradicionales, la serie utiliza elementos de la mitología griega y nórdica, así como cuentos de hadas tradicionales y ha logrado un éxito mundial.
Las Crónicas de Narnia suelen presentar las aventuras de los niños que juegan un papel central y descubren el Reino ficticio de Narnia, un lugar donde la magia es un lugar común, los animales hablan y ocurren batallas entre el bien y el mal. En todos los libros (con la excepción de “El caballo y su niño”) los personajes principales son niños de nuestro mundo, quienes son transportados mágicamente a Narnia para ser ayudados e instruidos por el Gran León conocido como Aslam.
En varias ocasiones en las novelas de la serie, Lewis convirtió algunos hechos y eventos históricos mundiales en ficción; En general, el autor utilizó estos ejemplos como crítica del comportamiento de la humanidad y de los actos practicados por el hombre. En la novela El león, la bruja y el armario, Jadis, la Bruja Blanca (representada como una reina impía, tirana, corrupta y falsa), afirma ser “la institutriz sirviente del Emperador del Más Allá del Mar”, ya que supuestamente era enviado por tales. El Emperador de Ultramar es una deidad en el mundo de Narnia; un Dios. Muchos fanáticos, lectores y críticos creen que Lewis está recordando eventos que tuvieron lugar durante la Edad Media en Europa, donde reyes y reinas afirmaron haber sido enviados por Dios para poseer “poderes” sobre el reino, un episodio conocido como absolutismo. En la Irlanda medieval, existía una tradición en la que los “grandes reyes” gobernaban sobre reyes, reinas o príncipes “menores”, así como sobre el reino de Pevensie. En cierto capítulo del libro The Wizard’s Nephew, nuevamente el personaje Jadis destruye su mundo natural, conocido como Charn, a través de una magia conocida como Crushing Word. Muchos lectores creen que al escribir esto, Lewis habría criticado la manipulación y el uso de armas nucleares, ya que el libro se completó en el período de la Guerra Fría.
Nota: El origen del nombre “Narnia” es incierto, ya que ni el propio C. S. Lewis, en vida, dio información sobre la fuente de inspiración que lo llevó a crear tal nombre. Según Companion to Narnia de Pul Ford, el nombre del país ficticio no es una alusión a la antigua ciudad de Narni, ubicada donde hoy se encuentra Italia, que fue conquistada en 299 a. C. por el Imperio Romano y rebautizada como ‘Narnia’ por los romanos. Sin embargo, Lewis había estudiado clásicos en Oxford, donde posiblemente encontró algunas referencias a la ciudadela de Narni en la literatura latina. También existe la posibilidad de que Lewis pudiera haber usado el texto alemán de 1501, Lucy von Narnia (“Lucia de Narnia”, en traducción literal al portugués) como referencia para la creación del nombre “Narnia”, escrito por Ercole d’Este. . Es muy probable que Lewis tuviera acceso a este texto en el original durante sus estudios de literatura medieval y renacentista. Tal explicación también puede mostrar de dónde se inspiró el autor para nombrar a uno de los personajes principales de la serie, la dulce Lúcia Pevensie (en el original “Lucy Pevensie”), quien juega un papel fundamental en el primer volumen de Las Crónicas de Narnia, al igual que el carácter homónimo del texto alemán. Sin embargo, aun así, es más probable que Lewis haya nombrado al personaje “Lucy” para honrar a su sobrina, Lucy Barfield (1934-2003), a quien el autor dedica El león, la bruja y el armario y que incluso sería la personificación real del personaje.
Otro origen probable, quizás, podría ser una palabra del lenguaje ficticio sindarin, desarrollado por el profesor y filólogo JRR Tolkien, autor de El señor de los anillos y amigo cercano de Lewis, donde la palabra “Narn-îa” significaría algo similar a la “profundidad de Cuentos”. Este contenido ia está respaldada no solo por el hecho de la fuerte amistad de Lewis y Tolkien, y por lo tanto por el hecho de que el primero tenía libre acceso a los manuscritos del segundo. Inevitablemente, también, porque Lewis fue una de las personas principales (si no la principal) para ayudar a Tolkien a crear su universo fantástico, leyendo manuscritos originales y dando su opinión sobre la historia y el desarrollo de su mitología, incluido el idioma. . Entonces, es muy probable que, a lo largo de este proceso, Lewis haya leído ese término, y con la concesión de Tolkien o no, y lo haya usado como base para crear el nombre del reino fantástico de sus historias, que, por cierto, fueron escrito después de los de El señor de los anillos.
Quieres recordar la relación entre Tolkien y Lewis, lee el post: jotacortizo.wordpress.com/2015/01/02/cs-lewis-ejrr-tolkien-as-cronicas-da-terra-media-ou-o-senhor-de -narnia /
Lewis y Tolkien han sido amigos cercanos durante décadas; sin embargo, su relación con Joy Davidman (era un poeta y escritor estadounidense) lo alejó lentamente de Tolkien. Tolkien informa en una de sus cartas que solo descubrió que su amigo Lewis se había casado con el escritor un año después del evento. Finalmente, cuando Lewis muere en 1963, a la edad de 64 años, casi diez años antes de la propia muerte de Tolkien, relata cómo fue su amistad. Esta amistad se exploró en el libro “El regalo de la amistad: Tolkien y C. S. Lewis”. De hecho, Lewis contribuyó a la existencia de El señor de los anillos, siendo uno de los primeros en leer El Hobbit; Tolkien nunca dejó de admirar la gran inteligencia y creatividad de Lewis, y viceversa.
Nota: Un hecho extremadamente importante sobre la vida y la relación de Lewis y Tolkien es su participación en la Primera Guerra Mundial. Ambos fueron al frente de batalla cuando la guerra estaba en marcha en 1916. Una coincidencia es que ambos estuvieron presentes y lucharon en la Batalla de Somme (considerada una de las batallas más sangrientas de la Primera Guerra Mundial). Las impresiones de esta batalla llenaron la imaginación de los escritores durante muchos años e influyeron fuertemente en los escritos futuros.
Bueno, me gustaría pasarme todo el día escribiendo, pero no será posible. PHANTASTICUS se despide de la publicación de hoy con una cita de HG Wells.
“Si te caíste ayer, ponte de pie hoy”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea los libros. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Olá para todxs meus queridxs amigxs. Nesta semana, me preparava para o post. Tinha (e trarei) em pauta trazer uma obra da genial Octavia E. Butler. Mas sofremos uma grande perda.
Nesta semana, para ser exato na última sexta-feira (28/08/2020), perdemos Chadwick Aaron Boseman. Ator, diretor e roteirista americano. Reconhecido por seus retratos de figuras históricas da vida real, como Jackie Robinson em “42” (2013), James Brown em “Get on Up – A História de James Brown” (2014) e Thurgood Marshall em “Marshall” (2017). Mas o grande personagem de Boseman efetivamente foi do Rei T’Challa, senhor de Wakanda. Personagem, criada por Stan Lee, conta com seu intelecto genial, treinamento físico rigoroso, habilidade em artes marciais, acesso a tecnologias avançadas e riqueza para combater seus inimigos. Boseman deu vida a T’Challa com muito brilhantismo.
Deu vida e relevância mundial ao grande rei. Boseman, aos 43 anos, após uma grande batalha de quatro anos contra o câncer. Uma luta heroica e silenciosa. Boa parte desta luta ocorreu junto com as filmagens de 9 produções. Sendo que a principal o filme solo do “Black Panther”. Rest in Power great king.
Mas a vida tem de seguir. E como o próprio Rei T’Challa falava “Na minha cultura, a morte não é o fim. É mais um ponto de partida”.
Vamos voltar a Octavia E. Butler. A autora é conhecida como uma das maiores escritoras norte-americanas de ficção-científica da atualidade. Ao longo de sua carreira, foi laureada com o MacArthur Fellowship, Hugo, Nebula e Locus Awards, além de ser indicada mais de 20 vezes à prêmios.
Já falamos sobre Octavia em nosso post de 08 de setembro de 2018. Se quiser reler, segue o link:
Perdemos a genialidade de Octavia muito cedo. Em 24 de fevereiro de 2006, com apenas 58 anos. Ficou conhecida como a “Grande Dama da Ficção Científica”.
Hoje, trazemos seu livro “Parable of the Sower” (A Parábola do Semeador) publicado em 1993. O livro é mais do que ficção, é um alerta do que pode se tornar o nosso futuro. O livro é o primeiro da duologia “Semente da Terra”. E conta uma história que se passa entre 2025 e 2027, mais próximo dos leitores atuais do que da própria autora na época de sua escrita. Esse fato adiciona uma camada extra de ansiedade à leitura, pois a obra imagina um futuro nefasto que estamos cada vez mais próximos de alcançar.
A narrativa é em primeira pessoa, seguindo um formato de diário, sendo que de imediato somos apresentados à sua protagonista: a jovem Lauren Olamina, moradora de um bairro murado em Robledo, Califórnia. Através de seus escritos, aos poucos vamos entendendo que Lauren nunca chegou a conhecer nada diferente do mundo em que vive: um lugar perigoso, que crises econômicas e ambientais levaram ao caos social. Não há emprego, não há bem-estar social, não há segurança. Há apenas pessoas desesperadas tentando sobreviver com o que restou e políticos corruptos ceifando cada vez mais direitos em prol da segurança e do enriquecimento de poucos. Em época de governos que dizem proteger e o que mais fazem é subtrair, as semelhanças são assustadoras e não soam nada como meras coincidências.
No começo do livro, no entanto, a família de Lauren ainda tem certa estabilidade. O bairro em que moram é completamente murado e cercado com arames, alarmes e cacos de vidro para manter longe os invasores, e a comunidade dentro dele se ajuda e se mantém protegida das catástrofes do lado de fora. Lauren sabe, entretanto, que essa situação não vai se manter, e começa a se preparar para o pior. Além disso, apesar de ser filha de um pastor batista, logo descobrimos que ela não adere totalmente à religião do pai (pelo menos não abertamente) e que tem suas próprias ideias e pensamentos sobre Deus. Quando suas previsões em relação ao bairro se concretizam e ela é obrigada a sair em fuga por estradas e cidades devastadas em busca de liberdade e segurança, sua nova fé – que ela chama de Semente da Terra – toma protagonismo em sua vida e ela assume a missão de semeá-la ao longo de seu caminho.
Assim, se torna clara a referência do título do livro. “A Parábola do Semeador” é uma parábola famosa da Bíblia, que funciona como uma metáfora para a palavra que Jesus pregava. Nesse livro (o primeiro), vemos Lauren começando a espalhar a nova mensagem entre as pessoas próximas e a busca de que estas “sementes” cresçam e floresçam.
A experiência de leitura dos livros de Octavia é única. Vai desde a construção das personagens até o cenário apresentado (um paralelo com a realidade … atual). A revista New Yorker disse certa vez (muito acertadamente) que a duologia de Octavia era a distopia mais aplicável aos nossos tempos. A autora começou a escrever estas linhas por volta do final dos anos 80, observando o cenário mundial com olhos afiados. Buscou entender como o mercado de armas, as grande indústrias farmacêuticas e o capitalismo levado ao extremo iriam influenciar os anos vindouros (que estamos vivendo agora).
Poderia concluir da seguinte forma: Não é obrigação do escritor de ficção prever o futuro. Pelo contrário. O dever do escritor é mentir (abusadamente). Mas, em certos momentos a mentira parece chegar antes da verdade.
Bem, chegamos ao fim do post. Me despeço hoje com a frase do Rei T’Challa no filme da Marvel: “Agora, mais do que nunca, as ilusões da segregação ameaçam a nossa existência. Todos nós sabemos a verdade. Mais coisas nos conectam do que nos separam. Mas em tempos de crise, os sábios constroem pontes enquanto os tolos constroem barreiras”,
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Pérdidas. Muchas pérdidas. Ahora perdemos nuestro pantera negra.
Hola a todos mis queridos amigos. Esta semana, me estaba preparando para el puesto. Tenía (y traeré) una agenda para traer una obra de la brillante Octavia E. Butler. Pero hemos sufrido una gran pérdida.
Esta semana, para ser exactos el viernes pasado (28/08/2020), perdimos a Chadwick Aaron Boseman. Actor, director y guionista estadounidense. Reconocido por sus retratos de personajes históricos de la vida real, como Jackie Robinson en “42” (2013), James Brown en “Get on Up – The Story of James Brown” (2014) y Thurgood Marshall en “Marshall” (2017). Pero el gran personaje de Boseman era en realidad el rey T’Challa, señor de Wakanda. El personaje, creado por Stan Lee, tiene su intelecto brillante, entrenamiento físico riguroso, habilidades en artes marciales, acceso a tecnologías avanzadas y riqueza para luchar contra sus enemigos. Boseman le dio vida a T’Challa con gran brillantez. Le dio vida y relevancia mundial al gran rey. Boseman, de 43 años, después de una importante batalla de cuatro años contra el cáncer. Una lucha heroica y silenciosa. Gran parte de esta lucha tuvo lugar junto con el rodaje de 9 producciones. La principal es la película en solitario de “Black Panther”. Descansa en poder gran rey.
Pero la vida tiene que irse. Y como decía el propio rey T’Challa: “En mi cultura, la muerte no es el final. Es otro punto de partida”.
Volvemos a Octavia E. Butler. El autor es conocido como uno de los más grandes escritores de ciencia ficción estadounidenses en la actualidad. A lo largo de su carrera, ha sido galardonada con los premios MacArthur Fellowship, Hugo, Nebula y Locus, además de estar nominada más de 20 veces a premios.
Ya hablamos de Octavia en nuestro post del 8 de septiembre de 2018. Si quieres volver a leer, sigue el enlace:
Perdimos el genio de Octavia demasiado pronto. El 24 de febrero de 2006, con tan solo 58 años. Se la conoció como la “Gran Dama de la Ciencia Ficción”.
Hoy os traemos su libro “Parábola del Sembrador” (Parábola del Sembrador) publicado en 1993. El libro es más que ficción, es una alerta de lo que puede convertirse en nuestro futuro. El libro es el primero de la duología “Semilla de la Tierra”. Y cuenta una historia que tiene lugar entre 2025 y 2027, más cerca de los lectores actuales que de la propia autora en el momento de escribir. Este hecho agrega una capa extra de ansiedad a la lectura, ya que la obra imagina un futuro nefasto que cada vez estamos más cerca de lograr.
La narración es en primera persona, siguiendo un formato de diario, y de inmediato se nos presenta a su protagonista: la joven Lauren Olamina, que vive en un barrio amurallado de Robledo, California. A través de sus escritos, poco a poco entendemos que Lauren nunca llegó a conocer nada diferente del mundo en el que vive: un lugar peligroso, que las crisis económicas y ambientales llevaron al caos social. No hay trabajo, ni asistencia social, ni seguridad. Solo hay personas desesperadas que intentan sobrevivir con lo que queda y políticos corruptos que se llevan cada vez más derechos a favor de la seguridad y el enriquecimiento de unos pocos. En tiempos de gobiernos que dicen proteger y lo que más hacen es restar, las similitudes dan miedo y no suenan a meras coincidencias.
Sin embargo, al comienzo del libro, la familia de Lauren todavía tiene algo de estabilidad. El vecindario en el que viven está completamente amurallado y rodeado de cables, alarmas y vidrios rotos para mantener alejados a los invasores, y la comunidad en el interior ayuda y se mantiene protegida de las catástrofes del exterior. Lauren sabe, sin embargo, que esta situación no continuará y comienza a prepararse para lo peor. Además, a pesar de ser hija de un pastor bautista, pronto descubrimos que no se adhiere completamente a la religión de su padre (al menos no abiertamente) y que tiene sus propias ideas y pensamientos sobre Dios. Cuando sus predicciones sobre el vecindario se hacen realidad y se ve obligada a huir por carreteras y ciudades devastadas en busca de libertad y seguridad, su nueva fe, a la que ella llama la Semilla de la Tierra, ocupa un lugar central en su vida y asume el papel. misión de sembrarlo a lo largo de su camino.
Así queda clara la referencia al título del libro. “La parábola del sembrador” es una famosa parábola de la Biblia, que funciona como una metáfora de la palabra que predicó Jesús. En este libro (el primero), vemos a Lauren comenzando a difundir el nuevo mensaje entre aquellos cercanos a ella y la búsqueda de estas “semillas” para crecer y florecer.
La experiencia de lectura de los libros de Octavia es única. Va desde la construcción de los personajes hasta el escenario presentado (un paralelo con la realidad … actual). La revista New Yorker dijo una vez (con bastante razón) que la duología de Octavia era la distopía más aplicable a nuestro tiempo. El autor empezó a escribir estas líneas a finales de los 80, observando la escena mundial con ojos penetrantes. Buscó comprender cómo el mercado de armas, las grandes industrias farmacéuticas y el capitalismo pusieron fin o influiría en los años venideros (en los que vivimos ahora).
Podría concluir de la siguiente manera: no es deber del escritor de ficción predecir el futuro. Por lo contrario. El deber del escritor es mentir (abusar). Pero a veces la mentira parece anteponerse a la verdad.
Bueno, hemos llegado al final del post. Me despido hoy con la frase del Rey T’Challa en la película de Marvel: “Ahora, más que nunca, las ilusiones de segregación amenazan nuestra existencia. Todos sabemos la verdad. Más cosas nos conectan de las que nos separan. Pero en tiempos de crisis, los sabios construyen puentes mientras que los tontos construyen barreras”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea el libro. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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O BLOG PHANTASTICUS EM DUAS VERSÕES – EM PORTUGUÊS E EN ESPAÑOL.
Versão em português: Ficção um dia, realidade no outro.
Olá para todxs meus queridxs amigxs. Vocês estão bem? Hoje vou falar um pouco sobre a sensação de viver por alguns momentos os mundo da ficção. Seja lendo ou escrevendo, você não precisa ser jovem. Mas sua mente sim. E a cada página, a cada aventura, a cada “maluquice”, a mente das pessoas se volta para criar, inovar e descobrir. A ficção fantástica.
O gênero fantástico se relaciona a tudo que é gerado pelo imaginário, ao que não pertence à realidade convencional. Esta palavra é originária do latim “phantasticus” que tem sua fonte no idioma grego: “phantastikós”. O blog captou toda esta essência e a usa como nome.
O gênero fantástico abriga três vertentes: a ficção científica, a fantasia e o horror. Os muitos autores nos trouxeram emoção, ansiedade, agonia, aventura e, claro, modernidade. Sim! Muitas páginas – ao longo do tempo – se mostraram a plataforma de lançamento de muitas das nossas tecnologias do dia-a-dia.
Exemplos: “The Sentinel” (O Sentinela) e “2001: A Space Odyssey” (2001: Uma Odisseia no Espaço) – ambos de e Arthur C. Clarke – nos trouxeram, não só o conceito mas com design praticamente idêntico, os nossos tablets modernos. “Fahrenheit 451”de Ray Bradbury, em 1953, nos apresentou uma TV colorida similar ao conceito 3D. “Neuromancer” de William Gibson nos traz inteligência artificial, ciberespaço e roubo de dados – isto em pleno 1984, ano em que a World Wide Web ainda não existia.
E não pararíamos de citar obras e autores que se anteciparam a seu tempo e nos trouxeram muitas “previsões”.
O PHANTASTICUS quer te dizer que nas páginas dos livros, podemos encontrar nossa futura realidade. Que nas mentes brilhantes dos autores a própria ficção inspira a realidade. Coincidência ou premonição?
R. R. Tolkien; Julius Verne; H. G. Wells; J. K. Rowling; C. S. Lewis; Hans Christian Andersen; Lewis Carroll; George R R Martin; Marion Zimmer Bradley; Allison Nöel; Jorge Luis Borges; Edgar Alan Poe; Mary Shelley; William Gibson; Philip K. Dick; Ray Bradbury; Arthur C. Clarke e tantos outros. Teríamos muitas páginas com os autores de LitFan. Gostaria de poder homenagear todos. Todos que com suas linhas abrilhantaram (e abrilhantam) nossas vidas.
Em resumo deixo a pergunta: A vida imita a arte ou a arte antevê a vida?
Se perguntem e aceitem: A ficção, a fantasia, as histórias fazem parte de nossa vida. Queira ou não, elas fazem. E o PHANTASTICUS é e será uma ferramenta para estas “descobertas”.
Me despeço hoje com a frase de Michel Foucault: “A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.”
Espero que tenham gostado do post. Leiam o post, leiam o livro. Vejo todos vocês no próximo post.
Jota Cortizo
Versión española:Ficción un día, realidad al siguiente.
Hola a todos mis queridos amigos. ¿Ustedes están bien? Hoy les voy a hablar un poquito de la sensación de vivir el mundo de la ficción por unos instantes. Ya sea leyendo o escribiendo, no es necesario ser joven. Pero tu mente lo hace. Y con cada página, cada aventura, cada “loca”, la mente de las personas se vuelve para crear, innovar y descubrir. Ficción fantástica.
El género fantástico se relaciona con todo lo que genera el imaginario, con lo que no pertenece a la realidad convencional. Esta palabra proviene del latín “phantasticus” que tiene su origen en el idioma griego: “phantastikós”. El blog capturó toda esta esencia y la usa como nombre.
El género fantástico tiene tres vertientes: ciencia ficción, fantasía y terror. Los numerosos autores nos han traído emoción, ansiedad, agonía, aventura y, por supuesto, modernidad. ¡Si! Muchas páginas, con el tiempo, han demostrado ser la plataforma de lanzamiento de muchas de nuestras tecnologías del día a día.
Ejemplos: “The Sentinel” y “2001: A Space Odyssey” (2001: A Space Odyssey) – ambos de Arthur C. Clarke – nos trajeron, no solo el concepto sino con un diseño prácticamente idéntico, las nuestras tabletas modernas. “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury, en 1953, nos presentó un televisor en color similar al concepto 3D. “Neuromancer” de William Gibson nos trae inteligencia artificial, ciberespacio y robo de datos, esto fue a mediados de 1984, un año en el que la World Wide Web aún no existía.
Y no pararíamos de citar obras y autores que se adelantaron a su tiempo y nos trajeron muchas “previsiones”.
PHANTASTICUS quiere decirte que, en las páginas de los libros, podemos encontrar nuestra realidad futura. Que, en las mentes brillantes de los autores, la ficción misma inspira la realidad. ¿Coincidencia o premonición?
R. R. Tolkien; Julius Verne; H. G. Wells; J. K. Rowling; C. S. Lewis; Hans Christian Andersen; Lewis Carroll; George R R Martin; Marion Zimmer Bradley; Allison Nöel; Jorge Luis Borges; Edgar Alan Poe; Mary Shelley; William Gibson; Philip K. Dick; Ray Bradbury; Arthur C. Clarke y tantos otros. Tendríamos muchas páginas con los autores de LitFan. Ojalá pudiera honrar a todos. Todos los que iluminaron (e iluminan) nuestras vidas con sus líneas.
En definitiva, dejo la pregunta: ¿La vida imita al arte o el arte prevé la vida?
Pregúntate y acepta: La ficción, la fantasía, las historias son parte de nuestra vida. Les guste o no, lo hacen. Y PHANTASTICUS es y será una herramienta para estos “descubrimientos”.
Me despido hoy con la frase de Michel Foucault: “La ficción no consiste en hacer visible lo invisible, sino en hacer invisible la invisibilidad de lo visible”.
Espero que hayas disfrutado de la publicación. Lea la publicación, lea el libro. Nos vemos a todos en la próxima publicación.
Jota Cortizo
Fontes/fuentes:
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